Casal Nardoni presta depoimento

Alexandre Nardoni e Anna Jatobá prestam hoje, no Fórum de Santana, o primeiro depoimeno no processo que apura a morte da menina Isabella, ocorrido no último dia 29 de março.
Depois de espancada a menina foi arremessada da janela do 6º andar do apartamento da família, na zona Norte de São Paulo, e segundo as invetigações, os dois são os principais acusados - agora réus - do homicídio.
O casal está preso preventivamente e a Justiça já negou por quatro vezes o habeas corpus solicitado pela defesa. A última tentativa foi no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ontem julgou o mérito do HC.
Alexandre e Anna Jatobá são acusados de homicídio triplamente qualificado e, se forem a juri popular, poderão pegar a pena máxima.

Morte de Isabella ainda comove a população

A morte da garota Isabella Nardoni, de 5 anos, assassinada no dia 29 de março deste ano, comoveu e ainda continua comovendo milhões de brasileiros. Se o caso esfriou um pouco na mídia em função de que ainda não apareceram fatos novos, como o depoimento do casal e também a decisão do STJ sobre o habeas corpus solicitado pela defesa, o mesmo não ocorre na Internet. Milhares de internautas continuam postando mensagens diariamente sobre o caso. E a maioria absoluta das mensagens no Orkut é de solidariedade à mãe biológica de Isabella, Ana Carolina Oliveira (foto), e também comentários criticando a defesa do casal e pedindo punição severa ao casal Nardoni.

Mãe e filha: iguais
Veja esta mensagem, postada pela internauta Thereza Cristina, de Ribeirão Preto, no dia 16 de maio:

"Não consigo separar a Isabella da mãe...Mesmo nas fotos em que está só, a presença materna se faz presente. O mesmo sorriso, expressão,olhar...uma completa a outra. A doçura, a meiguice, o jeitinho dengoso, as poses que mesmo formatadas eram espontâneas...Faceira! Uma menininha especial. Seu rostinho lindo me cativou, agora, ela tb faz parte de mim. E creio, que foi assim com todo o Brasil, Isa foi introjetada dentro de todos nós. Tornou-se patrimônio brasileiro. Um ícone dos nossos tempos cheios de violência. Mas, por quê Isabella? Quantos e tantos são os noticíarios que denunciam incansavelmente a maldade humana diariamente, sem tréguas? Estávamos de certa forma, acostumados com esses atos brutais...quase banalizando a violência...Então, o que houve? O que detonou dentro de nós esse clamor por JUSTIÇA? A atrocidade do crime? Acho que não. O que nos contagiou foi a candura de Isabella. Simplesmente, sem saber ou sequer imaginar, Isa, foi um sinal de que o céu existe sim. Ela escapou de lá como menina para os braços da mãe querida, mas, logo voltou para os braços do Pai Eterno, como o anjo, que sempre foi. E deixou dentro de nós, um mover arrebatador, chamado AMOR. Amor eterno por Isabella. Como esquecê-la? Jamais!"

Caso Isabella - Semana decisiva para a defesa

Esta semana será decisiva para os advogados de defesa do casal Alexandre e Anna Jatobá (foto), indiciados pelo assassinato de Isabella Nardoni, ocorrido no último dia 29 de março. Hoje, numa medida de desespero, os advogados organizaram uma entrevista coletiva do médico legista alagoano, George Sanguinetti e de mais duas peritas que foram contratados para contraditar o laudo elaborado pela Polícia Técnica de São Paulo.

No entanto, em vez de esclaredora, a entrevista serviu mesmo apenas para confundir. Sem ética e acusando os colegas de São Paulo, Sanguinetti, que ficou famoso há 12 anos, quando apresentou "falhas" no inquérito da morte de PC Farias e de sua namorada, em Alagoas, não conseguiu convencer com as suas críticas. Ele e os peritos afirmaram que não leram todo o inquérito, porém, mesmo assim, se sentiram no direito de elencar uma série de falhas no laudo. Eles disseram, por exemplo, que a menina Isabella não foi asfixiada e que, provalmente, tenha sido jogada de cabeça para baixo, contrariando totalmente as provas apresentadas até agora.

