sábado, setembro 30, 2006

Dinheiro do dossiêgate que o PT queria esconder

Esta é uma das fotos do dinheiro que seria utilizado para comprar um dossiê contra candidatos tucanos e que o Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula, queria esconder do povo brasileiro. As fotos foram divulgadas na manhã desta sexta-feira, por um policial ligado ao caso, conforme matéria publicada pela Folha de S.Paulo. A imagem do dinheiro apreendido pela PF num hotel em São Paulo, no dia 15 de setembro, vinha sendo mantida em sigilo por decisão da Justiça. Os quase dois milhões de reais estavam em poder de dois petistas. Como disse o próprio ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a Polícia Federal não iria liberar as imagens "para não atrapalhar candidaturas". Só que esta mesma Polícia Federal já havia liberado a imagem do material - dossiê - mostrando fotos do então ministro da Saúde, José Serra (PSDB), candidado ao Governo de São Paulo, e de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidência da República.
Nesta sexta-feira, enquanto as fotos da dinheirama eram repassadas a jornalistas e mostradas para o povão, cuja maioria ganha um salário mínimo ou nem isso, Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) para o governo paulista, prestava depoimento na sede da PF. Lacerda disse que esteve no hotel, deixou duas malas, mas afirmou que as mesmas não continham dinheiro.
Mas para a polícia, Lacerda levou o dinheiro no hotel Ibis para o entregar ao ex-policial Gedimar Passos e ao petista Valdebran Padilha. Quando foram detidos, os dois estavam com R$ 1,7 milhão, sendo US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão. O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, enquadrado no "bando de aloprados" pelo presidente Lula, ainda tentou evitar que as imagens do dinheiro apreendido continuassem a ser divulgadas, mas a Justiça negou o pedido de Berzoini.

Justiça revoga prisão de petistas "aloprados"

Uma liminar do juiz Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedida na noite desta sexta-feira, cassou os decretos de prisão temporária de Valdebran Carlos Padilha da Silva, Gedimar Pereira Passos, Osvaldo Martinez Bargas, Expedido Afonso Veloso, Jorge Lorezetti e Freud Godoy, todos envolvidos na suposta tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos. Para Tourinho Neto, que substitui temporariamente Cândido Ribeiro, relator do processo, "esses crimes, por si sós, não levam à decretação da prisão temporária".
Na decisão, o juiz explica que a prisão temporária só é "cabível quando imprescindível para as investigações do inquérito policial ou quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade".
Dos seis envolvidos, alguns são filiados ao PT e todos são ligados à campanha de reeleição do presidente Lula (PT). O pedido de prisão temporária foi feito pela Justiça Federal de Mato Grosso na última terça-feira. Dos petistas acusados, cinco já confessaram participação no chamado "escândalo do dossiê". O assessor especial de Lula, Freud Godoy, afirmou que encontrou-se com um dos acusados, mas negou envovimento com o dossiêgate.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Sem ter o que dizer ao povo, Lula foge do debate

Mais uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fugiu do debate. O candidato à reeleição deixou de debater idéias e programas com os seus adversários, nesta quinta-feira, na TV Globo. Lula preferiu, mais uma vez, o monólogo, e foi participar de um comício em São Bernardo do Campo, onde, segundo os organizadores, estiveram presentes cerca de dez mil pessoas. Só na Grande São Paulo, mais de seis milhões de pessoas acompanharam o debate da Globo, do qual participaram os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT).
Mas a decisão de Lula de não comparecer ao debate não foi uma coisa fácil para ele. Durante todo o dia, as notícias se sucediam sobre a indecisão petista, ora afirmando que ele iria, ora dizendo o contrário. No final, por volta das 19 horas, depois de ter gravado uma mensagem para ser mostrada no comício e der indicado até os nomes de quem o acompanharia aos estúdios da Globo, Lula decidiu não ir. Foi uma decisão que retrata muito bem o que foi o próprio governo Lula: de indecisão e de desrespeito ao povo brasileiro.
A ausência e os escândalos de corrupção no governo petista se transformaram nos principais temas do debate entre os demais candidatos à Presidência da República. Como as regras do debate permitiam aos candidatos fazerem perguntas ao presidente ausente, Cristovam Buarque dirigiu a primeira pergunta ao Lula. O senador lembrou o escândalo do dossiê e perguntou ao presidente se ele renunciaria caso fosse comprovada sua participação no episódio. "Estão votando no senhor ou no candidato a vice, José Alencar?", indagou.
Geraldo Alckmin também criticou a ausência de Lula. O tucano disse que o debate é um momento importante do processo democrático e não comparecer demonstra "falta de respeito aos eleitores". Em outra oportunidade, Alckmin afirmou: "O Lula, com sua ausência aqui nesse debate, mandou um recado aos brasileiros: 'Eu não estou interessado na sua opinião, eu não preciso prestar contas para ninguém'. Domingo, mande um recado para ele e mude de presidente", cutucou o candidato do PSDB.
A candidata do PSOL, Heloísa Helena, atacou o presidente de forma dura e enfática. Para a senadora, Lula foge do debate porque é "covarde" e não consegue explicar os escândalos de corrupção de seu governo."Ele tinha a obrigação de descer do seu trono de corrupção, arrogância, covardia política e estar aqui para responder ao povo brasileiro", afirmou Heloisa Helena. Agora, é com você eleitor. Analise se Lula não foi ao debate porque não tem explicações para tantos escândalos, ou porque realmente não está interessado na opinião do povo. Tire as suas conclusões e vote conscientemente.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Cotidiano brasileiro

"Faz 118 anos que a escravidão foi abolida pela Princesa Isabel. Mas, continuamos como antes. Naquela época, era a Casa Grande, de um lado, e a senzala, do outro. Hoje, temos os condomínios de luxo cercados de favelas. Não há diferença e, este país só deixará de ter um povo miserável quando dermos educação de qualidade para as nossas crianças".
Senador Cristovam Buarque, candidato do PDT à Presidência da República.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Luiz Inácio Tiradentes Vargas JK Jesus Lula da Silva

