sábado, setembro 16, 2006

Submundo do crime chega à campanha eleitoral e envolve assessores de Lula

Faltando menos de 15 dias para as eleições, tudo parecia que nesta reta final a campanha eleitoral já estivesse definida. No plano federal, as pesquisas indicavam uma vitória fácil do presidente Lula (PT), o mesmo ocorrendo nos principais colégios eleitorais, como em São Paulo, com a vitória de José Serra (PSDB), em Minas Gerais, com a reeleição de Aécio Neves (PSDB) e no Rio de Janeiro com a vitória de Sérgio Cabral (PMDB).
Porém, tudo pode mudar depois de mais um escândalo envolvendo membros do PT e integrantes do Governo Federal. O caso estourou com a última edição da revista Isto É, que publicou uma entrevista com Luiz Antonio Vedoin (chefe dos sanguessugas), acusando José Serra de ter participado da máfia das ambulâncias. A matéria já fazia com que petistas menos avisados começassem a esfregar as mãos e festejar a vitória de Lula e até mesmo uma reviravolta na eleição de São Paulo a favor do petista Aloísio Mercadante.
Só que o caso começou a virar contra o PT e pode até mesmo complicar a candidatura do presidente Lula. Pelo que se apurou até o momento, o fato não passa de um dossiê sem conteúdo consistente, formado pelos Vedoin contra o candidato do PSDB ao governo de São Paulo. A Polícia Federal prendeu em São Paulo, na sexta-feira, Gedimar Passos e Valdebran Padilha com R$ 1,75 milhão, dinheiro que seria usado comprar o dossiê. Valdebran Padilha, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Passos, advogado e ex-policial, que também trabalhava para o PT, confirmaram que parte do dinheiro veio do próprio PT. Uma menor quantia teria sido pago por uma revista de circulação nacional, cujo nome não foi revelado.
E se já não bastasse o envolvimento dessas duas pessoas ligadas ao PT, presas com quase dois milhões de reais de origem desconhecida, o pior para o Partido dos Trabalhadores, ainda estava para ser descoberto. Em depoimento à PF, Gedimar disse que o dossiê teria sido feito a mando de Freud Godoy, homem de confiança de Lula. Freud foi chefe da segurança de Lula em todas as suas campanhas eleitorais e, ao assumir o poder, Lula o transformou em assessor especial, com direito a sala no mesmo andar do Gabinete Presidencial.
Logo depois de ter recebido um telefonema do presidente, na segunda-feira, como declarou à imprensa, Freud disse que "tranquilizou" Lula e, em seguida, pediu exoneração do cargo. A exoneração, a pedido, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.
Com o decorrer das investigações, começaram a surgir outros nomes de petistas, ligados ao presidente Lula e à sua campanha de reeleição. É o caso de Jorge Lorenzetti, filiado ao PT de Santa Catarina e churrasqueiro preferido de Lula, e Osvaldo Bargas, ex-secretário do então ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT.
Diante de mais este escabroso caso de corrupção que já começa a pipocar na imprensa internacional, a oposição não perdeu tempo e entrou com representação contra a candidatura de Lula junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Nesta terça, o TSE acatou o pedido para iniciar as investigações e verificar se o PT e o próprio Palácio do Planalto estão envolvidos nessa compra de dossiê. O TSE vai acompanhar também o trabalho da Polícia Federal que investiga a origem desses quase dois milhões de reais apreendidos com os petistas em São Paulo. Portanto, trata-se de mais um caso de corrupão durante o Governo Lula, que vai engrossar a lista e entrar para a história da República brasileira, que já conta com casos como o de Waldomiro Diniz, mensalão e mensalinho, dólar em cueca, vampiros e sanguessugas no Ministério da Saúde e as cartilhas de Guschiken.

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