Mas, parece que confundir era mesmo o objetivo da defesa. Na quarta-feira, o casal irá depor no processo onde Alexandre e Anna Jatobá são réus. O que defesa tentam também é a liberdade do casal através de mandado de segurança. Agora, a esperança dos Nardoni é que o STJ analise o mérido do MS, uma vez que um dos juízes do STJ já havia negado a liminar.

Jefferson Péres fará muita falta ao Brasil

O Brasil e a democracia ficaram mais pobres na semana passada. Vítima de um infarto fulminante, morreu em Manaus (AM), na sexta-feira, o senador Jefferson Péres, líder do PDT no Senado. Com a morte de Péres, o Brasil e a Democracia ficaram mais pobres. Independentemente de partidos, de Governo, oposição, de colegas do Legislativo ou mesmo de correligionários de legenda, Jefferson Péres não fazia diferenças. Ele defendia, sem transgredir, a Democracia e a ética na política. Para o senador amazonense, para qualquer carreira, sobretudo, na política, a ética é como o ar que respiramos. "Ninguém pode viver sem o ar, como também não se pode viver sem ética", afirmara Jefferson Péres em discurso recente no Senado.Atualmente, o senador não escondia a sua desilusão com os rumos da política no Brasil. Franco e direto em suas colocações, Péres não poupava críticas aos casos corrupção que assolam o país e que deixam a classe política como uma das mais desacreditadas no país. Seu segundo mandato de senador termaria em 2010, mas, ele já afirmava que não pretendia continuar como político, em virtude de tantos escândalos.

E, altualmente, quem pensa como Jefferson Peres na política brasileira? Quem pensa e atua como ele para preservar a nossa Democracia? Quem pensa e age como ele para preservar a ética no meio político, onde o que mais se vê são escândalos de todas naturezas nos meios públicos?

São perguntas que, com a morte do senador amazonense, ficarão sem respostas. No Congresso Nacional, são poucos, pouquíssimos, os políticos que têm estatura moral para seguir os passos de honestidade, de lealdade, de transparência e de seriedade de Jefferson Péres. Sua morte deixará uma lacuna no Congresso Nacional e a sua coragem como homem público fará muita falta à democracia brasileira.

Defensora do Meio Ambiente deixa o Governo Lula

Nesta terça-feira, a defesa do Meio Ambiente no Brasil sofreu um duro golpe. Preocupada com os rumos da política ambiental e magoada com a falta de apoio que vinha recebendo, a senadora Marina Silva (foto) pediu demissão do cargo de ministra do Meio Ambiente, cargo que ocupava desde o início do Governo Lula. O descontentamento da ministra era tão grande que ela nem se preocupou em entregar a carta pessoalmente ao presidente Lula, que soube do fato através da imprensa.
Já fazia algum tempo que a ministra Marina Silva, um dos pilares que o Governo Federal ainda tinha contra o desmatamento incontrolável da Amazônia, por exemplo, vinha batendo de frente contra outros ministérios. O objetivo da ministra era evitar que determinadas obras públicas não colocassem em risco o meio ambiente no Brasil. Mas, a brava defensora da natureza, reconhecida internacionalmente, foi vencida pelos interesses econômicos. O novo ministro do Meio Ambiente deverá ser o ex-governador do Acre, Jorge Viana (PT).
Em seu pedido de demissão, endereçado ao presidente Lula, Marina Silva reclama da resistência que enfrentou no governo e da falta de sustentação política. "Vossa Excelência é testemunha das crescentes resistências encontradas por nossa equipe junto a setores importantes do governo e da sociedade", disse ela.
"Em muitos momentos, só conseguimos avançar devido ao seu acolhimento direto e pessoal. No entanto, as difíceis tarefas que o governo ainda tem pela frente sinalizam que é necessária a reconstrução da sustentação política para agenda ambiental."

