sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Racha entre os vereadores petistas de Osasco

Na Câmara Municipal de Osasco - a maior cidade da região Oeste da Grande São Paulo - a disputa política não está acontecendo apenas entre a oposição e vereadores que apóiam o prefeito Emidio Pereira de Souza (PT). A sete meses das eleições municipais, há um clima tenso entre os próprios vereadores da situação, principalmente, envolvendo parlamentares petistas que não medem palavras para criticar a administração municipal.
Na sessão da última terça-feira, dia 26, as críticas começaram a ser feitas pelo comedido vereador Mário Luiz Guide (PSB), que faz parte do governo. Segundo Mário Luiz, "os vereadores estão sendo desrespeitados em eventos promovidos pela Prefeitura. Não falo por vaidade. Já passei da idade para isso. O que eu acho é que numa democracia, as autoridades que têm mandato popular devem ser mais respeitadas. Assim, é em todo mundo. Mas, aqui em Osasco, parece que o cerimonial da Prefeitura não entende assim".
Mário Luiz recebeu a solidariedade de quase todos os vereadores presentes e foram os apartes de vereadores petistas que mais chamaram a atenção pelo tom crítico dos mesmos.
O primeiro a apartear o socialista, foi o vereador petista Rubinho. "Eu sei o que é isso vereador. Todos sabem que sou oriundo do sindicato dos Bancários, faço parte da Federação e, recentemente, num evento realizado com representantes dos Bancários no Gabinete do Prefeito, eu fui colocado de lado. Deram a palavra para o secretário Mariano, para a presidente do Sindicato e eu, que está estava com o discurso preparado, não falei. Mas, acredito que a culpa não é do cerimonial e, sim, de quem manda no cerimonial", afirmou Rubinho.
Outro petista que também abordou o assunto foi o vereador Aguimarães. "Eu também já passei por isso. Só que eu deixo o evento e saio falando mesmo. Porque em determinados eventos da Prefeitura a gente é tratado pior do que um cachorro", esbravejou o petista.
Na sessão de quinta-feira, novamente o racha petista na Câmara de Osasco veio à tona. Desta vez foi em torno da discussão do Plano de Carreira dos Professores, cujo projeto já foi aprovado. A discussão agora é sobre os vetos do prefeito Emidio. Os professores não gostaram de ver o projeto aprovado sem as emendas dos vereadores, que foram vetadas pelo Executivo. O vereador Aluisio Pinheiro, ex-líder do prefeito, defendeu os professores e disse: "Isso aqui não é uma disputa entre oposição e governo. Nós somos a favor das revindicações da categoria e não concordo com a posição da secretária de Educação Mazé. Acho que a culpa nem é do prefeito e, sim, da Secretaria de Educação". O único que defendeu a secretária Mazé foi o vereador Nelsinho Matias, atual líder do prefeito.

domingo, fevereiro 24, 2008

Rossi: "Espero que agora o Governo tome vergonha"

No último sábado , dia 23, com a presença de aproximadamente 500 pessoas, o PMDB de Osasco realizou um encontro com lideranças políticas e pré-candidatos para discutir temas de interesse do município, como Educação, Reforma Tributária, Compra Governamental e Inclusão Social. O encontro é a fase municipal do II Congresso Estadual que será realizado em abril. Antes, em março, seá realizado os Encontros Regionais.
Como todos os assuntos debatidos têm relações entre si, os quatro palestrantes concluiram que o mais importante para o desenvolvimento de um povo é uma Educação com Qualidade, pois só assim o cidadão tem condições próprias de investigar se o seu dinheiro está sendo bem usado pelos governantes, O público, que ficou atento às palestras, pode também participar do evento fazendo perguntas e tirando dúvidas com os palestrantes.
Em seu pronunciamente, o deputado Francisco Rossi(foto, ao microfone), pré-candidato a prefeito, agradeceu a síntese e a forma clara de como os palestrantes falaram sobre os temas propostos e fez um agradecimento ao presidente nacional do PMDB Michel Temer. "O PMDB, sob o comando do deputado Michel Temer, é um partido onde temos liberdade de ação. Na Câmara dos Deputados, só eu e mais sete parlamentares do partido votamos contra a CPMF, um imposo cruel que penalizava os mais pobres. E eu jamais fui constrangido por ter votado contra a CPMF. Felizmente, ela caiu no Senado. São R$ 40 bilhões, que deixarão de ir para os cofres do Governo e para as campanhas eleitorais. Esses R$ 40 bilhões ficarão no bolso dos brasileiros e servirão para movimentar a economia do país. Agora, o Governo vai ter que tomar vergonha na cara e cortar gastos".