Já faz tempo que o presidente Lula (PT) tenta se comparar a políticos históricos deste País, como Juscelino Kubistcheck e Getúlio Vargas. Mas, como não tem termos de comparação entre uma coisa e outra e, a cada dia que passa, o governo Lula vai se distanciando da ética e da seriedade - antigas bandeiras do PT - e se afundando em casos de corrupção, Lula passa agora a se comparar a Tiradentes e, pasmem, até mesmo a Jesus Cristo.
Se já não bastasse a afronta que o presidente faz ao povo mineiro e aos gaúchos, agora trata-se de arrogância infame tentar misturar Jesus Cristo, o Filho de Deus, com esta bagunça que virou a administração pública no Brasil, patrocinada, principalmente, por membros do PT. Com certeza, Getúlio Vargas e JK devem estar se remoendo nos túmulos com essas comparações inconcebíveis.
São gritantes as diferenças entre o que fizeram esses heróis brasileiros e a administração petista. Sobre a comparação com Jesus, deixamos para o eleitor decidir no voto, lembrando apenas que Cristo expulsou os vendilhões do templo, bem ao contrário do que vemos hoje no Brasil, com mensaleiros, sanguessugas e pessoas com dólares em malas e cuecas continuando livrres e até pedindo voto ao povo brasileiro.

Compare:
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, comandou a Inconfidência Mineira, em revolta à cobrança do imposto cobrado pela Coroa Portuguesa, que signficava um quinto da riqueza dos brasileiros da época. Veja bem: Tiradentes morreu enforcado por se revoltar contra o imposto de 1/5, o que significa 20%. Hoje, sob o governo Lula, a carga tributária no Brasil é de 40% do PIB. Deduz-se, portanto, que o Tiradentes é outro e está do lado do povo.

Getúlio Vargas, classificado por muitos como populista, foi o presidente que além de criar e implantar muitos benefícios sociais como a Carteira de Trabalho e leis trabalhistas que até hoje beneficiam o trabalhador, implantou também o parque metalúrgico e criou a Petrobrás. Bem, hoje a Petrobrás é muito rica e até patrocina festas juninas e carnavais, coincidentemente, sempre em redutos petistas. Por outro lado, a empresa foi sitiada e invadida pelo governo de Evo Morales, da Bolívia, com um silêncio total do governo Lula. Sobre os benefícios trabalhistas, este governo mandou velhinhos de mais de 90 anos para as filas do INSS e fez mudança na legislação previdenciária que só fez piorar a vida do trabalhador. O próprio Lula chegou a dizer que o "brasileiro deveria tirar o traseiro da poltrona e ir trabalhar".

Juscelino Kubistchek era filho de família humilde, de uma professora, mas trabalhou e estudou. Formou-se em medicina, foi prefeito, deputado, senador e Presidente da República. Interiorizou o desenvolvimento com a criação de Brasília, incentivou a indústria automobilística e criou estradas. No início do Governo JK não havia mais de mil quilômetros de estradas asfaltadas, hoje, essas estradas federais não passam de vias cheias de buracos, intransitáveis. O governo Lula, mandou, antes das últimas chuvas, iniciar uma operação tapa-buraco, cujo resultado não durou mais de seis meses. Além disso, o Tribunal de Contas da União detectou problemas de superfaturamento e falta de licitação nas obras de tapa-buracos. Há comparação?

terça-feira, setembro 26, 2006

Procurador pede a prisão dos amigos "aloprados" de Lula

No início da semana, ao tentar se livrar de qualquer maneira da encrenca em que o seu governo e o PT se meteram com a tentativa de compra do dossiê antitucano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificou os seus amigos petistas como "um bando de aloprados". Nesse bando, conforme já foi apurado, estão nada menos que o assessor especial do presidente Lula, Freud Godoy, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, além de outros petistas ligados ao Banco do Brasil e ao senador Aloisio Mercadante, candidato ao Governo de São Paulo. Lula disse também que a responsabilidade pela contratação dos "aloprados" é de Berzoini. Já Berzoini foi escolhido por Lula para coordenar a sua campanha reeleitoral.
Já na terça-feira, a Procuradoria da República de Mato Grosso determinou a prisão preventiva do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy, e mais cinco envolvidos no chamado "escândalo do dossiê". Além de Freud, o propcurador pediu a prisão do ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, o ex-analista de mídia da campanha do PT Jorge Lorenzetti, os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos e o ex-secretário do Ministério do Trabalho, Oswaldo Bargas.É a primeira vez que é solicitada e autorizada pela Justiça a prisão de petistas diretamente ligados à campanha do presidente.
Veloso, Bargas, Lorenzetti e Freud são apontados como envolvidos na negociação dos documentos, apreendidos pela PF em Cuiabá no dia 14 com Paulo Roberto Trevisan, tio de Vedoin. Eles integravam o comitê de campanha à reeleição do presidente Lula. A Polícia Federal informou que somente vai poder cumprir a determinação da Justiça após a próxima quarta-feira, devido a legislação eleitoral. Desde a última terça-feira, conforme determina a legislação, nenhum eleitor pode ser detido ou preso. As exceções são a prisão em flagrante ou cumprimento de sentença condenatória por crime inafiançável.

