Identificar a corrupção e aplicar meios de sua prevenção e punição aos políticos foram alguns dos temas da palestra "Combater a corrupção na política e na administração alemãs", ministrada nesta quinta-feira, no auditório da Assembléia Legislativa, do Ceará. Raimund Wimmer, professor doutor, jurista e presidente do grupo de trabalho sobre política municipal da Fundação Konrad, na Alemanha, traçou comparativos entre o país europeu e o Brasil.
Wimmer explicou que a corrupção começa com pequenos atos, que podem se transformar em abusos concretos de autoridade. "Começa com pequenas coisas, com cortesias mínimas no Natal, com um convite para jantar, uma gentileza. Depois, possivelmente, uma viagem junto com a esposa ou a parceira e mais tarde um pedido de favor em troca", destacou.
As conseqüências desses tipos de atos, para o professor, podem se refletir em graves prejuízos materiais para a população. "O recursos públicos são mal aplicados. Criam-se, por um lado, excessos e escassez de capacidade e, por outro, situações deficitárias, e postos de serviço são ocupados por pessoas não-qualificadas. O mandamento da igualdade de tratamento não é respeitado", aponta.
Além de punir os culpados, ele destacou como fundamental a prevenção. "A punição abrange só uma pequena parte dos delitos. E seu efeito de intimidação sobre futuros infratores é muito reduzido. Por isso, medidas preventivas estão em primeiro plano em nosso combate à corrupção", defendeu o palestrante alemão.
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http://www.opovo.com.br/opovo/politica/794861.htmlPequenas diferenças entre Alemanha e BrasilPois é, a Alemanha é um dos países mais desenvolvidos do mundo. A carga tributária do povo alemão é menor do que a do brasileiro em relação ao PIB. Lá, o povo tem renda per capta infinitamente superior ao brasileiro. E tem, em contrapartida, excelentes serviços públicos e, os que não são públicos, são rigorosamente controlados pelo Governo de sistema Parlamentarista.
Porém, mesmo sendo um país rico, a Alemanha se preocupa em combater a corrupção, tanto é que tem até especialistas no assunto, como este palestrante que esteve no Ceará.
Talvêz, seja por isso, que há tantas diferenças entre um país relativamente pequeno da Europa, porém, de povo sério, e um gigante como o Brasil, cujos governantes e o próprio povo já foram até taxados, também pelos europeus, de não serem gente séria.
É a nossa a realidade. Infelizmente!