segunda-feira, dezembro 31, 2007

Feliz 2008!

A todos os meus amigos, leitores deste blog, desejo um Novo Ano repleto de sucesso, com muita saúde, amor e paz.
Que em 2008 possamos sonhar com um Brasil mais justo, com menos miséria e com políticos mais honestos.
Até o próximo dia 2 de janeiro.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Vencidos e vencedores da CPMF




Já escrevemos aqui neste blog que o maior vencedor com a queda da CPMF foi o povo brasileiro, pois ao contrário do que pregava o governo, dizendo que quem paga a CPMF é apenas o rico, o povão pobre é o que mais sofre com qualquer tipo de imposto. E não é diferente com o imposto do cheque, uma vez que se o menos favorecido não tem grande movimentação financeira, ele acaba pagando o imposto no produto final. E é justamente esse cidadão simples que não tem como escapar, pois o rico repassa a CPMF para o consumidor final.
Mas votação da CPMF no Senado teve também vencidos e vencedores no campo político. E o maior derrotado foi o Governo Lula. Depois de passar como um trator na Câmara dos Deputados, que hoje, comandada mais uma vez por um petista, não passa de uma extensão do Executivo, o Governo pensou que iria agir da mesma forma em relação aos senadores. Quase conseguiu, mas, na última hora, PSDB, DEM e opositores de outros partidos, mesmo da base aliada, deram um basta nos interesses e na prepotência do Governo.
Assim, um dos grandes derrotados foi o próprio presidente Lula (foto, à esquerda). Ele acreditou que tinha os votos necessários para continuar abocanhando cerca de R$ 43 bilhões por ano com a CPMF. Com essa montanha de dinheiro excedente no caixa da receita, os petistas iriam deitar e rolar nas eleições municipais. Mas, a oposição não deixou e o Governo terá que rever o orçamento e, consequentemente, os repasses para as prefeituras, sobretudo, as petistas.
E um dos grandes articuladores dessa oposição foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -foto do meio - que peitou os governadores tucanos, campitaneados por José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que chegaram a pedir votos pela prorrogação da CPMF. Com apoio maciço da bancada tucana no Senado, FHC conseguiu uma vitória retumbante contra os petistas. Foi, sem dúvida, um dos vencedores nessa batalha da CPMF no Senado,
Mas, na Câmara dos Deputados, onde a maioria se curvou ao Governo, houve também deputados que ouviram a voz das ruas e ficaram ao lado do povo. É o caso, por exemplo, do deputado Francisco Rossi (PMDB-SP), que mesmo pertecendo a um partido da base aliada, votou contra. Rossi, que chegou a pedir afastamento de uma das vice-presidêcias do partido para se posicionar contra a prorrogação do imposto do cheque, promoveu ainda ações contra a CPMF, em Osasco, onde é pré-candidato à Prefeitura do município, que já administrou por duas vezez. Para Rossi, ao contrário do Governo, o povo pobre era sim penalizado com a cobrança da CPMF. Portanto, Rossi foi também um dos vencedores com a queda da CPMF no Senado.

domingo, dezembro 23, 2007

Feliz Natal!

Desejo a todos os meus amigos, leitores deste blog um Feliz Natal. Espero que Jesus, que nasceu há mais de dois mil anos em Belém, possa nascer no coração de todos e que em todos os lares possam reinar a mais perfeita paz e harmonia.
Sucesso e saúde a todos.

Até o próximo dia 26.

Renato Ferreira

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Do Jornalismo pra Política - Por que não?