Interesses diferentes
Marina vinha entrando em conflitos com outros ministérios, como a Casa Civil e a Agricultura, em casos e questões que opõem proteção ambiental a interesses econômicos.
O mal-estar entre Marina Silva e Dilma Rousseff (Casa Civil) começou em julho do ano passado, por conta das negociações em torno do edital para as concessões do leilão das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO).
Com o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura), o desentendimento girava em torno do plantio de cana. Para Marina, Stephanes incentiva o plantio de cana em áreas degradadas da Amazônia, do Pantanal e da mata atlântica.
Mas, a gota d´água que resultou na saída de Marina Silva, foi a bofetada que levou com a nomeação do ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) para coordenar o PAS (Plano Amazônia Sustentável). Depois de chamar Marina Silva de "mãe do PAS", programa criado e idealizado por ela, o presidente Lula acabou dando a coordenação do projeto para uma pessoa até certo ponto estranha nesse Governo.
Radicado há muitos anos nos Estados Unidos, onde trabalhava como professor, Mangabeira Unger é aquele mesmo que durante o primeiro governo petista, era um dos mais severos críticos do Governo Lula. Ele chegou a dizer que "jamais o Brasil teve um governo tão corrupto quanto o governo do presidete Lula". Porém, de uma hora para outra, após ser convidado para virar ministro, Mangabeira disse que "estava equivocado" quando fez as criticas.

Repercussão negativa
A saída da ministra Marina Silva repercutiu muito mal também no exterior. Em sua edição desta quarta-feira, o jornal argentino "Página 12" destaca: "A causa amazônica sofreu um duro revés no Brasil. A ministra do Meio Ambiente e ex-sindicalista da borracha, Marina Silva, renunciou ontem ao cargo inesperadamente depois de ser derrotada em sua luta por preservar a Amazônia, que está sendo devorada pelos grandes produtores de soja".
Para o Greempeace, o pedido de demissão de Marina Silva foi um desastre. A organização afirma que o fato mostra uma mudança de postura do governo em relação à questão ambiental.
"Nossa opinião é que a saída da ministra Marina é a prova cabal e derradeira das reais intenções do governo Lula em relação a essa questão. O meio ambiente, a questão da Amazônia, perdeu seu anjo da guarda, a única voz no governo que ainda defendia a prudência, o juízo, em relação às questões ambientais", afirmou Sérgio Leitão, diretor de políticas públicas do Greenpeace.

Jutiça nega habeas corpus para o casal Nardoni

O desembargador Caio Canguçu de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou, na manhã desta terça-feira, 13, o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá (fotos), acusados de terem matado a menina Isabella Nardoni, no último dia 29 de março. O desembargador negou também o pedido da defesa que solicitava o cancelamento da denúncia de homicídio triplamente qualificado contra o casal Nardoni. Com a decisão, Alexandre Nardoni e Anna Jatobá permanerão presos.

O habeas corpus foi julgado em caráter liminar. Agora, três desembargadores, inclusive, o dr. Canguçu, irão julgar o mérito do habeas corpus. Segundo alguns juristas, será muito difícil que o colegiado vote contra a decisão da liminar. A defesa já adiantou que irá recorrer.

Ao endossar o pedido de prisão preventiva, o promotor Francisco Cembranelli, enfatizou que Isabella foi asfixiada pela madrasta e jogada do sexto andar do prédio pelo próprio pai. O inquérito policial e a conclusao da Justiça foram feitos com base em minuciosas investigações e em laudos periciais.

O desembergador Canguçu de Almeida explica em em seu despacho que há indícios "inequívocos" de autoria e prova de materialidade do crime. "Vale dizer, pois, em face do caso concreto de que aqui se cuida, que a concessão de liminar, para o fim de restabelecer a liberdade dos pacientes presos preventivamente por força de decisão judicial largamente fundamentada e que diz respeito a crime gravíssimo praticado com características extremamente chocantes, e onde, após toda a prova colhida, sobressaem inequívoco reconhecimento de indícios de autoria e prova da materialidade da infração, tal concessão liminar, repita-se, apenas se justificaria se ao julgador fosse dado visualizar, de pronto, de forma clara, até gritante, que, hoje, não se fazem presentes os pressupostos autorizadores dela."

Agradecimentos

A manifestação de populares, que estava marcada para as 13 horas de hoje, na Praça da Sé, para protestarem contra uma possível libertação dos Nardoni, se transforou numa manifestação de agracecimento à Justiça de São Paulo por ter negado o habeas corpus. Segundo os organizadores do movimento, eles esperam agora que o TJSP mantenha a decisão e que os réus fiquem presos até o julgamento.

