Críticas de Ciro são "fogo fraterno", diz Tarso Genro
O ex-ministro e deputado eleito pelo PSB do Ceará, Ciro Gomes, começa a botar as mangas de fora e já dá mostras de que poderá ser uma pedra no sapato de Lula. Conforme matéria publicada pela Folha de S.Paulo (www.folha.com.br) , nesta sexta-feira, ao admitir que em 2010 deverá disputar novamente a Presidência da República, o ex-ministro do governo Lula fez duras críticas ao desempenho econômico da atual gestão, cujo crescimento neste ano, para ele, é medíocre. "Não dá 3%", disse Ciro em entrevista à rádio AM do Povo, em Fortaleza.
Para Ciro Gomes, a economia "está arrembentada", fato que, segundo ele, obrigou Lula a disputar o segundo turno. "Não foi por causa do escândalo do dossiê. O povo não quer saber de dossiê".
Na opinião de Ciro Gomes, a coalizão com o PMDB, apesar de mostrar aparente unidade do partido, pode não surtir o efeito desejado, em virtude da própria natureza confusa do maior partido do país. "Com todo o respeito, o PMDB é um elefante que não vai para canto nenhum, é um elefante com dislexia. Eles aprenderam a se impor pelo tamanhão. Mas, no dia seguinte, não conseguem convergir para nenhum assunto, para caminho nenhum", afirmou o ex-governador do Ceará, que não descarta sua candidatura à Presidência em 2010.
Na tentativa de minimizar as críticas de Ciro Gomes, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse que as declarações do ex-ministro da Integração Nacional "são naturais". Tarso disse que Ciro é "companheiro" do governo. "É um fogo fraterno. O Ciro é nosso companheiro de frente política e companheiro do governo. E numa frente plural, isso é natural".
Mesmo com toda a boa vontade de Tarso Genro, um tipo de ministro "tapa-buraco" de Lula, os governistas sabem que não será fácil segurar a língua de Ciro Gomes, principalmente, quando ele começa a pensar também em ser candidato em 2010.
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