sábado, janeiro 21, 2006

Rossi quer mesmo é ser Deputado Federal

Conversando há poucos dias com este repórter, o ex-prefeito de Osasco, Francisco Rossi, afirmou que será mesmo candidato a deputado federal pelo PMDB. Há pesquisas internas do partido mostrando que Rossi ainda é possuidor de um grande eleitorado na região Oeste, isto sem contar o apoio que possui também em outras regiões e no Interior. Essas mesmas pesquisas revelam que o ex-prefeito, que também já foi deputado federal por dois mandatos, poderá obter, apenas em Osasco, cerca de 200 mil votos, o que lhe daria condições de ser um dos deputados federais mais bem votados no Estado de São Paulo.
Apesar das pesquisas internas do PMDB revelarem também que Francisco Rossi é bem avaliado, inclusive, para o cargo de Governador, ele afirmou que não pretende disputar eleição para cargo majoritário em 2006, nem mesmo como vice na chapa de Orestes Quércia, como alguns jornais tem noticiado. Desta vez, parece que Francisco Rossi está mesmo disposto a optar pela certeza de uma eleição para deputado federal. Se os números das pesquisas vierem a se confirmar, isso daria a Francisco Rossi totais condições, não apenas de chegar a Brasília como um deputado forte de São Paulo, mas também de pensar novamente em disputar a prefeitura de Osasco em 2008.

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Rubens Furlan no PMDB

Como diz o ditado popular, que o bom filho à casa torna, o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (entre a sua mulher, Sônia, e o Rei Pelé), está de malas prontas para retornar ao PMDB, partido que o lançou na vida pública, na década de 70, quando se elegeu vereador em Barueri.
Em recente entrevista a este repórter, Furlan, que cumpre seu terceiro mandado de prefeito, desmonstrou interesse em voltar ao PMDB, afirmando também que ficou entusiasmado com a pesquisa que mostrou Orestes Quércia à frente na corrida pelo Governo do Estado. "Quércia foi um excelente governador e é um nome que me agrada como candidato para ocupar o lugar de Geraldo Alckmin".
Com Furlan, o PMDB, que já tem Francisco Rossi, ex-prefeito de Osasco, se fortalece ainda mais na Grande São Paulo. Rossi e Furlan sempre estiveram em partidos diferentes e são duas grandes lideranças políticas que poderão revigorar o PMDB em todo o Estado de São Paulo. Conversando recentemente com um assessor do PMDB, integrante do Diretório Estadual, fui informado que o partido já convidou oficialmente o prefeito de Barueri. "O Furlan tem a cara do PMDB, é um grande líder e é muito importante para o partido tê-lo novamente em seus quadros", disse o assessor.

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Garotinho x Rigotto


No PMDB, que parece mesmo disposto a ter candidatura própria, a disputa interna deve ficar entre o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, e o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, que oficializou sua pré-candidatura nesta quarta-feira, 18 de janeiro. Apesar de alguns peemedebistas, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney, já terem demonstrado interesse em melar a candidatura própria, apresentando outros nomes apenas com o intuito de favorecer o PT, ninguém acredita em outros pré-candidatos no PMDB.
A própria pré-candidatura de Germano Rigotto tem sido vista mais como uma estratégia do governador gaúcho para permanecer na mídia e assim reforçar sua campanha à reeleição, do que como uma certeza de que ganhará as prévias. Principalmente, após a última pesquisa do Ibope, divulgada nesta quinta-feira, que mais uma vez mostra Garotinho em terceiro lugar e até em segundo, quando o candidato tucano é o ex-presidente FHC, enquanto Rigotto não passa dos 3% de intenções de voto.
Por outro lado, Anthony Garotinho já vem percorrendo o Brasil há vários meses, tem recebido apoio de importantes lideranças peemedebistas, além de seu carisma junto ao eleitorado de cidades menores e das periferias dos grandes centros. A favor de Garotinho conta-se ainda o terceiro lugar na eleições de 2002, quando o ex-governador fluminense teve 15 mlhões de votos, disputando por um partido pequeno, na época, o PSB. Agora, com a estrutura e a organização do PMDB, Garotinho acredita que ganhará as prévias e poderá dobrar essa votação no primeiro turno das eleições.

