domingo, dezembro 24, 2006

Acidente mata idosa na Vila São Francisco


Por volta das 13 horas deste domingo, 24 de dezembro, relembrei os tempos em que fazia reportagens policiais no Jornal de Piracicaba, nos anos 80 e início de 90. Só que não foi de uma maneira agradável. Já havia até postado uma nota de Feliz 2007, pois, só voltarei a escrever no início de janeiro. Mas, estava em minha casa, pouco antes das 13 horas, quando ouvi o barulho de uma batida de carro na esquina da Avenida Escola Politécnica com a Estrada da Cachoheira, na divisa dos bairros Vila São Francisco e Rio Pequeno, na zona Oeste de São Paulo, e resolvi verificar.
Foi uma violenta colisão entre o Passat vermelho, placas BJA 3870 e o Renault Mégane azul, placas CZL 5957, ambos de São Paulo. No choque, o Passat ficou totalmente destruído e uma senhora, de aproximadamente 75 anos, morreu na hora. Um homem, também bastante idoso, que estava ao volante, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado em estado grave para o Hospital da USP. Até o momento, 14h10, os policiais ainda não têm a identificação do motorista do Passat e nem da mulher que morreu. O motorista do Mégane, não sofreu ferimento e, muito abalado, disse que trafegava normalmente quando foi surpreendido pelo carro em sua frente e a forte colisão.
Segundo o motorista e pessoas que passavam pelo local, o Passat vinha no sentido Raposo Tavares/Jaguaré, quando fez a conversão à esquerda para entrar na Vila São Francisco. Segundo as testemunhas, o farol estava fechado para essa conversão. O carro Renault, que trafegava no sentido contrário, bateu em cheio no Passat, atingindo principalmente o lado do passageiro.
Sob o comando do Tenente PM Pontirolli, diversas viaturas da 5 Cia. da PM, do 16 Batalhão, como também do Corpo de Bombeiros, estiveram no local e a ocorrência deve ser registrada no 53 ou 51 Distrito Policial. Soldados do Corpo de Bombeiros fizeram de tudo na tentativa de salvar a vida da mulher mas não foi possível. Seu corpo ainda está no local, aguardando a chegada dos peritos da Polícia Civil. Um helicóptero da PM também foi acionado e esteve no local do acidente.

Até 2007 - Feliz Natal e próspero Ano Novo!

Desejo a todos os leitores deste blog um Feliz Natal ao lado dos amigos e da família. Desejo também a todos vocês um 2007 repleto de felicidades, com muita saúde e que todos os sonhos se tornem realidade.
Até janeiro e muito sucesso!!!

Vergínio é o novo presidente da Câmara Municipal de Osasco. Surpresa?

Ao contrário de outras cidades da Grande São Paulo, onde a eleição do presidente da Câmara Municipal, teve pequenas surpresas, mas acabou elegendo o nome que a maioria esperava e, é claro, de preferência do prefeito, em Osasco, um dos mais importantes municípios do Estado, o resultado da eleição foi considerado uma surpresa. E parece que assustou o Executivo.
Durante o processo de campanha, o nome do vereador Aluisio Pinheiro (PT), líder do prefeito Emidio de Souza, aparecia como o principal favorito, mas, na última hora, o prefeito Emidio, depois de conversar com todos os vereadores - menos os três declarados de oposição - resolveu apoiar um nome de consenso: o do vereador Mário Luiz Guide (PSB).
Tudo indicava que seria um placar fácil a favor de Guide. Mas, o vencedor foi o vereador Osvaldo Vergínio (PPS), que venceu por 11 votos a 9. Além dos votos da oposião, do bloco independente, comandado pelo vereador José Amando (PPS), houve também dissidência na própria base governista. Como vice-presidente foi eleito o vereador Antônio Toniolo (PV) e o Partido dos Trabalhadores não conseguiu nenhum cargo na nova Mesa Diretora, que ficará com a seguinte formação: Presidente: Osvaldo Vergínio (PPS); vice-presidente: Antônio Toniolo (PV); segundo vice-presidente: Sebastião Bognar (sem partido); e os quatro secretários: Jair Assaf (PSDB), Fábio Yamato (PSDC), Fumio Miazaki (PP) e José Gaspar (PTN).
O resultado da eleição pode ser o reflexo da insatisfação de alguns vereadores com o Executivo e com a própria condução do processo sucessório nos últimos meses. Osvaldo Virginio disse que em princípio ele não era candidato. "Mas, o cavalo passou arreado e eu aproveitei. Vamos estruturar a Câmama, votar os projetos do Executivo que sejam de interesse do povo, porém, com total independência", disse o novo presidente.
Para o prefeito Emidio de Souza, a vitória de Vergínio, que não tinha o seu apoio, não significa um rompimento entre os poderes Executivo e Legislativo. "Outros prefeitos já passaram também por essa situação. Isso é normal e o que precisamos é reconstituir a maioria na Câmara. Não temos problema com nenhum dos vereadores, sobretudo, com esses que farão parte da Mesa", ameniza o prefeito. Por outro lado, os analistas políticos acreditam que o prefeito sofreu uma dura derrota e que seus principais opositores, como o deputado estadual, Celso Giglio (PSDB), foram os grandes beneficiados. O resultado da eleição pode ter facilitado o caminho da oposição para as eleições municipais de 2008. É que veremos.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Mercadante:culpado sozinho ou bode expiatório?