EM TEMPO: Também na segunda-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) notificou o presidente Lula, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos a respeito das investigações sobre sobre o caso dossiê. O TSE acatou solicitação do PSDB e do PFL que querem saber do envolvimento dessas autoridades com a tentativa de comprar os documentos que envolveriam os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin na fraude das ambulâncias. Os notificados têm o prazo de dez para se defender.

domingo, setembro 24, 2006

Jornalista lança livro sobre o mensalão e mostra Lula como "Chefe" do esquema

O jornalista e escritor Ivo Patarra, ex-secretário de Comunicação de Osasco, cargo que já ocupou também em outras cidades, como São Paulo, Guarulhos e São Bernardo do Campo, acaba de escrever um excelente livro sobre o caso "Mensalão", onde reúne, cronologicamente, todos os fatos do esquema que envolveu o Governo Federal na compra de parlamentares para aprovar matérias do Executivo. No livro, sob o título "O Chefe", Ivo Patarra demonstra, com argumentos e fatos, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia de tudo e, portanto, é chamado no livro de "Chefe" do esquema, que levou o procurador geral da República a apresentar denúncias contra 40 pessoas ao Supremo Tribunal Federal, classificando o caso como "uma quadrilha", comandada pelo ex-ministro José Dirceu.
Denominado pelo autor de livro-blog, "O Chefe" está disponível na internet (www.escandalodomensalao.com.br), onde pode ser lido e baixado. Nele, o autor apresenta a história dos 13 meses do que ele considera como o maior escândalo de corrupção ocorrido no Brasil. Os acontecimentos aparecem em ordem cronológica, mês a mês, dia a dia, reunindo 850 eventos pesquisados em 700 laudas. Confira também a entrevista que a jornalista Gesele Pecchio Dias fez com Ivo Patarra no site (www.observatoriodaimprensa.com.br), na seção Armazém Literário.

Rossi intensifica campanha em Osasco

Faltando poucos dias para as eleições de outubro, o ex-prefeito de Osasco, Francisco Rossi (PMDB), candidato a deputado federal, intensificou sua campanha 'Volta Rossi' na cidade de Osasco e região. Desde o início da campanha, Rossi tem dividido o seu tempo entre reuniões e entrevistas em diversas cidades do interior e pequenos comícios na cidade de Osasco. De domingo a domingo, o candidato peemedebista tem feito dois comícios por dia com a presença, em média, de 300 pessoas.
No sábado, dia 16, Francisco Rossi participou de uma carreata quando percorreu diversos bairros da zona Sul de Osasco. Já no domingo, a carreata de apoio à candidatura de Rossi foi realizada nos bairros da zona Norte da cidade. Foram mais de 100 carros que acompanharam Rossi pelas ruas da cidade administrada por ele em dois mandatos. "O carinho que estamos recebendo do povo de Osasco a cada dia reafirma nosso desejo de continuar nesta luta por uma cidade melhor", destacou Rossi. Sempre acompanhado por sua esposa Ana Maria Rossi, presidente do PMDB de Osasco e de sua filha Ana Paula Rossi, que em 2004 concorreu a Prefeitura, Francisco Rossi percorrerá a cidade até o último dia de campanha permitido pela legislação eleitoral.

Giglio recebe apoios em Osasco e intensifica campanha

O ex-prefeito de Osasco e candidato a deputado estadual, Celso Giglio (PSDB) - à direita - ao lado de seu companheiro de chapa, o vereador de Osasco, Cláudio Piteri, vem recebendo apoio de vários segmentos sociais de Osasco e região à sua campanha. Na última segunda-feira, dia 18 de setembro, Giglio e Piteri participaram de um jantar numa churrascaria da cidade, onde compareceram dezenas de correligionários, lideranças políticas, empresários e profissionais liberais. Na oportunidade, Celso Giglio falou sobre os problemas de corrupção pelo qual atravessa o Governo Federal e sobre os seus planos para ser um dos representante da região na Assembléia Legislativa do Estado.
Neste sábado, Celso Giglio participou de uma carreata na cidade. Com centenas de veículos, os apoiadores de Giglio passaram por dezenas de ruas e avenidas. A carreata saiu da zona Norte, mais precisamente no Distrito Industrial Zona Norte e cortou toda a cidade de Osasco, terminando próximo à Avenida João de Andrade, na zona Sul. Pesquisas eleitorais de Osasco indicam que o ex-prefeito tucano deverá ser um dos deputados com maior número de votos no Estado.

Campanha de Lula extingue "núcleo de inteligência"

Uma das primeiras medidas tomadas pelo novo coordenador da campanha de reeleição do presidente Lula (PT), Marco Aurélio Garcia, foi acabar com o chamado "núcleo de inteligência", comandado por Jorge Doninzeti, diretor do Banco de Santa Catarina e churrasqueiro preferido de Lula.
"De inteligência, parece que não teve nada", disse Garcia sobre o tal "núcleo inteligente", responsável pelo planejamento da compra do dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. O dossiê, que para os petistas, continha uma "bomba" contra os tucanos, não passou de um "conto do vigário", aplicado pelos Vedoin aos "inteligentes" petistas. Esse núcleo de inteligência, segundo matéria publicada na imprensa, teria sido fundado em 1989 pelo então presidente do PT, José Dirceu, que com a vitória de Lula em 2002, chegou a ser um tipo de primeiro-ministro do Governo petista.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Lula já admite possível segundo turno

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, já não demonstra mais a mesma confiança de ser reeleito já no primeiro turno. O escândalo da compra de dossiê antitucano, que já derrubou sete petistas, parece que está mesmo desmoronando a esperança do presidente em liquidar a fatura no primeiro turno. "Se não der no primeiro e tiver segundo turno, não tem problema. Mas que vamos ganhar, isso tenho certeza", disse Lula, nesta sexta-feira, num encontro com 300 prefeitos, em Brasília.
O ministro de Relações Institucionais , Tarso Genro, disse que a oposição quer "melar o processo eleitoral e gerar instabilidade política" ao explorar a compra do dossiê antitucano por membros do PT. Genro conclamou os prefeitos a não permitirem "que os resultados das urnas sejam fraudados pela manipulação da informação unilateral e de forma absolutamente arbitrária". Enquanto a cúpula petista acusa o golpe e já pensa em segundo turno contra Geraldo Alckmin (PSDB), os tucanos continuam insistindo na apuração da origem dos quase dois milhões - entre reais e dólares - apreendidos com dois petistas em São Paulo. E o cerco vai fechando contra os integrantes do PT, acusados de planejarem o dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin. Até agora, em depoimento à Polícia Federal, todos confessaram o envolvimento, negando porém, que o presidente Lula soubesse do caso. Segundo o que foi apurado pela PF, em ligações telefônicas feitas por Luiz Vedoin, o chefe da máfia das ambulâncias, 11 petistas estão envolvidos no escândalo do dossiê.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Cotidiano brasileiro


Dinheiro VIVO de NOVO! É corruPTo com a fome do POVO!

