quinta-feira, novembro 29, 2007

Ana Paula Rossi entrevista Renato e Gisele


Na próxima quinta-feira, dia 6 de dezembro, a partir das 11 horas, na Rádio Nova Difusora AM 1540, Ana Paula Rossi receberá em seu programa os jornalistas Renato Ferreira - signatário deste blog - e Gisele Pecchio Dias. Ele, jornalista político e pré-candidato a vereador pelo PMDB-Osasco e ela escritora, autora da primeira coleção de livros para crianças no formato acessível, o Brasil. Na primeira hora do Programa Ana Paula Rossi a conversa será sobre a visão deste jornalista sobre os diversos assuntos da atualidade política e social do Brasil, com ênfase na cidade de Osasco e Região. A segunda hora do programa será dedicada ao bate-papo com a jornalista Gisele, que desde o seu primeiro livro: Um par de asas para Toby, lançado em 2003, tem se dedicado à causa do livro acessível para garantir aos deficientes visuais a igualdade de oportunidade no acesso à leitura.

Serviço: Programa Ana Paula Rossi, dia 6, 5ª feira, das 11 às 13 horas.

Fotos: Gisele Pecchio (http://gpecchio.blogspot.com/) e Renato Ferreira fazem parte do quadro efetivo de jornalistas da Prefeitura de Osasco.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Furlan mostra Hospital Municipal de Barueri à imprensa


Nesta quarta-feira, 28, este jornalista esteve na cidade de Barueri, onde o prefeito Rubens Furlan (PMDB), uma das maiores lideranças políticas do Estado de São Paulo, reuniu a imprensa da região Oeste para mostrar e dar detalhas das obras do Hospital Municipal "Dr. Francisco Moran", que a prefeitura está construindo e equipando com recursos exclusivos do município. Trata-se de um dos mais modernos hospitais da Grande São Paulo, cuja primeira fase, com 100 leitos, será inaugurada no dia 26 de março de 2008, durante as festividades dos 59 anos de emancipação da cidade. As fotos são de Vitor Berrocozo, do Jornal Correio Paulista.
Acompanhado do deputado estadual Gil Arantes, de secretários municipais, vereadores e de dezenas de jornalistas, Rubens Furlan percorreu os oito pavimentos do prédio, que fica numa área de 24 mil metros quadrados, sendo 21 mil metros quadrdos de área construída. Em cada andar, Furlan, o secretário de Saúde e técnicos da obra, davam detalhes de toda a construção e de cada departamento do novo hospital. O complexo hospitalar contará com estacionamento para mais de 200 veículos, elevadores panorâmicos, heliponto e piso técnico, anfieteatro e centro de manutenção.
Sem dúvida, trata-se de um hospital de ponta. O tipo de atendimento será de média complexidade, que inclui clínica médica, centro cirúrgico, cirurgias ambulatoriais, procedimentos-trauma-ortopédicos, pediatria, obstetrícia, radiodiagnoses, próteses e órteses, fisioterapia especial e internações psiquiátricas, entre outros, além dos mais diversos tipos de equipamentos de ponta para exames de raio-x, tomografia computadoriza, mamografia e ultrassonografia avançada.
O hospital municipal de Baruei é o ponto alto dos investimentos na área da saúde do município, que já conta com diversas Unidadas Básicas de Saúde, o Pronto Socorro Central que oferece os mais diversos tipos de atendimento, inclusive, com maternidade, Prontos Socorros e ambulatórios que já proporcionam um atendimento digno aos 252 mil habitantes da cidade, como também a munícipes dos demais municípios da região.
Antes da entrevista coletiva, os profissionais da imprensa tiveram um panorama de toda a área de saúde de Barueri, através de um vídeo, preparado pela competente equipe de Comunicação da Prefeitura, sob o comando do jornalista G.Palma.
Durante a entrevista, Rubens Furlan falou sobre os investimentos na saúde e também sobre os planos da administração para os próximos anos. Furlan reclamou da falta de apoio dos Governos Federal e Estadual aos municípios. "Mas, se eles não fazem, nós temos que fazer, porque o povo, que paga impostos altos neste país, não pode ficar sem um atendimento digno na saúde. É por isso que eu não apóio nem tucanos e nem petistas. Os tucanos não ajudam e os petistas só pensam em dar empregos para os companheiros sem se preocupar com o povo", disse Furlan.