Caros amigos e leitores deste blog. Como todas as pessoas, temos também um sonho: o de ajudar a fazer do Brasil um país mais justo para todos os brasileiros; com menos violência, sem crianças pedindo esmolas nas ruas, sem velhinhos morrendo nas filas de hospitais. Sonho com um país sem fome, com gente sadia e independente de assistencialismo do governo. Sonho com um país onde todos possam ter a liberdade de ir e vir e de desfrutar de suas riquezas e belezas naturais.
E, por isso, depois de escrever durante tantos anos sobre política, criticando escândalos ou elogiando políticas sociais, resolvi participar da política partidária, por ver nela a condição de poder concretizar esse sonho, com a mesma ética e independência que exerço a profissão de jornalista. E nada melhor do que iniciar essa caminhada pela Câmara Municipal. Depois de tantas decepções com políticos de carreira, oportunistas e incoerentes, é com esse objetivo que sou pré-candidato a vereador pelo PMDB, em Osasco, a quinta maior cidade do Estado, localizada na região Oeste da Grande São Paulo.
O pontapé inicial desta caminhada foi dado na sexta-feira, dia 14 de dezembro, com o lançamento da minha pré-candidatura. O evento foi realizado no escritório político do deputado Federal Francisco Rossi (PMDB), que cumpre o seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados. Rossi, que já governou a cidade por dois mais mandatos, é pré-candidato mais uma vez à Prefeitura de Osasco.
Além de Francisco Rossi, a reunião contou com a presença de dona Ana Maria Rossi, esposa do deputado e presidente do Diretório Municipal do PMDB; do dr. Benedito Rafael, juíz aposentado e presidente local do PSC; de parentes e amigos, como membros das Assembléias de Deus de Osasco e região, dos jornalistas Vrejhi Sanazar, diretor do jornal O Diário de Osasco; Wanderley e Vitor Berrocozzo, diretores do jornal Correio Paulista; Hipólito Cândido, diretor do jornal Primeira Edição; Antônio Júlio Baltazar, fundador e diretor da Equipe Furacão de Esportes; e Rodrigo Balbino, repórter do jornal A Rua e da Prefeitura de Osasco. Estiveram presentes também lideranças religiosas, como o pastor Falcione, de Osasco, e o pastor Osmar, líder da Assembléia de Deus, Ministério da Missão, do Jardim Munhoz; e Ana Paula Rossi, ex-secretária municipal de Promoção Social e pré-candidata a vereadora. A todos os meus sinceros agradecimentos.
Estou ao lado de Rossi nesta jornada por várias razões. Primeiro, por tudo que ele fez pela cidade de Osasco, conhecida antes como a "capital do crime", e hoje uma das mais belas do Estado; pela sua visão administrativa, não somente em termos de obras públicas de infra-estrutura, mas principalmente pelas obras no campo social. E também estou com Rossi pela sua independência política. Veja o exemplo de sua postura em relação à CPMF (o imposto do cheque). Mesmo sendo membro do PMDB, partido da base aliada do Governo Lula, Rossi votou contra o imposto nos dois turnos na Câmara, além de promover e participar de manisfestações contra a prorrogação da CPMF, que foi rejeitada no Senado da República. As fotos são de Vitor Berrocozo.


