sexta-feira, março 31, 2006

Serra deixa a Prefeitura para disputar o Governo de São Paulo

Nesta sexta-feira, como o mundo inteiro já sabia, o prefeito José Serra deixou a Prefeitura de São Paulo para disputar o governo do Estado pelo PSDB. Segundo Serra, ele sai de uma posição confortável para enfrentar mais uma batalha. "Entro nessa disputa com o grande risco de sair de uma posição já conquistada e confortável para enfrentar mais uma batalha", disse o pefeito, ao confirmar a sua candidatura.
José Serra também não poupou críticas ao PT, afirmando que o Estado de São Paulo não pode correr o risco de parar em mãos erradas. "Nosso Estado não pode sofrer retrocesso. Esse é mais um motivo para assumir esse desafio. Escolhi essa batalha e ela me escolheu. Vou a ela com muita disposição".
Depois de destacar o que fez administrando a maior cidade do Brasil, Serra afirmou: "É fundamental mantermos nosso Estado no rumo certo". Serra fez questão também de elogiar seu substituto, Gilberto Kassab, o vice, que assume a administração da Capital. "Muda o maestro, mas permanece a orquestra", disse Serra.
A decisão de José Serra, com certeza, não agradou em nada seus adversários, principalmente, o PT que tem dois pré-candidatos: a ex-prefeita Marta Suplicy, derrotada por Serra, em 2004, e o senador Aloísio Mercadante. Conforme as últimas pesquisas eleitorais, Serra lidera com folga as intenções de voto. Ele ganharia dos dois candidatos petistas e também de Orestes Quércia (PMDB).

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Deputada dançarina volta ao Conselho de Ética e revolta deputado Roberto Freire


Durou menos de 24 horas a punição preventiva da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que na quarta-feira da semana passada chocou o país, ao sair sambando pelos corredores da Câmara para festejar a absolvição do colega João Magno (PT-MG), acusado de fazer parte do mensalão.
Na quinta-feira, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), acolheu representação do PPS contra a deputada. No texto, o partido pedia uma punição para a deputada, mas não tratava de perda de mandato por quebra de decoro. Por isso a deputada não precisava se afastar das atividades no Conselho. Conforme o regimento, o parlamentar que integra o Conselho de Ética deve se afastar das atividades quando tiver de responder a um processo por quebra de decoro.
Como se trata de pena mais branda, a definição da penalidade fica por conta da Mesa Diretora da Câmara. No entanto, essa análise da Secretaria Geral da Mesa gerou protesto imediato e revoltou o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (foto). "O Aldo Rebelo - presidente da Câmara - mais uma vez desmoraliza as instituições. Aquela dança, festejando a impunidade parlamentar, chocou a sociedade brasileira", afirmou. "A falta de compostura não é motivo para cassação, mas não pode ficar sem punição", esbravejou Roberto Freire.

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Processo de João Paulo vai a plenário no dia 5

A Câmara dos Deputados deverá votar na próxima quarta-feira, dia 5, o processo que pede a cassação do mandato do deputado e ex-presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP). A votação deveria ter ocorrido nesta quarta-feira, mas, como o deputado tinha prazo até aquele dia para recorrer junto à Comissão de Justiça, o presidente Aldo Rebelo decidiu adiar a votação. E, como João Paulo resolveu não recorrer, se nada de novo acontecer até lá, a sessão está marcada para o dia 5.
João Paulo é acusado de ter participado do chamado mensalão. Conforme os autos do processo, o deputado osasquense teria sacado, por intermédio de sua mulher, Márcia, R$ 50 mil na agência do Banco Rural, dinheiro oriundo das contas de Marcos Valério, o operador do mensalão. Em sua defesa, João Paulo alega que não sabia que o dinheiro era do valerioduto e, sim, do caixa do PT, conforme teria lhe dito o ex-tesoureiro do PT, Delúblio Soares.

Prós e...
A situação de João Paulo Cunha é diferenciada dos demais acusados nesse esquema de mensalão. Muitos acreditam em sua absolvição. Para esses, pode pesar a favor de João Paulo, o seu círculo de amizade, conseguido durante a sua gestão como presidente da Câmara, a sua importância dentro do PT, levando-se em conta que o partido luta pela reeleição do presidente Lula, e também o histórico das últimas votações. Até agora, o plenário já absolveu sete deputados acusados também de terem se beneficiado do dinheiro da dupla Delúbio e Marcos Valério.

...contras
Já aqueles que acham difícil a situação do acusado, citam que o deputado se complicou ao se defender na primeira oportunidade, afirmando que a sua mulher teria ido ao banco para regularizar uma pendência de TV por assinatura. Posteriormente, o deputado disse que realmente ela havia sacado os R$ 50 mil, mas que esse dinheiro fora usado para pagar pesquisas eleitorais na cidade de Osasco. Pesa também contra João Paulo o minucioso processo relatado pelo deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) que, além do caso do Banco Rural, cita as relações de amizade deJoão Paulo com o empresário Marcos Valério. O relatório cita, por exemplo, o contratação de uma das empresas de Valério para fazer a publicidade de João Paulo à presidência da Câmara, a renovação do contrato de Valério com a Câmara dos Deputados, que teria sido considerada irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Teria sido também através de João Paulo, que uma das agências de Marcos Valério chegou a participar do processo licitatório para fazer a publicidade da prefeitura de Osasco, berço político do deputado petista.
Para os que não acreditam na absolvição, ainda existem dois fatos que podem pesar contra João Paulo Cunha. A dança da deputada Ângela Guadagnin, que festejou a absolvição de outro deputado petista e, parodaxalmente, a própria força João Paulo dentro do PT. Neste, caso, o PT poderia abandonar o deputado à propria sorte para "provar" à sociedade que teria cortado na própria carne, ao cassar João Paulo Cunha, um ex-presidente da Câmara, e José Dirceu, um ex-ministro de Lula. A votação será secreta.

Placar do mensalão:

Cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).

Absolvidos: João Magno (PT-MG), Wanderval Santos (PL-SP), Pedro Henry (PP-MT), Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP), Sandro Mabel (PP-GO), e Romeu Queiroz (PTB-MG).