terça-feira, novembro 27, 2007

Rossi está de volta e preocupa os adversários

Mesmo em que pese uma ou outra nota opinativa, plantada em jornais de Osasco, dando conta de que Francisco Rossi (PMDB) "só poderia sonhar com um terceiro lugar" na disputa das eleições em 2008, numa clara tentativa de desestimular seus correlegionários, a verdade é bem diferente. O fato é que a candidatura do ex-prefeito desta importante cidade da região Oeste da Grande São Paulo e hoje deputado federal, Francisco Rossi, tem tirado o sono dos seus principais adversários: o prefeito Emidio Pereira (PT) e Celso Giglio (PSDB). O quarto pré-candidato é o ex-vereador Délbio Teruel (PDT).
E a prova maior deste desespero é que Rossi tem sido convidado a participar de jantares, onde o cardárpio passa por convites a acordo de apoios políticos já no primeiro turno. O último jantar foi justamente com o atual prefeito Emidio num famoso restaurante de São Paulo. Na ocasião, o petista teria tentado refazer a união com Rossi, que foi desfeita depois que a Família Rossi apoiou o petista nas últimas eleições e não teve, na opinião d e Rossi, o reconhecimento na admnistração. O rompimento levou, inclusive, a saída da filha de Rossi e ex-candidata a prefeita, Ana Paula Rossi, da administração. Ana Paula era secretária de Assistência e Promoção Social.
Ainda não foi realizada nenhuma pesquisa oficial para prefeito na cidade de Osasco. Até agora, os levantamentos foram feitos pelos próprios candidatos e, a julgar pela correria dos adversários atrás de aliança com Rossi, tudo leva a crer que os números sãos favoráveis ao ex-prefeito. Até porque, como diz o ditado popular, ninguém chuta cachorro morto, e também: ninguém convida um morto para jantar. Digo morto, porque antes das eleições gerais, há dois anos, o que mais se ouvia em Osasco era que Rossi "já estava morto politicamente". As urnas, no entanto, mostraram o contrário. Rossi foi o deputado federal mais bem votado no município. No entanto, parece que os adversários e seus assessores insistem na mesma tática.
E por falar em pesquisa, a equipe de Francisco Rossi, que sempre acertou em levantamentos e enquetes políticas, realizou mais uma pesquisa em Osasco. Ela foi realizada na última semana de outubro, quando foram entrevistadas 1.200 pessoas em todas as regiões de Osasco . Conforme os dados, Rossi aparece em terceiro lulgar na pesquisa espotânea com 12%. Giglio e Emidio estão empatados com 19%. Na estimulada, porém, Rossi sobe para 28% das intenções de voto, enquanto Giglio fica com 27% e Emidio com 19%. Essa diferença entre a pesquisa espontânea e a estimulada pode significar que quando a pessoa é informada que Rossi é candidato ela muda o seu voto.

Rejeição
A pesquisa quis saber também o indice de rejeição dos candidatos. E nesse ponto, Emidio sofre o desgaste da própria administração. Rossi tem a menor rejeição: 11%, vindo a seguir, Giglio com 17%, e Emidio com 21% de rejeição junto a ao eleitorado. Repetimos que todas as pesquisas publicadas até agora são oficiosas, realizadas pelos próprios candidatos.

Obs.: Esta nota foi atualizada às 14h30 do dia 28/11/07.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Um menino arrastado até a morte; uma menina jogada na cela com 30 homens. Será que o poço é ainda mais fundo?

