sexta-feira, novembro 30, 2012

Câmara Municipal de Osasco aprova contas do prefeito Emidio, rejeitadas pelo TCE

E como já era esperado, em sessão extraordinária nesta quinta-feira, 29, a Câmara Municipal de Osasco aprovou, por 17 votos a 4, as contas do prefeito Emidio de Souza (PT), relativas ao exercício de 2009. Os 17 votos favoráveis são de vereadores do PT e demais partidos da base governista, enquanto que os quatros votos contários são dos quatro vereadores tucanos da Casa: Jair Assaf, André Sacco Jr, Sebastião Bognar e Ana Paula Rossi. (Foto de Jeferson Martinho/Jornal Visão Oeste)


Até aí tudo normal, pois, é uma responsabilidade legal as Câmaras aprovarem as contas do Executivo. Mas, dentro do contexto histórioco de Osasco, que jamais teve contas rejeitadas, com exceção das contas de 2004 do prefeito Celso Giglio (PSDB), rejeitadas pelos vereadores em 2005, já no mandado do petista Emidio de Souza, essa aprovação de ontem se reveste de cunho puramente político. E coloca em suspeição a validade dos pareceres do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que nesses dois casos parece terem sido usado politicamente.


Como todos sabem também, por ter tido suas contas de 2004 rejeitadas, memos com parecer favorável do Ministério Público, o tucano Celso Giglio acabou sendo enquadrado na Lei de Ficha Limpa e, com isso, sua candidatura a prefeito em 2012, foi impugnada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mesmo tendo obtido 149 mil votos no primeiro turno, contra 138 mil do prefeito eleito, Jorge Lapas (PT). Giglio critica a ação dos vereadores e afirma que foi vítima de "uma jogada política", fato refutado pelos petistas, que afirmam terem feito um julgamento "técnico" das contas.

Palanque político
Mas, quem  tinha dúvida de que os dois casos se revestem apenas de cunho político, basta vereficar como foi tensa a sessão extraordinária desta quinta-feira. Com o espaço destinado ao público superlotado, fato raro na Câmara de Osasco, e com uma plateia formada por militantes tucanos e petistas, inclusive, com funcionários comissionados, o clima esquentou durante a votação. O presidente da Casa, Aluisio Pinheiro (PT) teve que interferir várias vezes e até ameçando esvaziar o recinto, caso os militantes não se acalmassem.


Com muitos gritos e insultos de ambos os lados, por pouco tucanos e petistas não saíram no tapa, tamanho era o clima político que imperou durante aa votação das contas, que ficou longe de ser apenas uma aprecisação técnica. Nos dois casos, o TCE deu parecer contrário demonstrando que houve irregularidade na aplicação de recursos, por exemplo, na área da Educação. Mas, enquanto os vereadores aceitaram esse parecer no caso das contas do tucano, o mesmo não aconteceus nas contas do petista.


E a briga não ficou restrita apenas entre os militantes. Entre os vereadores da base e da minúscula oposição houve também muito bate boca e acusações mútuas, com cada um defendendo o seu partido e as contas do seu prefeito. Os petistas afirmam que houve desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal no caso das constas 2004 de Giglio, enquanto os tucanos afirmam também que houve esse mesmo desrespeito à LRF nas contas petistas de 2009. E o clima esquentou, principalmente, durante os discursos dos quatro tucanos e dos petistas Walmir Prascidelli, João Gois e Rubinho Bastos.


Para o público mais distante desse clima político/partidário e da encrenca de militantes, resta esperar uma Câmara mais independente na próxima Legislatura. E caso as contas do Executivo venham a sofrer restrições e sejam rejeitadas pelo TCE, que as mesmas tenham um julgamento puramente técnico e não apenas político, sempre com a vitória da maioria governista. Pois, assim, fica muito previsível quais contas serão aprovadas ou rejeitadas e quais os políticos que serão prejudicados na alternância do poder.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

quarta-feira, novembro 28, 2012

STF condena João Paulo a 9 anos de reclusão em regime fechado

Nesta quinta-feira, 28, os ministros do STF calcularam a pena do deputado Federal João Paulo Cunha (PT-SP) e condenaram o ex-presidente da Câmara dos Deputados a 9 anos e 4 meses de prisão. Como a pena é superior a 8 anos, João Paulo terá que iniciar o cumprimento da punição em regime fechado. Conforme o processo da Ação Penal 470, conhecida também como mensalão, João Paulo foi condenado pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.


Pelo crime de peculato, o petista foi condenado a três anos e quatro meses. Já pela prática de corrupção passiva, ele pegou uma pena de três anos, enquanto que em relação ao crime de lavagem de dinheiro, a condenação de três anos, pena mínima.  "Eu levei em consideração os contatos que ele manteve com Marcos Valério e o fato de ele ser presidente da Câmara - disse o ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF e também relator do processo. Segundo o relator, como presidente da Câmara, João Paulo teria facilitado a vitória da agência SMP&B, de Marcos Valério,  na concorrência para fazer a publicidade da Câmara dos Deputados.

Clima quente

Antes do final da sessão, o clima esquentou no STF, com uma questão de ordem levatanda pelo advogado de João Paulo, Alberto Toron, e acampada pelos ministros Ricardo Lewandowski, revisor, e Marco Aurélio de Mello. O advogado suregiu que no caso do crime de lavagem de dinheiro, a dosimetria da pena fosse finalizada apenas com a participação do novo ministro do STF, Teori Zavascki, que toma posse nesta quinta-feira, uma vez que o ex-ministro Ayres Britto, que condenou o réu, não participou do cálculo da pena.


Para o advogado, haveria um impasse, uma vez que o placar da condenação foi de 6 votos a 5, o que resultaria num empate. Houve bastante discussão e o clima esquentou, mas, com com a questão  debatida em plenário, a maioria definiu que os cinco ministros que votaram pela condenação tinham condições regimentais para calcular a pena, posição que já havia sido defendida por Joaquim Barbosa monocraticamente. Ao final da prolongada fala do ministro Marco Aurélio, Joaquim  Barbosa, visivelmente irritado, encerrou o assunto: "Ministro Marco Aurélio, eu adoro a objetividade e detesto perda de tempo".


Logo após o resultado da dosimentria das penas, João Paulo Cunha declarou à imprensa e emitiu uma nota, onde afirma que não concorda com a decisão dos ministros. Como já disserra várias vezes, João Paulo afirma que é inocente e disse também que seu advogado vai recorrer, quando ele espera que, numa avaliação mais técnica, criteriosa e de acordo com as provas, a pena seja reavaliada e diminuída.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

Roberto Jefferson é condenado a 7 anos e se livra da prisão

Nesta quinta-feira, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) encerram a etapa de dosimetria (cálcul) das penas dos 25 réus condenados na Ação Penal 470, o chamado mensalão. O delator do escândalo, o ex-deputado Federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, pegou sete anos e 14 dias de prisão.


Com essa pena, Jefferson se livrou da cadeia e cumprirá a pena em regime semiaberto. O ex-deputado foi condenado também a pagar uma multa R$ 720,8 mil, referentes a 287 dias/multa. Por ter sido o delator do esquema, Jefferson teve redução da pena anteriormente anunciada pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, também presidente do STF. A proposta de Barbosa foi seguida pela maioria dos ministros. O ministro revisor, Ricardo Lewandowski, que sempre sugeriu penas menores aos réus, desta vez queria uma pena superior a Roberto Jefferson, mas foi voto vencido. O advogado de defesa de Jefferson alegou não ter gostado da pena e já disse que vai recorrer.


Palmieri: pena prescrita

Antes da condenação de Jefferson, os ministros aprovaram a dosimetria das penas de outro petebista: Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do partido. Por corrução passiva, Palmieri foi condenado a 2 anos, mas, os ministros decidiram que esta pena já estava prescrita. Pelo crime de lavagem de dinheiro, Emerson Palmiere foi condenado a 4 anos, mais 190 dias/multa, num total de R$ 247 mil..A pena será cumprida em regime aberto.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

terça-feira, novembro 27, 2012

Obras paradas dobram custo da transposição do São Francisco e o povo continua morrendo de sede

Uma das piores características de um governo é a mentira. É quando ele promete uma obra, não cumpre e ainda enterra dinheiro público em obras paralisadas ou inacabadas.