Lula prefere a Globo

Desde o início da campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição tem evitado participar de debates com outros candidatos e também de entrevistas em jornais, rádios e televisão. Lula tem preferido falar apenas nos comícios e nos programas gratuitos, onde não há contraditório.
Mas, esse comportamento não é com toda a imprensa. O presidente só aceita ser entrevistado na rede Globo de Televisão. As razões dessa preferência pela Globo? Muitos podem até imaginar, mas ninguém sabe quais são os motivos reais que fazem o presidente ignorar as outras emissoras e, consequentemente, ignorar os seus telespectadores.
Lula tem, por exemplo, deixado de aproveitar minutos importantes de entrevistas nas Televisões Gazeta e Rede TV. Esta última entrevistou durante uma hora todos os outros candidatos que responderam às mais diversas perguntas. Lula alegou que tinnha outros compromissos.
Mas, na manhã desta quinta-feira, Lula participou do Jornal Bom Dia Brasil, como também já havia participado dos outros telejornais da Globo. E mais uma vez, o presidente se valeu de seu cargo como chefe da Nação e foi entrevistado em Brasília.
Desta vez, Lula parecia estar mais tranquilo, talvez pelas perguntas mais simples dos entrevistadores, ao contrário do que ele encontrou no Jornal Nacional. Mesmo assim, Lula não deu explicações convincentes sobre a compra de dossiê contra tucanos, crise que já derrubou diversos petistas e assessores do próprio presidente, como o deputado federal, Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT e coordenador da campanha de Lula. Ele foi demitido.
Sobre o dossiê, Lula apenas disse que está "muito indignado". Esse filme o Brasil inteiro já viu e todos sabem o final. O presidente fica indignado e os culpados continuam recebendo toda a atenção do Governo e do PT, inclusive, com advogados para defendê-los.
Já meio nervoso, Lula não foi nada simpático com o jornalista Alexandre Garcia, que parece ter saído um pouco do script e fez uma pergunta mais apimentada. O jornalista quis saber as razões que levaram a Polícia Federal ter permitido as gravações e exibições das fotos que compromeriam os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, mas não mostrou os petistas presos no mesmo dia e nem os quase dois milhões de reais apreendidos, como normalmente a PF faz em outros casos. Depois de coçar a barba, Lula respondeu secamente. "Ora, Alexandre, isso você deveria perguntar ao delegado que agiu assim. Eu não sei". De novo...
A única coisa que parece ter ficado mais ou menos clara nessa entrevista de Lula é "um acordo" com o governo de Evo Morales da Bolívia, que já havia invadido as instalações Petrobrás e agora impediu a empresa brasileira de operar naquele país. Depois de se reunir com Hugo Chavez em Cuba, Evo Morales resolveu congelar o seu decreto e só voltar a discutir o assunto em outubro, coincidentemente. depois das eleições brasileiras. Lula, por sua vez, respondendo se o Brasil não estava sendo muito carinhoso com as imposições bolivianas, disse: "Depois das eleições vou conversar com o Evo e vamos resolver todos esses problemas com a Bolívia". Só que não parece ser esse o discurso das autoridades bolivianas, que não querem nem ouvir falar na Petrobras.

Dossiêgate derruba Berzoini

A mais recente crise envolvendo o governo Lula fez mais uma vítima: desta vez a cabeça que rolou foi a do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, que era coordenador nacional da campanha de reeleição do presidente Lula. Berzoini foi demitido nesta quarta-feira por ter sido acusado de envolvimento com a compra de dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, respectivamente, candidatos ao Governo de São Paulo e à Presidência da República. O novo coordenador da campanha de Lula é Marco Aurélio Garcia, que ocupava o cargo de assessor de Relações Externas do Governo Federal.
O nome de Berzoini engrossa a lista de petistas envolvidos no escândalo. Ao lado dele já foram identificados Valdebran Padilha e Gedimar Passos, presos pela Polícia Federal com R$ 1,7 milhão, Jorge Donizetti, que trabalhava na campanha de Lula, e o assessor especial e ex-segurança de Lula, Freud Godoy. Todos estão sendo investigados pela Polícia Federal, que apura a origem do dinheiro apreendido e também pelo Tribunal Superior Eleitoral. O TSE quer saber se existe outros quadros petistas envolvidos na compra do dossiê.