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Giglio encerra Congresso histórico da APM e parte para a campanha


Encerrou-se no último sábado, 25, na cidade do Guarujá, o 50º Congresso Estadual de Municípios, um evento histórico promovido pela APM (Associação Paulista de Municipios). Durante cinco dias, o ex-prefeito de Osasco e atual presidente da APM, Celso Giglio (PSDB), comandou esse congresso que reuniu mais de 8 mil pessoas no litoral paulista. Fotos de Renato Ferreira.
Personalidades políticas do Brasil e técnicos especializados discutiram diversos temas de interesse dos municípios, como: Cidadania, Educação, Saúde, Cultura, Meio Ambiente, Transporte, Planejamento, Habitação, Segurança Pública, Turismo, Energia, Recursos Hídricos, Agricultura e Justiça, entre outros.
A esposa de Celso Giglio, Glória Giglio, coordenou a programação paralela, destinada às primeiras-damas. Durante toda a semana, as esposas de prefeitos discutiram temas voltados às políticas sociais dos municípios.
Na sexta-feira, dia 24, o Congresso contou com a presença do governador de São Paulo e candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin. Também nesse dia, Celso Giglio recebeu o Título de Cidadão Guarujaense, entregue pelo presidente da Câmara e pelo prefeito da cidade, Farid Madi.
Ao encerrar o Congresso, Giglio agradeceu a presença de todos e disse que a Carta de Guarujá, contendo o resumo dos temas tratados e as reivindicações de prefeitos e vereadores, será enviada às autoridades estaduais e federais. O objetivo dos municipalistas é de que sejam revistos o pacto federativo e a divisão do bolo orçamentário. Para Celso Giglio, a cada ano, os municípios têm suas responsabilidades aumentadas com as políticas públicas, porém, não recebem o repasse de verba correspondente à esses serviços prestados à sociedade, sobretudo, nas áreas de educação e saúde.
Nesta sexta-feira, 31 de março, Celso Giglio deixa a presidência da APM e também a superintendência do Iamspe, para poder concorrer às eleições de outubro. Giglio é pré-candidato a deputado estadual e, a partir de abril, estará dando expediente em seu recente escritório político inaugurando no centro de Osasco. O companheiro de chapa de Giglio é o vereador Cláudio Piteri (PSDB), que concorrerá a uma cadeira de deputado federal.

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quinta-feira, março 30, 2006

Professores páram Osasco

Durante a semana passada e na segunda-feira desta semana, a cidade de Osasco, na Grande São Paulo, parou literalmente durante manifestações de centenas de professores do Ensino Fundamental contra a administração municipal. Dentre outras reivindicações, as professoras pedem melhorias salariais, pagamento do Fundef e melhores condições para desempenhar suas funções de educadores. A foto é do Projeto Veracidade.
Durante as manifestações, as professoras fecharam diversas avenidas e nas concentrações que fizeram próximo à Prefeitura, era praticamente impossível transitar nas ruas das proximidades e, muito menos, entrar no estacionamento da Prefeitura.
Em reunião com a secretária de Educação, Maria José Favarão, e outros membros do Executivo, realizada no dia 23 de março, ficou acertado que a Prefeitura liberaria no dia 30, mais um bônus do Fundef. O valor é de R$ 600,00. Para os representantes da Prefeitura, a reivindicação das professoras é justa, porém, eles alegam que o pagamento tem que ser feito dentro das normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na mesma reunião, ficou acertado também o remanejamento imediato de funcionários para as unidades com déficit de pessoal, a convocação de novos trabalhadores e a volta de professores de informática à rede municipal, dentre outras medidas. Os professores chegaram a anunciar uma greve por tempo indeterminado. Mas, diante das propostas do Executivo, as aulas foram retomadas.

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Petista que sambou, "dança" no Conselho de Ética

O Brasil ficou estarrecido, São José dos Campos está envergonhada e o mundo, com certeza, não entendeu o espetáculo ridículo protagonizado pela deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que na quarta-feira da semana passada, saiu sambando pelos corredores da Câmara dos Deputados para festejar a absolvição de um deputado mensaleiro: João Magno (PT-MG), acusado de ter usado dinheiro do valerioduto. A cassação de Magno havia sido recomendada pelo Conselho de Ética, do qual Guadagnin faz parte.
Só que a carreira solo de sambista do Congresso está custando caro à deputada petista, conhecida também como a "musa do mensalão". Nesta quinta-feira, atendendo a uma representação do PPS, o presidente do órgão, Ricardo Izar (PTB-SP), suspendeu a deputada e vai designar um relator para o processo, que poderá propor uma simples advertência, afastamento do Conselho ou até mesmo a cassação do mandato da deputada que festejou a falta de ética e a impunidade de um colega acusado de ter faltado com a ética e com o decoro parlamentar.

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quarta-feira, março 29, 2006

As pizzas das quartas-feiras

Ao contrário do tradicional cardápio brasileiro que recomenda uma suculenta feijoada às quarta-feiras, após o episódio do mensalão e as cassações de Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de José Dirceu (PT-SP), os políticos brasileiros, que integram a ala dos corruptos, passaram a saborear um novo prato nas noites de quarta-feira, no plenário da Câmara dos Deputados.
Como Roberto Jefferson já havia alertado, os parlamentares escolheram ele e Dirceu como bode expiatório e fizeram uma fritura de suas cabeças. Depois, certamente, pensando que o eleitor brasileiro ainda é o mesmo de 30 anos atrás, os "nobres" parlamentares, que de nobre não têm nada, resolveram fazer acordos e passaram a servir pizza com borda de marmelada e de péssimo gosto. Assim, nesse prato da vergonha, já foram absolvidos diversos deputados mensaleiros, que confessaram ter recebido dinheiro das agências de Marcos Valério. Eles foram condenados pelo Conselho de Ética, mas mesmo assim foram absolvidos pelo plenário. Uma vergonha nacional que coloca o Brasil entre os países mais corruptos do planeta. E, como sugere a foto, essas pizzas do Congresso só poderiam mesmo ser consumidas por ratos que também não faltam por lá.