Isto está ocorrendo mais uma vez neste governo com a tão propalada transposição das águas do Rio São Francisco, iniciada em 2007 pelo presidente Lula. As promessas eram de que a obra ficaria pronta em 2012 e isto encheu de esperança mais de 12 milhões de pessoas simples do sertão nordestino que sempre sofreram com a seca. Uma seca impiedosa que mata gente e animais.


No entanto, chegou 2012, o ano já está no final e nada. A realidade é a desilusão dos nordestinos ao verem as obras paradas. E o pior é que esse atraso, além de causar indignação, causa também grande prejuízo aos cofres públicos, pois, o custo inicial que era de R$ 4 bilhões, agora, já é de mais de R$ 8 bilhões, uma vez que em vários trechos as obras têm têm que ser refeitas. E os empreiteiros - esses eternos amigos do governo - vão ganhando mais e mais.


Segundo o próprio governo, apenas 43% das obras foram concluidos e o prazo final passou para 2015. Ou seja, mais uma promessa do governo para o povo que continua morrendo de sede.


Esse fato foi destaque no Jornal Nacional desta segunda-feira, 26. Confira aqui, as imagens desta triste realidade e de uma péssima gestão do dinheiro público:

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/11/obra-que-poderia-aliviar-efeitos-da-seca-no-ne-esta-atrasada-e-mais-cara.html


Antes de iniciar as obras da transposição, o governo Lula foi muito criticado. Muitos especialistas alertaram o governo sobre a possibilidade dessa obra tornar-se inviável, pois, sem a revitalização do Velho Chico, o governo jamais conseguiria água necessária para transpor até a região do semi-árido do Nordeste. Houve vários protestos, principalmente, em Minas e na BA, onde os ribeirinhos sabem que o Velho Chico está abandonado.


Agora, além de já prever o dobro do custo, o governo insiste com esta obra faraônica, mesmo correndo o risco de depois de pronta, não ter o volume necessário de água que possibilite a transposição. Isto sem falar que, conforme estudos de especialistas, há outras alternativas mais baratas para se conseguir água no semi-árido.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook/orenatoferreira

sábado, novembro 24, 2012

Em plenária do João Paulo, petistas "condenam" julgamento do mensalão

Mais de mil pessoas lotaram o auditório do Colégio Mesericórdia, Centro de Osasco, na noite desta sexta-feira, 23, para participarem de um evento político promovido pelo deputado Federal, João Paulo Cunha (PT-SP). Tradicionalmente, o petista promove uma palestra no final do ano para analisar o que foi feito no período e planejar as realizações do ano seguinte. Mas, agora, em 2012, como os próprios organizadores enfatizaram, pelas circunstâncias políticas do momento - eleições e mensalão - a plenária tinha também outras perspectivas e finalidades, com dois temas em pauta: Eleições municipais e a Ação Penal 470, conhecida também como mensalão E foi o que realmente aconteceu. Com discursos inflamados, os petistas "condenaram" o julgamento do mensalão e conclamaram a militância a ir para as ruas em defesa dos petisas condenados num julgamento "político" e imposto "por parte de uma mídia que não aceita o PT no poder", segundo todos os líderes que discursaram.


João Paulo Cunha não participava de eventos públicos desde agosto, quando desistiu da candidatura a prefeito da cidade, após ter sido condenado pelo STF, na Ação Penal 470, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A dosimetria (cálculo) de sua pena deve ser definida pelos ministros do STF na próxima semana.


O evento contou com a presença de quase toda a cúpula petista estadual e deixou bem claro quais são os planos que o partido pretende colocar em prática nesse embate, não contra o Poder Judiciário em si, mas, como foi destacado, contra um julgamento que eles julgam "injusto" contra pessoas honestas do partido e que sempre trabalharam pela redemocratização do país, segundo os petistas. Dentre outras lideranças, estiveram presentes o promotor da plenária, João Paulo Cunha, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, o prefeito de Carapicuiba, Sérgio Ribeiro; o presidente estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva, os deputados estaduais Cândido Vacarezza, Vicente Cândido, José Mentor, Devanir Ribeiro e Carlos Zaratine, o ex-deputado José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil, de Lula, José Dirceu, além de deputados estaduais, prefeitos e vereadores de diversas regiões do estado. Apesar de ter sua presença confirmada pelos organizadores, o presidente nacional do PT, Rui Falcão não compareceu.


Por parte do governo Federal, que já se mostrou preocupado com esses eventos de desagravo aos petistas condenados, não compareceu ninguém. Apenas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enviou um representante. E, ausente por se encontrar no exterior, o ex-presidente Lula foi um dos mais mencionados pelos palestrantes. Durante a plenária, foi lido um convite do PT estadual para mais uma manifestação em defesa dos condenados, a ser realizada neste sábado em frente à Câmara Muncipal de São Paulo.

Eleições e mensalão
A plenária foi aberta pelo prefeito Emidio de Souza, saudado por João Paulo Cunha como a "maior" liderança petista de Osasco. Cumprindo seu segundo mandado, Emidio foi o responsável pela indicação do substituto de João Paulo, Jorge Lapas, que foi eleito com 138 mil votos, contra 149 mil do tucano Celso Giglio. Só que o tucano foi enquadrado na Lei de Ficha Limpa e teve a candidatua impugnada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Sem entrar em detalhes dos temas propostos, Emidio se limitou a agradecer os presentes e a desejar a todos um bom detabe. "Sejam bem-vindos. Vocês estão numa cidade que acretida na luta e no PT".


Em seguida, falaram Walmir Prascidelli, vice-prefeito eleito de Osasco, o prefeito de Carapicuiba Sérgio Ribeiro, o deputado estadual Alencar, os deputados federais Vicentinho, Cândido Vacarezza, Vicente Cândido, José Mentor, Devanir Ribeiro, Carlos Zaratine e o presidente estadual do PT, Edinho Silva. Todos destacaram a grande votação do PT nas eleições municipais, afirmando ter sido isso a "resposta" do povo em prol do PT, como também defenderam os petistas João Paulo, Genoino e Zé Dirceu, já condenados pelo STF. Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão, enquanto Genoino pegou 6 anos e 11 meses.



Companheiros "puros"
Emocionado, Vicentinho afirmou: "A elite não nos engole. Eles não aceitam que gente do povo chegue ao poder". Pracidelli disse: "O PT saiu vitorioso nestas eleições em todo o Brasil. E esses companheiros, hoje, condenados, dedicaram suas vidas pela democracia e são os responsáveis por levarmos um negro à presidência do STF". "Temos consciência da integridade de todos esses nossos companheiros, injustamente acusados de corrupção", disse Sérgio Ribeiro. "O povo brasileiro não vai se calar diante dessa opressão que ocorreu nesse julgamento", afirmou Zaratine. "Já vencenos muitas outras batalhas e veceremos esta também, porque somos do Partido dos Trabalhadores", enfatizou José Mentor. "Temos que fazer outros atos como este em todos os cantos do país em defesa desses homens que lutaram pela redemocratização do Brasil", afirmou Devanir Ribeiro. E a fala de todos, em defesa dos condenados, pode ser resumida nas palavras do deputado Vicente Cândido: "Esses companheiros foram acusados injustamente e a dor da injustiça é a que mais dói. Todos são honestos. Se o Genoíno cair no Rio Pinheiros, em 10 minutos ele é capaz de limpar esse rio, tamanha é a pureza deste companheiro", comparou Cândido.


José Genoíno
"Já falei muito sobre a Ação Penal 470 e a dor que ela nos causou. Mas, aprendi desde pequeno que a luta é feita com sentimento humano. Esse sentimento que prenciciamos hoje, aqui em Osasco, uma cidade que sempre me acolheu com muito carinho. O coração está doído, mas a cabeça está erguida, tranquila porque tenho a consciência da inocência".