terça-feira, setembro 19, 2006

Nem Freud explica a posição do PT

Chega a ser impressionante a posição das principais lideranças petistas diante desse crime que se configura a compra do dossiê contra os tucanos. Ora, se a fita e as fotografias comprometem José Serra e Geraldo Alckmin, que a Polícia Federal apure e puna os culpados. Mas, pelo que sabemos o Brasil tem as suas instituições funcionando, como existem os fóruns adequados para se investigar crimes de políticos. Nesse caso, existe até mesmo uma CPI presidida por um competente deputado petista. Não precisaria, portanto, de nenhuma compra de dossiês, sobretudo, com dinheiro que ninguém até agora explicou de onde veio.
Mas, como em todos os casos de crimes, corrupção, suborno, mensalão, mensalinho e dólar em cueca, que mancharam o governo, neste também os líderes petistas e o presidente Lula vêm a público e afirmam que não sabiam de nada. E mais: tentam ainda passar a idéia de que o PT pode estar sendo vítima de armação política.
Se fizermos um pequeno exercício de memória, veremos que todos esses casos de corrupção que já derrubaram ministros e provocaram renúncia de deputados ligados ao Governo, partiram do próprio seio governista. Foi a partir desses casos de corrupção que o Brasil ficou conhecerndo pessoas como Waldomiro Diniz, Delúbio Soares, Silvinho Pereira, o cearense, assessor do irmão de José Genoíno, que tentava embacar com dólares na cueca, Marcos Valério e agora o Freud Godoy, assessor especial do presidente Lula, além do churrasqueiro de Lula, o Lorenzetti.
Diante de toda essa aberração, foi patético o programa de televisão da campanha petista nesta terça-feira. Com todos os jornais trazendo notícias sobre o dossiêgate e mais detalhes sobre os acusados, que não sabem separar suas atividades públicas das privadas - sem alusão aos úteis vasos sanitários - o programa de Lula aparece, olimpicamente, trazendo uma mensagem do presidente que está nos Estados Unidos. Dentre outros tópicos, a mensagem de Lula enfatiza "o espanto do Governo com essa baixaria"; afirma que "jamais o PT e o presidente se serviram de tais mecanismos" e, pasmem, termina com uma pergunta: "a quem interessa perturbar o processo eleitoral com compra de dossiê?".
Ora, depois que dois petistas foram presos com quase dois milhões de reais; depois que eles confessaram que o dinheiro veio do PT; depois que um dos principais homens de confiança de Lula - Freud Godoy - assume que se reuniu quatro vezes com um dos presos e pede demissão; depois, que outro petista e churrasqueiro de Lula, Jorge Doninzetti, também pede exoneração, o PT ainda pergunta a quem interessa a compra do dossiê? Assim, nem mesmo Sigmund Freud - o Pai da Psicanálise - conseguria explicar essa dupla personalidade petista. Se os governistas tentam insinuar que tudo isso foi armado pela oposição, seria o caso então de se fazer duas perguntas: seria tão fácil assim comprar a consciência de pessoas de confiança do presidente Lula? As pessoas que trabalham diretamente com o presidente do Brasil seriam assim tão fracos e fáceis de serem corrompidos?

sábado, setembro 16, 2006

Submundo do crime chega à campanha eleitoral e envolve assessores de Lula

Faltando menos de 15 dias para as eleições, tudo parecia que nesta reta final a campanha eleitoral já estivesse definida. No plano federal, as pesquisas indicavam uma vitória fácil do presidente Lula (PT), o mesmo ocorrendo nos principais colégios eleitorais, como em São Paulo, com a vitória de José Serra (PSDB), em Minas Gerais, com a reeleição de Aécio Neves (PSDB) e no Rio de Janeiro com a vitória de Sérgio Cabral (PMDB).
Porém, tudo pode mudar depois de mais um escândalo envolvendo membros do PT e integrantes do Governo Federal. O caso estourou com a última edição da revista Isto É, que publicou uma entrevista com Luiz Antonio Vedoin (chefe dos sanguessugas), acusando José Serra de ter participado da máfia das ambulâncias. A matéria já fazia com que petistas menos avisados começassem a esfregar as mãos e festejar a vitória de Lula e até mesmo uma reviravolta na eleição de São Paulo a favor do petista Aloísio Mercadante.
Só que o caso começou a virar contra o PT e pode até mesmo complicar a candidatura do presidente Lula. Pelo que se apurou até o momento, o fato não passa de um dossiê sem conteúdo consistente, formado pelos Vedoin contra o candidato do PSDB ao governo de São Paulo. A Polícia Federal prendeu em São Paulo, na sexta-feira, Gedimar Passos e Valdebran Padilha com R$ 1,75 milhão, dinheiro que seria usado comprar o dossiê. Valdebran Padilha, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Passos, advogado e ex-policial, que também trabalhava para o PT, confirmaram que parte do dinheiro veio do próprio PT. Uma menor quantia teria sido pago por uma revista de circulação nacional, cujo nome não foi revelado.
E se já não bastasse o envolvimento dessas duas pessoas ligadas ao PT, presas com quase dois milhões de reais de origem desconhecida, o pior para o Partido dos Trabalhadores, ainda estava para ser descoberto. Em depoimento à PF, Gedimar disse que o dossiê teria sido feito a mando de Freud Godoy, homem de confiança de Lula. Freud foi chefe da segurança de Lula em todas as suas campanhas eleitorais e, ao assumir o poder, Lula o transformou em assessor especial, com direito a sala no mesmo andar do Gabinete Presidencial.
Logo depois de ter recebido um telefonema do presidente, na segunda-feira, como declarou à imprensa, Freud disse que "tranquilizou" Lula e, em seguida, pediu exoneração do cargo. A exoneração, a pedido, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.
Com o decorrer das investigações, começaram a surgir outros nomes de petistas, ligados ao presidente Lula e à sua campanha de reeleição. É o caso de Jorge Lorenzetti, filiado ao PT de Santa Catarina e churrasqueiro preferido de Lula, e Osvaldo Bargas, ex-secretário do então ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT.
Diante de mais este escabroso caso de corrupção que já começa a pipocar na imprensa internacional, a oposição não perdeu tempo e entrou com representação contra a candidatura de Lula junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Nesta terça, o TSE acatou o pedido para iniciar as investigações e verificar se o PT e o próprio Palácio do Planalto estão envolvidos nessa compra de dossiê. O TSE vai acompanhar também o trabalho da Polícia Federal que investiga a origem desses quase dois milhões de reais apreendidos com os petistas em São Paulo. Portanto, trata-se de mais um caso de corrupão durante o Governo Lula, que vai engrossar a lista e entrar para a história da República brasileira, que já conta com casos como o de Waldomiro Diniz, mensalão e mensalinho, dólar em cueca, vampiros e sanguessugas no Ministério da Saúde e as cartilhas de Guschiken.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Enquete em Osasco revela que eleitores indecisos ainda são maioria