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Serra x Alckmin


Enquanto no PT, a disputa mais acirrada é pelo Governo de São Paulo, no PSDB essa briga é pra escolher o nome de quem vai disputar a Presidência da República. E dois nomes de peso do tucanato se apresentam para batalha: o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin.
A seu favor, José Serra conta com pesquisas que o colocam bem à frente do governador, além de declarações, se não de apoio oficial, porém, de simpatia por parte de algumas lideranças importantes como do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Essa liderança de Serra advém do longo tempo que exerceu o cargo de ministro da Saúde e da própria disputa direta com Lula nas últimas eleições. Tem contra si, porém, o fato de que declarou em cartório que não deixaria a prefeitura de São Paulo para disputar outra eleição.
Por sua vez, Geraldo Alckmin dá o troco e tenta mostrar garra e força para ganhar o direito de ser o candidato tucano. Já declarou que deixará o Governo até o final de março para se dedicar exclusivamente à campanha em todo o Brasil. Se os tucanos optarem por préveis, sem dúvida, será uma eleição de difícil prognóstico. O que tudo indica, no entanto, é que o tucanato deverá optar por pela liderança de Serra nas pesquisas. Para os analistas políticos, Geraldo Alckmin, por ser desconhecido fora de São Paulo, tem pouca rejeição e, por isso mesmo, tem campo para crescer e até superar José Serra.
É uma encruzilhada que os tucanos terão que escolher qual a melhor direção a seguir. Mesmo tendo o seu nome apresentado também como possível candidato tucano, o inteligente governador de Minas, Aécio Neves, dificilmente entrará nessa briga para se queimar, principalmente, sabendo que tem condições de se reeleger nas Gerais.

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Mercadante x Marta


No PT, a disputa interna é pelo Governo de São Paulo, uma vez que para a Presidência da República, o partido não fala em outro nome, senão no candidatíssimo à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva. E depois que o deputado federal, João Paulo Cunha, caiu na malha do valerioduto, sendo obrigado a abandonar a idéia de disputar as prévias em São Paulo, essa luta ficou restrita ao senador Aloízio Mercadante e a ex-prefeita Marta Suplicy.
E tudo indica que será briga de foice e com muitos feridos. Apesar de negar oficialmente, o presidente Lula já demonstrou que tem preferência pelo senador Mercadante, o que poderá pesar e muito nas prévias. Só que essa força de Mercadante começou a diminuir, depois da cassação do ex-ministro José Dirceu e de suas reiteradas entrevistas declarando apoio à candidatura de Marta Suplicy. E, se não bastassem a renhidas disputas internas do PT e as suas inevitáveis sequelas, o candidato vencedor terá ainda contra si o peso do mensalão, do valerioduto, dólar em cueca e o envolvimento de empresas públicas com os famosos empréstimos bancários do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Com certeza, os adversários petistas não perderão a oportunidade de explorar esse prato cheio de denúncias durante a campanha eleitoral. Em São Paulo, Quércia saiu na frente e cabe, agora, aos tucanos mostrarem um nome competitivo.

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Eleições esquentam disputas internas nos partidos

Faltando ainda mais de nove meses para as eleições de outubro, a disputa entre os pré-candidatos esquenta o clima interno em diversos partidos. Todos falam em unidade, mas até o momento, o que se vê são acirradas disputas entre correligionários que querem o direito de disputar a presência da República ou o Governo de importantes Estados, como São Paulo. Veja, nas próximas notas, os principais nomes do PT, PSDB e PMDB que disputam esse direito, como também as chances de cada um deles. Outros partidos, como o PFL, PDT e PPS afirmam também que podem ter candidaturas próprias, porém, o caminho para esses partidos poderá ser mesmo o apoio a candidatos de outras legendas.