José Dirceu
"Há dez anos, nossos adversários vêm sofrendo derrotas políticas e ideológicas. Agora, querem nos derrotar com o tema da ética nos campos que eles dominam. Portanto, temos que retomar a batalha da luta popular contra essa elite que não aceita o PT. Temos que colocar na discussão o papel do Ministério Público, da mídia e os limites democráticos. Não será uma luta fácil e nem a curto prazo. E vamos buscar a justiça em todas as instâncias nacionais e internacionais. Agora, com a força da luta popular, temos que fazer o julgamento do julgamento".


João Paulo
Após relatar episódios políticos e eleitorais com a presença do Lula, mostrando a força e a luta do ex-presidente pela redemocratização do país, João Paulo disse: "Nenhum de nós precisa de atos de desagravo. Realizamos esta plenária todos os anos e, após a minha condenação, fiz a opção por um silêncio obsequioso para não correr o risco de falar somente com a emoção. A campnha que fazem contra o PT é algo fora de propósito e o povo já começou a perceber que tem alguma coisa errada nesse julgamento. O Brasil que está na mídia não é o Brasil do pleno emprego, da economia sólida. Não é o Brasil que depois de 500 anos, graças ao projeto do ex-presidente Lula, elegeu a primeira mulher para a Presidência da República e que também colocou o primeiro negro na presidência do STF, porque isso era o projeto democrático do PT. Desde jovem fiz a opção pelo trabalho, por ficar ao lado dos trabalhadores e não vou mudar jamais. Vou cumprir tudo o que lei definir, mas, não vou me acomodar com a injustiça, porque sou inocente e nestas mãos não tem sujeira".


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira


sexta-feira, novembro 23, 2012

João Paulo promove plenária em Osasco

Nesta sexta-feira, 23, o deputado Federal João Paulo Cunha (PT-SP), volta a participar de um evento público desde que desistiu da candidatura à prefeitura de Osasco, após ter sido condenado pelo STF, na Ação Penal 470, conhecida também como mensalão, no mês de agosto.

Com apoio da cúpula petista, João Paulo promove uma plenária, em Osasco, onde dois temas estão na pauta: eleições 2012 e Ação Penal 470, conhecida popularmente como o mensalão. A plenária será realizada a partir das 18 horas, no auditório do Colégio Misericórdia.
Dentre outros conferencistas, estarão o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, o presidente nacional do PT, Rui Falcão; o presidente estadual, Edinho Silva, e os deputados Federais Arlindo Chinaglia e Jilmar Tatto. Há informações de que José Dirceu e José Genoino, já condenados e com as penas já calculadas pelo STF, também confirmaram presença.
 
 
Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira
 
 

quinta-feira, novembro 22, 2012

Em sua posse no STF, Barbosa prega Justiça rápida e igual para todos

O STF (Supremo Tribunal Federal) deu uma pausa ao histórico julgamento do mensalão, nesta quinta-feira, 22, para viver mais um dia de festa da Democracia. E nada mais justo, pois, a pausa foi para a realização da sessão solene de posse na presidência da Corte do ministro Joaquim Barbosa, que é o primeiro negro a presidir o Poder Judiciário. E, como todos sabem, Joaquim Barbosa, 58 anos, é também o relator do processo do mensalão, que já está há quatro meses em julgamento e condenando personalidades importantes do meio político e empresarial do país, como o ex-ministro do governo Lula, José Dirceu.


E o que não faltou foi a presença de autoridades importantes do país na posse de Joaquim Barbosa, com destaque para a presidente Dilma Rousseff (na foto, ao lado de Barbosa), senadores, governadores, deputados federais e ex-mnistros do STF, dentre outras. Estiveram presentes também centenas de artistas, como Martinho da Vila e Djavan, atores e atrizes, como Lázaro Ramos e Lucélia Santos, representantes do Movimento Negro, familiares do ministro, além de amigos seus vindos da França, Alemanha e dos Estados Unidos. No total, a posse contou com a presença de 2 mil convidados. Na mesma sessão, tomou posse como vice-presidente do STF, o ministro Ricardo Lewandowski, que por sinal é o revisor do processo do mensalão e que na maior parte desse julgamento tem trocado farpas com Joaquim Barbosa


Antes do discurso do novo presidente do Supremo, falaram o ministro Luiz Fux, o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante. Todos eles destacaram a carreira e o saber jurídico do ministro Joaquim Barbosa, enfatizando a expectativa que, não somente o meio jurídico, mas todos os brasileiros têm em relação à sua gestão à frente do Poder Judiciário.


Justiça para todos
Ao iniciar seu discurso, Joaquim Barbosa agradeceu a presença de todas as autoridades em nome da presidente Dilma Rousseff. Demonstrando firmeza e tranquilidade, Barbosa defendeu a independência do juíz, desde o início de sua carreira, e também uma Justiça célere e igual para todos os brasileiros. "É preciso reforçar a independência do juiz. Afastá-lo desde cedo das más influências",  ressaltou Barbosa, enfatizando, no entanto, que o juiz "é um produto do seu meio e do seu tempo".


Ao abordar os problemas do Poder Judiciário no Brasil, o novo presidente do STF destacou:  "Há um grande déficit de justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consideração quando buscam o serviço público da Justiça. A noção de justiça é indissociável da noção de igualdade. Quando se associam justiça e igualdade, emerge o cidadão", enfatizou Joaquim Barbosa. No final, Barbosa fez questão de agradecer a presença de sua mãe, dona Benedita, de demais familiares e de amigos vindos do exterior.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

sexta-feira, novembro 16, 2012

Seria coincidência, PT criticar sistema carcerário só do Brasil depois do STF definir penas de petistas?

Até o último domingo, dia 11 de novembro, não se ouvia nenhuma crítica sobre o sistema prisional do Brasil. Mas, bastou o STF (Supremo Tribunal Federal) definir as penas do núcleo político do mensalão, onde estão o ex-ministro da Casa Civil do Lula, José Dirceu; o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares; e o ex-presidente do partido, José Genoino, para que se iniciasse no país uma série de críticas ao sistema prsional do país, como se isso fosse uma grande novidade. Seria isso uma mera coincidência?


E, coincidentente, as críticas mais duras vêm da cúpula do PT, do ministro da Justiça, de parlamentares governistas e também de ministros do STF, claramente, alinhados com o PT. Mas, seria mesmo apenas uma coincidência? Parece que não. Depois de criticarem o STF e as penas impostas aos líderes do partido, os petistas dão a ideia de estarem empenhados em livrá-los da cadeia. No entanto, a Justiça deve ser igual para todos, inclusive, para políticos criminosos, sejam eles de que partido for.


Condenações
Como todos sabem, na segunda-feira, dia 12, a  Suprema Corte impôs a José Dirceu uma pena de 10 anos e dez meses de cadeia, além de multa de R$ 676 mil. Para o Supremo, Dirceu era o chefe do mensalão e comandou uma "quadrilha", que tinha como objetivo comprar apoio político ao governo Lula. A pena do ex-chefe da Casa Civil - que presidiu o PT de 1995 a 2002 - deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, por no mínimo um ano e nove meses.


O ex-presidente do PT, José Genoino, recebeu pena de 6 anos e 11 meses de prisão e multa de R$ 468 mil. Genoino poderá cumpri-la em regime semiaberto, no qual é obrigado a dormir na prisão. Já Delúbio Soares de Castro, ex-tesoureiro do partido, foi condenado a 8 anos e 11 meses, além de multa de R$ 325 mil.


Ministro prefere "morrer"
Um dia após a condenação dos companheiros petistas, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, supreendeu o Brasil ao declarar em São Paulo, que prefere a morte a ter que cumprir pena no atual sistema prisional do país. Após afirmar que os presídios brasileiros são medievais, Cardoso disse: "Entre passar anos num presídio brasileiro, eu preferia a morte". A supresa não se dá pela declaração, pois, todos conhecem as condições das penitenciárias do país, as quais não recuperam ninguém, e, sim, por ela ser proferida por um petista histórico e, principalmetne, pelo PT já está no poder há quase 10 anos e não ter feito nada para mudar esse quadro.