Com o objetivo único de passar informação jornalística, o signatário deste blog realizou nos dias 12 e 13 deste mês, uma enquete sobre as eleições em Osasco, cidade-pólo da região Oeste da Grande São Paulo. Realizada dentro das normas da Justiça Eleitoral, a enquete não pode e nem deve ser confundida com as pesquisas eleitorais, que são feitas obedecendo critérios científicos de pesquisas de opinião pública. A enquete, por sua vez, é uma pequena amostragem, feita aleatoriamente. Sem se identificar, o entrevistado apenas diz, espontâneamente ,o nome do candidato já escolhido por ele. E essa amostragem em Osasco revelou que os eleitores indecisos ainda são maioria a duas semanas das eleições, principalmente para os cargos de senador, deputado federal e estadual.
A enquete foi realizada em quatro pontos distintos de Osasco, num total de 100 pessoas ouvidas no seguintes locais: 20 no centro comercial do Jardim Novo Osasco (zona Sul); 20 no Jardim Helena Maria (zona Norte); 20 na Vila Yara (zona Leste); 20 no Km 18 (zona Oeste); e 20 no Calçadão da Rua Antônio Agu (Centro).
A amostragem confirma as pesquisas que dão vantagem ao presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, e a José Serra (PSDB), candidato ao Governo do Estado, porém, indica um possível segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin (PSDB), se a eleição dependesse apenas dos votos de São Paulo, conforme, inclusive, vem demonstrando as últimas pesquisas. No Estado de São Paulo, como em toda a região Sudeste, a diferença pró Lula é muito inferior à vantagem que o petista obtém nas regiões Norte e Nordeste. Em muitas regiões do Estado, inclusive, a vantagem é do tucano Geraldo Alckmin.
A enquete em Osasco revela ainda outros fatores muito particulares destas eleições. O primeiro fato é com relação ao grande número de indecisos para os cargos de deputados federais e estaduais, fruto da grande decepção dos eleitores após as últimas CPIs envolvendo parlamentares. Isso pode significar um grande número de abstenção e que a eleição proporcional só será mesmo definida nos últimos dias de campanha ou até mesmo apenas no momento do voto. A segunda leitura que se pode fazer desta enquete é que os políticos mais conhecidos são os únicos que parecem ter forças para vencer a barreira dos indecisos.
É o caso, por exemplo, dos ex-prefeitos de Osasco Celso Giglio (PSDB), candidato a deputado estadual, e Francisco Rossi (PMDB), candidato a deputado federal. Por outro lado, a amostragem revela também que, mesmo sendo conhecido, se o político teve problemas recentes com CPIs, como foi o caso do deputado federal João Paulo Cunha (PT), essa vantagem praticamente inexiste. Para senador, apesar do alto índice de indecisos, a vantagem absoluta é de Eduardo Suplicy (PT).Veja, os quadros a seguir, lembrando que o universo entrevistado foi de 100 pessoas:

Presidente:
Lula (PT) - 32 votos
Alckmin (PSDB) - 22
H. Helena (PSOL) - 10
Indecisos - 30
Nulos - 6
________________________
Total - 100

Governador:
José Serra (PSDB) - 38
Mercadante (PT) - 17
Quércia (PMDB) - 4
M. Guide (PSB) - 1
Indecisos - 35
Nulos - 5
_____________________
Total - 100

Senador:
Suplicy (PT) - 30
Afif (PFL) - 7
Alda (PMDB) - 1
Indecisos - 57
Nulos - 5
____________________
Total - 100

Deputado Federal:
Francisco Rossi (PMDB) - 14
Cláudio Magrão (PPS) - 5
Ant. Bulhões (PMDB) - 2
Paulinho (PDT) - 2
Paulo Maluf (PP) - 2
Outros, todos com um
voto: (João Paulo, Barbosa,
Silvinho, Paulo Julião,
Clodovil e W.Rafael) - 6
Indecisos - 63
Nulos - 6
___________________________
Total - 100

Deputado Estadual:
Celso Giglio (PSDB) - 18
M. Martins (PT) - 5
Toniolo ((PV) - 5
Gil Arantes (PFL) - 3
Délbio Teruel (PDT) - 2
Gilmaci (PL) - 2
Outros, todos com
um voto: (Aguimarães,
Pedrinho Eloy, Miazaki,
Gaspar e Afanásio) - 5
Indecisos - 57
Nulos - 3
___________________________
Total - 100

segunda-feira, setembro 11, 2006

Aliança ou salada de fruta?