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quinta-feira, março 16, 2006

STF atende ao PT e proíbe depoimento de caseiro

O clima esquentou de vez nesta quinta-feira,16, na CPI dos Bingos - conhecida também como a CPI do Fim do Mundo - durante o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa, que trabalhou por sete anos na mansão alugada pelos ex-assessores do ministro Antonio Palocci, Rogério Buratti e Vladimir Poleto entre 2003 e 2004. Como já havia declarado à imprensa, Nildo, como é conhecido o caseiro, confirmava que o ministro Palocci fora visto por diversas vezes na mansão, quando o presidente da CPI, Efraim Morais (PFL-PB), recebeu uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal), determinando a suspensão do depoimento. A CPI dos Bingos investiga denúncias de que nessa mansão ocorriam festas com amigos de Palocci e ex-coloboradores de sua administrãção em Ribeirão Preto e também possíveis divisões de recursos de origem desconhecida.
A liminar foi dada em resposta a um mandado de segurança impetrado pelo senador Tião Viana (PT-AC), que, além de solicitar a suspensão do depoimento do caseiro, pedia também a suspensão de todas as investigações da CPI dos Bingos, envolvendo fatos como o assassinato de prefeitos do PT, caixa dois, evasão de divisas e mensalão. Para os governistas, esses fatos não fazem parte do objeto desta CPI, que fora criada para investigar irregularidades em Bingos.
Mas isso foi o bastante para acender o pavio e a indiganação da oposição, que chegou a comparar o ato do senador petista com as proibições e fechamentos do Congresso na época da ditadura militar. Só que antes da chegada da liminar, alguns parlamentares já haviam feito diversas perguntas ao depoente e o caseiro confirmou que viu o ministro Palocci por várias vezes na casa. Em janeiro, durante depoimento na CPI, Palocci disse que jamais tinha pisado na tal mansão.
O fato é que a liminar concedida pelo STF aumentou a crise entre os poderes Legislativo e Judiciário. Para deputados e senadores da oposição, o STF tem concedido diversos hábeas corpus para que depoentes fiquem calados, como o publicitário Duda Mendonça, que não respondeu nenhuma pergunta na CPI dos Correios e, agora, concede uma liminar para impedir que uma pessoa simples fale em outra CPI. Para a oposição, está acabando no Brasil o princípio de harmonia e de independência entre os Poderes, o que é muito prejudicial para o processo de redemocratização do país.

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quarta-feira, março 15, 2006

Duda se cala e se compromete na CPI

Deplorável, melancólico, desrespeitoso e compromedor. Estes foram alguns dos termos usados por membros da CPI dos Correios para qualificar o triste espetáculo protagonizado nesta quarta-feira, 15, pelo publicitário Duda Mendonça que, amparado por um hábeas corpus concedido pelo STF, não respondeu a nenhuma pergunta feita pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e pelos demais componentes da Comissão que investiga irregularidades nos Correios e diversas outras denúncias envolvendo compra de deputados, lavagem de dinheiro e caixa dois nas campanhas eleitorais de 2002 e 2004.
Durante três horas e meia, Duda Mendonça repetiu aos integrantes a mesma declaração para praticamente todas as perguntas: "não vou responder". Após o encerramento da sessão aberta, o publicitário iniciou um outro depoimento a portas fechadas. Desta vez, apenas com os parlamentares que tiveram acesso às suas contas no exterior. E o silêncio continuou sendo a voz do publicitário.
O depoimento de hoje foi o último da CPI dos Correios e os parlamentares esperavam poder avançar nas investigações e comparar as informações do primeiro depoimento de Duda Mendonça que não batem com os dados obtidos no exterior. Mas, com o hábeas corpus e orientado a todo momento pelos advogados, Duda preferiu o silêncio, mesmo sendo advertido por diversos parlamentares de que o seu silêncio configurava para a CPI e para a população uma "confissão de culpa". Foi até citado no plenário o ditado de que "quem cala, consente". Ao contrário do Duda apovarado, que compareceu em agosto para prestar depoimento e chegou até a chorar na CPI, hoje, o publicitário baiano, responsável pela campanha de Lula e por outras em 2004, preferiu não responder às denúncias de que tem outras contas no exterior, ao contrário do que havia declarado no ano passado.
"Estamos abrindo um precedente perigoso. É grave o que foi feito hoje", afirmou o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS). "O precedente que se abre aqui é extremamente perigoso para o país, para a democracia e especialmente para o Poder Legislativo", disse Delcidio, que acrescentou: "Entre a estratégia dos advogados, que respeito, eu fico com a opinião pública". Diante do silêncio comprometedor de Duda Mendonça, praticamente todos os parlamentares o criticaram. "Acredito que, do ponto de vista jurídico, ele adotou uma estratégia técnica; mas, do ponto de vista da opinião pública, ele se comunicou muito mal", afirmou o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).

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terça-feira, março 14, 2006

Conselho de Ética aprova cassação de João Paulo

Por 9 votos contra 5, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 14, o processo de cassação do mandato do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). O ex-presidente da Câmara é acusado de ter se beneficiado do valerioduto. Conforme os autos do processo, João Paulo sacou, por intermédio de sua mulher, Márcia, R$ 50 mil das contas das agências de Marcos Valério, o operador do chamado mensalão.
Foi uma decisão demorada e que só terminou na noite de ontem. A votação foi suspensa em virtude da abertura da sessão do plenário. Antes, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) leu o seu voto em separado, pedindo a absolvição de João Paulo. Ela levou quatro horas para rebater ponto por ponto o minucioso relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que recomendou a cassação.
Mas, apesar do voto da deputada petista, dos discursos dos cinco deputados que votaram contra a cassação, e das defesas feitas pelo advogado e pelo próprio João Paulo Cunha, a maioria dos membros do Conselho de Ética preferiu ficar com o relatório de Schirmer. Com a derrota no Conselho de Ética, o processo de João Paulo vai agora para a Câmara dos Deputados. No plenário, com voto secreto, serão necessários 257 votos para cassar o deputado petista. Para os petistas e para alguns governistas, João Paulo tem grande chance de ser absolvido, principalmente, depois das votações da semana passada, quando o plenário da Câmara votou contra a indicação do Conselho de Ética e absolveu os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP).