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terça-feira, janeiro 10, 2006

Tem deputado que quer ganhar mais

No primeiro dia de retorno dos trabalhos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em 2006, um deputado criticou a matéria publicada pelo Jornal do Brasil, na qual o jornal mostrou que os nossos parlamentares ganham mais do que os seus colegas norte-americanos. Trata-se do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que tem a mesma opinião do ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), aquele que ficou poucos meses como presidente da Câmara, de onde saiu correndo e renunciou ao mandato, depois que foi acusado de receber um "mensalinho" do dono de um restaurante no Congresso. Lembram dele? Pois é, ele renunciou mas continua dando as cartas em Brasília e disse que vai voltar ao parlamento nos braços do povo pernambucano. Muitos deputados federais devem também estar torcendo pelo retorno de Severino, que sempre lutou por melhores e pela manutenção das mordomias dos congressistas.
Marquezelli disse que tudo isso é intriga da imprensa e que os deputados brasileiros têm muitas despesas e não podem ser comparados a trabalhadores comuns como empregados domésticos. O deputado paulista afirmou ainda que, ao contrário da matéria, os parlamentares brasileiros deveriam ter um reajuste ainda maior. E olha que esse deputado petebista é empresário. Com certeza, os seus eleitores devem ser todos empresários e que ganham igual ou mais que os deputados.

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Deputados de primeiro mundo

Atenção, eleitor! Se o resultado do trabalho desenvolvido pelos parlamentares brasileiros não está à altura de seus colegas de países desenvolvidos, pelo menos num quesito nossos "dignos" representantes estão à frente. E muito à frente. É na questão de salário. Deputados federais e senadores do Brasil ganham mais - pasmem - do que os parlamentares norte-americanos, como também de países como a Itália, Inglaterra e outros países da Europa.
No caso específico da comparação entre parlamentares brasileiros e norte-americanos, conforme matéria publicada pelo Jornal do Brasil, na semana passada, os nossos ganham mais em salário e também em mordomias.
Só em salários, nossos deputados ganham anualmente US$ 26 mil (R$ 55 mil) a mais do que seus colegas americanos. Só que lá, os parlamentares não recebem os jetons durante convocações extraordinárias, que elevam os salários dos deputados brasileiros para R$ 413 mil, contra R$ 356,4 mil dos americanos, que também não recebem benefícios de auxílo-moradia e viagens.
E, mesmo ganhando tanto dinheiro - 115 vezes a mais do que o trabalhador de salário mínimo - o que temos aqui são parlamentares que não apresentam nenhum projeto de lei em prol do povo e apenas estão para lá para votarem Medidas Provisórias do Executivo. E esses salários de primeiro mundo do parlamento brasileiro acabam beneficiando também a deputados estaduais e a vereadores, que reajustam seus próprios salários de acordo com os vencimentos dos deputados federais. Não esqueça, portanto, desses números na hora de votar. Veja se o seu "milionário represetante" está fazendo juz a esse magnífico salário, enquanto você tem que brigar por míseros aumentos em sua empresa, além de ter que conviver sem escola para o seu filho, sem uma saúde pública digna e sem segurança.

