sexta-feira, outubro 24, 2008

Das privatizações tucanas às estatizações do Lula

Quando o povo elege um Presidente, acredito que o elege na esperança de que ele seja responsável por todos os seus atos e que faça o que for melhor para o povo em geral.Pois bem, durante o Governo tucano, FHC fez as privatizações. Agumas, podem até consideradas razoáveis, mas, muitas significaram, sim, a "venda" a preço de banana do nosso patrimônio.
Na época, muitas elogiei a oposição que criticava a ânsia do governo em vender tudo. Um absurdo terem vendido empresas, construídas com o suor e o sangue dos brasileiros, para estrangeiros que tiveram até auxilio do BNDS. E o dinheiro? Pra onde foi? Não vi nenhum benefício para o povão.
Mas, aí chegou o PT do Lula ao poder. Depois de criticar tanto as privatizações, começou também a privatizar. Veja o tanto de empresas que já ganharam concorrência para administrar e cobrar pedágio nas rodovias federais. Mas, como eu disse, nem todas as privazações são ruins. Eu, por exemplo, detesto os pedágios altos nas estradas paulistas. Mas, em contrapartida, detesto trafegar, ou tentar trafegar, nas rodovias federais "entupidas" de buracos. E o PT está privatizando até a Amazônia.
Então, eu acho que, no regime capitalista que vivemos, devemos ter o equilíbrio na questão da presença do Estado. Porque se não fomos beneficiados com as privatizações do FHC, que vendeu empresas públicas, seremos, agora, beneficiados com a estatização do Lula, que vai ajudar e até comprar empresas privadas com dinheiro público?
De todo jeito sairemos perdendo, ou não? Perdemos com as privatizações tucanas e perderemos também com as estatizações petistas.
Em minha opinião, o Governo deveria apenas cuidar dos interesses do povo. Se a empresa é estatal e está dando prejuízo, que puna os responsáveis e erga a empresa. E a se a empresa é privada e está dando prejuízo que os seus donos façam o mesmo, mas, não com dinheiro público.

quarta-feira, outubro 22, 2008

E onde foi parar a dinheirama do dossiê antitucano?


Os brasileiros têm mesmo memória curta, né, e o pior é que os maus políticos deste país apostam nesta falta de interesse do povo para encobrir os mais escabrosos escândalos na administração pública. Já faz mais de dois anos que a Polícia Federal descobriu um dossiê falso contra políticos tucanos e, passado todo esse tempo, ninguém fala mais nada sobre a montanha de dinheiro apreendida com dois petistas num hotel de São Paulo.
Foi exatamente no dia 16 de setembro de 2006, quando a PF prendeu Vadebran Padilha e Dedimar Passos com US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão. Eles estavam no quarto de um hotel, próximo ao aeroporto de Congonhas. O caso envolveu diversos membros do PT e até assessores do presidente Lula. Em São Paulo, o então candidato a governador, Aloisio Mercadante, demitiu o coordenador de comunicação de sua campanha, Hamilton Lacerda, que também se viu envolvido no caso.
Além dos dois petistas presos com essa montanha de dinheiro, as investigações chegaram também ao assessor da Presidência Freud Godoy, que depois foi afastado de suas funções. Jorge Lorezetti, amigo e churrasqueiro do Lula, e outras pessoas ligadas ao PT também foram acusadas de terem participado na elaboração do dossiê falso.
Conforme depoimento dos presos, o dinheiro seria usado para comprar um dossiê contra o então candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. O tucano perdeu a eleição para Lula. A Polícia Federal só conseguiu identificar a origem dos dólares. Quanto aos milhões de reais, a PF não conseguiu nada. O PT nega que o dinheiro seja do partido e os petistas presos afirmaram não saber a origem dos mesmos. Ou seja, o dinheiro deve ter brotado no quarto do hotel. Só mesmo no Brasil para acontecer essas coisas e tudo ficar por isso mesmo.
Imagino que qualquer brasileiro comum se for preso com 100 mil reais no quarto de um hotel, ele vai ficar preso até informar de onde veio o dinheiro. Mas, com esses dois petistas parece que não foi assim. Eles simplesmente disseram que não sabiam a origem do dinheiro. Com certeza, todo esse dinheiro deve ainda estar apreendido, porém, se não tivesse sido roubado de algum lugar, e espero que não seja dinheiro público, poderia estar circulando no mercado brasileiro e ajudando na economia, sobretudo nesse momento de crise econômica.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Qual o papel da imprensa em caso de sequestro?

Ao longo da minha carreira de jornalista, tenho visto muitos abusos praticados por jornalistas e pessoas ligadas à comunicação que, pelo simples fato de buscar audiência, deixa a ética de lado. Vejo isso desde que comecei na editoria de polícia. Enquanto procurava falar de polícia, apenas noticiando os fatos sem sensacionalismo, outros já escreviam o dobro, dando detalhes mórbidos e colocando fotos das vítimas.
Agora, nessa tragédia de Santo André, onde uma menina com saúde perde a vida aos 15 anos, vemos mais uma vez que o Brasil está refém de uma mídia sensacionalista, onde poucos jornalistas éticos são sufucados por uma multidão de inbecis que não sabem até aonde vai o seu direito de informar sem invadir a privavidade alheia, além de interferir no trablho de outros profissionais. E ainda vemos na internet cabos eleitorais tentando politizar a tragédia sem nenhum sentimento pelas vítimas.
Mas, voltando ao jornalismo, há alguns anos iniciou-se um movimento no Brasil contra programas sesacionaistas de TV. Graças a Deus, ficamos livres de alguns trastes que, segundo consta, foram fazer suas palhaçadas em outros países.Mas, ainda somos vítimas de programas como Geraldo Luiz (Record), Sônia Abrão (Rede TV), e outros por aí. Houve até brigas no ar, vejam só, do Datena criticando a Sônia Abrão (e aí ele está certo) por ela ter dado uma de negociadora com o sequestrador. Ela também se defendeu e até com baixarias acusou o Datena. Mas, na verdade todos se aproveitam de casos como esse sequestro, de chacinas, de crianças arrastadas por bandidos, ou seja, da desgraça alheia, simplesmente visando uns pontinhos a mais no ibope.Coisas de terceiro mundo. Mas, e a ética do jornalista onde fica?
Acho que a nossa função é apenas informar os fatos ao cidadão. E devemos fazê-lo decência e ordem. Cabe à polícia, no caso de sequestro, negociar. Foi ridículo o que vi no programa da Sônia Abrão. E tenho certeza, que eles ainda vão explorar o caso por muito tempo.
É lamentável.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Aparelhamento da máquina não é democracia