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Indústria de boatos em Osasco não desanima Rossi

A próxima eleição municipal em Osasco, a quinta maior cidade do Estado de São Paulo, promete ser uma das mais acirradas de toda a história do município, que completa amanhã - 19 de fevereiro - 46 anos de emancipaão político/administrativa. Isto porque, ao contrário de outras épocas, quando apenas dois candidatos fortes disputavam o cargo, agora, pelo menos três fortíssimos nomes são pré-candidatos ao cargo: o atual prefeito, Emidio Pereira de Souza (PT), que busca a reeleição;, e os ex-prefeitos, ambos por dois mandatos, Celso Giglio, deputado estadual pelo PSDB; e Francisco Rossi, deputado federal pelo PMDB, (à esquerda, na foto, ao lado deste jornalista).
Diante desse quadro de indefinição, começa a surgir na cidade uma verdadeira indústria de boatos. São boatos que falam, principalmente, sobre uma possível desistência de Rossi para beneficiar o candidato do PT. Como Francisco Rossi estava fora da vida pública há 16 anos anos e, mesmo assim, foi o deputado federal mais bem votado de Osasco, muitos acham que poderá não ir para o segundo turno. Por isso os boatos mais fortes são no sentito de que Rossi "desistirá para apoiar Emidio", ou que a sua filha Ana Paula Rossi, já "teria aceitado ser vice na chapa do Emidio, desde que o seu pai saia da disputa". Já falaram também que o "Rossi iria desistir porque já havia acordo para o seu grupo dirigir o Ceagesp".
Os boatos de Internet ou de bares são ainda reforçados por entrevistas em jornais, como uma recente do deputado federal, João Paulo Cunha (PT), onde ele afirma, dentre outras coisas que "gostaria de estar no mesmo palanque do Emidio e do Rossi e que isso poderia ser facilitado com ajuda do Presidente Lula".
Indignação
Todos esses boatos, como não poderia ser diferente, têm provocado profunda indignação em todos aqueles que acreditam na vitória do ex-prefeito e, principalmente, no próprio Rossi. Na última sexta-feira, 15, o PMDB reuniu seus pré-candidatos e, mais uma vez, o deputado Francisco Rossi pediu que ninguém desse crédito aos boatos e mentiras sobre a sua candidatura.
Rossi disse que até agradece os elogios de João Paulo, ressaltando, no entanto, que vê em tudo isso uma orquestração com o único objetivo de desestabilizar a sua campanha. "Sou homem de uma palavra só. Hoje, eu sou pré-candidato do PMDB à Prefeitura de Osasco e não desisto nem com três Ministérios do Governo Federal", disse Rossi.
na

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Onde foi parar a dinheirama do falso dossiê?

