Trânsito caótico deixa Osasco sem saída

A cada dia que passa o trânsito na cidade de Osasco fica mais complicado e difícil de enfrentar.
Quase insuportável nos horários de pico. É a cidade e seus habitantes sofrendo com os problemas
comuns de uma grande região metropolitana. Seria o preço do progresso?

Nos últimos 30 anos, Osasco passou por profundas mudanças no seu perfil econômico. A cidade se verticalizou e com isso veio o aumento populacional e muito mais ainda o aumento de
veículos. Além do aumento no número de carros, Osasco passou a sofrer com um trânsito regional. Motoristas de outras regiões ingressam na cidade, para evitar os pedágios da rodovia Castelo Branco.

E se não bastasse tudo isso, por sua localização, Osasco é também uma das primeiras cidades a
sofrer as consequências de qualquer problema que ocorre na Capital. Isso aconteceu nesta quartafeira, 23, devido à interdição da Ponte dos Remédios, onde desabou parte da proteção. Durante todo o dia, sobretudo, na parte da manhã, todas as principais vias de Osasco ficaram congestionadas.

Mas, qual seria a solução para o problema do trânsito na cidade? Planos para minimizar o
problema, os administradores têm, como os que já foram apresentados no Projeto Osasco 50 Anos. Mas, são planos para serem executados em quanto tempo? Ou melhor, por quanto tempo mais, os osasquenses suportarão esses congestionamentos gigantes que deixam a cidade sem saída? Com certeza, mais obras viárias, como avenidas, viadutos ou túneis, tanto no sentido norte/sul, como leste/oeste, seriam bem-vindas, mas, teriam que ser obras executadas com a mesma velocidade do crescimento da cidade.

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Aliança política ou salada mista?

Ao analisar as alianças políticas que se formam para as eleições, a gente fica com mais certeza que os partidos políticos do Brasil não têm ideologia política, ou são atraídos por outros motivos menos nobres para firmar alianças, fato que não acreditamos. Preferimos acreditar na falta de ideologia.

Ora, cada partido tem o seu estatuto e defende com unhas e dentes a sua ideologia. Mas, parece que na hora de formar grupos de apoios eleitorais, os estatutos são ignorados. Hoje, o Brasil conta com 29 partidos e muitos defendem idéias antagônicas, como regime político, sistema econômico e também defendem a presença maior ou menor do estado na vida do cidadão.

Mas, vejam a incoerência entre a teoria e a prática. Atualmente, as únicas legendas que não estão unidas em nenhum ponto deste país parecem ser mesmo apenas PT e PSDB. Assim estão em nível federal: de um lado o PT e mais duas dezenas de partidos, com destaque para PDT, PTB, PP, PSB e PV, e do outro, o PSDB em companhia do DEM e do PPS. E as críticas de ambos os lados são ferrenhas no Congresso Nacional. O PSD, de Kassab, é ainda uma incógnita.

Mas, já em nível estadual, o incrível acontece. Aliados do PT esquecem os defeitos do PSDB e tucanos esquecem que são adversários do PT. Em Osasco está se desenhando o mesmo quadro. Enquanto o PSDB deverá contar com mais um ou dois partidos, o PT se gaba de formar uma aliança com 24 legendas. Mas, será que o PT ou o PSDB de Osasco são diferentes do PT ou PSDB Estadual e Nacional? É uma verdadeira salada mista que o eleitor ainda não percebeu.

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Inversão de valores no campus da USP

Conforme todas as pesquisas indicam, uma das maiores preocupações da sociedade brasileira diz respeito à segurança pública. Fato que pode ser verificado na presença cada vez maior de equipamentos de segurança nas residências e condomínios, como também nos pedidos de um policiamento mais ostensivo.

Mas, parece que esta não é a preocupação de parte dos alunos da USP, sobretudo, parte dos estudantes de Filosofia, Letras, Geografia e História, da famosa FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Mesmo com noticias freqüentes de assaltos, furtos, estupros e latrocínios, um grupo de estudantes está protestando e pedindo que a PM saia do campus. Eles protestam contra a prisão de três estudantes, flagrados fumando maconha no estacionamento.

Há dois meses, a PM passou a fazer a segurança no campus de acordo com um convênio assinado entre a corporação e a USP. Essa medida foi tomada para aumentar a segurança no local, depois que o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, foi assassinado por assaltantes. A segurança aumentou, conforme declaram alunos que lutam pela manutenção dos PMs no campus.

No entanto, após a prisão dos três estudantes, há uma semana, um grupo de estudantes, armado de paus, resolveu enfrentar os policiais. Em seguida, os estudantes invadiram um prédio administrativo da Faculdade. O curioso é que estes estudantes falam em democracia. Total inversão de valores. Indivíduos que querem a PM fora do campus, deveriam, isto sim, é deixarem a USP para quem deseja apenas estudar.

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