Há poucos dias, a Organização dos Estados Americanos (OEA), através da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, responsabilizou o Brasil por crime de discriminação racial e condenou o Governo de São Paulo a indenizar a empregada doméstica Simone André Diniz. Em 1997, ela viu em um jornal um anúncio de emprego que exigia pessoas com pele branca. Na época, a empregada tentou a vaga, não foi selecionada e ingressou na Justiça. Ela processou o governo brasileiro e ganhou a causa. Simone Diniz receberá R$ 36 mil de indenização. O governador José Serra disse que o Estado vai pagar a indenização até para que o fato sirva de exemplo para que não ocorram outros casos desse tipo.
Portanto, aí está um caso de justiça. Os magistrados brasileiros não consideraram assim e levaram o Brasil ao vexame de ter que se curvar diante de um organismo internacional. Mesmo que o crime de racismo não tenha agredido fisicamente essa mulher, com certeza, ele a feriu na alma.
Mas, será que o Brasil só padece de falta de justiça em casos de discriminação racial? Será que alguém já esqueceu do menino João Vitor, de 9 anos, que foi arrastado até a morte por bandidos no Rio de Janeiro? E agora? Como ficará o país diante do mundo com mais esse bárbaro caso da menina de 15 anos que, presa em flagrante, em Abaetetuba, no Pará, foi jogada numa cela onde ficou por 30 dias sendo violentada por 30 detentos?
O caso, com toda a justiça, não sai do noticiário nacional e internacional. Mesmo se ela tivesse sido presa por um delegado, este não teria perdão e nem justificativa. Porém, o caso é ainda mais revoltante, porque a menina foi presa por uma delegada - Flávia Verônica Pereira; ficou detida com homens por determinação de uma juiza - Clarice Maria de Andrade - e mais: tudo isso ocorreu num estado governado por outra mulher - a governadora Ana Júlia Carepa (PT).
É possível que daqui a pouco, os defensores da governadora irão dizer que ela não é obrigada a saber de tudo que ocorre nos porões das delegacias de polícia. Apesar de estúpida, essa é uma saída muito comum quando algum assessor político quer livrar o chefe de uma encrenca.
Mas, antes que isso aconteça, é bom destacar que, como foi publicado na Folha de S. Paulo (http://www.folha.com.br/), o assunto era conhecido de toda a cidade ."Era um show isso daqui. Todo mundo sabia que a menina estava lá no meio daqueles homens todos, mas ninguém falava nada", disse uma mulher. "Antes de comer, os presos se serviam dela", lembra revoltada outra mulher.
Será, então, que a cidade interia sabia e só o pessoal do Governo do Pará desconhecia o caso? Aí já é imcompetência administrativa.
Nos bastidores do Governo Federal, em Brasília, a convicção sobre o caso é uma só: o episódio configura-se em uma das mais graves violações dos direitos humanos, uma ofensa ao Estatuto da Criança e do Adolescente, além de ferir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Com todos esses casos de violência praticados por marginais e também por aqueles que deveriam combater os crimes, será que o poço do Brasil é ainda mais fundo? Com a palavra novamente os organismos internacionais.

