quinta-feira, novembro 26, 2009

Ministro da Cultura sai da linha e se irrita sobre cartilha "eleitoral"

Conforme matéria publicada na Folha de S.Paulo, o ministro Juca Ferreira (Cultura) defendeu nesta quarta-feira a impressão da cartilha, distribuída no Congresso, com uma lista de projetos que tramitam na Casa e de deputados que compõem a Frente Parlamentar de Apoio à Cultura. A cartilha recomenda à população que vote nos parlamentares que apoiam projetos de interesse do ministério. Dias antes, o ministro admitira que a cartilha havia sido confecionada pelo Governo, fato que irritou a oposição.
Juca Ferreira garantiu que o folder foi publicado pelo ministério, a pedido da Frente Parlamentar. "A Câmara não teria tempo para publicar e a Frente Parlamentar pediu para a gente publicar, temos ofício disso. Publicamos, não é nada ilegítimo, não é nada partidário, não é nada de eleição", disse ele após participar de cerimônia no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Bastante irritado ao ser questionado sobre a cartilha, Ferreira direcionou ataques à imprensa, a qual acusou de publicar mentiras e factóides. "Vocês recebem para dizer mentira", atacou.
Para Ferreira, a publicação do material é "absolutamente legítima". Ele lembrou que estão impressos nomes de parlamentares da situação e da oposição, e que a campanha para a aprovação de projetos no Congresso é um trabalho suprapartidário.
"Vocês estão comendo mosca. Tem Rodrigo Maia [deputado federal do DEM-RJ], você acha que vou fazer campanha pro Rodrigo Maia? Olhe nos meus olhos e diga", observou.
O ministro disse que sua irritação ao tratar do assunto é normal. "Meu pinto, meu coração, meu estômago e meu cérebro é (sic) uma linha só. Não sou um cara fragmentado, entendeu? Fui desrespeitado pela imprensa, que reverberou sem investigar, e por dois ou três parlamentares. É um trabalho suprapartidário. Não trabalho com esse critério, a cultura é muito mais ampla do que a política."

quarta-feira, novembro 04, 2009

STF inicia julgamento do mensalão mineiro

O STF (Supremo Tribunal Federal) começou a analisar nesta quarta-feira, 4, a denúncia contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - foto - por envolvimento com o mensalão mineiro.
A denúncia foi apresentada ao Supremo pelo ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza. Para ele, Azeredo cometeu por sete vezes o crime de peculato e por seis vezes lavagem de dinheiro.

O relator do caso no Supremo, ministro Joaquim Barbosa, deve propor a abertura da ação penal contra o senador e ex-governador, como fez no caso do mensalão petista, quando denunciou 40 envolvidos no caso.

Azeredo e outros investigados, incluindo o empresário Marcos Valério, são acusados de montar e gerir um suposto esquema de "caixa dois" durante a campanha para a reeleição do tucano ao governo de Minas Gerais, em 1998.

Por ser senador, Azeredo será investigado pelo STF, enquanto que Marcos Valério e os demais venvovidos serão julgados pela Justiça Federal em Minas Gerais.

Segundo a denúncia, a SMPB, agência de Marcos Valério (apontado como o operador dos dois mensalões), alimentou financeiramente a campanha de Azeredo por meio de contratos de publicidade firmados com a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais).
Em sua defesa prévia, Azeredo nega o envolvimento no esquema e afirma que Ministério Público não descreveu qualquer "fato criminoso" praticado por ele. Marcos Valério também nega participação.

terça-feira, novembro 03, 2009

Candidatura petista em SP depende de Ciro Gomes

Apesar de ter como pré-candidatos nomes fortes do partido, a candidatura do PT ao governo de São Paulo está na dependência da decisão do deputado Ciro Gomes (PSB). Lideranças do partido passaram a defender abertamente o nome de Ciro, mesmo que essa questão só tenha um desfecho em março de 2010.

Até lá o PT deve definir um nome próprio para a sucessão do governador José Serra (PSDB), mas terá de abdicar da indicação se Ciro concordar em concorrer no Estado. "Se for esta a escolha democrática do PT, da minha parte não tenho problema em apoiar", afirmou o senador Eduardo Suplicy (SP), um dos pretendentes a governador pela sigla.

Também o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), colocou seu nome à disposição do partido, mas, já declarou em carta, a sua disposição de desistir se o partido decidir pelo nome de Ciro Gomes. "O PT não pode opor veto a nomes dos partidos aliados", afirmou Emidio. "Não podemos nos opor a Ciro Gomes." O prefeito divulgou um documento em que defende a "prevalência do projeto nacional".

O nome de Ciro tem um apoio decisivo, caso disista da pré-candidatura à Presidência. Nada mais que o presidente Lula quer vê-lo disputando o governo paulista para que a candidata Dilma Roussef tenha palanque forte no estado.

Conforme matéria publicada na Folha de S.Paulo, uma ala do PT teria até se adiantado e oferecido ao PSB dois pré-candidatos a vice --Emídio e o presidente do PT-SP, Edinho Silva. O assunto teria sido discutido em reunião da ala Construindo um Novo Brasil, majoritária no PT, na semana passada. A reunião foi confirmada, mas os dois negam o acerto.

A maior frente anti-Ciro vem do grupo da ex-prefeita Marta Suplicy --a principal voz em defesa da candidatura própria. No início de outubro, ela chegou a afirmar que Ciro "não tem a ver com São Paulo". Agora, amenizou seus comentários. "Qualquer posição agora é muito açodada. Tudo está nublado, o que tinha que falar eu já falei", disse Marta. "O PT tem que caminhar com sua candidatura e mais adiante vamos ver."

Apesar de se manter na disputa interna pela candidatura ao governo paulista, Marta defende o nome do deputado Antonio Palocci para a vaga. Palocci também já se colocou à disposição, mas é outro que prioriza a candidatura Dilma.

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