Caso Isabella - Manifestação contra habeas corpus

O desembargador Caio Canguçu deve anunciar nesta terça-feira, 13, o seu parecer sobre o habeas corpus pedido pela defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella. A garota morreu no último dia 29 de março depois de ser arremessada pela janela do apartamento do casal, no sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo.
Nardoni e Anna Jatobá estão presos desde a última quarta-feira, 7, quando foi decretada a prisão preventiva do casal. O pai está detido no 13º DP (Casa Verde) e Anna, após um protesto das presas da penitenciária feminina de São Paulo (zona norte), foi transferida para a penitenciária de Tremembé, a 147 km e São Paulo.

O pedido de liberdade foi protocolado na sexta-feira pelos advogados do casal. A defesa pede também que o despacho no qual o juiz Maurício Fossen acolhe a denúncia contra Anna e Alexandre seja anulado pela Justiça.

Manifestação

Como já havia ocorrido na semana passada, com manifestações em diversos pontos de São Paulo e também em outras cidades brasileiras, está prevista para as 13 horas de hoje, na Praça da Sé, uma manifestação pacífica de populares contra uma possível libertação do casal Nardoni. O ato deverá contar com João Arcanjo de Oliveira e Felipe de Oliveira, avô materno e tio de Isabella, e também parentes de outras crianças e adolescentes assassinados nos últimos anos. Além de serem contra o relaxamento da prisão preventiva do casal, os manifestantes pedem mudanças urgentes nas leis penais do Brasil e o fim da impunidade para quem pratica crimes hediondos.

Eleições - PT tem dificuldade para fazer alianças

A cada dia que passa, o PT de São Paulo vai encontrando sérias dificuldades para fazer alianças em torno da candidatura da ministra de Turismo e ex-prefeita Marta Suplicy (foto). Por outro lado, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) vem, a cada dia, aumentando o arco de apoio à sua candidatura para a reeleição.
Depois da aliança com o PMDB, de Orestes Quércia, Kassab recebeu ontem, oficialmente, o apoio do PR (Partido da República) e, nesta terça-feira, será a vez do PV (Partido Verde) oficializar seu apoio à reeleição do prefeito Kassab. A situação dessas alianças em São Paulo deixa o PT numa tremenda saia justa, uma vez que PMDB, PR e PV são legendas que fazem parte da base do Governo Lula.
Resta ao PT de Marta Suplicy atrair apoio das lideranças do chamado Bloquinho (PSB, PC do B e PDT), três partidos que também apoiam Lula em Brasília. Os petistas contam com a força do presidente no sentido de "sensibilizar" esses partidos a apoiarem Marta. No entanto, as lideranças do Bloquinho insistem em candidatura própria.
Para dificultar ainda mais a vida de Marta Suplicy, PSB, PC do B e PDT estão sendo assediados também pelo candidato tucano, Geraldo Alckmin, que confirmou sua candidatura e diz contar com o apoio do PTB de Campos Machado.
Além de ter a máquina nas mãos, com as alianças firmadas até o momento, o prefeito Gilberto Kassab terá cerca de 9 minutos de propaganda na TV e no rádio, mais do que dobro do segundo colocado que poderá ser a petista Marta ou o tucano Alckmin.

Caso Isabella - manifestaões contra habeas corpus

Depois da manifestação realizada na última terça-feira, 6, em São Paulo, pedindo a prisão preventiva do casal Nardoni (foto), populares estão programando manifestações para esta sexta-feira, dia 9, contra a concessão de habeas corpus para Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jabotá. Os dois, que foram presos ontem em caráter preventivo, são réus no processo penal que apura a morte da pequena Isabella Nardoni, assassinada no dia 29 de março. As manifestações foram organizadas, principalmente, depois que o promotor do caso, Francisco Cembranelli, pediu o apoio popular para que "a justiça triunfe".

Os advogados de defesa afirmaram que vão entrar com o pedido do habeas corpus ainda nesta quinta-feira na Justiça de São Paulo.

As manifestações estão sendo programadas para serem realizadas no Brasil inteiro e duas já foram confirmadas:

- Em São Paulo, sexta-feira, dia 9, às 17 horas, em frente ao 13º Distrito Policial, na Casa Verde, zona Norte.