sexta-feira, novembro 23, 2007

PT não se livra nem de mensalão tucano

Ainda soa aos nossos ouvidos o depoimento do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), na CPI dos Correios, quando ele se referia ao empresário Marcos Valério como "um carequinha de Belo Horizonte". Segundo Jefferson, esse carequinha era o responsável pela arrecadação de dinheiro junto a empresas públicas e privadas para o "PT fazer caixa dois e também comprar parlamentares em votações de interesse do governo". Até então, era apenas uma denúncia e o governo tentava a todo custo desqualificar Roberto Jefferson. Só que o caso caiu nas mãos do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que denunciou 40 pessoas entre ministros, deputados federais, assessores e empresários, classificando o caso como uma quadrilha, sob a chefia de José Dirceu. E o resultado todos conhecem: os 40 denunciados foram indiciados pelo Supremo Tribunal Federal e agora respondem a processo criminal.
Só que o episódio mensalão não ficou restrito às ações da "quadrilha" que arrecadava dinheiro apenas para beneficiar o governo Lula. As investigações prosseguiram e, nesta semana, o procurador-geral ofereceu também denúncia contra todos os acusados no mensalão tucano, que teria ocorrido em Minas, para beneficiar a reeleição do senador Eduardo Azeredo (PSDB). Mas, mesmo quando a confusão é toda dos tucanos, o PT não fica de fora. Na denúncia do procurador lá está novamente o empresário Marcos Valério e também o ministro Walfrido dos Mares Guia, que na época funcionava como o "José Dirceu" do governo de Azeredo.
Veja, portanto, que o carequinha de Belo Horizonte já vinha atuando há muito tempo, ao lado dos tucanos, e iria continuar arrecadando e ganhando muito dinheiro aliado aos novos companheiros petistas, se Roberto Jefferson não tivesse aberto o bico. E a tática de Marcos Valério agradou aos petistas. O seu negócio não era superfaturamento de obras públicas, como fazia Paulo Maluf, deixando pistas fáceis para o Ministério Público.
Como dono de empresas de publicidade, o modus operandi de Valério era trabalhar no nundo das comunicações, publicidade e propaganda para os orgãos públicos. Era "quase" um crime perfeito. Tavêz se não fosse a santa língua de Jefferson, até hoje a tropa de José Dirceu estaria por aí arrecadando e desviando dinheiro público. Marcos Valério já estava abrindo seus tentáculos para várias regiões do país e, é claro, atuando principalmente junto a governadores e prefeitos petistas.
Em Osasco, por exemplo, na Grande São Paulo, uma das agências de Valério já havia praticamente vencido a "concorrência" para fazer a publicidade da prefeitura, quando o negócio estourou em Brasília. Mas, parece que tem muitos políticos e assessors que não aprenderam com o caso mensalão. Os contratos de publicidades em administrações municipais, como se prefeitura fosse fábrica de sabonete, continuam sendo um caminho aberto para desvio de dinheiro público.

Lula perde mais um ministro acusado de corrupção

A denúncia contra 15 acusados no valerioduto mineiro, ao STF, feita nesta nesta quinta-feira, 22, pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, atingiu também mais uma vez o Governo Lula. É que entre os denunciados está o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guias (foto), que acabou renunciando ao cargo para se defender. É a sombra do empresário Marcos Valério que continua provocando estragos na cúpula do Governo Federal. Com a queda de Mares Guia, chega-se a três o número de ministros de Lula que caíram desde que o ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB), denunciou o esquema do mensalão. Já haviam sido destronados de seus cargos os ex-ministros José Dirceu(Casa Civil) e Luiz Guschiken (Comunicações), além de outros nomes fortes do PT, como os deputados federais José Genoino e João Paulo Cunha, que agora respondem a processos criminais no Supreno Tribunal Federal.
Conforme a denúncia do procurador-geral, o equema do valerioduto teve início em 1998, em Minas Gerais, quando Marcos Valério era também o operador que arrecadava dinheiro de empresas públicas para a campanha de reeleição do então governador e hoje senador, Eduardo Azeredo (PSDB). A bomba contra os tucanos caiu justamente no segundo dia do congresso que o PSDB realizou em Brasília com a presença de grandes lideranças do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). O único tucano que não tentou colocar panos quentes foi FHC. "Quem tiver culpa no cartório tem que pagar essa culpa", afimou o ex-presidente.

Estragos no Planalto
Não poderia ter sido pior para o Governo Lula o momento desta denúncia contra o ministro Walfrido dos Mares Guia. Ele era um dos principais articuladores do governo junto a oposição no sentido de conseguir votos para prorrogar a CPMF no Senado. Sua saída coincide também com decisão da bancada petebista do Senado, que em reunião com o presidente nacional, Roberto Jefferson, dediciu deixar a base do Governo. Essa decisão foi tomada em reação à atitude da líder do bloco, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que substiuiu o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) na Comissão de Constituição e Justiça, uma vez que ele havia declarado voto contrário à CPMF.
Na opinião de líderes tanto do Governo como da oposição, sem Mares Guia a missão do Governo ficou mais difícil para aprovar a prorrogação da CPMF. Além de senadores do PSDB e do DEM, engrossam a bancada dos contrários ao imposto do cheque senadores do PMDB, do PDT, do PSOL, e agora também do PTB, que no entanto, não fechou questão contra a CPMF.