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PSDB pode lançar Serra à sucessão de Alckmin

A campanha eleitoral para a presidência da República começa a tomar um rumo bem mais claro com a oficialização de Geraldo Alckmin como o candidato dos tucanos. Com Lula, candidato à reeleição, Heloísa Helena, candidata do PSOL, falta apenas o nome do PMDB que será decidido em prévias no próximo domingo, quando os peemedemistas estarão escolhendo entre Anthony Garotinho e Germano Rigotto. Outros partidos, como o PPS e o PDT também estudam a possibilidade de lançarem candidaturas próprias.
A decisão do prefeito José Serra de abrir mão da candidatura em nome da união do PSDB, pode representar muito mais do que apenas uma união tucana. O recuo de Serra pode, sim, representar uma estratégia do PSDB. Com Serra candidato, mesmo estando bem nas pesquisas, o PSDB sabe que iria para uma disputa acirrada com Lula e também com o candidato do PMDB, principalmente, se for ele Anthony Garotinho, que em em 2002 obteve 15 milhões de votos. Com pré-candidatos não tão fortes à sucessão de Alckmin, os tucanos sabem que em outubro, eles poderiam amargar derrotas nos planos nacional e estadual, além de perderem também a prefeitura da Capital paulista que ficaria nas mãos do pefelista Gilberto Kassab.
Assim, a decisão de Serra e a oficialização do nome de Alckmin, pode reforçar a tese que vem circulando nos meios tucanos, de que José Serra poderá ser o candidato à sucessão de Alckmin. Segundo consta, há pesquisas internas do PSDB que demonstram que Serra tem mais de 60% de preferência do eleitorado paulista para ser o próximo governador. Sem o nome de Serra, as últimas pesquisas mostraram Marta Suplicy (PT) e Orestes Quércia (PMDB) na liderança. Portanto, os adversários dos tucanos devem colocar as barbas de molho, porque se Serra aceitar disputar o governo do Estado, além de ser um forte candidato à vitória, ele será também o mais forte cabo eleitoral de Geraldo Alckmin no maior colégio eleitoral do Brasil. Se fosse um jogo de bilhar, essa poderia ser considerada uma jogada de mestre do PSDB que colocaria os adversários, sobretudo, o PT, numa sinuca de bico.

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Unidos, tucanos escolhem Alckmin

Ao contrário do cenário de um mês atrás, quando todo o tucanato pendia para José Serra, líder nas pesquisas e, até então, o único candidato com forças para derrotar o presidente Lula (PT), a cúpula do PSDB surpreendeu e decidiu nesta terça-feira, 14, pelo nome do governador Geraldo Alckmin como candidato do partido à presidência da República. Foi uma decisão demorada do PSDB, mas, sem dúvida, uma decisão que demonstra união dos tucanos.
O anúncio do nome de Alckmin foi feito no diretório Estadual do PSDB, pelo presidente nacional, senador Tasso Jereissati (CE), que forma o triunvirato tucano, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de Minas, Aécio Neves. Para mostrar unidade, o trio todo-poderoso tucano estava acopanhado dos governadores Lúcio Alcântara (CE), Marconi Perillo (GO) e Cássio Lima (PB), além de centenas de lideranças e militantes tucanos.
Conforme destacou Tasso, a decisão surgiu depois que o prefeito José Serra abriu mão de sua pré-candidatura em prol da unidade do partido. "Quero enaltecer o desprendimento desse magnífico homem que é José Serra, que para evitar disputa interna e entendendo que o melhor para o país é seu partido chegar à Presidência e que não é possível mais ficar entregue ao PT, entendendo isso, para preservar a integridade do partido, ele deu um enorme gesto de amor ao país", disse Tasso ao oficializar a candidatura do PSDB. "Nosso candidato é Geraldo Alckmin".

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Para Rossi, impedir prévias é desmoralizar o PMDB

Conforme decisão de convenção nacional do PMDB, realizada em 2005, no próximo domingo, 19 de março, o partido realizará suas prévias para escolher o candidato à presidência da República. Os dois pré-candidatos são o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. As prévias representam a vontade da maioria absoluta dos militantes peemedebistas. Mas há um pequeno grupo governista, liderado pelos senadores Renan Calheiros (AL), José Sarney (AP) e Ney Suassuna (PB), que tenta impedir a realização das prévias, com o objetivo de que o partido faça coligação com o PT.
Falando ao signatário deste blog, o ex-prefeito de Osasco, Francisco Rossi, pré-candidato a deputado federal, disse que a não realização das prévias será uma desmoralização para o PMDB. (A foto é de Edú Venancio)

O que o senhor acha desta manobra dos governistas do PMDB para impedir as prévias?
Eu não acredito que eles terão sucesso. Estão tentando há muito tempo, mas é a minoria. Trata-se de um grupo muito pequeno que quer que o PMDB continue com os cargos no governo, apoiando o governo Lula. Porém, as prévias representam o desejo da maioria e foram decididas em convenção nacional do partido. Portanto, em minha opinião, a não realização das prévias, marcadas para o próximo domingo, será uma total desmoralização para o PMDB.

Em São Paulo, diretório estadual decidiu apoiar a candidatura de Germano Rigotto. Mas, o senhor está com Garotinho, não?
É verdade. Desde o início desse processo de candidatura própria do PMDB, quando apenas o Garotinho se apresentou como candidato, nós já havíamos decidido pelo apoio ao seu nome. Respeitamos a decisão do diretório estadual, mas, colocamos a nossa posição pró-Garotinho ao presidente Orestes Quércia e ele entendeu. Tanto é que, apesar da decisão oficial do diretório estudual, os diretórios municipais estão liberados para votar em Garotinho ou no Rigotto. Apoiamos e acreditamos na vitória de Anthony Garotinho. Estamos trabalhando pela sua vitória, contudo, o mais importante é que o PMDB resgate a sua identidade e tenha candidato próprio à Presidência da República.

Para o governo do Estado também?
Sem dúvida. O PMDB é um grande partido, organizado em todo o Brasil e tem condições de apresentar candidatos próprios na maioria dos Estados. E não seria diferente em São Paulo, onde o nosso candidato é o ex-governador Orestes Quércia. Ele ainda não decidiu se será o candidato do partido. Mas, como as pesquisas o colocam nos primeiros lugares, acho que ele deveria ser o candidato do PMDB, pois, terá totais condições de voltar ao Palácio dos Bandeirantes.