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal de Mato Grosso indiciou cinco acusados de participar da tentativa de compra do dossiê criado para comprometer as campanhas eleitorais de José Serra (governador eleito de São Paulo) e Geraldo Alckmin (ex-candidato à Presidência). Dentre os indiciados, estão o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), ex-candidato ao governo de de São Paulo e o seu tesoureiro de campanha, José Giácomo Baccarin, que foram indiciados por crime eleitoral. Já os petistas "aloprados" Gedimar Passos (advogado), Valdebran Padilha (empreiteiro) e Hamilton Lacerda (ex-assessor de Mercadante) foram indiciados por lavagem de dinheiro.
A PF não conseguiu enquadrar os outros três "aloprados", em nenhum crime, apesar da apuração de elementos que evidenciaram a participação de Jorge Lorenzetti (ex-coordenador da equipe de inteligência da campanha presidencial petista), Oswaldo Bargas (integrante da campanha de Lula) e Expedito Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil) no episódio. O delegado responsável pelo inquérito, Diógenes Curado Filho, descartou também o crime de formação de quadrilha, pois não ficou comprovada a “associação estável e permanente de pessoas para a realização de mais de um delito”.
Após quase 100 dias de investigação, Curado concluiu que Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha de Mercadante, é o responsável pela entrega de R$ 1,75 milhão (R$ 1,168 milhão e US$ 248 mil) aos emissários petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos, presos com o dinheiro em 15 de setembro em um hotel de São Paulo. Lacerda foi flagrado por câmeras de circuito interno do hotel carregando malas.
Mesmo com mais de mil quebras de sigilo telefônico, um milhão de movimentações bancárias analisadas e a tomada de 29 depoimentos no inquérito, a polícia não conseguiu apurar a origem do dinheiro utilizado na negociação do dossiê contra os tucanos, fornecido pelos empresários Luiz Antonio Vedoin e Darci Vedoin, chefes da máfia dos sanguessugas. A hipótese de que parte do dinheiro teve origem nas bancas de jogo do bicho não ficou plenamente comprovada.
Diante da constatação de que o montante em reais não passou pelo sistema bancário, e avaliando que Mercadante poderia ser beneficiado eleitoralmente pela divulgação de informações contra políticos do PSDB, a PF crê que parte do dinheiro utilizado na negociação é oriundo de caixa dois do diretório paulista do PT. Mas, será que somente o senador Mercadante é que tem culpa nesse cartório, ou ele está sendo usado como um tipo de "Delúbio" para pagar sozinho pelo erro de outros peixes maiores?
Indgnado, Aloísio Mercadante diz que não há provas para ligá-lo ao dinheiro usado na compra do dossiê. Ele criticou duramente a decisão da Polícia Federal e, sob o argumento de que, em três meses de investigações, seu nome jamais foi citado como parte do esquema, o senador disse esperar que a Justiça rejeite as acusações.
"É inaceitável. Tenho certeza de que a Justiça não vai permitir essa atitude". Mercadante afirmou que a notícia de seu indiciamento demonstra que as investigações tomaram um caminho "inquisicional" e "sem nenhum amparo legal", que teria relação com o fato de a PF não ter conseguido comprovar a origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê.