quarta-feira, novembro 21, 2007

CPMF - Lula repete o mesmo discurso de FHC

Lula e FHC tentam mostrar que são diferentes. E realmente são em determinadas situações. Um estudou mais, é economista, fala vários idiomas. O outro estudou menos, acredito que fala somente o "portugueis". FHC condena as atitudes autoritárias de Hugo Chávez, enquanto Lula defende o presidente/ditador da Venezuela. Mas, têm também alguns fatores que os unem: ambos lutaram pelas Diretas Já!, chegaram à Presidência da República e têm o mesmo discurso de terror quando o assunto é a prorrogação da CPMF (o imposto do cheque). Talvêz, a vantagem de FHC é que os tucanos prorrogavam a contribuição provisória de ano em ano, enquanto os petistas, depois de seguirem os tucanos no primeiro mandato, querem agora prorrogar por quatro anos e tornar permanente a taxa que os tucanos diziam ser provisória.
Mas, como dissemos, o discurso de terror do Executivo, jogando para a oposição a responsabilidade pela não prorrogação da CPMF é igual. Veja, a seguir, o que disse Fernando Henrique Cardoso, em 2002, conforme matéria publicada na Folha de S.Paulo (http://www.folha.com.br/):
"Não havendo bloqueio à CPMF, não haverá bloqueio também ao Orçamento...Não ia ser agora, que estou no último ano do meu mandato, que eu iria descuidar do equilíbrio fiscal.".

Agora, veja, o que anda dizendo, o presidente Lula, diante da possível não aprovação da CPMF pelo Senado, também conforme matérias da Folha de S.Paulo. E Lula chega a ser ameaçador, inclusive, dizendo que "CPMF é coisa de rico", como se o pobre não pagasse a taxa em tudo que compra:
"Eu quero saber quem vai explicar para os prefeitos do Brasil, para os governadores e para os pacientes do SUS, a hora que não tiver o dinheiro para fazer essa quatidade de atendimento".

Ora, será mesmo que o presidente Lula pensa que todos os brasileiros são bobos e acreditam que o dinheiro da CPMF vai para a saúde, principamente, diante do caos em se encontram os hospitais públicos no Brasil? Chega de lorota. Os brasileiros esperam que a oposição derrube a CPMF e faça cumprir a antiga promessa dos tucanos de que a contribuição era provisória.

segunda-feira, novembro 19, 2007

O menino, a Bandeira e o futuro

Passei o dia de hoje - 19 de novembro - pensando sobre o que poderia escrever a respeito da Bandeira do Brasil. Lembrei-me dos primeiros anos de escola, quando o Pavilhão Nacional era reverenciado neste dia. Assim, como no Dia da República, as crianças eram ensinadas a reverenciar o maior símbolo da nação. Chamou-me mais a atenção ainda, quando à tarde, o senador-professor Cristovan Buarque (PDT-DF), pediu "licença" aos colegas para falar de um assunto fora da pauta diária da Casa, que trata de corrupção, cassação, Bolívia, Venezuela e CPMF. "Alguém pode até pensar que vou falar de um assunto extraterrestre. Mas, não tem problema, porque vou falar sobre a Bandeira Nacional", disse o senador, que abordou, além do desrespeito ao símbolo nacional, a destruição de nossas maiores riquezas, como o ouro e as matas, tão bem representadas em nossa Bandeira.
Ao contário desse tempo de reverência e de civilidade, fatores que forjam a cultura e a personalidade de um povo, hoje, chega a nos causar espanto o desrespeito, sobretudo, das autoridades, que não se importam nem mesmo com o estado de conservação dos Pavilhões hasteados em repartições públicas. Esse descaso com os símbolos nacionais reflete com clareza o tratamento que os nossos governantes atuais dispensam ao cidadão brasileiro. Mas é evidente que quem não respeita os direitos elementares de um povo, não têm mesmo capacidade para respeitar os símbolos da Pátria.
Ao abrir a caixa de e-mail, deparei-me com um belo texto da minha colega jornalista, Gisele Pechio Dias, que reproduzo aqui, na íntegra, como homenagem maior à nossa Bandeira. A Gisele é também a autora da foto acima, que mostra as bandeiras do Brasil, de São Paulo e de Osasco tremulando sob o céu nublado de Osasco-SP. O texto pode ser lido também no blog: (http://gpecchio.blogspot.com). Veja-o, a seguir:


