Pressão popular impede super salário no Congresso
Ainda bem que a população brasileira acordou a tempo. A inércia da sociedade, verificada durante esses últimos anos, quando a maioria dos políticos fez e o que bem entendeu no Brasil diante de uma sociedade passiva, acabou nesta semana quando os parlamentares - senadores e deputados federais - tentaram fechar o ano com mais um tapa na cara dos brasileiros: um reajuste de 91% que elevava seus próprios salários de R$ 12.800,00 para R$ 24.500,00.
Esse reajuste vergonhoso dos que se dizem "representantes do povo" foi a gota d´água para despertar a indignação popular. É verdade que não podemos mais contar com manifestações da UNE, com estudantes inconformados, que saíam às ruas de caras pintadas, como fizeram nas Diretas Já e no impeachment de Collor. Hoje, a UNE, MST, MLST e outras entidades são "financiadas" pelo próprio Governo e chegam até a fazer badernas em locais públicos, como a invasão do MLST na Câmara dos Deputados.
Mas, se hoje, o governo "compra" e "calam" essas entidades, ainda temos trabalhadores, profissionais liberais e outras entidades, como a OAB, ABI, CNBB que não se vendem. Temos também parlamentares como Heloísa Helena, Chico Alencar, Fernando Gabeira, Roberto Freire, Raul Jugman e Pedro Simon que também não se compactuam com a corrupção política.
E foi assim que em poucos dias a população se mobilizou contra mais essa falcatrua desta que é a pior legislatura do país, conhecida como a legislatura do mensalão, dos sanguessugas e de tantas outras malandragens. Com a pressão popular e a decisão do STF de impedir o reajuste, os "dignos" parlamentares recuaram.
Mas, com certeza, eles vão voltar com tudo no próximo ano. A esperança é que os novos eleitos possam ter aprendido a lição e consigam frear o apetite de velhas raposas como o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-AL), presidente da Câmara. Os dois, com apoio dos líderes de todos os partidos, foram os comandantes de mais essa trabalhada no Parlamento Brasileiro. É bom que o eleitor fique atento a esses nomes, políticos amigos e prestigiados pelo presidnete Lula, como aos nomes dos líderes dos partidos. Esses, antes de serem defensosres dos direitos coletivos, são defensores dos seus próprios bolsos.
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