O quadro de insatisfação do PMDB, maior partido da base governista, mas, que tem se postado como uma verdadeira legenda de oposição, ficou ainda mais evidenciado na conversa do vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) com a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Temer, ou o governo inclui o PMDB em suas decisões estratégicas ou não terá como manter a legenda na base aliada. As informações do diálogo de Temer com a Dilma foram publicadas nesta quarta-feira, 25, pelo jornal Folha de S.Paulo.
Na conversa, o vice teria afirmado que o seu partido está no “limite da governabilidade”, enfatizando que se sigla continuar excluído do poder por “mais um ou dois meses”, o Planalto corre o risco de perder o controle da pauta no Congresso. Hoje, o PMDB comanda as duas Casas do Parlamento, com Renan Calheiros (AL) na presidência do Senado e o deputado Eduardo Cunha (RJ), no comando da Câmara dos Deputados.
Além dos projetos do Executivo, que o governo precisa viabilizar, ele tem também que se preocupar
com a mínima blindagem possível em CPIs como a da Petrobras, que já foi instalada na Câmara dos Deputados. E para isso, o governo não poderá nem pensar em perder o apoio do PMDB. Esta foi a primeira vez que Michel Temer passa a Dilma um cenário bastante negativo em relação ao apoio de seu partido.
A conversa entre o vice a presidente da República ocorreu na segunda-feira, 23, logo após um jantar da Cúpula do PMDB com a equipe econômica do governo no Paládio do Jaburu, residência oficial de Michel Temer do vice-presidente da República. Como representantes do governo, participaram do jantar os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central) e Aloízio Mercadante (Casa Civil). Para a próxima semana está programada uma reunião entre a presidente Dilma e a cúpula do PMDB.
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