Outra lição que tiro destas eleições municipais de domingo é o aparelhamento da máquina pública que o PT colocou em prática para uso eleitoreiro. Lamentavelmente, essa prática do governo petista não ficou apenas na esfera federal. As eleições municipais serviram para mostrar também que o mesmo tipo de aparelhamendo do Estado que o Governo Lula implantou em Brasília, foi também aplicado nos municípios.
Vejamos só o que aconteceu em Osasco. Como já disse, as administrações anteriores também usaram a máquina administrativa para se beneficar nas eleições. Porém, eu nunca tinha visto uma prefeitura parar, literalmente, durante três meses apenas para se fazer campanha política. Os próprios vereadores petistas, que se sentiram preteridos, fizeram essa acusação na Câmara Municipal. Funcionários comissionados foram exonerados para que trabalhassem na campanha. Isso mostra que suas funções não são assim tão necessárias para o serviço público.
E o aparelhamento da máquina em Osasco vai muito além disso. Para quem acompanha a política em Osasco nos últimos anos, basta recordar um pouco de quem estava do lado de prefeitos anteriores, e comparar com o quadro atual. Como num passe de mágica, tudo e todos passaram a defender o PT de uma hora para outra. Mas, isso não foi de graça. Tudo isso tem um preço e quem paga é o povo de Osasco.
Se olharmos para a relação poder público/imprensa, vamos ver que nos últimos anos, a oposição, ou seja, o PT, tinha pouco espaço ou quase nada na imprensa local. Mas bastou o Emidio ser eleito para esse quadro mudar radicalmente. Hoje, os donos de jornais - com raras exceções - defendem com unhas e dentes a administração atual e, covenhamos, não é simplesmente porque passaram acreditar na ideologia petista. É simplesmente porque a generosidade com os meios de comunição tem sido maior por parte do PT. E quem é bobo de criticar o "patrão"?
O aparelhamente vai ainda mais longe. Todos os segmentos sociais, inclusive, igrejas "fecharam" com o PT de uma forma jamais vista neste país. Vi até pastores pedir votos para o PT no púlpito, fato que é proibido pela Justiça Eleitoral. Trata-se de uma aparelhamento muito periogoso para o processo democrátido do Brasil, pois se assemelha muito ao que vem ocorrendo na Venezuela.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Resultado das urnas consagra o assistencialismo

Olá amigos e leitores deste blog!
Depois de, praticamente, três meses sem postar, período em que participei da campanha para vereador em Osasco, volto a escrever neste espaço e opinar sobre a vida brasileira.
É até possível que muitos que acompanham a minha vida profissional em Osasco, estejam pensando que eu não havia ainda me manifestado devido ao resultado das eleições. Ledo engano. Tenho absoluta consciência de que os meus 110 votos refletem exatamente o que foi a minha campanha, ou seja, nada, inexistente.
Participamos de uma campanha sem dinheiro, apenas com o objetivo de tentar mudar a maneira de se fazer política, o que poderia começar pelo município. Infelizmente, vimos que isso, pelo menos por enquanto, é impossível de se fazer no Brasil.
Tiro muitas lições dessas eleições e, o principal delas, para infelicidade do Brasil, é que o povo brasileiro consagrou nas urnas a nefasta política do assistencialismo barato. Com raríssimas exceções, verificamos que de norte a sul do Brasil quem tem a máquina administrativa e o dinheiro - seja ele público ou não - consegue se reeleger. Isso não é uma crítica somente ao PT. O uso da máquina administrativa vem sendo, ao longo dos anos, uma prática no país. Quem não se lembra do FHC que se reelegeu usando a máquina, inclusive, "comprando" deputados para aprovarem a emenda da reeleição? Depois FHC não se interessou em eleger o seu sucessor, deixando assim o caminho aberto para o Lula.
Agora, o presidente Lula, de forma ainda mais clara, usa e abusa do direito de usar a máquina administrativa para fazer campanhas em benefício próprio e de seus companheiros de partido. A prova maior desse uso da máquina e dessa política de assistencialismo é o programa Bolsa Família. Repito que isso não é uma críticaa apenas ao PT. Todos os partidos políticos fazem a mesma coisa e o Lula vai deixar as portas abertas para o seu sucessor. Pois, com certeza, o próximo presidente vai também usar o Bolsa Família, ou qualquer outro tipo de bolsa para se reeleger. Afinal de contas, esse é o tipo de programa que mais dá voto, seja para o presidente, governador ou prefeito ligado ao PT.
Infelizmente isso é muito ruim para o desenvolvimento do Brasil, pois uma pessoa que sobrevive com 100 reais não tem as mínimas condições de estudar e de ser alguém que possa andar com as próprias pernas ou de questionar decisões políticas.

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