quinta-feira, dezembro 13, 2007

Senado rejeita a CPMF e o povo ganha

Por 45 votos a favor, 34 contra e nenhuma abstenção, o plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira, 12, a proposta de prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. O governo não obteve sucesso em nenhuma de suas investidas na tentativa de convencer a oposição. Assim, mesmo sem o apoio dos govenadores tucanos, campitaneados por José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), os senadores da oposição e mais seis votos de parlamentares da base aliada, derrotaram a PEC (proposta de emenda constitucional) da CPMF.
Depois do mensalão, sanguessugas, casos das ambulâncias e outras denúncias de corrupção, que desgataram o governo no campo político, esta foi a maior derrota do presidente Lula na área econômica. Ela mostrou que, ao contrário da Câmara dos Deputados, onde os governistas são maioria absoluta, no Senado a oposição fala mais alto. Agora, sem a CPMF, o Governo deixará de arrecadar R$ 40 bilhões por ano e terá que refazer o orçamento de 2008.
Para passar, a proposta de prorrogação precisaria ser aprovada, em dois turnos, com ao menos 49 votos favoráveis em cada um. A vigência da CPMF termina no dia 31 de dezembro.
O governo tentou até o último minuto convencer os senadores de oposição a votar a favor da proposta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Guido Mantega (Fazenda) entraram pessoalmente na negociação.
Para tentar aprovar a proposta, os líderes governistas partiram para o corpo-a-corpo com senadores da base aliada que resistiam em votar a favor da CPMF. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), intensificou as visitas aos gabinetes dos chamados "dissidentes" em busca de votos pró-CPMF.
Mas, de nada adiantou o assédio do Governo sobre a oposição. Agora, o Goveno terá de encontrar um outra fórmula para continuar fazendo assistencialismo barato om as 'bolsas-miséria", enquanto a população no geral continua sem saúde digna nos hospitais públicos, sem escolas descentes, sem estradas e sem segurança. Uma dessas fórmulas seria diminuir os gastos do governo - ninguém entende a razão de Lula ter 38 ministérios - e combater a corrupção nos ógãos públicos do Brasil.

O governo fala que perdeu os R$ 40 bilhões da CPMF. É verdade! Quem ganhou foi o povo brasileiro, pois esses R$ 40 bilhões ficarão agora com o povo e não nas gavetas e nas mutretas do governo.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Dia D para a CPMF no Senado

Se Governo não fugir mais uma vez com medo de perder, hoje, deve ocorrer a votação da emenda que prorroga a CPMF no Senado. Percebendo o cheiro de queimdo no ar e uma iminente derrota, os governistas já fugiram duas vezes, pois, para prorrogar a CPMF por mais quatro anos, o Governo precisa de 49 votos e até agora, mesmo com todo assédio do Planalto sobre os indecisos e a promessa de liberação de verbas para os aliados, a base governista só conseguiu a garantia de 45 votos.
Senadores petistas e de outros partidos de apoio ao Governo tentam de todas as formas convecer a oposição de que a CPMF não pode terminar. Ao lado de ministros de Lula, os parlamentare promovem um verdadeiro terror, afirmando que se a CPMF não for aprovada, o Governo não terá mais dinheiro para aplicar em áreas como saúde, segurança e educação.
Mas, parece que esse discurso de terror não está preocupando a oposição e, muito menos, a opinião pública, que em todas as pesquisas revela que é contra a CPMF.
Portanto, hoje é o dia D para a prorrogação desse imposto que é um dos mais cruéis do planeta e, se for à votação, o Governo corre um sério risco de sair derrotado para a felicidade geral da nação. Porque, ao contrário do que afirmam os governistas, os pobres são os mais penalizados, pois eles pagam a CPMF em todos os produtos que consomem.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

CPMF - Ministros fazem terrorismo e Lula se define como uma "metamorfose ambulante"