E como está a campanha para deputado federal?
Ainda não estou em campanha. O meu nome foi apresentado como pré-candidato e a candidatura oficial só será definida em junho. Mas, estou muito feliz com a repercussão da pré-candidatura. São muitas adesões em várias regiões do Estado e, sobretudo, em Osasco. Agradeço o apoio que tenho recebido e se assim for a vontade do partido e do povo, estarei à disposição para mais uma vez representar Osasco, a região Oeste e o Estado de São Paulo no Congresso Nacional. Já cumpri dois mandatos de deputado federal, dos quais tenho muito orgulho.

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Ana Maria Rossi assume o PMDB de Osasco

Com certo atraso e pedindo desculpas aos eleitores, registramos hoje a posse de Ana Maria Rossi na presidência do diretório municipal do PMDB de Osasco. A posse de Ana Maria, que é esposa do ex-prefeito de Osasco e pré-candidato a deputado federal, Francisco Rossi, aconteceu no último dia 7 de fevereiro, no auditório da ACEO (Associação Comercial e Empresarial de Osasco). O evento contou com a presença de centenas de militantes e lideranças peemedebistas da região Oeste. Prestigiaram também a posse de Ana Maria o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), e o ex-prefeito de Barueri e pré-candidato a deputado estadual, Gil Arantes (PFL). A foto é de Edú Venâncio.
Ana Maria substitui a filha Ana Paula Rossi. “Vamos continuar o trabalho que estava sendo realizado sob a coordenação da Ana Paula e fortalecer cada vez mais o PMDB em Osasco. Nosso partido terá candidatos próprios à Presidência da República, ao Governo do Estado de São Paulo e não tenho dúvida que estaremos também muito bem representados na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa”, afirmou Ana Maria Rossi. O vice-presidente é Uébio José da Silva (Bio).
Por sua vez, Ana Paula Rossi, aproveitou para agradecer à equipe que a ajudou na construção do novo PMDB de Osasco. “Estarei sempre à disposição do nosso partido, colaborando no que for preciso para reacendermos a chama peemedebista da nossa região”.
Já o ex-prefeito Francisco Rossi, confirmou a intenção de concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados. “Vou ser candidato a deputado federal e a cidade de Osasco, pela qual tenho um carinho muito especial, com certeza, será o coração da minha campanha", enfatizou Rossi.

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quinta-feira, março 09, 2006

Absolvição de deputados "legitima" crime de caixa dois

A legislação eleitoral brasileira diz que fazer caixa dois para campanha é crime. O Brasil vive um dos piores momentos de sua história política, após as denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), de que havia um sistema de mensalão no Congresso Nacional, envolvendo a compra de parlamentares para votar matérias de interesse do Executivo. Os recursos para essa "compra" de parlamentares vinha de contas das agências de publicidade do empresário Marcos Valério, que confirmou ter feito empréstimos para o Partido dos Trabalhadores.
O então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, confessou que fez os empréstimos, porém, afirmou que os recursos não eram para irrigar o mensalão e, sim, para fazer o caixa dois do partido.
Após as denúncias, duas CPIs - a dos Correios e a dos Bingos - foram criadas e o que se viu a seguir foram as cassações de dois deputados, a absolvição de quatro, renúncias, demissão de ministros e milhares de páginas de processos sobre compra de parlamentares, caixa dois de partidos e evasão de recursos, dentre outros crimes.
Logo depois das primeiras denúncias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse numa entrevista, em Paris, que não sabia de nenhum mensalão e que o caixa dois, confessado pelos dirigentes petistas, "era uma prática normal na política do Brasil". Recentemete, o presidente Lula voltou a abordar o assunto, afirmando que "não devemos execrar os culpados, pois, errar é humano".
Agora, a Câmara dos Deputados, contrariando a indicação do Conselho de Ética, que recomendou a cassação, absolve os parlamentares acusados. Essa absolvição acaba legimando a prática do caixa dois.
Portanto, a palavra agora fica com a Justiça Eleitoral, que no próximo mês de outubro irá gastar cerca de um bilhão de reais para realizar as eleições. E o povo, atento, espera saber de onde virão os recursos para as caríssimas campanhas. Afinal, caixa dois é crime, ou não?

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Rodízio de pizza na Câmara envergonha o Brasil

As duas sessões extraordinárias da Câmara dos Deputados, ocorridas nesta quarta-feira, 8 de março - ironicamente, no Dia Internacional da Mulher, um símbolo de luta e liberdade - deveriam ser riscadas dos anais do Congresso Nacional. Ou então serem jogadas num arquivo, apenas para servir de lição e nunca mais serem repetidas.
Nesse terrível dia do parlamento brasileiro, a Câmara absolveu dois deputados - Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), acusados de terem sacado dinheiro, por intermédio de assessores, das agências de Marcos Valério, o operador do suposto mensalão. Foi um triste espetáculo de desrespeito ao povo e à nação brasileira protagonizado por parlamentares do PT e do PFL. Espetáculo que envergonha e rebaixa o Brasil aos piores níveis de corrupção do planeta.
Os deputados Roberto Brant e Professor Luizinho elevaram para quatro o número de políticos absolvidos pela Câmara no escândalo do mensalão. Os dois - pasmem - foram aplaudidos de pé após o discurso de defesa que apresentaram no plenário. Brant escapou da cassação com 283 votos contra 156 a favor da perda de mandato. Enquanto Luizinho deixou de ser cassado com 253 votos contrários, 183 a favor, dez abstenções e três em branco.
Para configurar o acordão e o rodízio de pizza oferecido na Câmara, antes, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) usou a tribuna para elogiar o pefelista Roberto Brant, mesmo procedimento do deputado Mussa Demis (PFL-PI), que elogiou o Professor Luizinho. Isso desmoralizou o Conselho de Ética e alguns de seus membros já afirmaram que deverão deixar o órgão que zela pelo decoro parlamentar. Realmente não tem lógica o Conselho de Ética recomendar a cassação de determinado parlamentar, em voto aberto, se no plenário, em vergonhoso e retrógado processo de votação secreta, os parlamentares se escondem no anonimato e votam contra a indicação do Conselho de Ética. Só mesmo no Brasil, que já foi chamado de país de gente não séria, é que poderiam ocorrer coisas patéticas como essas.
Em sessões anteriores, a Câmara já havia absolvido o líder do PL, Sandro Mabel (GO), acompanhando a indicação do Conselho. Já no processo contra o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), foi a primeira vez que o plenário foi contra a decisão do Conselho de Ética e absolveu o deputado mineiro. Outros cinco processos de cassação, contra João Paulo Cunha (PT-SP), João Magno (PT-MG), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PTB-BA) e José Janene (PP-PR), ainda tramitam no Conselho de Ética.
Até agora, apenas dois protagonistas do suposto escândalo do mensalão, Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP), perderam seus mandatos. O próprio Roberto Jefferson, autor das denúncias de mensalão no Congresso, já havia "profetizado" esse resultado, quando afirmou que o Governo e o Congresso já haviam definido as cabeças que deveriam rolar.
Outros quatro acusados --Valdemar Costa Neto (PL-SP), Carlos Rodrigues (PL-RJ), Paulo Rocha (PT-PA) e José Borba (PMDB-PR)-- renunciaram para escapar da cassação. Hoje, eles devem estar arrempendidos. Na próxima quarta-feira, o circo será montado novamente na Câmara, quando os parlamentares, rindo da cara de seus eleitores, voltarão ao picadeiro para votarem mais dois processos de cassação de mandato: contra os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE).