O menino, a Bandeira e o futuro
Crônica de Gisele Pecchio Dias

"Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz...”

O brasileiro Lucas, 2 anos, com os braços para o alto e o sorriso emoldurando o rosto pálido, de feições angelicais, foi a mais bela homenagem prestada à Bandeira Nacional presenciada por mim, em 19 de novembro.Eu saia da repartição pública onde trabalho, por volta das 12 horas, quando encontrei o menino trazido no colo, pela mãe. Ele sorria, com os braços apontados na direção do Pavilhão Nacional. Cheguei a ouvi-lo balbuciar algo, como se estivesse se comunicando com as bandeiras, lá hasteadas.“É a primeira vez que ele vê bandeiras”, disse a mãe. “Ainda bem que elas estão em perfeito estado e correta apresentação”, pensei comigo mesma. Noutra repartição, da saúde estadual, por onde eu havia passado, pela manhã, o menino encontraria o Pavilhão Nacional em péssimas condições. Uma pena alguns gestores públicos não observarem o respeito a um dos mais importantes símbolos nacionais. É sabido que a ignorância parece estar na moda, mas, no que se refere aos símbolos nacionais, a não observância aos princípios da Lei é condenável.A chuva fina não foi impedimento para a homenagem única e solitária do menino. Em retribuição ao afeto sincero, soprado pelo vento leve o céu de puríssimo azul, a verdura sem par das nossas matas e o esplendor do Cruzeiro do Sul tremularam em saudação exclusiva. Só Lucas entendeu o significado particular daquela saudação.Eu, maravilhada com a cena, sorri para a mãe e para o menino que alheio continuava olhando firme na direção do verde lábaro estrelado, ladeado pelas bandeiras do Estado de São Paulo e do Município de Osasco.Nos olhos verdes do menino brilhavam em profusão as cores do “querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil!”, como escreveu o poeta Olavo Bilac e compôs o músico Francisco Braga.Lá, diante da Bandeira Nacional, perto do meio do dia dedicado a Ela estavam apenas o menino, no colo da mãe, e eu, admirada com a beleza da imagem à minha frente. Sem cerimônia, sem hino. Só a chuva fina e o vento suave trazendo à memória os tempos em que não ignorar era moda.

"...Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!...”

quarta-feira, novembro 14, 2007

Cala a boca Chávez! Rei é Rei!

O ditadorzinho da Venezuela, Hugo Chávez, aprendiz de Fidel Castro, parece que não se emendou com o pito que levou do rei da Espanha, que mandou ele calar a boca. O fato se deu na reunião de encerramento da comunidade ibero-americana, no Chile.
Como está acostumado a falar o que quer para seus colegas da América Latina e todos abaixam a cabeça, Hugo Chávez resolveu botar também as mangas de fora, lá em Santiago, e soltou o verbo contra o ex-primeiro ministro da Espanha, Asnar. Houve então um bate boca entre Chávez e o atual primeiro ministro, Zapateiro, que apesar de adversário político, defendeu o seu antecessor.
Como não parava de falar, Chávez foi reepreendido pelo monarca: "Por que não de calas", disse o rei Juan Carlos.
A frase do rei rodou o mundo, mas mesmo assim Chávez ainda diz que não ouviu. E ainda quer a retratação do monarca. "O mínimo que ele deveria fazer era pedir desculpas e dizer ao mundo a verdade", disse o presidente venezuelano nesta quarta-feira, 14. "O rei teve sorte porque eu não o escutei”, ameaçou Chávez. Bem diz o ditado popular que "quem é Rei nunca perde a majestade". Já quem tem vocação para ditador...

terça-feira, novembro 13, 2007

Quem vai pagar o calote da BRA?