É impressionante o desespero que tomou conta do Governo Lula diante da possibilidade da não aprovação da CPMF no Senado. Após ser adiada de quinta-feira passada para esta semana, a emenda, que prorroga o imposto do cheque por mais quatro anos, está marcada para ser votada nesta terça-feira, dia 11 de dezembro. Porém, prevendo que poderá não ter os 49 votos necessários o líder no Governo já adiantou que deverá adiar novamente a votação.
É um desespero total. Afinados com o Planalto, os principais ministros de Lula, como Guido Mantega (Fazenda), Temporão (Saúde), e Tarso Genro (Justiça), andam de norte a sul do Brasil fazendo um verdadeiro terrorismo com o possível fim da CPMF, que foi criada como "provisória" pelos tucanos e que os petistas agora estão tentando transfomar em "permanente". Para esses ministros, se a CPMF não for prorrogada, "o país quebra e o Governo não terá mais dinheiro para investir na saúde e nem na segurança pública". Eles alegam isso com tanta naturalidade, sem ao menos ficarem vermelhos, que até parece que hoje o Governo investe nessas áreas. Esses petistas são mesmo muito engraçados. Mas, deve ser o jeito de governar do PT.
Parece até que os petistas deste país, depois do mensalão, estão sofrendo de amnésia. Eles esquecem, por exemplo, que não votaram a favor da CPMF quando ela foi criada, além de terem feito críticas pesadas, não apenas ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, mas também ao médico e idealizador do imposto, Adib Jatene. Hoje, inexplicavelmente, Adb Jatene, que deixou o governo tucano, por não concordar com o destino dado aos recursos da CPMF, virou xodó dos petistas e passou a defender a CPMF, mesmo diante do caos em que se encontra a saúde pública. São coisas que só o tempo irá esclarecer.
Mas, ao lado de todo o terror que os petistas estão promovendo para amedrontar a oposição, o fato mais curioso destes últimos dias foi a fala do presidente Lula ao tentar explicar o por quê que antes era um ferrenho crítico da CPMF e hoje é o seu maior defensor. No Nordeste, Lula disse que não tem vergonha de voltar atrás em suas idéias e, fazendo alusão à música de Raul Seixas, afirmou: "Eu sua uma metamorfose ambulante".
Realmente, o presidente Lula tem razão. Basta olharmos um pouco para as duas fotos aí de cima, para verificarmos o quanto o ex-torneiro mecânico e sindicalista, que arrastava multidões com o seu discurso contra o FMI e a concentração de renda, mudou não apenas fisicamente, mas também na maneira de se vestir e, sobretudo, na forma de pensar política e economicamente o país.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Jornalistas são entrevistados por Ana Paula Rossi

A partir das 11 horas de hoje, os jornalistas Renato Ferreira, signatário deste blog, e Gisele Pecchio ((http://gpecchio.blogspot.com/), serão entrevistados no Programa Ana Paula Rossi, na Rádio Nova Difusora, 1540 AM. Ele é jornalista político e pré-candidato a vereador pelo PMDB-Osasco e ela escritora, autora da primeira coleção de livros para crianças no formato acessível, o Brasil. Na primeira hora do Programa Ana Paula Rossi a conversa será sobre a visão deste jornalista sobre os diversos assuntos da atualidade política e social do Brasil, com ênfase na cidade de Osasco e Região. A segunda hora do programa será dedicada ao bate-papo com a jornalista Gisele, que desde o seu primeiro livro: Um par de asas para Toby, lançado em 2003, tem se dedicado à causa do livro acessível para garantir aos deficientes visuais a igualdade de oportunidade no acesso à leitura.
Gisele Pecchio e Renato Ferreira fazem parte do quadro efetivo de jornalistas da Prefeitura de Osasco

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Acordão no Senado livra Renan, de novo

Mesmo indo de encontro ao anseio de mais de 90% dos brasileiros, conforme enquetes dos princiapis jornais do país, como a Folha de S. Paulo, o Estadão e O Globo, o Senado da República deu mais um passo rumo à sua total desmoralização junto à opinião pública. Nesta terça-feira, 4, 48 senadores absolveram mais uma vez o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que durante a sessão, renunciou a cargo de presidente da Casa, justamente para que os seus pares o absolvessem.
Este foi o segundo processo por quebra de decoro parlamentar a que Renan foi jultado no plenário do Senado. O primeiro foi a acusação de que teria usado dinheiro de uma empreiteira para pagar despesas pessoais. Agora, o senador alagoano era acusado de participar ilegalmente da compra de emissoras de rádio em seu estado.
O senador Jefferson Perez (PDT-AM), foi implacável em seu relatório pedindo a cassação de Renan Calheiros. "Há provas de que o senador usou laranças para adquirir emissoras e o Senado tem a obrigação moral de cassá-lo". Mas, isso não foi o bastante para refrear o espírito de corporativismo.
O acordão entre PT e PMDB já estava selado, conforme denunciou durante a sessão, o senador Pedro Simon (PMDB-RS). Enquanto os demais senadores ficaram quietinhos com relação a esses acordo, divulgado na imprensa, Simon foi direto ao assunto. "Sabemos que daqui a pouco, o senador Renan será absolvido e que daqui a alguns dias a CPMF será aprovada aqui nesta Casa. Mas, isto é fim, é a desmoralização total do Senado da República. Vamos ser um pouco mais responsáveis como representantes do povo brasileiro", esbravejou Pedro Simon.
É senador Pedro Simon. Parece que o senhor é voto vencido. O Senado já está e continuará totalmente desmoralizado.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Derrota de Chávez esfria terceiro mandato de Lula