- No Rio de Janeiro, sexta-feira, dia 9, às 15 horas, em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia.

Dilma Rousseff vence o 1º round contra a oposição

O Brasil inteiro sabe que a Casa Civil deixou vazar de propósito dados sigilosos do Governo FHC para amedrontar a oposição. Porém, nesta briga política entre Governo e oposição, a ministra Dilma Roussef, Chefe da Casa Civil (foto), saiu vitoriosa no 1º round desta batalha, travado ontem na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal.

Como numa luta de boxe, onde o adversário deve estudar o oponente, antes de sair batendo de qualquer jeito, a oposição partiu pra cima da ministra e levou logo de cara um cruzado no queixo.E o golpe inesperado, que derrubou a oposição e fortaleceu Dilma, foi desferido pelo experiente senador e líder do DEM, José Agripino Maia (RN).

Como a ministra foi convocada para falar sobre o PAC (Programa de Aleceração do Crescimento), mas prontificou-se a falar também sobre o dossiê anti FHC, Agripino Maia tentou derrubar a ministra logo na primeira pergunta. Mas, foi muito infeliz.

Maia fez referência ao tempo da ditadura e lembrou que, em uma entrevista de 2005, Dilma disse que mentiu muito quando foi presa, tentando compar aquele episódio com o de hoje. Porém, a péssima pergunta serviu como um trampolim para ministra.

Emocionada, Dilma Roussef disse: "Menti, sim, senador. Menti para salvar da morte muitos companheiros. Tinha 19 anos, quando fui presa e torturada. E nessa situação, a dignidade de uma pessoa está justamente na sua coragem em mentir para os seus torturadores", disse a ministra, que foi muito aplaudida.

Daí para a frente, a oposição bem que tentou fazer outras perguntas sobre o dossiê e até mesmo sobre o pac/palanque do Lula, porém, reforçada, Dilma Roussef negou que tenha mandado fazer qualquer tipo de dossiê. E, nadando de braçadas, defendeu com unhas e dentes todas as obras do PAC.

Para a oposição, apesar desta escorregada de Agripino Maia, Dilma não convenceu no caso dossiê. Já para os governistas, a ministra esteve muito bem e sai desta primeira batalha mais forte como pré-candidata do PT à sucessão de Lula.

Justiça decreta prisão preventiça dos Nardoni

O juiz Maurício Fossen decretou na noite desta quarta-feira, 7, a prisão preventiva do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá (foto), acusados de matar a menina Isabella Nardoni, no dia 29 de março.
A denúncia foi apresentada ontem pelo promotor Francisco Cembranelli. Alexandre e Ana Jatobá são acusados de homicídio triplamente qualificado.
Ao decretar a prisão preventiva, o juiz aceitou também a denúncia feita por Cembranelli, que aponta como provas contra o casal laudos periciais e versões de testemunhas do crime.
Agora, às 21h08, ainda há uma grande movimentação em frente ao prédio onde mora o pai de Ana Jatobá, em Guarulhos, e onde o casal está recluso desde que prestou o último depoimento no 9º Distrito Policial. Os advogados de defesa garantem que os acusados, agora, transformados em réus no processo penal, vão se entregar à polícia.
Além de aceitar a denúncia do promotor e decretar a prisão preventiva do casal, o juíz Maurício Fossem já marcou as datas dos primeiros depoimentos na Justiça. Os primeiros a depor devem ser os réus Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá.