Pressão popular impede super salário no Congresso

Ainda bem que a população brasileira acordou a tempo. A inércia da sociedade, verificada durante esses últimos anos, quando a maioria dos políticos fez e o que bem entendeu no Brasil diante de uma sociedade passiva, acabou nesta semana quando os parlamentares - senadores e deputados federais - tentaram fechar o ano com mais um tapa na cara dos brasileiros: um reajuste de 91% que elevava seus próprios salários de R$ 12.800,00 para R$ 24.500,00.
Esse reajuste vergonhoso dos que se dizem "representantes do povo" foi a gota d´água para despertar a indignação popular. É verdade que não podemos mais contar com manifestações da UNE, com estudantes inconformados, que saíam às ruas de caras pintadas, como fizeram nas Diretas Já e no impeachment de Collor. Hoje, a UNE, MST, MLST e outras entidades são "financiadas" pelo próprio Governo e chegam até a fazer badernas em locais públicos, como a invasão do MLST na Câmara dos Deputados.
Mas, se hoje, o governo "compra" e "calam" essas entidades, ainda temos trabalhadores, profissionais liberais e outras entidades, como a OAB, ABI, CNBB que não se vendem. Temos também parlamentares como Heloísa Helena, Chico Alencar, Fernando Gabeira, Roberto Freire, Raul Jugman e Pedro Simon que também não se compactuam com a corrupção política.
E foi assim que em poucos dias a população se mobilizou contra mais essa falcatrua desta que é a pior legislatura do país, conhecida como a legislatura do mensalão, dos sanguessugas e de tantas outras malandragens. Com a pressão popular e a decisão do STF de impedir o reajuste, os "dignos" parlamentares recuaram.
Mas, com certeza, eles vão voltar com tudo no próximo ano. A esperança é que os novos eleitos possam ter aprendido a lição e consigam frear o apetite de velhas raposas como o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-AL), presidente da Câmara. Os dois, com apoio dos líderes de todos os partidos, foram os comandantes de mais essa trabalhada no Parlamento Brasileiro. É bom que o eleitor fique atento a esses nomes, políticos amigos e prestigiados pelo presidnete Lula, como aos nomes dos líderes dos partidos. Esses, antes de serem defensosres dos direitos coletivos, são defensores dos seus próprios bolsos.

sábado, dezembro 16, 2006

Obrigado, amigos de Osasco!






O dia 16 de dezembro é muito especial para mim e para a minha esposa Priscila. É que neste dia, eu e ela fazemos aniversário. É um dia de parabéns duplo, quando recebemos abraços dos amigos e dos familiares e, dois desses abraços são muito especiais, pois, são dos nossos queridos filhos Gustavo e Guilherme.
Mas, este ano, além de agradecer pelos votos de felicidades de tantos amigos, faço um agradececimento especial aos meus colegas de trabalho da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Osasco, onde dou a minha humilde colaboração no Departamento de Imprensa.
Na sexta-feira, dia 15, eles prepararam uma surpresa muito agradável para mim e conseguiram me deixar vermelho: um delicioso café da manhã.
A todos vocês, o meu muito obrigado e, a única coisa que posso fazer é pedir, em minhas orações, que Deus conceda a todos muitas bênçãos e que todos vocês sejam muito felizes como eu sou ao lado da Priscila, do Gustavo, do Guilherme, de toda minha família e também ao lado de amigos como vocês: jornalistas, fotógrafos, relações públicas e demais funcionários que fazem parte do Departamento de Comunicação.
Quero dizer que vocês, Emília, Joci, Juliana Reis, Viviane, Eliane, Érica, Patrícia, Ju Oliveira, Rodrigo, Fabiana, Rômulo, Cesar, Edson, Ulisses, Manu, Reginaldo, Luizinho, Suely, Rosângela, Rafael, Marta, Fernanda, Camila, Ana Lucia, George, Maurino, Margareth, Nádia, Marcela, Amauri, Cazuza, Kaká, Ana Paula, Sérgio, Javan, Emelin e Greice, realmente, me surpreenderam.
E, surpresas assim, a gente guarda, muito bem guardado, no lado esquerdo do peito. Muito obrigado!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Senado ficará mais pobre sem Heloísa Helena