Processo de João Paulo foi adiado para terça-feira

Por decisão do presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB-SP), a votação do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que deveria ser realizada nesta quinta-feira, 9, foi adiada para a próxima terça-feira, 14, às 10 horas.
Na última terça-feira, 7, durante a primeira votação do relatório, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), pediu vista do processo por duas sessões, mas, como na sexta-feira normalmente não dá quórum no plenário da Câmara, Izar achou melhor adiar a votação para terça-feira a fim de evitar qualquer problema regimental. O relator do processo contra João Paulo, Cezar Schirmer (PMDB-RS), recomendou a cassação do mandato do deputado petista.
Em seu minucioso relatório, Schirmer enfatizou vários detalhes, destacando o que ele classificou como "amizade e relação de negócios entre João Paulo e Marcos Valério". O relator fez um histórico, não somente da acusação contra João Paulo de ter se beneficiado do chamado valerioduto, mas também desde que João Paulo e Marcos Valério se conheceram em 2002, passando pela eleição na Câmara dos Deputados, quando a agência de Marcos Valério foi escolhida para divulgar a campanha vitoriosa do petista, a sua contratação para fazer a publicidade da Câmara e também a presença de uma das agências de Marcos Valério em processo licitatório na cidade de Osasco, reduto eleitoral de João Paulo. "É uma missão que não me agrada fazer. Mas, o meu voto se baseia em fatos, atos, documentos e testemunhos e não deixa brechas para adjetivos".
Após as considerações do relator, João Paulo contestou e mandou elaborar a seguinte nota oficial:

Brasília, 07/03/06

NOTA À IMPRENSA

A respeito do relatório apresentado pelo deputado Cezar Schirmer ao Conselho de Ética nesta terça-feira (07/02), esclareço:

1- As versões dos fatos reunidas pelo relator na sua proposição não apresentam qualquer novidade. O que há de novo é a sua criatividade e a capacidade de colar peças segundo a sua conveniência e interesse. Tudo tem e terá respostas.

2- As três partes essenciais do relatório - objeto efetivo da apuração - foram apresentadas com parcialidade e, em alguns momentos, partidarizadas. O saque no Banco Rural, a sua justificativa e o contrato entre a Câmara dos Deputados e a empresa SMPB não contém nem contradições, nem irregularidades, muito menos mentiras e/ou ilicitudes como tentou demonstrar o relator.


3- Na quinta-feira (09/02), apresentaremos as contra razões ao relatório com o objetivo de assegurar tranqüilidade ao Conselho de Ética para julgar o meu processo.


João Paulo Cunha
Deputado Federal (PT/SP)

terça-feira, março 07, 2006

Pedido de vista prorroga sofrimento de João Paulo

Depois de uma longa sessão do Conselho de Ética, nesta terça-feira, com leitura de relatório e voto detalhados do relator Cezar Schirmer (PMDB-RS), um pedido de vista do processo acabou por prorrogar o sofrimento do deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), acusado de ter recebido R$ 50 mil da conta da agência SMPB, de Marcos Valério. O pedido de vista foi da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que repetiu o que já havia feito em todos os processos envolvendo parlamentares petistas. O relator Cezar Schirmer recomendou a perda de mandato do deputado João Paulo.
Tudo estava acertado para que a leitura e a votação do relatório fossem realizadas e concluídas na sessão de ontem, a pedido do próprio João Paulo. Após a leitura do longo relatório, João Paulo fez uma defesa sucinta de seu mandato. Ele confirmou que realmente pedira à sua mulher, Márcia, que fizesse o saque dos R$ 50 mil no Banco Rural, afirmando, porém, que para ele o dinheiro, "usado para pagar pesquisa eleitoral na região de Osasco (SP) - seu reduto eleitoral - era oriundo do caixa do PT, uma vez que o valor havia sido disponibilizado pelo ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares". João Paulo disse também que está sendo "vítima de uma campanha de perseguição". Na sessão, Ângela Guadagnin iria apenas pedir a absolvição do colega em voto separado.
Só que o relator surpreendeu na leitura de seu voto pela cassação. Durante uma longa exposição, que prendeu a atenção de telespectadores e internautas de todo o Brasil, até pela importância dos cargos já ocupados por João Paulo, Schirmer enfatizou vários detalhes, destacando o que ele classificou como "amizade e relação de negócios entre João Paulo e Marcos Valério". "É uma missão que não me agrada. Mas, o meu voto se baseia em fatos, atos, documentos e testemunhos". João Paulo contestou, solicitou que a colega pedisse vista e, em nota, disse que todas as afirmações do relator serão rebatidas e contestadas no Conselho de Ética. Agora, a votação do relatório deverá ocorrer na próxima quinta-feira.

