terça-feira, março 14, 2006

Conselho de Ética aprova cassação de João Paulo

Por 9 votos contra 5, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 14, o processo de cassação do mandato do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). O ex-presidente da Câmara é acusado de ter se beneficiado do valerioduto. Conforme os autos do processo, João Paulo sacou, por intermédio de sua mulher, Márcia, R$ 50 mil das contas das agências de Marcos Valério, o operador do chamado mensalão.
Foi uma decisão demorada e que só terminou na noite de ontem. A votação foi suspensa em virtude da abertura da sessão do plenário. Antes, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) leu o seu voto em separado, pedindo a absolvição de João Paulo. Ela levou quatro horas para rebater ponto por ponto o minucioso relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que recomendou a cassação.
Mas, apesar do voto da deputada petista, dos discursos dos cinco deputados que votaram contra a cassação, e das defesas feitas pelo advogado e pelo próprio João Paulo Cunha, a maioria dos membros do Conselho de Ética preferiu ficar com o relatório de Schirmer. Com a derrota no Conselho de Ética, o processo de João Paulo vai agora para a Câmara dos Deputados. No plenário, com voto secreto, serão necessários 257 votos para cassar o deputado petista. Para os petistas e para alguns governistas, João Paulo tem grande chance de ser absolvido, principalmente, depois das votações da semana passada, quando o plenário da Câmara votou contra a indicação do Conselho de Ética e absolveu os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP).

Acesse também: http://www.noticiasdepaz.com.br/

2 Comentários:

Às março 17, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Gostaria de lembrar aos leitores deste blog, que o deputado João Paulo Cunha é um homem correto e sincero. Ele pode ter errado neste episódio, porém, isso não o diminui como homem público e, muito menos, tudo o que ele já fez pela cidade de Osasco e região, como vereador, deputado estadual e deputado federal. Quem não erra em qualquer profissão ou função?

 
Às março 19, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Aqui vale o ditado: "quem não te conhece que te compre". Por tudo o que li e presenciei diante dos meus olhos ficará para sempre o cinismo e a total ausência de arrependimento das palavras ditas pelo dePUta doao relator Schirmer: "o que éque tem aceitar um presente, quem nunca aceitou um..."[sobre a caneta-jabá MontBlanc de ouro recebida pelo então presidente da Câmara Federal do falso publicitário-laranja do maior esquema de corrupção jamais visto nesta República].
O fato dele ter errado, mais do que o diminuir perante os demais, prejudicou a imagem da cidade de Osasco, uma mancha que ficará para sempre em nossa memória.
A função pública, nessa ordem de grandeza, não pode ser comparada com uma profissão ou função qualquer. Política não é profissão nem função, como vulgarmente pensam alguns.

 

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