Nestes últimos dias, o Congresso Nacional tem sido marcado por discursos de despedidas. Muitos parlamentares, que não foram reeleitos, com certeza, não terão motivos para discursar. Outros, porém, que foram eleitos para governador ou vice-governador, recebem os parabéns dos colegas e muitos votos de sucesso na nova missão. É o caso, por exemplo, do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), eleito governador.
Dentre tantos discuros, nenhum marcou tanto, seja no plenário ou em todo o Brasil, através da TV Senado, como o da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), na quarta-feira. Trajando as suas inconfundíveis e tradicionais blusa branca e calça jeans, a brava, a aguerrida e a coerente senadora não conseguiu esconder as lágrimas e emocionou seus colegas durante um discurso de quase uma hora e meia, aparteado por todos os senadores presentes, tanto da oposição como da situação.
E o Congresso Nacional, sobretudo, o Senado da República, ficará mais pobre sem a presença de Heloísa Helena. O Congresso ficará mais pobre no campo da inteligência, da integridade, da lealdade, da coerência e, principalmente, no campo da ética política. Heloísa poderia estar hoje comemorando uma reeleição garantida pelo povo de Alagoas. Mas, ela preferiu, com certeza, o caminho mais árduo, porém, um caminho que servirá para despertar a consciência do povo brasileiro que parece estar inerte diante de tantos escândalos cometidos nos últimos tempos por políticos corruptos.
Depois de ser expulsa do Partido dos Trabalhadores, que ela ajudou a fundar e a eleger o presidente Lula em 2002, justamente por ser coerente e não concordar com os novos rumos - e que rumos tristes do PT - Heloísa Helesa fez o que parecia impossível. Fundou o PSOL e disputou a Presidência da República recebendo o carinho de milhões de pessoas.
As qualidades de Heloísa Helena foram reconhecidas por todos os senadores que a apartearam. Eles pediram que a brava senadora não fique isolada em Alagoas, mas que continue a percorrer o Brasil. Um dos parlamentares mais respeitados do Senado, Pedro Simon (PMDB-RS), chegou a sugerir à senadora alagoana que ela abra uma fundação em Brasília para continuar estimulando aqueles que ainda acreditam numa política séria e que luta em prol do povo brasileiro.
Ao iniciar seu discurso, ela disse: "Eu vim preparada para não derrubar uma lágrima. Eu tinha me comprometido com a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE)], com a deputada Luciana Genro (PSOL-RS)]. Eu cheguei, fui falar com o senador Jefferson Peres (PDT-AM) e já comecei a chorar. Quero agradecer a todos e todas que foram presença delicada e generosa em minha passagem por esta Casa. Agradeço aos senadores, aos servidores da Casa, de todos os setores, que sempre me apoiaram". JeffersonPeres disse ter esperado que o momento de despedida da senadora "não chegasse nunca". "Senadora, já me despedi de muitos senadores nesta Casa, alguns do porte de Darcy Ribeiro e Josaphat Marinho. Mas, creio, nenhuma dessas despedidas me comoveu tanto quanto esta, pela nossa identidade, pelas nossas afinidades, embora sejamos tão diferentes", afirmou.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reconheceu que antes de conhecer pessoalmente Heloísa Helena não nutria simpatia pela senadora. "Eu simplesmente não gostava daquilo tudo que eu lia e também do que eu não lia a seu respeito. Eu chego ao Senado e percebo o primeiro gigantesco erro de uma série de outros erros cometidos pelo governo atual, que foi não ter sabido compor com Vossa Excelência com a coerência de Vossa Excelência, dando-lhe o espaço para uma dissidência que poderia ser momentânea", disse o tucano.
O senador Eduardo Suplicy (PT-S), um dos mais ligados a Heloísa Helena, disse ter certeza que ela voltará ao parlamento nos próximos anos. "De alguma forma a sua palavra, a sua energia, a sua vitalidade estará aqui presente seja no seu lugar, seja aí na tribuna ao lado da bandeira do Brasil", afirmou.