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domingo, março 05, 2006

Ex-deputado é preso por corrupção. Mas é nos Estados Unidos

Conforme matéria da Agência Estado, publicada neste domingo no site do Jornal O Estado de Minas - www.uai.com.br - o ex-deputado federal republicano Randy "Duke" Cunningham foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão e levado imediatamente do tribunal federal de San Diego para a cadeia. Não lhe permitiram nem fazer a última visita à sua mãe, de 91 anos, antes de ser encarcerado. O ex-parlamentar, de 64 anos, terá também que pagar US$ 1,8 milhão em imposto de renda por conta dos US$ 2,4 milhões que confessou ter recebido ilicitamente ao longo de 15 anos no Congresso sob a forma de propinas em dinheiro, residências, iates, móveis antigos, tapetes persas e um Rolls Royce.
O Tribunal também não levou em conta o fato de que Cunnignham sofre de câncer de próstata e tenha perdido cerca de 40 quilos desde junho, quando foi indiciado e renunciou ao mandato de deputado. "O senhor não estava com frio nem com fome e, ainda assim, fez todas essas coisas", disse Burns, antes de anunciar o veredicto. "O que o senhor fez foi minar a possibilidade de que políticos honestos venham a fazer um bom trabalho". O recorde de prisão anterior, de oito anos, pertencia a dois ex-deputados democratas - James Traficant, de Ohio, condenado em 2000 por aceitar propinas, e Mario Biaggio, que em 1988 foi sentenciado depois de extorquir perto de US$ 2 milhões de um fornecedor de material bélico para favorecer um contrato.
O episódio representa apenas a primeira fase de um escândalo que poderá atingir outros políticos, empresários e até mesmo altos funcionários da CIA. Segundo a revista Newsweek, o empresário Brent Wilkes, que está implicado no mesmo caso que levou Cunningham à cadeia, tem laços suspeitos com pelo menos um alto oficial da CIA e também com Tom Delay, o ex-líder da maioria republicana na Câmara. Delay foi forçado a deixar o comando da bancada no ano passado, depois de ter sido indiciado por violação das leis eleitorais de seu estado, o Texas.
Em TEMPO: Enquanto lá nos Estados Unidos, os juízes não levam em conta um câncer do acusado, aqui no Brasil, a Câmara dos Deputados se deixa enrolar pelos argumentos do deputado José Janene (PP-PR), acusado de se beneficiar do mensalão. Apesar de ter apresentado projetos de emendas no orçamento de 2006, Janene não comparece há meses na Câmara, alegando que sofre de doença cardíaca para não comparecer ao Conselho de Ética. Por outro lado, já imaginou se a legislação dura dos EUA contra parlamenares corruptos fosse aplicada no Brasil? Os governantes teriam que destinar mais recursos para a construção de cadeias e mais cadeias.

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VEJA, ISTO É, MENSALÃO

As duas maiores revistas semanais do Brasil - Veja e Isto É - trouxeram esta semana novos fatos envolvendo o mensalão. São fatos que esquentam ainda mais o clima político em ano eleitoral e que já estão inspirando deputados e senadores a pedirem a prorrogação da CPMI dos Correios e da CPI dos Bingos. Tudo porque as matérias relatam fatos que reforçam a tese do mensalão, mencionam novas fontes de recursos, como a poderosa bi-nacional Itaipu, e também de como funcionava o mensalão de Furnas, envolvendo mais de uma centena de parlamentares de diversos partidos.
Segundo a matéria de Veja, o pseudo publicitário Marcos Valério estaria ameaçando revelar novos nomes de parlamentares que se beneficiaram de dinheiro repassado por suas agências. A maioria desses nomes pertence ao PMDB, partido que tinha como líder o deputado José Borba (PMDB-PR). Como todos sabem Borba renunciou ao mandato para fugir do processo de cassação. Segundo a revista, Valério teria feito a ameaça porque não fora beneficiado pelo relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Em nota, Marcos Valério disse que a matéria de Veja não corresponde à verdade e negou também que esteja ameaçando divulgar novos nomes.
O fato é que as matérias das duas revistas colocaram mais lenha nessa fogueira que se transformou a política brasileira desde que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), denunciou a existência do mensalão, inclusive, dando detalhes da operação e citando nomes de seus mentores e operadores. Com ou sem mensalão, o que o Brasil assistiu a seguir foi um festival de depoimentos mentirosos, omissões, contradições, cassações, renúncias de parlamentares, quedas de ministros e um clima de que a corrupção política foi banalizada no Brasil.

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Fiesp endossa críticas da CNBB ao Governo Lula

Conforme notícia publicada no dia 3 de fevereiro, no site da Folha de S.Paulo - www.folha.com.br - a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) saiu em defesa do secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Odilo Pedro Scherer, que criticou a política econômica do governo Lula (PT). O presidente da Fiesp, Paulo Skaf (fofo), disse que vai fazer uma visita a dom Odilo para cumprimentá-lo pelas declarações. Dom Odilo disse que o "Brasil é um paraíso financeiro", referindo-se aos lucros fabulosos dos Bancos brasileiros no ano de 2005. Foram os maiores lucros da história, tanto dos bancos privados, como dos bancos públicos do país, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
Na visita, Skaf deve discutir com representantes da CNBB propostas para o desenvolvimento do país, associado à melhoria das condições sociais da população. Skaf deve convidar o cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, para acompanhá-lo nessa visita à CNBB.
Em nota oficial, a Fiesp repetiu as declarações de dom Cláudio e informou que é "é chegada a hora de se criar um 'Projeto Brasil', um programa corajoso, responsável e factível, que privilegie o desenvolvimento, diminuindo o poder monetário que está impedindo o crescimento do país".

