Nesta terça-feira, 21 de abril, a Capital do Brasil completa 55 anos. E a realização deste sonho antigo de se construir a Capital na região central do país tornou-se realidade pelas mãos do ex-Presidente Juscelino Kubitschek. Entusiasta político mineiro que sempre pensou no desenvolvimento do país, realizando obras modernas e futuristas, JK foi deputado, prefeito da também moderna Belo Horizonte e governador de Minas Gerais, até chegar à Presidência, em 1955.
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O presidente JK e seu vice, João Goulart, na inauguração de Brasília, em 1960 |
A inauguração de uma das mais modernas cidades do mundo foi realizada por JK, em 21 de abril de 1960. Com o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e urbanístico de Lúcio Costa, as primeiras obras na cidade de Brasília começaram em 1956. Foi uma verdadeira corrida de trabalhadores de todas as partes do Brasil, principalmente, da região Nordeste, no trabalho dos chamados candangos.
Herança cultural
até hoje, a cidade de Brasília cultiva a herança dos brasileiros que chegaram dos quatro cantos do Brasil para construí-la. Trata-se de uma bela mistura cultural, gastronômica e musical herdada dos quase 60 mil trabalhadores, que há mais 55 anos chegaram ao ainda despovoado e desconhecido Planalto Central.
Patrimônio Histórico
No ano de 1987, Brasília tornou-se Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e, em 2008, a cidade foi escolhida a Capital Americana da Cultura. Brasília registra também, apesar de seu ar rarefeito, um dos melhores índices de qualidade de vida, graças aos vários parques e muitas áreas verdes.
Ao lado de sua arquitetura inovadora, destaca-se também o paisagismo de Burle Marx. Construída com ruas e avenidas largas, Brasília atrai diariamente turistas de todas as regiões do país, como também do Exterior. E essa atração não é devida somente pela sua arquitetura e prédios modernos, mas, também porque a cidade respira política e é lá que são traçados os destinos da Nação.
Desigualdade social
Mas, se por um lado JK planejou uma cidade moderna, futurística pensando que as decisões políticas pudessem, talvez, ser definidas num clima mais tranquilo, hoje, essa realidade não existe. O pensamento era de que, ao contrário da então Capital Federal, Rio de Janeiro, por exemplo, a violência não fosse perturbar Brasília.
Porém, ao contrário do moderno e rico Plano Piloto, as desigualdades sociais são gritantes no entorno de Brasília e uma marca do Distrito Federal. Com 2 milhões e 800 mil habitantes, quase a metade de sua população é nascida em outros estados. E nas cidades satélites o que se vê hoje, ao contrário da construção de Brasília, é um desenvolvimento sem planejamento e um constante aumento da violência urbana.
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