Manifestantes pedem prisão do casal Nardoni

Nesta terça-feira, dia 6, cerca de 12 pessoas vestidas de branco, portando cartazes e fotos de Isabella Nardoni, fizeram uma manifestação na Praça da Sé, em São Paulo, pedindo a prisão preventiva do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Eles foram indiciados pelo assassinato de Isabella
Nardoni, ocorrido no dia 29 de março. Também nesta terça-feira, o promotor do caso, Francisco Cembranelli, denunciou o casal por homicídio triplamente qualificado e endossou o pedido de prisão preventiva feito pela delegada Renata Pontes.
Conforme a conclusão do inquérito policial, elaborado com base em minuciosas investigações e em laudos da Polícia Técnica, Isabella foi agredida pelo casal e, depois de ter sido esganada pela madrasta, foi jogada pelo pai pela janela do sexto andar do prédio, onde a família morava na zona Norte de São Paulo.
A morte da pequena Isabella, de apenas 5 anos, causou indignação no país inteiro. Milhares de pessoas do Brasil e do exterior participam de Comunidades na Internet, pedindo Justiça e mudanças nas Leis do país. Membros da Comunidade "Movimento Isabela Nardoni", no Orkut, resolveram fazer esta primeira manifestação em São Paulo para aproveitarem o dia em que o promotor iria denunciar o casal.
Depois da Praça da Sé, o grupo seguiu até o prédio da Procuradoria Geral de Justiça, onde o promotor Cembranelli deu uma entrevista coletiva explicando a sua denúncia e porque pediu a prisão preventiva dos acusados. Agora, caberá ao juiz do 2º Tribunal do Júri, Maurício Fossen, decidir sobre a abertura da ação penal e será ele também que irá decidir pela prisão preventiva dos acusados.
Para a vendedora Sandra Domingues, de 39 anos, uma das organizadoras da manifestação, o objetivo do movimento é sensibilizar as autoridades para uma punição severa ao casal, que ela julga ser culpado. "A Isabella é como uma bandeira da violência contra todas as crianças no Brasil, por isso pedimos justiça", disse Sandra.
Apesar de singela, a manifestação pela prisão preventiva do casal Nardoni teve grande repercussão na imprensa. Além das televisões, a jornalista Carolina Freitas da Agência Estado - http://www.estadao.com.br/ - fez uma matéria com o título acima, que foi publicada hoje em diversos jornais on line de todo o Brasil. No Estadão, a matéria pode ser encontrada aqui:
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger168193,0.htm

Caso Isabella - Ato pró-Justiça na Praça da Sé

Nesta terça-feira, dia 6, às 13 horas, haverá uma manifestação pacífica de populares que pedem Justiça e o fim da impunidade no Brasil. São pessoas, membros de Comunidades na Internet, que estão indignadas com o assassinato da menina Isabella, ocorrido no dia 29 de março. Segundo a conclusão do inquérito policial, com base em investigações e nos laudos periciais, os principais acusados desse bárbaro assassinato são o próprio pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a sua mulher e madrastra da menina, Ana Carolina Jatobá.

A manifestação tem objetivo de pedir Justiça não somente ao caso Isabella, mas a todos os casos de violência que vêm ocorrendo no Brasil, principalmente, contra crianças e adolescentes. Compareça e dê a sua colaboração. O Brasil precisa, urgentemente, de leis mais severas contra praticantes de crimes hediondos. Arte: Camila - http://www.isabelatheprincess.blogspot.com/

Dilma Roussef vai ao Senado

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) deve ir nesta quarta-feira, dia 7, à Comissão de Infra-Estrutura do Senado para falar sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Porém, a oposição já adiantoou que deve fazer perguntas sobre o dossiê com informações sobre os gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
a ida de Dilma ao Senado estava inicialmente marcada para o dia 30 de abril. Mas um acordo entre presidente da comissão, Marconi Perillo (PSDB-GO), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), adiou o depoimento, temendo um esvaziamento da Casa em virtude do feriado de 1º de Maio.

Dossiê
Apesar de Dilma Rousseff ter sido convocada para falar exclusivamente sobre o PAC, a oposição deve aproveitar a presença da ministra à comissão para questioná-la sobre o dossiê com gastos sigilosos do ex-presidente FHC. Por outro lado, a base governista já garantiu que não permitir perguntas relacionadas ao dossiê.
Os governistas argumentam que a comissão não tem poderes para ouvir Dilma sobre o vazamento de informações que deu origem ao dossiê --uma vez que o tema da comissão é infra-estrutura.
Mas, se a ministra resolver se calar sobre o dossiê, já foi aprovado por essa mesma Comissão do Senado um outro requerimento de convocação, quando ela terá que comparecer para falar exclusivamente sobre a elaboração e vazamento do dossiê. Enquanto isso, a Polícia Federal já abriu inquérito e está investigando o caso.