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sábado, março 04, 2006

Governo Lula sofre duras críticas da CNBB

Depois da divulgação dos astronômicos lucros dos Bancos brasileiros e do pífio crescimento do PIB do Brasil (2,3%) em 2005, o governo Lula (PT), sofreu mais um duro golpe durante esta semana. Desta vez não foram os números, contra os quais não há argumento. Foram as duras críticas da cúpula da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que sempre apoiou as bandeiras defendidas pelo Partido dos Trabalhadors, como a ética, a luta em favor dos trabalhadores e o desenvolvimento da nação brasileira.
Primeiro foi o secretário-geral da CNBB, d. Odilo Pedro Scherer, que afirmou: "o Brasil é um paraíso financeiro". Um dia depois, o presidente da entidade, d. Geraldo Majella Agnelo (foto), elevou o tom das críticas ao governo Lula, cuja campanha teve o apoio da Igreja Católica em 2002.
"Este governo gosta de fazer comparações com outras administrações. Mas não existe na história um governo tão submisso às condições impostas pelos credores do que este governo", disse o cardeal primaz do Brasil, em Salvador, ao lançar oficialmente a Campanha da Fraternidade na Bahia."Eu ainda não vi um banco quebrar no governo Lula. Pelo contrário, os banqueiros estão lucrando cada vez mais", disse d. Geraldo Majella, que criticou também o principal programa social do governo. "O Bolsa-Família é assistencialismo, não é promoção humana. O que nós queremos é trabalho e educação para todos". Segundo d. Geraldo Majella, a Igreja vai distribuir uma cartilha para orientar os eleitores.
No campo político, o arcebispo disse que os "acordos políticos" feitos para impedir a punição de alguns parlamentares acusados de participação no suposto "mensalão" prejudicam a imagem do Brasil. "Já está provado que a corrupção existe. Agora, protelar prazos para não punir os culpados é inaceitável. A gente vê que os acusados conseguem muitos habeas corpus, não vão aos depoimentos, dizem que estão doentes. Isto não dá para aceitar", finaliza o presidente da CNBB. Veja mais detalhes no site da Folha: www.folha.com.br

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sexta-feira, março 03, 2006

Carnaval e politicagem

Já não se faz carnaval como antigamente. Como o futebol, que já há muitos anos deixou de ser o esporte das multidões e de torcidas civilizadas, para se transformar em trampolim político e, consequentemente, nesse horror que se vê hoje nos estádios, o carnaval está também a cada ano abrindo espaço apenas para manifestações politiqueiras, cujo destino poderá ser o mesmo do futebol, ou seja, a morte do puro sentimento esportivo e cultural do povo. São raras as cidades onde ainda hoje o carnaval representa apenas alegria. Seja nas passarelas, nos clubes, nas ruas ou estradas, o que se vê no reinado de Momo é apenas violência. E o resultado não poderia ser outro, senão o das estatatísticas policiais: brigas, acidentes, milhares de pessoas feridas e centenas de mortes.
Os temas políticos dos sambas-enredo, as ajudas financeiras, inclusive, de países estrangeiros, as brigas políticas e o resultado deste ano, principalmente, em São Paulo e no Rio de Janeiro, servem para exemplificar esse uso político e nocivo do carnaval.
Em São Paulo, por exemplo, a escola Nenê de Vila Matilde, presidida por um tucano, resolveu "homenagear", o ex e saudoso governador Mário Covas, o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin, sendo que os dois últimos são pré-candidatos à presidência da República, cuja briga está espalhando pena no ninho tucano e fazendo com que o presidente Lula seja até agora o único candidado em campanha. Só mesmo o presidente da escola, é que poderia imaginar que essa "homenagem" num eleitoral não significa propaganda eleitoral tanto para Serra como para Alckmin.
Vereadores do PT até que tentaram, sem sucesso, impedir na Justiça que os bonecos dos dois tucanos presidenciáveis desfilassem pela passarela do Anhembi. É bom destacar, no entanto, que os vereadores petistas não teriam tido esse trabalho e nem se interessariam incomodar a Justiça se qualquer outra escola tivesse tido a idéia de também "homenagear", por exemplo, o presidente Lula. E todos viram como foi tumultuada a apuração do carnaval paulista, com a Gaviões da Fiel prometendo que não desfilará mais e os jurados recebendo até ameaças.
Enquanto isso, o carnaval do Rio, considerado o maior do mundo, teve também as suas desavenças. Com um samba-enredo inusitado - homenagem ao "libertador da América espanhola, Simón Bolívar - a escola de Vila Isabel conquistou o título depois de 18 anos na fila, deixando as rivais em pé de guerra. Um fato que ainda não ficou muito claro foi a briga do maior representante da Vila Isabel, o compositor e cantor Martinho da Vila, que se desentendeu com a direção da escola pela primeira vez não defilou pela sua Vila.
Porém, um outro fato envolvendo a Vila Isabel está bem claro. É a ajuda financeira que a escola de samba recebeu do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A escola recebeu U$ 450 mil, o equivalente a R$ 1 milhão da estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA). Além dessa verba generosa para o samba da Vila Isabel, Hugo Chávez abençoou também cerca de 500 privilegiados venezuelanos, funcionários da PDVSA, que passaram o carnaval no Rio com todas as despesas pagas pelo governo de Chávez. E nem precisaria dizer que os governistas venezuelanos e simpatizantes de Chávez estão vibrando com a vitória da Vila Isabel. Nem tanto pela defesa da latinidade, mas, pelo nome e a propaganda de Hugo Chavez, que parece querer se transformar num novo tipo de Simón Bolívar, desta vez englobando o Brasil. O vice-presidente da Venezuela, José Vicente Rangel, se declarou "feliz " com o título da Vila Isabel. "A retribuição publicitária deste fato, acredito, justifica qualquer gasto", disse Rangel.
Mas, se por um lado, os chavistas estão pulando com a vitória da Vila Isabel, a oposição venezuelana não está a fim de brincadeira e nem de samba. Líderes oposicionistas daquele país, cuja pobreza não é diferente dos demais países da América do Sul, criticaram o financiamento da escola de samba e a alegoria de Bolívar, por considerarem que a representação constitui uma falta de respeito ao herói da independência. Um deputado da oposição anunciou que denunciará ao Supremo Tribunal de Justiça a PDVSA pela doação à escola de samba carioca.
Como a PDVSA, a nossa Petrobrás também patrocinou o carnaval. Entrevistado no camarote da empresa, em Salvador, e sambando muito, um engenheiro e gerente da Petrobrás, gaguejou muito para explicar qual o retorno, para o povo brasileiro, de gasto tão grande com publicidade da empresa no carnaval. Em tempo: O valor do litro de gasolina no Brasil custa 20 vezes ao preço pago pelos consumidores na Venezuela.

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