Na quarta-feira, 14, a Executiva Nacional do PT divulgou em São Paulo, manifesto em defesa dos réus do mensalão, com severas críticas ào cálculo das penas impostas aos petistas.  Os petistas afirmam que o julgamento do mensalão foi politizado e que o "Supremo agiu influenciado pela mídia que é contra o PT". A cúpula petista critica também o fato de o mensalão petista ter sulgado antes do chamado mensalão tucano. "Dois pesos e duas medidas, situações idênticas tratadas desigualmente", diz o documento petista. O texto diz ainda que o STF "não garantiu o amplo direito de defesa dos réus". Não é isso que o Brasil inteiro assistiu em longos discursos dos advogados durante o julgamento, sem contar todos esses anos, onde todos advogados tiveram acesso em todas as fases do processo que começou em 2007.


Toffoli também critica
A dosagem das penas e a situação dos presídios tiraram também do silêncio o ministro do STF José Dias Toffoli, ex-advogado da União, indicado ao Supremo pelo ex-presidente Lula. Econômico em suas palavras durante a votação do julgamento, em muitos casos, limitando-se a dizer que seguia integralmente o voto do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, na quarta-feira, Toffoli resolveu falar. E falou muito.


Em um discurso exaltado, Dias Toffoli questionou as altas penas dadas até agora. Toffoli defendeu menores penas de reclusão e maior valor para as multas e afirmou que "prisão restritiva de liberdade combina com o período medieval". Ele falou sobre o assunto durante a fixação da pena do dirigente do Banco Rural, José Roberto Salgado, pelo crime de lavagem de dinheiro. A fala do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que disse preferir morrer a cumprir pena em uma cadeia no Brasil, chegou a ser citada por Toffoli.

Pena que só agora, depois, que o STF começou a colocar fim na impunidade e a mandar condenados do colarinho branco para cadeia, é que o PT, parlamentares governistas e até ministros do governo  acordaram para a triste realidade dos nossos presídios. Pois, todos sabem que há décadas, esses presídios "medievais" não ressoalizam ninguém e, são, na verdade, verdadeiras escolas da criminalidade. Mas, nunca é tarde. Quem sabe, agora, as autoridades petistas resolvem pensar também em outros brasileiros que estão nesses verdadeiros chiqueiros de gente, conhecidos também como presídios.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e também pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

quarta-feira, novembro 14, 2012

Para o mundo, condenação de Zé Dirceu é um fato histórico

Enquanto os petistas do Brasil, bem como seus simpantizantes, criticam o STF pela condenação de José Dirceu, numa clara tentativa de desqualificar o Poder Judiciário, o mundo inteiro vê isso como um fato histórico e um avanço do Brasil no combate à impunidade, sobretudo, de crimes praticados por políticos e governantes. Essa visão contrária à dos petistas indiferentes à impunidade, pode ser verificada nas edições de jornais do mundo todo que trataram a condenação do ex-ministro da Casa Civil, na segunda-feira, 12, como uma medida marcante da Justiça brasileira contra a impunidade.


Estados Unidos
O “New York Times” repercutiu a sentença de prisão de dez anos e dez meses do ex-ministro José Dirceu em uma reportagem de seis colunas em sua versão impressa. Segundo a publicação, trata-se da mais dura condenação por corrupção contra um político do alto escalão do governo no Brasil. No entanto, o “Times” se mostra cético quanto à permanência de políticos na prisão no Brasil. “É muito raro no Brasil um político do alto escalão passar muito tempo na prisão por corrupção ou outros crimes”, conclui o jornal.


José Dirceu é descrito como uma das figuras mais poderosas do governo do Partido dos Trabalhadores. Segundo o jornal americano, ele foi condenado a quase 11 anos de prisão “por orquestrar um vasto esquema de compra de votos que abalou o sistema político brasileiro”.


O jornal americano noticiou ainda a condenação de José Genoino e ressaltou que “falta ver ainda se os condenados vão realmente para a prisão e quando”, pois a defesa ainda vai tentar protelar o cumprimento da sentença.


Inglaterra
O “Financial Times” destacou que a decisão do Supremo Tribunal Federal abriu um precedente no país, cujas elites agem frequentemente com a certeza da impunidade. “O caso está sendo considerado como um divisor de águas em um país onde os políticos e as elites são acusados de usar um sistema jurídico ineficiente para agir com impunidade”, escreveu o “Financial Times”. “O Brasil tem uma longa e pitoresca história de políticos que cometem crimes e escapam da punição, com a Suprema Corte condenando nenhum até esse caso”, acrescenta.


O jornal cita o ex-presidente Fernando Collor, “que hoje é senador apesar de ter sofrido impeachment por por corrupção”, e o pai dele, Arnon Mello, “um senador que assassinou outro senador na Casa em 1963 e nunca foi punido pelo crime”.
O “Financial Times” encerra matéria dizendo que o ex-presidente Lula insiste que não sabia de nada sobre o esquema.


A rede de televisão inglesa “BBC”, em seu site, também noticiou a condenação com destaque: “a sentença
foi vista por muitos no Brasil como evidência de que políticos não estão imunes a punições”. A reportagem também repercute a nota divulgada por Dirceu em seu blog, em que o ex-ministro classifica a sentença como “injusta”. “O ex-ministro sustentou que o esquema nunca existiu e acusou a imprensa conservadora do Brasil de uma campanha contra o governo de esquerda”.


Alemanha
O periódico alemão “Tageszeitung”classifica o julgamento do mensalão como “o maior processo contra a corrupção da história do Brasil”. O jornal sustenta que Dirceu não deve passar os dez anos da sentença na cadeia e noticia que o advogado de Dirceu já articula “embargos contra a condenação”.


Espanha
O espanhol “El País” reforçou a ligação de Dirceu com Lula e Dilma e reproduziu grande parte da sustentação do voto do ministro relator Joaquim Barbosa. O jornal também reproduziu o bate boca entre Barbosa e o ministro revisor, Ricardo Lewandowski. “O magistrado Lewandowski, que anteriormente havia absolvido Dirceu, acusou Barbosa de surpreender o tribunal com o expediente do dia”, noticiou o periódico sobre a decisão de Barbosa de definir as penas do núcleo político antes do financeiro.


França
Na França, o “Le Monde” chama Dirceu de “advogado, economista, ex-líder estudantil, ex-comunista, ex-guerrilheiro e ‘eminência parda’ do governo Lula”. O jornal lembra que o mensalão “quase custou a reeleição de Lula em 2006, embora ele tenha sido considerado inocente pelo tribunal”.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/jornais-estrangeiros-tratam-condenacao-de-dirceu-como-caso-historico-6714578



Portanto, como podemos verificar, enquanto os petistas, que endeusam seus "líderes", desqualificam o STF, outros povos elogiam a nossa Justiça nesse caso que foi o maior escândalo do Executivo, culminando com o maior julgamento do Judiciário do país. Felizmente, como a maioria do povo brasileiro, o mundo também vê com bons olhos a punição de criminosos do colarinho branco.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

terça-feira, novembro 13, 2012

Criminosos queimam viatura e ônibus e atingem base da polícia em SC

Não é somente em São Paulo que a criminalidade está dominando tudo, matando policiais, queimando ônibus, viaturas da polícia e amedrontando a população. Além da vioência contra a população comum, que ocorre diariamente em cidades importantes do país, como o Rio de Janeiro, Recife e Salvador, dentre outras, agora, os criminosos estão também agindo em Florianópolis com a mesma prática dos criminosos de São Paulo. Se continuar assim, daqui a pouco o Brasil vai virar, literalmente, uma terra sem lei.


Desde o início da madrugada de hoje, diversos ataques mobilizam a polícia de Florianópolis. Dois ônibus de transporte coletivo, uma viatura da Polícia Civil e o automóvel de um policial militar foram incendiados. Além disso, uma base da Polícia Militar foi atingida por oito tiros. Segundo a PM, os tiros foram disparados por pessoas que estavam em um veículo escuro, com película.