A verticalização imposta pela Justiça Eleitoral acabou transformando a atual campanha numa verdadeira salada de fruta, conhecida também como "aliança partidária". Como no Brasil não temos nenhuma tradição de partidos fortes e muito menos fidelidade partidária, a verticalização, tem colocado muitos candidatos numa tremenda saia justa, sobretudo, aqueles que procuram driblar a legislação e fazer as mais absurdas alianças.
E essa salada de candidatos e partidos ocorre em todos os níveis da disputa, desde a eleição para presidente até a de deputados estaduais. O exemplo maior dessa desorganização vem do PSDB do Ceará, reduto do presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissatti. Quem, por exemplo, vai entender ou dar crédito às críticas de Jereissatti ao PT e ao governo Lula, se no seu próprio estado ele apóa o candidato de Lula? É isso mesmo. O Ceará é governado pelo tucano Lúcio Alcântara (PSDB), candidato à reeleição, que apresenta o presidente Lula em seu programa de televisão, é recebido no palácio do Planalto em plena campanha e ignora Geraldo Alckmin. Por outro lado, Tasso Jereissatti apóia para o governo do Ceará o candidato do PSB, apoiado por Lula, Cid Gomes, irmão do ex-ministro de Lula e amigo de Tasso, Ciro Gomes. Resumindo: no Ceará, o candidato do PT é apoiado pelo presidente nacional do PSDB. Entendeu? Nem eu.
Mas a bagunça não pára por aí. No Acre, os irmãos Jorge e Tião Viana, petistas de corpo e alma - um governador e outro senador - não podiam nem ouvir falar em nomes de políticos ligados ao PP, o partido de Paulo Maluf, na época em que o PT se julgava o partido da ética. Hoje, PT e PP são aliados. Em Minas, o PT de Lula sempre qualificou o ex-governador Newton Cardoso (PMDB) de "ladrão e corrupto". Hoje, o Newtão apóia Lula e é o seu candidato ao Senado. Em São Paulo, a mesma coisa. PT e PMDB sempre se odiaram e esse ódio petista era descarregado no ex-governador Orestes Quércia, chamado também de "ladrão e corrupto" pelos petistas. Porém, no início da campanha, Lula e sua turma fizeram de tudo para que Quércia fosse o candidato ao Senado e em troca apoiasse a candidatura de Aloísio Mercadante. Para isso, o PT estava disposto até mesmo a sacrificar a candidatura de Eduardo Suplicy.
E se lá em cima, os candidatos fazem essa salada, imagina o que não ocorre nas campanhas para deputado federal e estadual. Estes, no entanto, muitas vezes são mais vítimas das próprias alianças de seus partidos. Há aqueles que tentam tirar proveito. Tem, por exemplo, candidato de um partido em uma cidade que consegue fazer aliança com Deus e o mundo em todo o Estado. É uma festa.
Em Osasco, na região Oeste da Grande São Paulo, dois candidatos estão estão nessa saia justa: o deputado federal, Cláudio Magrão (PPS), que sempre esteve ao lado do PT, agora tem que fazer material de campanha mostrando que o seu partido, em São Paulo, apóia José Serra. O presidente da Câmara Municipal, vereador José Barbosa Coelho, candidato a deputado federal pelo PTB é outro que não tem saída. Ele era do PTB e depois ingressou no PSDB para acompanhar o ex-prefeito Celso Giglio (PSDB), hoje, canditado a deputado federal.
Após as últimas eleições municipais, com a derrota de Giglio, Barbosa voltou ao seu antigo PTB para se aliar à administração do petista Emidio Pereira de Souza. Só que, com certeza, o vereador Barbosa não esperava que o eterno comandante do PTB paulista, o deputado Campos Machado, fosse mudar de lado. Em 2004, o PTB apoiou Emidio, inclusive, indicando o seu vice, Faisal Cury. Nestas eleições, porém, o PTB fechou aliança com o PSDB e Campos Machado faz campanha aberta para José Serra. Com esse quadro, ficou até interessante o material de campanha do vereador Barbosa, que coloca o seu nome em destaque e, em letras minúsculas, mostra as siglas da coligação de José Serra: PSDB, PFL. PTB e PPS, apenas para obedecer a verticalização.
Sorte desses candidatos é que nesta campanha a Justiça Eleitoral proibiu aqueles megas showmícios, onde a presença deles era praticamente uma exigência. Hoje, cada um faz a sua reuniãozinha lá na periferia e quase ninguém fica sabendo nem o partido do candidato e muito menos quais os candidatos que ele apóia para Governador e Presidente da República. Resta saber que resultado esta salada de partidos terá nas urnas no dia 1º de outubro.

sábado, setembro 09, 2006

Rossi e Giglio lideram corrida eleitoral em Osasco e esquentam o clima para 2008


Conforme notícias publicadas na imprensa da região Oeste da Grande São Paulo, Francisco Rossi (PMDB) - à esquerda - e Celso Giglio (PSDB), - à extrema direita - dois ex-prefeitos de Osasco, aparecem como líderes nas pesquisas de intenção de votos. Rossi é candidato a deputado federal, enquanto Giglio disputa uma cadeira na Assembléia Legislativa. Dois políticos experientes, que já administraram a quinta maior cidade do Estado por dois mandatos, já foram aliados em recentes campanhas, porém, hoje estão em campos opostos. De acordo com as pesquisas, tanto Rossi como Giglio deverão ser eleitos com grande votação. Para os analistas de plantão, se as intenções de votos forem confirmadas nas urnas, Rossi e Giglio poderão voltar a se enfrentar dentro dois anos em campanha como candidatos à prefeitura de Osasco, que pela primeira vez é administrada por um petista: Emidio Pereira de Souza. Ainda segundo as pesquisas na região de Osasco, o deputado federal João Paulo Cunha (PT), candidado à reeleição, aparece em segundo lugar, e o vereador Marcos Martins (PT) é o segundo na corrida rumo à Assembléia Legislativa.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Depois dos escândalos, o fim do voto secreto