Já se passaram um ano e cinco meses desde que, em setembro de 2006, a Polícia Federal apreendeu com duas pessoas ligadas ao PT, o montante de R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar um falso dossiê contra os candidatos tucanos Geraldo Alckmin (à Presidência da República) e José Serra (ao Governo de São Paulo). Toda essa montanha de dinheiro - como mostra a foto - foi apreendida com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva no quarto de um hotel em São Paulo.
Em depoimento à polícia, os dois envolvidos declararam que desconheciam a origem do dinheiro. Investigando o caso, a Polícia Federal só conseguiu identificar os 248 mil dólares que faziam parte do montante apreendido. Quanto aos mais de um milhão e 100 mil reais, até hoje ninguém sabe, ninguém viu.
Outros petistas foram acusados de envolvimento no caso, como o ex- assesor da Presidência, Freud Godoy, amigo de Lula, e Jorge Lorenzetti, churrasqueiro preferido do Presidente da República. Inclusive, o PSDB chegou a entrar com uma representação contra o Presidente Lula e seus aliados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que os absolveu por falta de provas.
Mas, o problema que fica de todo esse episódio não diz respeito às provas que possam incriminar pessoas ligadas ao PT. A realidade é que a Polícia Federal apreendeu quase R$ 2 milhões com duas pessoas no quarto de um hotel. E o que se viu depois é que, simplesmente, os dois acusados declararam não saber de onde surgiu tanto dinheiro e tudo, pelo menos até agora, ficou por isso mesmo.
Como escrevemos na época, aqui mesmo neste blog: isso não seria um incentivo a outros "aloprados" a terem o mesmo comportamento? Ou seja, pegar milhões de reais por aí para fins ilícitos e, mesmo presos em flagrante, saírem livres com a simples afirmação de que não sabem da origem do dinheiro?. É por esses e outros fatos de impunidade que o Brasil continua com a imagem de não ser um país de gente séria, enquanto se afunda em casos de corrupção e do crime organizado.
EM TEMPO: Na época, foram divugadas diversas imagens mostrando Serra e Alkcmin, em eventos públicos, com objetivo de desmoralizá-los politicamente. Por outro lado, para tentar livrar os seus companheiros, o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), tentou na Justiça proibir a divulgação das fotos da dinheirama. Mas, a Justiça não acatou a solicitação do "aloprado" Berzoini.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

CPI neles, já! E que venha o segundo mensalão!

Ao perceber que estava acuado e que não conseguiria barrar a CPI dos Cartões Corporativos, o Governo Lula tentou intimidar a oposição, propondo ele próprio a criação de uma CPI no Senado. Ora, todos sabem que a CPI é um instrumento da minoria para investigar atos ilícitos seja do Poder Executivo, do Judiciário e também do próprio Legislativo.
Ao proporem a CPI para investigar crimes de membros do Governo, conforme as primeiras denúncias e que provocaram a queda de uma ministra - Matilde Ribeiro (foto) - os governistas partiram para uma prática suicida. Pois, como já ensinava o velho Ulisses Guimarães, todos sabem como começa uma CPI, mas ninguém sabe como ela termina.
Assim, aconteceu com a CPI dos Correios, que foi criada para investigar o caso mensalão. Depois de tentar de todas as formas barrar a CPI, o governo cedeu, mas conseguiu a presidência e a relatoria da mesma, com o senador Delcidio Amaral (PT-MS) e o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), respectivamente.
Só que, quando se trata de escândalo e abuso com o dinheiro público, a força popular fala mais alto. E o resultado da CPI dos Correios todos conhecem. Classificado como "uma quadrilha, chefiada por Zé Dirceu", pelo procurador-geral da República, o caso foi denunciado no STF, onde 40 pessoas, entre parlamentares, empresários e assessores, foram transformadas em réus.
Agora, o caso não é menos grave. Uma ministra confessou que abusou ao usar o cartão corporativo e foi pra rua. Mas, não é só um ministro. Outros estão sendo investigados e há uma pilha de denúncia que envolvem pessoas de todos os cargos no Governo.
Com certeza, estamos diante de um caso que pode mesmo até superar o escândalo do mensalão. E é por isso que o Governo não queria investigar, para depois partir para um ato suicida. É mais um ano do Governo Lula que se inicia, não com com projetos de desenvolvimento, e sim, com investigações de corrupção. Esse é o Brasil governado pelo PT: um mar de lama.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Exército Brasileiro vira empreiteira no Nordeste

Confesso que eu não esperava ver o Exército Brasileiro ser transformado pelo Governo Lula numa mera empreiteira de construção de estradas, como está ocorrendo no Nordeste. A gente, aqui em São Paulo, ouvia o Lula dizer que se as empresas continuassem brigando na Justiça por causa de licitação, ele iria colocar o Exército para duplicar a BR 101 nos trechos de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Estive agora no Nordeste e é muito diferente ouvir essas promessas e ver na prática, um Exército construindo estradas, fato que, em minha opinião, não passa de uma pura medida eleitoreira. Em janeiro de 2006, ano eleitoral, o Lula esteve lá e fez um longo discurso, afirmando justamente isso, ou seja, que iria usar Exército para mostrar para as empresas que ele iria duplicar a estrada, mesmo sem elas.
Sei perfeitamente que o Exército Brasileiro tem profissionais competentes, inclusive, possui os Batalhões de Engenharia e Construção. Mas, sempre vi também que as obras construídas pelo Exército eram obras de emergência, não uma duplicação há tantos anos planejada e que deveria, sim, ser construída pela iniciativa privada, deixando o Exército livre para cumprir suas funções em defesa da Pátria.