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sábado, janeiro 07, 2006

Dirceu continua fazendo estragos no PT

Ao deixar o ministério de Lula, acusado de ser o chefe do mensalão, o ex-deputado José Dirceu (SP), disse que deixava o Planalto, para lutar na planície, referindo-se à luta que teria contra os adversários para evitar sua cassação na Câmara dos Deputados. Mas, não adiantou. Ele foi cassado e, o pior, sentiu-se abandonado por alguns líderes petistas.
Agora, a luta de José Dirceu, seja no planalto, na planície ou nos vales, parece que está atingindo muito mais ao próprio PT do que a seus adversários políticos. Depois de afirmar que o tucano José Serra (PSDB), é um candidato independente e, por isso, não é bem visto pelos banqueiros, Dirceu abriu fogo contra a cúpula petista e disse que o PT "é uma página virada de sua vida".
A declaração do ex-braço direito de Lula foi feita ao correspondente da Jovem Pan, em Paris, Reali Jr, na companhia do jornalista e escritor, Fernando Morais, que está escrevendo a biografia do ex-ministro. Além de afirmar que o PT não faz mais parte de sua vida, José Dirceu fez duras críticas a Tarso Genro, Raul Pont e ao senador e pré-candidato ao governo de São Paulo, Aloízio Mercadante.
Em determinada parte da entrevista, Dirceu disse: "Ficar no PT pra ficar ouvindo discursos do Tarso Genro e do Raul Pont? E completou, magoado com o que ele considera um silêncio de Mercadante, durante o seu martírio no Conselho de Ética. "Nosso grupo do Diretório vai votar em Marta Suplicy como canditada do partido em São Paulo".
Diante dessas manifestações guerrilheiras de José Dirceu, o fogo amigo está mais do que aberto dentro do PT. E tanto Tarso Genro, como Raul Pont, gaúchos bons de briga, não deixaram por menos e devolveram as críticas na mesma moeda. "O José Dirceu está passando por uma depressão política e deveria ouvir mais as lições de tolerância de seu anfitrião na França, Paulo Coelho", ironizou Tarso Genro.
Por sua vez, Raul Pont foi ainda mais duro contra Dirceu. "Ele está mostrando quem ele é e como age. Ele, que não foi capaz de fazer uma autocrítica, disse não quer nos ouvir mas nós o ouvimos durante dez anos. Vamos continuar brigando pela abertura de uma comissão de ética para avaliar petistas envolvidos nas denúncias de corrupção e, talvez, seja isso que deixa Dirceu tão irritado", afirmou Pont. E, assim, nesse clima de guerra interna, o PT parte para a reeleição de Lula, tendo que brigar contra adversários e José Dirceu.

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Garotinho não quer pizza

Prosseguindo em sua árdua luta dentro do PMDB para ser o nome escolhido do partido como candidato à presidência da República, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, vai aproveitar a próxima reunião do Diretório Nacional para propor que o partido feche questão a favor da cassação de todos os parlamentares envolvidos no mensalão.
A proposta de Garotinho é de que a bancada federal do PMDB rechaçe, portanto, qualquer movimento contrário às cassações. Se tiver sucesso, além de mudar o foco da reunião, onde muitos líderes tentarão minar a sua pré-candidatura, Garotinho vai garantir 80 votos contra a já ensaiada pizza de marmelada, cujo primeiro prato já foi servido com a absolvição do deputado Romeu Queiróz (PTB-MG). E, se não conseguir, Anthony Garotinho vai escancarar, por outro lado, que o PMDB tem também o seu rabo preso no valerioduto. E isso, com certeza, não vai pegar bem para os parlamenares que buscarão a reeleição. Pois, a essa altura do campeonato, o eleitor brasileiro já sabe muito bem quem está dentro desse barco furado do mensalão e quem nunca fez parte dele. É mais uma tacada certeira de Garotinho. Vamos ver agora de que lado ficará a direção nacional do PMDB.

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Cidades submersas

Mais uma vez as tempestades de verão estão deixando suas marcas e vítimas nos grandes centros urbanos do Brasil e, sobretudo, nas periferias e encostas. A região metropolitana de São Paulo é um exemplo dessa falta de planejamento de nossos governantes e quem paga caro, muitas vezes, até com a própria vida, é o povo pobre que não tem para onde correr e acaba tendo que enfrentar, como uma vítima indefesa, a fúria das águas.
Muitos podem afirmar que os governos não devem ser responsabilidados por fatores ou tragédias da natureza. Isto é verdade, porém, é verdade também que se os nossos governantes, eleitos para administrar com responsabilidade, tivessem um pouco mais de planejamento, muitas dessas tragédias poderiam ser evitadas.
Hoje, o que vemos é a correria para se corrigir o que foi feito de errado no passado, como essa verdadeira canalização do rio Tietê. Trata-se de uma obra caríssima que, no entanto, já mostrou que não será suficiente para acabar com os alagamentos nas marginais. A mesma coisa ocorre com os piscinões, feitos para reter o excesso de água, o que era feito, claro, de forma natural e eficiente pelas antigas margens e as matas ciliares. Hoje, tudo que se fizer a preço de ouro, jamais irá reter a fúria das águas que correm apenas em cima de asfalto ou em córregos canalizados. O problema é que, se hoje, o governante tenta corrigir o erro do passado, ele acaba cometendo os mesmos erros, ao permitir invasões em mananciais, desmatamento ou a construção de casas em morros e encostas.
Assim, entra ano, sai ano, o sofrimento do povo continua. As televisões estão aí para mostrar o sofrimento anual de comerciantes e pessoas simples que moram nas margens ou encostas de cidades como Osasco e Taboão da Serra, na Grande São Paulo, ou em Caxias, na Baixada Fluminense, para citar apenas três. Os piscinões poderão diminuir esse sofrimento, mas, não acabarão com os problemas das enchentes nesses locais. Enquanto houver pessoas morando em barracos às margens de um rio sujo, ou em encostas e em áreas de risco, as imagens de pessoas desabrigadas, de crianças chorando ou sendo levadas pelas enchentes continuarão a fazer parte do triste noticiário das enchentes. Gostaríamos muito que no próximo ano, essas notícias pudessem ser substituídas por outras que falassem de obras de infraestruturas, de saneamento básico e de pessoas felizes e longe de tragédias anunciadas. Não custa torcer por isso.