E agora? Quem vai pagar o calote que a BRA acaba de dar na praça. Apesar de afirmar que seus passageiros que pedirem reembolso serão pagos no valor original das passagens em até 30 dias, a BRA, que suspendeu seus vôos, condiciona o pagamento (são R$ 22 milhões em tíquetes vendidos) a um novo investimento na empresa. A própria BRA informou que já havia vendido 70 mil passagens até março de 2008. Será que as autoridades brasileiras, membros da ANAC, não conheciam a saúde financeira da empresa?
A companhia, com dívidas de cerca de US$ 100 milhões em bancos, estima em US$ 30 milhões o valor necessário para retomar suas operações e vem procurando novos fundos de investimento para sondar interesse em investir na empresa.
A BRA, que em setembro possuía 4,6% dos vôos domésticos, fazia 26 rotas nacionais e 3 internacionais, com 35 vôos domésticos de segunda a sexta.
A Embraer, de quem a BRA comprou 20 jatos, divulgou nota afirmando que acompanha o desenrolar da crise da companhia e reafirmou a confiança no cumprimento do acordo. Inclusive, o anúncio da compra desses aviões da Embraer, foi feito no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Incoerente, PT faz de tudo para aprovar CPMF

Nem parece que estamos vivendo sob o governo do PT, um partido que durante toda a sua história fez oposição ferrenha aos governos, sobretudo à política econômica. Não raras vezes, o Brasil viu as principais lideranças do PT, como a sua estrela maior, o presidente Lula (foto), José Dirceu, Antonio Palocci, José Genoino, João Paulo Cunha e tantos outros esbravejarem contra a política econômica, principalmente contra o FMI, contra os lucros abusivos dos banqueiros e contra a CPMF.
Mas, bastou chegar ao poder para que esse partido perdesse toda essas características de esquerda. Primeiro, foi buscar entre os tucanos, o economista Henrique Meireles para comandar o Banco Central. Foi excelente aluno do FMI. O superavit primário do governo petista faz inveja a qualquer partido liberal e as pesquisas estão aí para mostrar que, jamais neste país, os banqueiros ganharam tanto dinheiro como no governo Lula, enquanto mais de 46 milhões de pessoas sobrevivem com as migalhas do Bolsa Família.
E a maior incoerência do governo petista a gente vê agora nessa luta desesperada do Planalto para ver aprovada a prorrogação da CPMF, que penaliza, inclusive, os mais pobres, enganados pelo governo. Trata-se de um dos impostos mais cruéis do planeta. Antes, os tucanos, que o criaram, não tinham tanta cara de pau e prorrogava, a "contribuição provisória" de ano em ano.
Agora não. Os petistas que eram contra querem prorrogar o imposto por quatro anos e, assim, garantir R$ 120 bilhões de reais ao governo até 2011. Com tanto dinheiro assim, o Governo continuará fazendo a farra com o "Bolsa Miséria", conhecido também como "Bolsa Família" e se perpetuar no poder. Veja bem que alguns aloprados do PT já falam em terceiro mandato para o Lula, com certeza, inspirados no governo ditatorial de Hugo Cháves, na Venezuela.
Oxalá, que a oposição, formada em sua maioria pelo PSDB e pelo DEM, e mais os senadores sensatos de outros partidos, em sintoria com as vozes da rua, possam rejeitar a prorrogação da CPMF no Senado.

sábado, novembro 10, 2007

Vaias e aplausos pra petistas e tucanos


Vaias pra tucano
Se por um lando houve um clima de cordialidade entre o prefeito Emidio de Souza (PT) e o governador José Serra (PSDB), durante a inauguração de obras contra enchentes nesta quinta-feira, em Osasco, até para não azedar ainda mais o caldo da CPMF, o mesmo não aconteceu entre políticos que têm interesse na administração local. Mesmo acompanhado do governador de seu partido, o ex-prefeito e deputado estadual Celso Giglio (PSDB) - à direita - discursou debaixo de uma sonora vaia. Contudo, Giglio agradeceu ao governador Serra, parabenizou os moradores do bairro e disse que os terrenos dos piscinões "foram doados durante a sua gestão". O deputado falou ainda sobre outras obras que o Governo Serra tem realizado em Osasco.

