quinta-feira, março 09, 2006

Processo de João Paulo foi adiado para terça-feira

Por decisão do presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB-SP), a votação do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que deveria ser realizada nesta quinta-feira, 9, foi adiada para a próxima terça-feira, 14, às 10 horas.
Na última terça-feira, 7, durante a primeira votação do relatório, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), pediu vista do processo por duas sessões, mas, como na sexta-feira normalmente não dá quórum no plenário da Câmara, Izar achou melhor adiar a votação para terça-feira a fim de evitar qualquer problema regimental. O relator do processo contra João Paulo, Cezar Schirmer (PMDB-RS), recomendou a cassação do mandato do deputado petista.
Em seu minucioso relatório, Schirmer enfatizou vários detalhes, destacando o que ele classificou como "amizade e relação de negócios entre João Paulo e Marcos Valério". O relator fez um histórico, não somente da acusação contra João Paulo de ter se beneficiado do chamado valerioduto, mas também desde que João Paulo e Marcos Valério se conheceram em 2002, passando pela eleição na Câmara dos Deputados, quando a agência de Marcos Valério foi escolhida para divulgar a campanha vitoriosa do petista, a sua contratação para fazer a publicidade da Câmara e também a presença de uma das agências de Marcos Valério em processo licitatório na cidade de Osasco, reduto eleitoral de João Paulo. "É uma missão que não me agrada fazer. Mas, o meu voto se baseia em fatos, atos, documentos e testemunhos e não deixa brechas para adjetivos".
Após as considerações do relator, João Paulo contestou e mandou elaborar a seguinte nota oficial:

Brasília, 07/03/06

NOTA À IMPRENSA

A respeito do relatório apresentado pelo deputado Cezar Schirmer ao Conselho de Ética nesta terça-feira (07/02), esclareço:

1- As versões dos fatos reunidas pelo relator na sua proposição não apresentam qualquer novidade. O que há de novo é a sua criatividade e a capacidade de colar peças segundo a sua conveniência e interesse. Tudo tem e terá respostas.

2- As três partes essenciais do relatório - objeto efetivo da apuração - foram apresentadas com parcialidade e, em alguns momentos, partidarizadas. O saque no Banco Rural, a sua justificativa e o contrato entre a Câmara dos Deputados e a empresa SMPB não contém nem contradições, nem irregularidades, muito menos mentiras e/ou ilicitudes como tentou demonstrar o relator.


3- Na quinta-feira (09/02), apresentaremos as contra razões ao relatório com o objetivo de assegurar tranqüilidade ao Conselho de Ética para julgar o meu processo.


João Paulo Cunha
Deputado Federal (PT/SP)

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