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Tapar buraco com chuva? Tinha que ser no Brasil

Mostrando que não está preocupado com a integridade física do brasileiro e, muito menos, com o destino do dinheiro público, o Governo Federal começa nesta segunda-feira as obras de tapa-buracos nas rodovias federais do País. Se estivéssemos num país de governantes sérios, é claro, essas obras, mesmo que fossem apenas de emergência, teriam sido realizadas logo depois das chuvas de março de 2005, e não agora, em plena temporada de fortes chuvas em quase todo o Brasil. Realizar obras de recapeamento agora, é a mesma coisa que pegar esses R$ 440 milhões e jogá-los diretamente no ralo.
Mas, infelizmente, essa prática ja virou rotina no Brasil. O governante passa os três primeiros anos apenas reclamando do sucessor e fazendo promessas, para realizar as obras "essenciais", como alegam agora os governistas, somente no último ano da administração, com o objetivo único de impressionar os eleitores. Mas, como escrevemos na nota postada no dia 31 de dezembro, sob o título: "Buracos nas estradas e crateras nas urnas", essas obras paliativas e realizadas debaixo de chuva pelo Governo Lula, além de não resolver os graves problemas de nossas estradas, poderão significar, isto sim, grandes crateras eleitorais e soterrar muitos políticos nas eleições de outubro. Qualquer criacinha sabe que tapar buraco em época de chuva, não passa de brincadeira. E quem confirma isso é o próprio ministro dos Transportes, o desconhecido Alfredo Nascimento. Ele disse que essas obras não durarão nem um ano, transformando-se, assim, num bom cabo eleitoral para os adiversário de Lula.

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Sem dinheiro, PT retém verbas estaduais

Depois da farra do caixa dois do PT, comandado pelo "inocente" Delúbio Soares, fato que acabou resultando no valerioduto, mensalão e em CPIs, o Partido dos Trabalhadores mostra mais uma vez que não está bem financeiramente. Há poucos meses, o partido, que sempre defendeu o direito à greve, para trabalhadores descontentes, teve que enfrentar uma greve de seus próprios funcionários pela falta de pagamento dos salários.
Agora, a direção nacional radicalizou: para pagar suas dívidas mais imediatas, o comando petista dediciu pela retenção integral da verba do fundo partidário destinada aos Diretórios Estaduais. Serão retidas as verbas de dois meses: dezembro e janeiro. Isso significa um valor em torno de R$ 1,8 milhão. Segundo o secretário nacional de Finanças, Paulo Ferreira, se o partido não tomasse essa decisão, ele correria o risco de perder o direito ao fundo partidário, cujo valor atual é deR$ 22,4 milhões anuais. Além da retenção das cotas, a direção nacional também confiscará um percentual do valor repassado mensalmente a cada diretório, o que vai acabar deixando esses diretórios numa situação dificílima. Resta saber, como e onde o PT irá buscar verbas para encarar as eleições de outubro. Com certeza, os filiados, com cargos públicos comissionados serão "convidados" a contribuirem com um percentual maior. O que o povo espera é que não apareça um novo Delúbio Soares, mestre em fazer empréstimos bancários sem avalistas e arrecadar dinheiro não contabilizado para campanhas eleitorais.

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