Calma, gente! Não vamos começar a comemorar porque isso não ocorreu em nosso país. Dignidade desse nível não nos pertence mais. O fato que engradece uma nação e o seu povo aconteceu nos Estados Unidos, onde, após ser acusado de envolvimento numa rede de prostituição de luxo, o governador de Nova York, o democrata Eliot Spitzer(foto), anunciou sua renúncia nesta quarta-feira, 13, em coletiva de imprensa, conforme matéria publicada na Folha de S.Paulo -
http://www.folha.com.br/ "Eu renuncio ao cargo de governador. Durante minha vida pública, sempre defendi que todos, seja qual for a função que desempenhem, assumam a responsabilidade por sua conduta", disse Spitzer na coletiva em Nova York, ao lado da mulher, Silda.
O governador deixará o cargo na próxima segunda-feira (17). Seu vice, David A. Paterson, 53--que será o primeiro governador negro do Estado-- deverá substitui-lo em Albany, ocupando o cargo até 2010, quando termina oficialmente o mandato de Spitzer.
Logo após estourar o escândalo, ele pediu desculpas à sua família e ao povo de Nova York por ter violado suas "obrigações familiares", mas não citou o caso. Spitzer não confirmou nem negou a reportagem.
Por aqui é diferente
Mas, se nos Estados Unidos, país mais democrático e mais desenvolvido do mundo, um político acusado de crime pede desculpas e renuncia, no Brasil a coisa é bem diferente. Por aqui, onde a corrupção impera e onde aumenta a cada dia o número de miseráveis - vide números do Bolsa Família - políticos acusados dos mais diferentes crimes acabam sendo absolvidos em sessões de pizzaria no Congresso, alguns chegam a ser reeleitos, outros viram ministros de Estado e todos são, de uma forma ou de outra, "inocentados" pelo presidente Lula, que sempre alega "não saber de nada".
Nem mesmo o assessor do ex-ministro José Dirceu, Waldomiro Diniz, que inaugurou a fase de escândalos deste governo, ao ser flagrado recebendo propina no 4º andar do Palácio do Planalto, em fevereiro de 2005, foi punido. Conforme saiu no Diário Oficial, Diniz foi demitido a pedido e continua vivendo tranquilamente, não se como, em alguma cidade do país, provavelmente em Brasília. Aqui, além da corrupção, imperam também a imunidade parlamentar e a impunidade.
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