Sem futuro
Acompanhei, tanto em Pernambuco, como na Paraíba, um cenário inacreditável. Soldados do Exército trabalhando, como serventes de pedreiro, fardados e debaixo de um calor insurpotável. Até de noite pude verificar que haviam homens do Exército e máquinas trabalhando. Mas, o incrível é que depois de tanto tempo não tem quase nada concluido. Apenas alguns treçhos próximos de algumas cidades é que estão mais adiantados. Até parece que esses trechos poderão servir de atração de votos, uma vez que estamos novamente em ano eleitoral.
Porém, além de ver aqueles soldados, sob ordem militar, trabalhando naquelas condições, muito diferente do sonho de um jovem que entra no Exército para seguir carreira, e que pode até construir estradas mas em caso de emergência, fiquei pensando também no desvirtuamento das reais funções do Exército.
Já constatamos em diversas ocasiões que, mesmo não sendo preparados para o policiamento urbano, os homens do Exército já prestaram relevantes serviços no combate à violência no Rio de Janeiro, tanto que são sempre chamados para colocar os tanques nas ruas para dar segurança e eventos internacionais ou durante visitas de pessoas importantes ao País.
Então, se a violência é tão grande em nossas cidades, por que não treinar esses homens para colocar ordem em nossas cidades, e não transformá-los em meros pedreiros ou serventes de obras, sem nenhum desmerecimento a esses profissionais?
O Exército Brasileiro, se não estivesse sucateado como está, não seria também mais útil na proteção de nosss fronteiras secas para coibir a entrada de drogas e armas no Brasil? Do jeito que está não sei qual será o futuro do nosso Exército.


terça-feira, fevereiro 05, 2008

Cartões corporativos: novo escândalo do Governo


O governo Lula (PT) vive, sem dúvida, uma nova crise após a divulgação dos gastos dos cartões corporativos. O assunto, antes restrito à Esplanada dos Ministérios, chegou ao Palácio do Planalto e pode provocar um estrago muito maior ao governo do que provocou o mensalão.
O escândalo, que está em todos os jornais e revistas do Brasil e do exterior, já derrubou a ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), - à direita - mas outros ministros estão também sendo investigados. O interessante nesse início de nova crise, são as desculpas dos envolvidos: muitos semelhantes àquelas dadas pelos mensaleiros, ou seja, "não sei de nada", "não tenho culpa", ou "foi culpa de assessores".
Essa, infelizmente, tem sido a marca do Governo Lula no trato com questões polêmicas envolvendo corrupção. A Folha de S.Paulo (http://www.folha.com.br/) publicou o envolvimento de três funcionários da Presidência, que teriam gastado, em 2007, R$ 205 mil com mantimentos e vinhos finos.
Já no caso da ministra Matilde Ribeiro, ficou provado que ela gastou R$ 171 mil em 2007 usando o cartão corporativo. Desse total, R$ 110 mil com aluguel de carro e mais R$ 5 mil em restaurantes. Ao justificar sua saída do Governo, Matilde disse que "saía de cabeça erguida, porque fui mal assessorada quanto ao uso do cartão". É mole! Como diria aquele candidato folclórico: peroba neles.
Oposição quer CPI
Na segunda-feira, dia 4, a Folha denunciou o que o segurança João Roberto Fernandes Júnior, que trabalha para Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente, usou cartão corporativo para pagar despesas de autopeças, materiais de construção e de munição.
"Eu já havia dito que o caso da ministra Matilde Ribeiro [Igualdade Racial] era só a ponta do iceberg", disse o senador José Agripino (RN), líder do DEM no Senado.
Já o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse acreditar que o uso do cartão pelo segurança é suspeito. "É um desvio que respinga no presidente da República. Aparentemente, é tudo muito estranho". Alnguns membros da oposição estão chamando os gastos com cartões corporativos de "mensalinho para privilegiados".

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