Ufa! Até que em fim parece que os políticos brasileiros perceberam que não poderiam enganar para sempre toda a população. Nesta terça-feira, por 383 votos favoráveis e 4 abstenções, o plenário da Câmara aprovou o fim do voto secreto em todas as sessões no Congresso Nacional. A medida vale para as eleições da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, derrubada de veto presidencial, cassação de mandato e indicação de embaixadores. O voto secreto, que sem dúvida alguma, é um avanço do processo democrático brasileiro, acabará também em todas as Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. A partir de agora, o povo saberá também como seus deputados estaduais e vereadores votam, por exemplo, em parcerias que só as empresas e os políticos ganham e ficam mais ricos, enquanto o povo não consegue ver as melhorias.
Mas não foi fácil chegar a esse momento. Há muitos anos, parlamentares sérios já haviam entrado com essa emenda constitucional, porém, os maus políticos, aqueles mesmos que, encondendo-se atrás do voto secreto, absolveram todos mensaleiros do Congresso, impediam a sua aprovação. Agora, porém, com a imagem arrebentada junto à opinião pública, a Câmara deu o primeiro passo para acabar com essa vergonha. Mesmo assim, para conseguir o quórum de 388 deputados na Casa, foi necessário que o PPS e o PSOL ameaçassem divulgar os nomes dos faltosos. A emenda precisa passar ainda por uma segunda votação na Câmara dos Deputados e mais duas no Senado.
E a medida veio tarde. O fim do voto secreto já poderia ter sido aprovado antes das absurdas absolvições de parlamentares que confessaram participação no valerioduto. Contudo, naquele momento não havia interesse da base governista, uma vez que havia muitos petistas e membros de partidos da situação envolvidos no esquema de corrupção. Ontem, no entanto, o clima era outro. Os próprios petistas eram os mais fervorosos na defesa do voto aberto. Mas, com já dizia a minha avó: antes tarde do que nunca.
Os quatos que se abstiveram, com certeza, são alguns sanguessugas ou mensaleiros. Inclusive, dos 67 deputados acusados de participarem da máfia das ambulâncias, 28 não compareceram à votação. A expectativa agora ficará por conta de como se comportarão os parlamentares mensaleiros, durante a votação, com voto aberto, dos processos de cassação dos sanguessugas. Será que algum mensaleiro, se for reeleito, terá coragem de votar abertamente contra aquele colega que o absolveu no mensalão? Veremos.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Depois de "fechar" o corpo no África, Lula procura os evangélicos no Brasil

Na tentativa de conquistar a simpatia do povo evangélico, o presidente Lula (PT) acaba de escrever uma carta endereçada a esse segmento religioso, na qual "agradece" a Deus por ter tido a honra de servir às Igrejas e pede as orações dos fiéis. Mas, será que o presidente está mesmo interessado nas orações ou apenas nos votos dos evangélicos?
Não sabemos qual a fé que o presidente Lula professa, porém, a julgar pela sua facilidade em crer em tudo, parece que ele não sabe ainda o que quer receber em termos de proteção divina. Como escrevemos aqui, em 17 de fevereiro deste ano, em sua viagem à África naquele mês, o presidente petista, que sempre se queixa de "urucubaca em seu governo", não perdeu a oportunidade e aproveitou para pedir a proteção dos orixás.
Para "afastar" as tais urucubacas, Lula se submeteu a um ritual vodu, no vilarejo de Quidá, litoral de Benin. Com Lula à frente, o cenário apresentava ao fundo o “Portal do Não Retorno”, um monumento erguido em 1995, para evocar o sentimento que se passava pela alma dos escravos que dali partiam em lotados navios negreiros, rumo ao Brasil e a outros países. Ao fim do ritual, Lula disse aos jornalistas e à comitiva que se sentia “mais leve”.
Agora, tenta se aproximar dos evangélicos, mas, como também já escrevemos nest blog, por um caminho que não parece o mais certo. Depois de fazer de tudo para afastar da campanha o evangélico Anthony Garotinho, Lula tenta essa aproximação através da Igreja Universal do Reino Deus, cuja igreja, não não faz muito tempo, apresentava em seus cultos Lula e o PT como a própria encarnação do diabo e do mal. Mas, como a Universal tem rituais que não condizem com a Bíblia, é bem provável que daqui a pouco o Brasil acabe vendo o presidente nas reuniões para afastar "encosto", na igreja fundada por Edir Macedo. Não é bem isso que a Bíblia ensina. Cristo nos deixou lições de amor, fraternidade, sinceridade, honestidade e respeito ao próximo, valores raros hoje, sobretudo, na classe política brasileira.

sexta-feira, setembro 01, 2006

PIB medíocre mais uma vez. Haja Bolsa-Família!

Os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o crescimento do PIB brasileiro, no segundo trimestre deste ano, foi também medíocre, assim como foi medíocre o crescimento total do ano de 2005, quando o país só cresceu mais que o paupérrimo Haiti. Conforme esses dados, a economia brasileira registrou uma expansão de 0,5% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano.
Trata-se do pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2005, quando houve recuo de 1,2%. O resultado fraco foi puxado pela indústria. Segundo os analistas econômicos, o crescimento fraco mostrado pelo IBGE, põe em risco a meta mais modesta já divulgada por integrantes do governo Lula para a expansão econômica deste ano, de 4%. Os próprios ministros da área econômica do Governo Lula já estão revendo os cálculos e estimam um PIB bem mais baixo do que previam.
Assim, sem crescimento da indústria e do comércio não há emprego e sem emprego não há renda, o que só faz aumentar o número de pobres no País. Talvez seja por isso que o Governo Lula - que só pensa na reeleição - dobrou os investimentos no programa Bolsa Família e já previu também mais aumento desse programa para o orçamento de 2007. Isso prova que o governo petista não pensa em desenvolvimento ou em melhora de vida para o povo e sim no aumento da miséria e daqueles que continuarão dependentes do assistencialismo público.
Na entrevista ao Jornal da Globo, nesta quinta-feira, Lula mais uma vez demonstrou desconforto ao ter que explicar o aumento do Bolsa Família e justificou que "antes de ensinar a pescar, o governo tem também que dar o peixe ao pescador". Ele está certo, já que quem tem fome não pode esperar, mas, a julgar pelo ritmo de crescimento do Brasil nesses três anos de seu governo, não haverá Bolsa Família e nem peixe suficiente para saciar a forme de tantos miseráveis deste país. Mas, por outro lado sempre há também aqueles que ganham com a pobreza do povo. Na hora do voto, quem recebe um prato de comida, com certeza, votará naquele que lhe deu a comida hoje. Até porque ele sabe que a comida de amanhã estará garantida por esses mesmos políticos ou por outros que só pensam nas próximas eleições, jamais nas próximas gerações. E assim o Brasil vai de mal a pior.

web counter free
-- Fim do codigo Contador -->