EM TEMPO: Por ironia do destino, a cadeira do Senado, deixada por Heloísa Helena, será ocupada por Fernando Collor de Mello (PRTB-AL), ex-presidente cassado, que disse ter votado em Lula e que hoje é elogiado pelo presidente petista.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Lula nega a sua própria história e a do PT

Na última segunda-feira, 11, após receber o prêmio de "Político do Ano" da revista Isto É - Veja só que prêmio - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou empolgado e acabou provocando muitas polêmicas com mais um de seus desastrosos discursos de improviso. Rodeado de empresários e intelectuais, é provável que Lula tenha tentado abrir o caminho para o ingresso em seu governo do ex-ministro e futuro desempregado, Delfin Neto, deputado federal não reeleito.
Negando toda a sua história de esquerda socialista, inclusive, a própria história do PT, Lula afirmou que depois de muitas experiências e cabelos brancos, se considera hoje um político de centro. "Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema . Se você conhece uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema", afirmou Lula. Prosseguindo, Lula explicou que, em sua opinião, "as pessoas responsáveis tendem, conforme amadurecem, a abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. É a evolução da espécie humana. Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata".
A afirmação direitista do presidente arrancou aplasos e risos da platéia, porém, continua gerando muitas críticas da oposição e também de governistas que, mais cautelosos, tentam minimizar o discurso de Lula, como fizeram o senador Eduardo Suplicy e o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia. Maso como ensina o sábio ditado popular "o homem é senhor da palavra guardada e escravo da palavra dita". Além de ter passado um atestado de político oportunista, o presidente Lula não respeitou a idoneidade e a convicção política de pessoas que sempre estiveram na trincheira da esquerda, como o arquiteto Oscar Niemaier, Plínio de Arruda Sampaio ou a senadora Heloisa Helena, dentre tantos outros socialistas.

Doações irregulares na campanha de Lula? E daí!

Técnicos dizem que as contas da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentam irregularidades. Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitaram as contas do presidente eleito. E daí? Assim, devem estar perguntando agora o próprio presidente Lula e os seus seguidores no Congresso: E daí que empresas concessionárias do Governo Federal fizeram doações para a campanha do PT? Os demais candidatos, inclusive, governadors eleitos também não receberam?. Isto aqui é o Brasil, gente! Todos estão com o rabo preso. Poucos políticos, sinceros e honestos, se salvam neste esgoto de ratazanas em que se transformou a política brasileira.
Há pouco mais de um ano, quando estourou o escândalo do mensalão e surgiram as primeiras denúncias de irregularidades na campanha de 2002, não foi o proprio Lula que banalizou o crime de caixa dois, afirmando, em Paris, que "caixa dois era uma prática comum no Brasil"?. Então, devem estar perguntando, agora, milhões de brasileiros: por que razão estão os ministros do TSE questionando as contas da campanha de Lula, se tudo, tudo está prontinho para a diplomação e a posse do presidente reeleito?
Ora, já que a impunidade rola solta no país, se os deputados federais já estão estudando também uma emendazinha para anular suas multas eleitorais, não seria melhor que parássemos de falar em crime neste país? Pra quê continuar falando em punição para parlamentares corruptos, se o próprio povo os reelegem? Pra quê continuar falando em caixa dois, em crimes eleitorais? Pra quê continuar falando em mensalão, se tudo terminou em pizza na Câmara dos Deputados? A única esperança é que os acusados sejam punidos na Justiça, mas será que isso vai acontecer?
Brasileiros, não se deixem enganar mais por políticos hipócritas. Neste país, quem nasce pobre está condenado a se empobrecer cada vez mais até morrer nas filas do INSS, enquanto políticos e empresários corruptos continuam se enriquecendo com o dinheiro público. Vamos ter vergonha na cara e começar a mudar o país a partir da nossa rua, do nosso bairro e da nossa cidade não votando mais em políticos corruptos. Se você melhorar o nível dos políticos de sua cidade, tenha certeza que você vai melhorar também o nível político do estado e do Brasil. Em 2007 teremos eleições municipais. Pense nisso!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Ministros do Supremo são vítimas dos "fora da lei"