A derrota de Hugo Chávez no referendo sobre reeleição ininterrupta na Venezuela, no último domingo, foi um balde de água fria nas pretensões de setores do PT, que já esboçavam projetos no sentido também de "eternizar" o presidente Lula (à esquerda, com Hugo Chávez). Apesar do Brasil ser um país muito diferente da Venezuela, com instituições fortes e capazes de enfrentar qualquer tipo de golpe contra a democracia, nos últimos meses a imprensa vinha noticiando um ou outro discurso de parlamentares petistas ou de algumas lideranças do Governo tratando, por mais superficial que fosse, a possibilidade de um terceiro mandato.
Uma hora era o deputado federal e presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (PT-SP), que criticava o Senado, afirmando que o Brasil não perderia nada se o Senado fosse fechado, como se a Câmara Federal fosse um recando de "anjos" da política nacional. Ele jamais, no entanto, pediu que fechasse a Câmara, uma Casa que se transformou na maior pizzaria do país no recente caso mensalão.
Também não foi uma nem duas vezes que o também deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), amigo pessoal de Lula, usou a tribuna da Câmara para defender um terceiro mandato petista. E Ribeiro se apresenta mais realista que o rei. Tentando se passar como um democrata, o deputado acha que o caminho mais correto para discutir o terceiro mandato para o presidente, seria a realização de um plebiscito. Com certeza, o deputado petista pensa que democracia é a ditadura da maioria. Na sua opinião, com 46 milhões de brasileiros sendo beneficiados pela miséria do Bolsa Família, o plebiscido seria favorável ao terceiro mandato.
Mas, essas e outras investidas do PT para tentar alterar a Constitução e derrubar a democracia levaram um duro golpe com a derrota de Hugo Chávez. Agora, além das próprias declaraçõs de Lula, dizendo que é contra o terceiro mandato, porém, afirmando ao mesmo tempo que Hugo Chávez "é um grande democrata", com certeza, os petistas irão pensar duas vezes antes de voltar a falar em tereceiro mandato para Lula.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Venezuelanos dizem "não" a Chávez

Neste domingo, 2 de dezembro, a maioria do povo venezuelano deu mais um passo rumo à consolidação da democracia na América do Sul. Mais de 50% dos eleitores rejeitaram a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez (foto, com Fidel Castro ao fundo), conforme boletim oficial divulgado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral)na manhã desta segunda-feira. O CNE informou que 50,7% dos venezuelanos votaram contra o primeiro bloco de artigos submetidos à consulta, enquanto 49,29% optaram pelo "sim" no referendo.
Cerca de 16 milhões de venezuelanos votaram no plebiscito. Um dos principais artigos da reforma proposta por Chávez dizia respeito ao sistema de reeleição. A reforma constitucional possibilitaria, dentre outras coisas, a reeleição de Chávez quantas vezes ele desejasse.
A derrota no referendo é, com certeza, o mais duro golpe que Hugo Chávez sofreu, em seus quase nove anos no poder. Sempre radical, Chávez vinha fazendo escola no continente, sendo seguido por seus colegas Bolívia e do Equador. Ao mesmo tempo, o presidente venezuelano vinha aumentando o seu índice de rejeição dentro de seu próprio país e conquistando cada vez mais opositores em países importantes, como o Brasil, Uruguai, Chile e Colômbia.
Nos últimos anos, para mostrar poder e liderança, Chávez decretou a nacionalização da principal empresa de telecomunicações, a Cantv, o fim da concessão da emissora oposicionista RCTV e promoveu uma ampla reforma constitucional. Apesar de ter sido eleito democraticamente, Chávez sempre se mostrou intolerante com os críticos de seu governo.
Assim, depois do "por que não te calas" do Rei Juan Carlos, da Espanha, agora foi a vez do povo venezuelano mandar Chávez "se calar" nas Américas.

