Para Rossi, impedir prévias é desmoralizar o PMDB
Conforme decisão de convenção nacional do PMDB, realizada em 2005, no próximo domingo, 19 de março, o partido realizará suas prévias para escolher o candidato à presidência da República. Os dois pré-candidatos são o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. As prévias representam a vontade da maioria absoluta dos militantes peemedebistas. Mas há um pequeno grupo governista, liderado pelos senadores Renan Calheiros (AL), José Sarney (AP) e Ney Suassuna (PB), que tenta impedir a realização das prévias, com o objetivo de que o partido faça coligação com o PT.
Falando ao signatário deste blog, o ex-prefeito de Osasco, Francisco Rossi, pré-candidato a deputado federal, disse que a não realização das prévias será uma desmoralização para o PMDB. (A foto é de Edú Venancio)
O que o senhor acha desta manobra dos governistas do PMDB para impedir as prévias?
Eu não acredito que eles terão sucesso. Estão tentando há muito tempo, mas é a minoria. Trata-se de um grupo muito pequeno que quer que o PMDB continue com os cargos no governo, apoiando o governo Lula. Porém, as prévias representam o desejo da maioria e foram decididas em convenção nacional do partido. Portanto, em minha opinião, a não realização das prévias, marcadas para o próximo domingo, será uma total desmoralização para o PMDB.
Em São Paulo, diretório estadual decidiu apoiar a candidatura de Germano Rigotto. Mas, o senhor está com Garotinho, não?
É verdade. Desde o início desse processo de candidatura própria do PMDB, quando apenas o Garotinho se apresentou como candidato, nós já havíamos decidido pelo apoio ao seu nome. Respeitamos a decisão do diretório estadual, mas, colocamos a nossa posição pró-Garotinho ao presidente Orestes Quércia e ele entendeu. Tanto é que, apesar da decisão oficial do diretório estudual, os diretórios municipais estão liberados para votar em Garotinho ou no Rigotto. Apoiamos e acreditamos na vitória de Anthony Garotinho. Estamos trabalhando pela sua vitória, contudo, o mais importante é que o PMDB resgate a sua identidade e tenha candidato próprio à Presidência da República.
Para o governo do Estado também?
Sem dúvida. O PMDB é um grande partido, organizado em todo o Brasil e tem condições de apresentar candidatos próprios na maioria dos Estados. E não seria diferente em São Paulo, onde o nosso candidato é o ex-governador Orestes Quércia. Ele ainda não decidiu se será o candidato do partido. Mas, como as pesquisas o colocam nos primeiros lugares, acho que ele deveria ser o candidato do PMDB, pois, terá totais condições de voltar ao Palácio dos Bandeirantes.
E como está a campanha para deputado federal?
Ainda não estou em campanha. O meu nome foi apresentado como pré-candidato e a candidatura oficial só será definida em junho. Mas, estou muito feliz com a repercussão da pré-candidatura. São muitas adesões em várias regiões do Estado e, sobretudo, em Osasco. Agradeço o apoio que tenho recebido e se assim for a vontade do partido e do povo, estarei à disposição para mais uma vez representar Osasco, a região Oeste e o Estado de São Paulo no Congresso Nacional. Já cumpri dois mandatos de deputado federal, dos quais tenho muito orgulho.
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