O primeiro atentado foi às 22h de segunda-feira. A viatura da Polícia Civil foi incendiada no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis. A ação foi em frente ao prédio da 2ª Delegacia de Polícia. Segundo a polícia, os criminosos passaram com um carro preto e jogaram um pano molhado com gasolina. As portas estavam abertas, pois era o carro do plantão. Os próprios agentes da polícia apagaram o fogo com extintores.


Policiais fizeram ronda na região em busca dos criminosos. Desde às 4h, escoltas acompanham o transporte coletivo da região norte da cidade.


- Nosso sistema de monitoramento está revisando as imagens das últimas horas para ajudar a Polícia Civil a tentar localizar quem cometeu esses crimes - afirma o tenente-coronel Araújo Gomes.


De acordo com a polícia, os atos têm ligação com outros atentados a policiais e bases da segurança pública que ocorreram nas últimas semanas na região.


Um ônibus de transporte coletivo foi alvo de tentativa de incêndio. O criminoso conseguiu fugir. Por volta da meia-noite desta terça-feira, um ônibus foi incendiado no Bairro Canasvieiras, também em Florianópolis. Dois homens entraram no veículo, anunciaram o assalto, depois fugiram. Ninguém se feriu.


O último incêndio ocorreu em um veículo particular de um policial militar. O carro estava estacionado da garagem do seu condomínio, em Canasvieiras. O caso ocorreu por volta das 3h10m da madrugada.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/criminosos-queimam-viatura-onibus-base-da-policia-alvejada-em-sc-6714161


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira




segunda-feira, novembro 12, 2012

Lewandowski abandona plenário do STF após mais uma briga com Joaquim Barbosa

Hoje à tarde, o STF foi palco de mais um bate-boca quente entre os ministros Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, e Ricardo Lewandowski, revisor. Tudo porque ao reiniciar o cálculo das penas dos réus, Joaquim Barbosa, iniciou com os réus do núcleo político e não com o núcleo financeiro, conforme estava previamente anunciado. Só que, conforme esclareceu o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, o plenário já havia decidido que cabe ao relator decidir a ordem de julgamento no processo. Fazem parte do núcleo político os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino.


Bastou Joaquim Barbosa iniciar sua fala para o clima esquentar de vez com a intervenção de Lewandowski. Durante a fase de julgamento, Lewandowski absolveu a maioria dos réus, inclusive, os do núcleo político, só penalizando Delúbio Soares, e alguns outros réus como o publicitário Marcos Valério que, até agora, já foi condenado a mais de 40 anos de reclusão. Há de se destacar que Ricardo Lewandowski foi nomeado pelo ex-presidente Lula, assim como Joaquim Barbosa que, no entanto, está sendo duríssimo contra todos os réus do mensalão.


Irado com a inversão de Barbosa, Lewandowski esbravejou. "Toda hora V. Excia. vem com uma surpresa! V. Excia. está surpreendendo a todos. O advogado do réu não está aqui! Vim de São Paulo, saindo de uma banca de mestrado, se eu soubesse... — exasperou-se Lewandowski, que não poderia votar nesta dosimetria, já que absolveu o réu pelo crime.


Como também nunca aceitou as provocações do colega, Joaquim Barbosa retrucou: "Não interessa de onde V. Excia. veio.  Surpresa é sua lentidão ao proferir seu voto", afirmou o relator.


O revisor então deixou o plenário. Enquanto o presidente do STF, Ayres Britto, tentava restabelecer a ordem, Barbosa continuava: "Tá vendo? Ele está a fim de obstruir mesmo!". A dosimetria das penas para José Dirceu e José Genoino continuou mesmo com a ausência de Lewandowski, impedido de votar na dosimetria das penas de José Dirceu e de José Genoino.


Após o intervalo da sessão, o ministro revisor retornou para participar da dosimetria de Delúbio Soares e dos réus ligados ao núcleo financeiro.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

Pelas penas, Dirceu e Delúbio deverão cumprir a punição em regime fechado; Genoino, em regime semiaberto

Os ministros  do STF (Supremo Tribunal Federal) concluiram, hoje à tarde, o cálculo das penas dos réus petistas José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e José Genoino, ex-presidente do partido. Os três réus, acusados de participação do núcleo político do mensalão, foram condenados pelos crimes de formação de quadrilha e de corrupção ativa. A soma das penas dos três chegam a 26 anos e 8 meses, além das multas que somam R$ 1,5 milhão.


Pela dosemetria das penas, José Dirceu e Delúbio Soares terão que cumprir, inicilamente, a punição em regime fechado, uma vez que foram condenado a mais de 8 anos de reclusão. Já José Genoino deverá cumprir a pena no início em regime semiaberto, podendo deixar a cadeia para trabalhar.


José Dirceu
Para Dirceu, os ministros definiram 10 anos e 10 meses de prisão, além de R$ 670 mil em multa. Por formação de quadrilha, Dirceu foi condenado a 2 anos e 11 meses de prisão. Pela corrupção ativa pela compra de apoio político no início do governo Lula (2003-2011), ele pegou 7 anos e 11 meses de cadeia. Segundo criminalistas, ele terá que enfrentar pelo menos 1 ano e 9 meses na prisão antes de mudar de regime, passando para o semiaberto. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator Joaquim Barbosa.


"Foi um crime de lesão gravíssima à democracia, que se caracteriza pelo diálogo e opiniões divergentes dos representantes eleitos pelo povo. Restaram diminuídos e enxovalhados pilares importantíssimos de nossa sociedade", afirmou o relator.


José Genoino
Os ministros aplicaram para Genoino penas que chegam a 6 anos e 11 meses, além de multa de R$ 468 mil. Com isso, com isso, o ex-presidente do PT poderá cumprir a pena inicialmente em regime semiaberto.


Por formação de quadrilha, Genoino foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão. Pela corrupção ativa pela compra de apoio político no início do governo Lula (2003-2011), ele pegou 4 anos e 8 meses de cadeia.

Delúbio Soares
Já o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão por formação de quadrilha e a 6 anos e 8 meses por corrupção de parlamentares (corrupção ativa), além de multa de R$ 325 mil. Com as penas superam os 8 anos de reclusão, Delúbio também terá que cumprir, incialmente, em regime fechado.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

Zé Dirceu é condenado a mais de 10 anos de reclusão pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta segunda-feira (12) o cálculo da pena do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado pela corte como o "mandante" do esquema do mensalão. O ministro relator Joaquim Barbosa inverteu a ordem da dosimetria das penas, fato que irritou o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, mesmo este não tendo direito de votar, uma vez que absolveu o réu de todos os crimes. Lewandowski, que até agora absolveu a maioria dos réus, sobretudo, o núcleo político petista, ficou tão irritado que deixou o plenário do STF após ter sido voto vencido sobre a alteração proposta por Joaquim Barbosa.


A pena de Dirceu somou 10 anos e 10 meses de prisão, mais multa de R$ 676 mil. Pela punição aplicada pelo STF, superior a 8 anos de reclusão, o ex-ministro da Casa Civil terá que cumprir a pena em regime fechado, conforme regra prevista no Código Penal.


José Dirceu foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa. Segundo o Supremo, Dirceu "ordenou" o esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Até esta segunda, em seis sessões de dosimetria (cálculo da pena dos condenados), cinco dos 25 réus condenados tiveram a pena determinada. O primeiro foi Marcos Valério, cuja pena soma 40 anos, 2 meses e 10 dias de prisão. Além disso, a multa chega a R$ 2,72 milhões, em valores que ainda serão corrigidos.


Na semana passada, José Dirceu criticou os ministros do STF, principalmente, o relator Joaquim Barbosa. Segundo Dirceu, o julgamento foi politizado.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

quinta-feira, novembro 08, 2012

Durante evento anticorrupção, Dilma defende imprensa livre

Nesta quarta-feira, dia 7, a presidente Dilma Rousseff (PT), reafirmou que seu governo valoriza e defende a liberdade de imprensa. A presdiente fez a afirmação durante a abertura da 15ª IACC (Conferência Internacional Anticorrupção), Dilma disse que, apesar dos "exageros", é preferível a um país ter uma imprensa livre.