Mensalão pra petista
Ao contrário de Celso Giglio, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) - à esquerda - foi ovacionado durante todo o tempo que falou. Os poucos gritos de "mensalão" e de"mensaleiro" que vinham de um pequeno grupo tucano, eram logo abafados pelos aplausos da maioria petista. O deputado João Paulo responde a processo no STF (Supremo Tribunal Federal) por ter tido o seu nome envolvido no episodio do mensalão. O petista destacou que "foi necessário Osasco eleger um prefeito que unisse os três entes federativos da República numa mesma mesa para acabar com as enchentes no município. Portanto, essa obra é resultado do esforço do prefeito Emidio, do governador Serra e do presidente Lula".

Clima de eleição
E apesar do clima cordial entre Emidio e Serra, os aplausos, as vaias e os gritos de "mensalão" podem ser vistos como uma prévia do que vai ocorrer na campanha de 2008. Isso mostra que em muitos municípios, as questões partidárias ainda estão longe de uma democracia civilizada. Além da candidatura à reeleição de Emidio de Souza, Osasco terá mais três candidatos: Celso Giglio (PSDB), o deputado federal e ex-prefeito Francisco Rossi (PMDB) e o ex-vereador Délbio Teruel (PDT). Segundo levantamentos eleitorais realizados na cidade, há empate técnico entre os três primeiros.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Petistas e tucanos unidos em Osasco. Pode?

Teve de tudo um pouco, mas, o que se viu na cidade de Osasco - Grande São Paulo - na quinta-feira, 9, foi uma inédita troca de elogios entre petistas e tucanos, protagonizada pelo prefeito Emidio de Souza (PT) - à esquerda - e o governador José Serra (PSDB). As amabilidades entre petistas e tucanos aconteceram durante a inauguração de obras contra enchentes no município, realizadas em parceria entre os governos da União, do Estado e do Município. Trata-se da canalização de 1,1 km do Braço Morto do Tietê e de um túnel de 400 metros sob a rodovia Castelo Branco. Essas obras irão aumentar a vazão das águas de verão e, consequentemente, diminuir as enchentes que causam transtornos aos moradores há mais de 40 anos. Dois piscinões na região já haviam sido inaugurados no início do ano.

Afagos petistas
Durante o seu discurso o prefeito petista criticou a gestão tucana que o antecedeu, mas, em seguida não economizou elogios ao governador, mostrando que está em sintonia com o Governo Lula, que anda atrás de apoio dos tucanos para prorrogar a CPMF no Senado. E, não seria em Osasco, que um prefeito petista iria destratar um tucano de alta plumagem que poderá ser decisivo na questão da CPMF. Ao finalizar, o prefeito Emidio foi fundo: "Obrigado, governador Serra. O seu nome ficará gravado na história de Osasco como o governador que nos ajudou a combater as enchentes no município”.
O clima estava tão bom para Serra, que ele não teve nem medo de defender as praças de pedágio que pretende instalar no trecho Oeste do Rodoanel para obter recursos para a construção do trecho Sul. Serra falou o que quis sobre a concessão sem receber nenhuma vaia sequer. Só faltou ele pedir votos dos petistas para a Presidência em 2010. Quem não gostou nada disso foi o deputado estadual Marcos Martins (PT). Ao de Emidio e Serra, Martins torceu o nariz, pois é um dos parlametares petistas que vem promovendo manifestações contra o pedágio no Rodoanel.

web counter free
-- Fim do codigo Contador -->