A violência que assola o país e que apavora a população de grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, mostra que todos sãos iguais perante a lei e, principalmente, perante os "fora da lei". Foi o que aconteceu na última quinta-feira, dia 7, com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, e o seu vice, ministro Gilmar Mendes que, mesmo escoltados por seguranças, foram assaltados na Linha Vermelha, por volta das 21h45, quando faziam o trajeto entre o aeroporto Tom Jobim (Galeão) e o Centro do Rio.
O carro que conduzia os magistrados foi cercado por vários marginais que levaram o veículo, documentos e objetos pessoais das vítimas. Outros veículos foram também cercados e assaltados. Em confronto com os policiais, dois suspeitos do assalto acabaram sendo mortos, segundo a assessoria de imprensa da PM do Rio de Janeiro.
Este é o clima que vive o Brasil: total falta de segurança pública. Enquanto as vítimas eram apenas os pobres das periferias e dos morros, tudo ficava restrito nas frias estatísticas policiais sem muito destaque na imprensa. Mas, agora, as maiores autoridades do país estão vendo que o negócio é mais sério. Mesmo aqueles que estão acostumados à tranquilidade e à segurança de seus palácios e gabinetes e que só viam a violência pela televisão, já começaram sentir na própria pele o resultado da criminalidade, fruto do brutal desajuste social existente no Brasil.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Câmara fecha o ano com mais uma pizza do mensalão

É lamentável. Mas, infelizmente, a impunidade virou mesmo uma marca do atual parlamento brasileiro e, por consequência, do governo Lula. O crime foi banalizado e, como ironizou, hoje, à tarde, na tribuna do Senado, Arthur Virgilio (PSDB-AM), "os valores estão tão mudados no Brasil, que daqui a pouco é capaz de uma pessoa ser presa porque não roubou".
E para fechar com chave de ouro esse clima de impunidade, o plenário da Câmara decidiu na noite desta quarta-feira absolver o deputado José Janene (PP-PR), ao não aprovar a recomendação do Conselho de Ética da Casa que pedia a cassação do parlamentar. Janene era acusado de envolvimento no esquema do "mensalão".
Esta foi 12ª pizza jogada na cara dos brasileiros pelos "dignos" representantes do povo na Câmara dos Deputados. Janene era o último da lista de 19 parlamentares envolvidos no escândalo do mensalão, acusado de ter se beneficiado do valerioduto. Dos 19 acusados, quatro renunciaram e três foram cassados.
Apenas 366 dos 513 deputados compareceram à votação. Destes, 128 votaram pela absolvição e 210 pela cassação. Janene só perderia o mandato se pelo menos 257 tivessem aprovado o parecer do relator, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA). Houve ainda cinco votos em branco e 23 abstenções. Carneiro lamentou o resultado e disse que o plenário usou dois pesos e duas medidas porque, pela mesma acusação, cassou o mandato do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE). "Resta esperar agora a decisão da Justiça Comum", disse o deputado baiano, em referência ao fato de que Janene não foi reeleito.

Placar das pizzas:

Cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).

Absolvidos: João Paulo Cunha (PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP), João Magno (PT-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Sandro Mabel (PL-GO), Pedro Henry (PP-MT), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Vadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR).

Fujões: Valdemar Costa Neto (PL-SP), José Borba (PMDB-PR), Carlos Rodrigues (PL-RJ) e Paulo Rocha (PT-PA).

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Não é muito fogo para um governo só?

O polêmico e explosivo João Pedro Stedile promete colocar "fogo no governo com as invasões do MST" e diz que governo é como "panela de pressão: só consegue funcionar com muito fogo".
O ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, agora deputado eleito pelo PSB-CE, não mede palavras para criticar o governo Lula e detona a aliança com o PMDB. Enquanto isso, o ministro Tarso Genro (Relações Políticas), tenta minizar as críticas de Ciro, afirmando que elas "são fogo fraterno".
E, enquanto Lula tenta acertar de vez a "coalizão" com o PMDB e acertar a permanência de seus amigos Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, e de Aldo Rebelo (PCdoB-AL), na Câmara dos Deputados, o próprio PT afirma que vai lançar candidato na Câmara, o mesmo fazendo o oposicionista PFL no Senado.
Tendo pela frente a ameaça de tanto fogo"fraterno e amigo", além da oposição, é bom que o Governo Lula comece a pensar em bons bombeiros para apagar as labaredas que se avizinham do Congresso e evitar que elas cheguem ao Palácio do Planalto. Combustível, como MST, dossiê e CPI das ONGs, é o que não vai faltar para alimentar todo esse fogo prometido.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Críticas de Ciro são "fogo fraterno", diz Tarso Genro