"Como eu já disse várias vezes, eu estou convencida de que mesmo quando há exageros, e nós sabemos que eles existem, é sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio tumular das ditaduras", declarou, em meio ao debate no PT e em setores do governo de promover um sistema de regulamentação da imprensa.


A presidente afirmou também que o Brasil possui "instrumentos sólidos de combate à corrupção" e que seu governo dá "amplo respaldo aos órgãos de controle na fiscalização, na investigação e na punição da corrupção e de todos os malfeitos".


"A democracia brasileira conta com a CGU (Controladoria-Geral da União), os tribunais de conta, em especial o Tribunal de Contas da União, um Ministério Público independente, uma Polícia Federal atuante", enfatizou "Todo esse aparato que tem como base a transparência é também baseado na nossa convicção de que precisamos da transparência para aprimorar governança e gestão", afirmou.


Dilma Rousseff também declarou que "o combate ao malfeito não pode ser usado para atacar a credibilidade da ação política" e que é preciso um esforço do governo, de entidades privadas e do cidadão para pensar em um Estado ético com práticas adequadas. "O mundo que queremos só será construído com transparência, luta contra corrupção e debate, e também com mais política", disse.


Promovida pela Transparência Internacional em parceria com a Controladoria-Geral da União, o evento realizado em Brasília reúne representantes de mais de 130 países para discutir boas práticas, compartilhar experiências e traçar estratégias comuns para o desenvolvimento de medidas de prevenção e combate à corrupção.


Não à censura
Ao reiterar sua opinião em defesa de uma imprensa livre, Dilma bate de frente com algumas lideranças do PT e também de alguns setores do governo, que pregam medidas legais de controle da midia em geral, que em outras palavras significam censura. Essas lideranças jusficam suas opiniões, alegando, por exemplo, que a imprensa é a responsável pel "politização" do julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal)


Além de parlamentares governistas, como o deputado Gilmar Tatto (PT-SP), lideranças condenadas no processo do mensalão, não perdem oportunidade para criticar a imprensa e pregar medidas de controle da midia. Dentes essas lideranças, estão o ex-ministro chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, o ex-deputado Federal, José Genoino, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Com certeza, esses petistas não devem ter gostada da declarção da presidente Dilma Rousseff.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira





terça-feira, novembro 06, 2012

Alexandre Padilha ou José Eduardo Cardoso - Qual deles será o abençoado de Lula para disputar o governo de SP?

Em qual desses dois petistas - Alexandre Padilha e José Roberto Cardoso - você aposta que será o candidato do PT ao governo de São Paulo em 2014? Os dois são jovens e representam a renovação no partido, tão propalada pelo ex-presidente Lula, que é famoso também por apoiar e eleger novas caras petistas , os chamados "postes". E, com certeza, tanto Padilha, como Cardozo terão que ter a bênção do Lula para esta missão tão cara ao PT, que é conseguir também chegar ao poder no maior e mais rico estado do país.


Outro nome petista que corre por fora nessa corrida ao Palácio dos Bandeirantes, é o do prefeito reeleito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, outro pupilo e um tipo de protegido do ex-presidente da República. Mas, pode ser que o PT não queira que Marinho sofra do mesmo mal do tucano Serra e venha a ser criticado pela oposição por abandonar o mandato de prefeito pela metade. Assim, é possível que Marinho possa ser descartado em 2014. Outros petistas, já mais conhecidos e veteranos, como Marta Suplicy e Aloisio Mercadante, com certeza, tentarão também mostrar que estarão no páreo, mas, tudo indica que eles não são os preferidos do Lula.


Padilha
Assim, nessa corrida para ser o preferido do maior cabo eleitoral do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, parece que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha sai na frente. E o seu nome não surge como possível candidato em São Paulo apenas no PT, mas, também entre os partidos adversários. Até mesmo no ninho tucano, os caciques do PSDB já identificaram em Padilha o nome mais forte do PT para disputar o governo em 2014. Para justificar essa desconfiança, os tucanos destacam as constantes viagens de Padilha pelo estado e também os investimentos de sua pasta em diversos municípios paulistas.


E, como ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ratifica a desconfiança tucana. Já faz tempo que ele é figura constante nas maiores cidades paulistas como também tem procurado investir pesado na saúde pública em todas regiões do estado. Assim, se receber a "bênção" do Lula, Padilha já estará também com sua estrada bem pavimentada para fazer uma boa campanha, evitando ser chamado de poste.


Enquanto isso, a a preferência e as exigências de Lula nesse sentido, já começaram a mirar em Padilha. Recentemente, ele quis despistar a imprensa, afirmando que isso não passava pela sua cabeça. "Inclusive, nem sou eleitor de São Paulo. Meu domicílio eleitoral é do Pará", disse Padilha. Mas, há poucos dias, depois de ser aconselhado pelo Lula, Padilha já havia mudado de ideia, afirmando que vai transferir o domicílio eleitoral para São Paulo.


Cardozo
Por sua vez, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, a exemplo de Lula, sempre pregou renovação no PT. Foi ele que, em 2005, quando o mensalão veio à tona, envolvendo José Dirceu e José Genoino, defendeu a "refundatação" do PT.


E, com certeza, esperando que possa vir a ser o candidato indicado por Lula, José Eduardo Cardozo já começou a mostrar suas garras em São Paulo. Aproveitando a crise na segurança pública do estado e a guerra do crime organizado com as polícias paulistas, Cardozo aproveitou o momento para fazer severas críticas aos tucanos, ao mesmo tempo em que se pronticou em colocar o Ministério da Justiça à disposição do governo paulista. E parece que Cardozo fez uma boa jogada.


Acuado diante da violência, Geraldo Alckmin acabou aceitando a oferta do governo Federal. Alckmin defendeu as políticas estaduais para a Segurança, mas, nesta segunda-feira, já houve a primeira reunião entre representantes do seu governo com ministro da Justiça para tratar de ações conjuntas no combate à criminalidade.


Portanto, diante do atual quadro eleitoral do PT, com certeza, no próximo ano, Alexandre Padilha e José Roberto Cardozo poderão iniciar uma disputa interna visando ser o candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes. Você arriscaria a dizer qual deles será o "abençoado" de Lula? Em minha opinião, será Alexandre Padilha. Simples palpite.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira


segunda-feira, novembro 05, 2012

HISTÓRIA - Incrível, como Hitler chegou ao poder prometendo paz e respeito às leis

A cada vez que vejo algum filme ou leio sobre a história de Adolph Hitler, fico intrigado ao ver as ações nefastas desse ditador sanguenário que chegou ao poder prometendo paz, melhorias para o povo alemão e respeito às leis, antes de ordenar a morte de milhões de pessoas, acabar com a Democracia no país e destruir a Alemanha e o seu povo. E enganam-se os que pensam que Hitler queria acabar apenas com os judeus. O seu desejo era de dominar a Europa e o mundo.


Durante a sua saga para chegar ao topo do poder, Hitler procurou se cercar de homens confiáveis e fiéis aos seus ideais de que a Alemanha só chegaria ao poder maior na Europa e no mundo se aniquilasse seus inimigos, como os partidos políticos Comunista e Sociaal Democrata. Mas, além dos adversários políticos, Hitler também precisava aniquilar a imprensa e o povo judeu, pois, ele via os judeus como adversários potenciais de sua obcessão pelo poder, já que eles - os judeus - eram inteligentes e ricos. Com certeza, para Hitler, os judeus eram as "zelite" da época.


E, claro, para atingir os seus malignos objetivos, Hitler precisava também de um bom comunicador, que tomasse conta de como a propaganda do Nazismo chegaria sem ruido aos ouvidos do povo. E encontrou esse homem: Paul Joseph Goebbels, que foi uma figura-chave do regime, por seus dotes retóricos. Com curso superior completo, Goebbels foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler e foi ele quem ensinou que uma "mentira repetida mil vezes torna-se verdade". Goebbels transformou-se num ferrenho e fanático antessemita, rejeitava o capitalismo e a democracia, que ele associava ao caos políticos da Alemanha na República de Weimar.