sábado, dezembro 01, 2007

Mensalões - Qual a diferença entre Lula e Azeredo?



Até agora, parece que a única diferença é no tratamento dado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, aos dois casos: ao mensalão nacional que, como ficou provado, arrecadou dinheiro para o PT e para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), - foto, à esquerda - e o mensalão mineiro, que arrecadou dinheiro para o PSDB de Minas e para a campanha do então governador e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB).
Esse tratamento diferenciado não é bom para a imagem do procurador-geral, um homem que até agora vem prestando um excelente trabalho à nação. No caso do mensalão do PT, todos lembram que, enquanto a Câmara dos Deputados fazia uma pizza atrás da outra, inclusive, até com direito a dança da ex-deputada Ângela Guadagnin(PT-SP), o procurador fez um trablaho exemplar. Denunciou 40 pessoas entre ministros, deputados, assessores e empresários. Todos foram processados pelo Supremo Tribunal Federal e agora respondem a processo penal.
No entanto, o procurador-geral da República, apesar de ter afirmado em sua denúncia que "o mensalão nacional se constituia numa quadrilha chefiada pelo ex-ministro José Dirceu (PT-SP)" e que o objetivo dessa quadrilha era conseguir recursos para um projeto de poder do PT, ele não via nenhuma ligação do presidente Lula com toda essa maracutaia.
Ora, se era uma quadrilha, se o seu objetivo era arrecadar fundos para um projeto de poder do PT, o maior beneficiário do esquema só poderia ser o presidente Lula. Isso, sem falar que o próprio Lula, na tentativa de minimizar o crime dos seus "aloprados", afirmou que o "que eles fizeram não foi nada de mensalão e, sim, caixa dois, como todos os outros partidos faziam". Em minha opinião, isso é uma confissão de crime, pois, eu sempre soube que caixa dois é crime. Então... Mas, o procurador-geral da República não entendeu assim e o presidente não foi denunciado.
Muito bem. Só que agora, no caso do mensalão mineiro, o chamado mensalão dos tucanos, que ocorreu em Minas Gerais para beneficiar o então governador, Eduardo Azeredo, o procurador-geral vê diferente. Para ele, as operações fraudulentas do empresário Marcos Valério, o mesmo que atuou no mensalão do PT e cujo intermediário era o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, eram todas de conhecimento do governador tucano. Tanto é que o procurador denunciou Eduardo Azeredo ao STF juntamente com mais duas dezenas de pessoas envolvidas no valeriotudo tucano.
Entendo que tudo que se passa numa campanha política tem que ser de conhecimento do chefe maior dessa campanha. Portanto, concordo com o procurador quando ele afirma que o senador Eduardo Azeredo sabia dos fatos e era beneficiado por eles. Mas, por que então o Lula não sabia do mensalão petista? Seria uma questão de competência dos chefes? O tucano sabe de tudo e o petista não sabe de nada do que se passa em seu governo?
Qual a diferena, portanto, entre Lula e Azeredo nesses dois casos de mensalão? Acho que uma boa pessoa para responder a essas perguntas seria o carequinha de Belo Horizonte, o Marcos Valério. Esse sabe de muita coisa e na hora que resolver abrir o bico, muita gente vai rolar...e como vai.

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