O ex-ministro e deputado eleito pelo PSB do Ceará, Ciro Gomes, começa a botar as mangas de fora e já dá mostras de que poderá ser uma pedra no sapato de Lula. Conforme matéria publicada pela Folha de S.Paulo (www.folha.com.br) , nesta sexta-feira, ao admitir que em 2010 deverá disputar novamente a Presidência da República, o ex-ministro do governo Lula fez duras críticas ao desempenho econômico da atual gestão, cujo crescimento neste ano, para ele, é medíocre. "Não dá 3%", disse Ciro em entrevista à rádio AM do Povo, em Fortaleza.
Para Ciro Gomes, a economia "está arrembentada", fato que, segundo ele, obrigou Lula a disputar o segundo turno. "Não foi por causa do escândalo do dossiê. O povo não quer saber de dossiê".
Na opinião de Ciro Gomes, a coalizão com o PMDB, apesar de mostrar aparente unidade do partido, pode não surtir o efeito desejado, em virtude da própria natureza confusa do maior partido do país. "Com todo o respeito, o PMDB é um elefante que não vai para canto nenhum, é um elefante com dislexia. Eles aprenderam a se impor pelo tamanhão. Mas, no dia seguinte, não conseguem convergir para nenhum assunto, para caminho nenhum", afirmou o ex-governador do Ceará, que não descarta sua candidatura à Presidência em 2010.
Na tentativa de minimizar as críticas de Ciro Gomes, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse que as declarações do ex-ministro da Integração Nacional "são naturais". Tarso disse que Ciro é "companheiro" do governo. "É um fogo fraterno. O Ciro é nosso companheiro de frente política e companheiro do governo. E numa frente plural, isso é natural".
Mesmo com toda a boa vontade de Tarso Genro, um tipo de ministro "tapa-buraco" de Lula, os governistas sabem que não será fácil segurar a língua de Ciro Gomes, principalmente, quando ele começa a pensar também em ser candidato em 2010.

Stedile promete colocar "fogo" no Governo Lula

Durante a campanha eleitoral, Lula pediu: "Deixa o homem trabalhar", como se alguém estivesse impedindo isso. Mas, Lula não precisa ficar preocupado, pois o seu pedido está sendo atendido por um de seus amigos e eleitor: João Pedro Stedile, dirigente nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). E tudo indica que o presidente Lula vai ter muito trabalho.
Nesta quinta-feira, Stedile disse que os movimentos sociais vão pressionar mais o governo Lula no segundo mandato. Ele disse que levará esse recado pessoalmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira, em Brasília. Nesse dia, os dirigentes da Coordenação de Movimentos Sociais, do qual integram as maiores entidades, como CUT, MST e UNE, terão encontro com o presidente para cobrar dele promessas de campanha, tanto de 2002, como deste ano, além de mudanças na política econômica.
Segundo Stedile, o esforço agora é pela união dos movimentos sociais para pressionar o governo nas ruas das cidades e também nas áreas rurais, com invasões de terras. "Livre da pressão por impeachment, os movimentos sociais podem dedicar suas energias para melhorar as condições de vida do povo. E governo em qualquer parte do mundo é igual a panela de pressão: só funciona com muito fogo", disse Stedile. "Vai ser nesse tom. Vamos deixar claro que somos autônomos e temos moral para fazer isso."
Stedile participou de uma reunião dos movimentos sociais mineiros com o propósito de discutir a "letargia" deles e preparar as mobilizações de 2007, que serão mais fortes, segundo ele, em abril e maio, quando ocorrerão, respectivamente, movimentações dos sem-terra e uma grande manifestação nacional por mudanças na política econômica. O líder rural mandou recados a Lula: "O povo votou em você para fazer mudança, não foi pelos belos olhos ou pela língua travada". E acrescentou: "Atenção presidente Lula: não nos tome por compadres. Nós não aceitamos a continuidade dessa política econômica. O povo precisa de mudanças que garanta aumento do salário mínimo e de salários em geral, distribuição de terras e garantia de emprego. Então, estamos nos unindo a favor disso e vamos pressionar para isso".
Pedro Stedile cobrou também promessa de Lula feita em 2003 de dobrar o valor do salário mínimo, que, conforme disse, já deveria estar em R$ 566. E criticou, o que chamou de "assentamentos mal e porcamente" feitos para 150 mil famílias, quando a promessa era assentar 420 mil famílias em quatro anos. Sobre a invasão do MST ontem no porto de Maceió, Stedile disse que se trata de "cobrança das faturas antigas que já venceram há dois, três, quatro anos". Pelo que se vê, Lula terá motivos de sobra para trabalhar bastante.

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