Como qualquer ditador, Hitler não se apresentava como uma pessoa má. Falando em paz e respeito às leis e, acima de tudo, em progresso para a Alemanha, Hitler foi conquistando amigos no poder, nos partidos políticos adversários, além da simpatia do povo alemão, que passava a acreditar piamente nas promessas do futuro ditador. Assim, com homens fortes, fiéis e poderosos ao seu lado, o chefe do Nazismo ia formando uma verdadeira massa de manobra.


E nada melhor para atingir esses objetivos, se Hitler também não tivesse mais os jornais ou revistas que criticavam os seus planos de dominação. Não tinha importância se ele não conseguisse calar a imprensa estrangeira, bastava calar a imprensa nacional. E ele conseguiu isso. Em pouco tempo, não havia mais jornais ou revistas que o criticassem dentro da Alemanha. O povo, agora, só lia as "maravilhas" do nazismo e via as imagens de Hitler desfilando por um país com empresas desenvolvidas e estradas super modernas para a épocas, fruto dos governos democráticos.


E, assim, aniquilando inimigos nos Poderes constituidos, como também na imprensa, Hitler chegou ao topo do poder, quando começou então a prender todos os adversários, por exemplo, membros dos partidos Comunista e Social Democrata, que ainda teimavam em contrariar suas ordens e leis. Os que não foram exilados, foram presos e mortos. Com o poder absoluto, faltava a Hitler, agora, eliminar os judeus da Alemanha e de outros países, povo que ele considerava como raça inferior e inimiga do puro sangue alemão. Era um discurso que soava bem aos ouvidos do povo, sobretudo, dos trabalhadores e operários.


E o fim trágico dessa estória de um homem doente pelo poder, o mundo inteiro conheceu da forma mais violenta, que foi a segunda Grande Guerra Mundial. Felizmente, para a Alemanha e para o mundo, mesmo que depois muitos ainda viessem a sofrer com o crescimento do Comunismo russo, principalmente os alemães, o nazimo de Hitler foi aniquilado.


E, hoje, os verdadeiros democratas, que amam a Democracia com uma imprensa livre e com liberdade de expressão, ficam inquietos e preocupados, ao ver que em muitas partes do mundo, ainda existem governantes que não toleram uma imprensa livre. E isto, além de acontecer aqui mesmo no Brasil, vem acontecendo também em países vizinhos, como na Venezuela, onde Hugo Chávez persegue e já mandou fechar jornais e TVs, como também na Argentina, onde a presidente Cristina Kirchnner vem, há tempos, perseguindo o grupo de Comunicação Klarin. Sem falar em certas intolerâncias verificadas também na Bolívia, Peru e no Equador.


Já aqui no Brasil, fica a preocupação com declarações recorrentes de líderes políticos como do ex-presidente e senador, Fernando Collor, impedido de terminar o seu mandato por corrupção, que sempre usa a tribuna do Senado para criticar a imprensa. E também declarações de líderes petistas, como José Dirceu e José Genoíno, recentemente, condenados pelo STF, e do presidente nacional do PT, Rui Falcão, com pesadas críticas à imprensa. Além disso, esses líderes apresentam propostas de medidas "legais" para "controlar" a mídia. São declarações que, no mínimo, não combinam com quem é eleito pelo voto direto e muito menos com quem diz que defende a Democracia.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira


domingo, novembro 04, 2012

Novas declarações de Marcos Valério são graves e sua segurança já preocupa ministros do STF

Para muitos, não têm valor nenhum as novas declarações de Marcos Valério, o operador do mensalão e, hoje, condenado a mais de 40 anos de prisão. No entanto, esta não é a visão de alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Para esses ministros, ouvidos pela Folha de S.Paulo, se Valério faz essas declarações, inclusive, com detalhes, as memsas devem merecer atenção da Justiça, como também a segurança do condenado, uma vez que Valério afirma temer pela sua vida. Conforme o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, os novos depoimento não terão influência no julgamento do mensalão, que está em fase final. Mas, podem resultar em novas investigações ou contribuir para outros inquéritos em curso.


Para o ministro Marco Aurélio Mello, está na hora de o operador do mensalão "desembuchar, não falar em doses homeopáticas". O ministro defendeu também que o Estado "proporcione aparato de segurança" a quem "se mostrar disposto a colaborar", disse. "Depois da porta arrombada, não adianta colocar cadeado", afirmou. "Na área da delinquência, falo de forma geral, o jogo é pesado.", enfatizou Marco Auréio Mello.


Caberá ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, analisar o caso. Valério poderia ser incluído no Sistema Nacional de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, podendo mudar de cidade e trocar de nome.
Gurgel também poderia pedir auxílio à Polícia Federal, que passaria a monitorar o réu constantemente e analisar se o risco de vida é real. Já na prisão, ele poderia ainda ter tratamento diferenciado, como ficar em cela isolada.


Caso Daniel e Lula
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", Valério prestou um depoimento a Gurgel no fim de setembro, quando teria mencionado Lula e o ex-ministro Antonio Palocci.
Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que Valério também teria informações sobre o envolvimento do PT com o assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, em 2002. Esse caso ainda corre na Justiça e cerca de sete pessoas, envolvidas ou ouvidas como testemunhas foram assassinadas.


Segundo a revista, Valério diz que o PT pediu dinheiro, em 2003, para silenciar pessoas que ameaçavam implicar no crime o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho, que chefiou o gabinete de Lula e hoje chefia a Secretaria-Geral da Presidência.
Os dois teriam sido extorquidos pelo empresário Ronan Maria Pinto, apontado como integrante de uma quadrilha que desviava recursos da Prefeitura de Santo André. Valério diz ter sido contatado pelo então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, e que um banco arranjou o dinheiro. "Nessas coisas, eu não me meto", teria dito Valério a Sílvio Pereira.


Com certeza, como manda o ordenamento jurídico do Brasil, cabe ao acusador provar o que fala. Lula e Giberto Carvalho negam as acusações. Porém, a Procuradoria Geral da República deverá investigar essas novas denúncias e, se Marcos Valério estiver falando a verdade, caberá aos acusados provarem também o contrário para dementir o acusador. Sem dúvida, são acusações gravíssimas e que não poderão ficar sem investigações.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira

sexta-feira, novembro 02, 2012

O tetra campeão de votos, Toniolo, quer ser o presidente da Câmara Municipal de Osasco

Reeleito para o seu sexto mandato de vereador em Osasco, a 5ª economia do estado de São Paulo e a 12ª cidade mais rica do Brasil, Antonio Toniolo não esconde de ninguém a sua felicidade, pois além, de tantas reeleições, Toniolo é também um campeão de votos. Afinal, nestas eleições, quando obteve o recorde de votos - 10.512 votos - Toniolo conquistou o seu quarto mandato como o vereador mais bem votado na cidade.

Com humildade, Toniolo não se considera uma liderança política, porém, orgulha-se de ter construído uma carreira pública mais do que reconhecida pelo eleitorado de Osasco. Já tentou também ser eleito deputado estadual, como em 2008, quando obteve mais de 32 mil votos, além de ter sido ainda cogitado para ser o candidato a vice na chapa petista, tanto com o candidato João Paulo Cunha, que renunciou, como com o prefeito eleito Jorge Lapas, que acabou tendo como vice o petista Walmir Prascidelli.

Agora, depois de 20 anos como vereador e eleito para mais quatro anos, Toniolo almeja também ser eleito pelos seus pares para presidir a Câmara Municipal de Osasco. E, claro, credenciais para tal cargo, com certeza, é o que não faltam ao campeão de votos populares. Indagado a respeito, Toniolo afirma que está preparado para comandar o Legislativo de sua cidade a partir de 2013.

Mas, será que chegou o momento de a Câmara Municipal ter como presidente o vereador que por quatro vezes recebeu o maior número de votos? As articulações já começaram e, em tese, com eles próprios afirmam, todos os 21 vereadores, eleitos e reeleitos, são candidatos à presidência da Casa para o próximo biênio.

Sempre nessa fase de articulações, ouve-se muito falar que os mais votados têm maiores chances, mas, isso não é garantia, até porque, outros vereadores, como Rogério Lins (PHS), Josias da Juco (PSD) e André Sacco (PSDB), também obtiveram mais de 8 mil votos. Outra tese também que é sempre levantada é a de que o candidato preferido do prefeito sempre leva vantagem sobre os demais concorrentes. Apesar de ser forte, esta tese também pode falhar, como há dois anos, quando o candidato eleito não foi o indicado pelo prefeito Emidio de Souza.

Desta vez, a voz corrente na cidade é a de que o candidato do prefeito Emidio poderá ser o vereador Rogério Lins que obteve 10.142 votos. E os fatos acabam reforçando esta tendência. Mesmo ficando sem mandato nos últimos meses de 2012, por ter trocado de partido, Rogério Lins não ficará sem cargo de destaque até a sua posse em 2013. Ao deixar a Câmara, Rogério Lins foi convidado pelo prefeito Emidio e assumiu a Secretaria de Índústria, Comércio e Abastecimento. Para os analistas políticos da cidade, este gesto do prefeito indica que Rogério será o seu candidato à presidência do Legislativo.

Portanto, está aberta a "guerra" de bastidores para a eleição do próximo presidente da Câmara Municipal de Osasco. Enquanto os 21 vereadores chegarão como "pretensos" candidatos, o que se sabe é que, na prática, os nomes mais fortes serão mesmo os dos mais experientes, dentre eles, o de Toniolo, que agora não esconde o desejo de ocupar o cargo, como também o candidado do atual prefeito, Emidio, e do próximo, Jorge Lapas. Diante desses fatos, o que se nota também em Osasco  é que o próprio PT poderá chegar dividido nesta eleição que ocorrerá em janeiro, até porque Rogério Lins não pertence ao partido do prefeito.

A primeira sessão de janeiro, quando a Câmara dará posse ao prefeito eleito, Jorge Lapas, no dia 1º, será presidida pelo campeão de votos Toniolo. Será que ficará só nessa sessão? Se depender de Toniolo, não.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira



quinta-feira, novembro 01, 2012

Inacreditável - Secretário da Bahia promete retaliar governo de ACM Neto

Parece mentira, mas, em pleno 2012, quando constatamos evolução no relacionamento entre governadores e prefeitos eleitos, mesmo de partidos diferentes, como aconteceu em São Paulo, onde  o goverador tucano Geraldo Alckmin e o prefeito eleito de São Paulo, o petista Fernando Haddad, se reuniram para tratar de interesses comuns e de planos dos dois para a administração municipal, parece que em outras regiões do país, alguns partidos ainda não aprenderam a aceitar a democracia. No último dia 30, o secretário de Planejamento da Bahia, José Sergio Grabrielli (foto acima), ex-presidente da Petrobras e candidato à sucessão do govenador petista, Jaques Wagner, fez sérias ameaças de retaliações financeiras ao prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), caso este não se submeta "à liderança" e ou "condução" do governo estadual.


Como todos sabem, foi em Salvador que o PT, Lula e Dilma sofreram uma das maiores derrotas nestas eleições municipais. Na capital baiana, além da máquina do governo Jaques Wagner, o candidato petista, Nelson Pelegrino, contou também com total apoio e a presença de Lula e Dilma em comícios e carreatas. A predidente Dilma chegou a brincar com a baixa estatura do democrata - ACM Neto tem 1,60 m -, afirmando que "Salvador não poderia ter um governo pequenininho". Mas, passadas as eleições, as brigas partidárias e até ataques pessoais, o que se espera de um povo e de governantes civilizados é que a vontade da maioria seja respeitada. Contudo, parece que isso não está acontecendo na Boa Terra. Veja, o que Gabrielli postou em sua página do Facebook - título em negrito - e tire as suas próprias conclusões:


Algumas reflexões sobre o dia seguinte a vitória de ACM Neto em Salvador

"Os eleitores de Salvador elegeram ACM Neto prefeito. Até aí uma vitória da democracia, pela escolha livre os dirigentes municipais. E agora?
A Prefeitura Municipal de Salvador tem um orçamento de pouco mais de 4 bilhões e não tem capacidade de financiamento por falta de condições financeiras.
Uma Prefeitura que precisa de obras estruturantes no que se refere a mobilidade urbana, a recuperação da Orla Atlântica e Orla do interior da Baia de Todos os Santos, no Centro Antigo da Cidade, nos bairros mais populosos com a necessidade de expansão de rede de assistência básica a saúde e ampliação da rede municipal de educação.
Uma Prefeitura que precisa ampliar o ordenamento urbano com obras de desafogo dos gargalos do trânsito.
Uma cidade que precisa tratar bem as suas diversas populações e incluir milhares de pessoas nos serviços básicos da cidade.
Uma Prefeitura que precisa dos governos do Estado e da União para realizar parte dessas obras.
Mas os eleitores de Salvador escolheram ACM Neto com os partidos DEM, PSDB, PMDB, PPS e PV, partidos que são ferozes opositores ao governo no plano estadual e federal ou em ambos.
Para implementar os projetos necessários para enfrentar as necessidades de Salvador há de haver uma ação harmônica e equilibrada entre a Prefeitura e os governos do Estado e federal.
Como fazer a integração da Linha 1 do Metro com a Linha Dois que vai até Lauro de Freitas, sem o acordo entre os dois governos?
Como fazer os viadutos e passarelas para melhorar o trânsito da cidade sem a cooperação entre as duas esferas de governo?
Como articular as concessões das novas linhas de ônibus com a alimentação das estações de alimentação do Metro sem que haja um trabalho conjunto entre a PMS e o Governo Estadual?
Como fazer as grandes intervenções programadas no Centro Antigo de Salvador sem a equilibrada cooperação da PMS e governo do Estado?
A questão não é de perseguição ou comportamento não republicano de retaliação ao opositor que ganhou as eleições em um determinado município.
A questão é a realidade difícil de diálogo entre um conjunto de partidos que deliberadamente são de oposição ao governo do Estado, e buscam se legitimar no combate a esse governo, com a necessidade desse governo municipal de aceitar a liderança e condução desses projetos pelo governo estadual, que é o único que tem capacidades financeira e gerencial de gerir as ações desses programas.
Some-se a isso a reação dos movimentos sociais que vão exigir da Prefeitura Municipal de Salvador a aceleração dos benefícios prometidos em campanha e a diversificação das atuações do governo municipal, ameaçando ainda mais a combalida posição financeira do município.
Por cima disso, a nova Câmara de Vereadores pode ser mais um campo de batalha entre o Executivo de Salvador e seu legislativo, com vários temas conflitantes na agenda legislativa.
Frente a esse quadro, os partidos que apoiaram Pelegrino [Nelson Pellegrino, candidato derrotado do PT a prefeito] não dispõem de muita alternativa: só resta a oposição ao novo governo.
Não uma oposição por oposição, mas uma ação que busque ampliar as pressões referentes aos interesses de importantes segmentos da sociedade soteropolitana que não estarão representados na coalizão vencedora, que exija um reconhecimento do papel do governo do Estado na execução e liderança desses importantes projetos para a cidade e uma plataforma de reverberação para as demandas do movimento social que tenderão a estar limitadas pelo ideário dos partidos que ganharam a eleição.
Nesse movimento de conflito e tensão, o governo estadual é o único que tem as condições de implementar vários dos programas previstos.
O novo prefeito precisa levar em conta essa realidade de que o Estado é o principal condutor de muitas da soluções dos problemas para o povo da cidade. Não é do feitio da coligação vencedora com tradição oligárquica e autoritária admitir que tem que reconhecerr a importância e tamanho dos seus adversários.
Espero que o povo de Salvador não sofra por sua escolha!"


Coitado do povo de Salvador! Apesar de Gabrielli tentar minimizar o seu discurso de oposição raivosa, jogando isso para os vencedores nas eleições municipais, o que afirma é o que o PT sempre fez enquanto oposição. Mas, fazer oposição consciente é coisa bem diferente de, como membro do governo do Estado prometer retaliar o governo municipal. Lamentável!.


Acompanhe Renato Ferreira também pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e pelo Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira


 

web counter free
-- Fim do codigo Contador -->