Nesta semana, quando completa-se dois anos da morte de Leonel de Moura Brizola, o Brasil reverencia a memória deste grande líder político brasileiro, que infelizmente, para o País, não chegou à Presidência da República. Para marcar esta data, o Senado realizou, nesta quarta-feira, 21 de junho, sessão especial destinada a reverenciar a memória do político, do líder e do estadista que partiu sem deixar mácula em sua longa vida pública. Brizola morreu aos 82 anos de infecção pulmonar, depois de 50 anos de vida pública. Foi prefeito de Porto Alegre (RS), deputado federal, governador duas vezes do Rio de Janeiro e uma vez do Rio Grande do Sul.
A sessão solene foi realizada por solicitação do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que nesta semana, teve o seu nome homologado pelo partido como candidato à Presidência da República. Durante as homenagens, Cristovam Buarque destacou a luta de Leonel Brizola pela democratização da educação no Brasil. Para Cristovam, se Brizola estivesse vivo, "defenderia uma revolução na educação brasileira".
Por sua vez, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), enfatizou a integridade e a capacidade de administrar de Brizola. Para Simon, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul foi um dos maiores homens públicos do Brasil e "entrou para a História pela porta da frente". Também falaram sobre a vida de Leonel Brizola os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Leonel Pavan (PSDB-SC), Paulo Pain (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Heloísa Helena (PSOL-AL), também candidata à Presidência da República. Emocionada, Heloísa Helena, lembrou das divergências que teve com o homenageado, mas destacou o quanto aprendeu com Leonel Brizola, que para ela "apesar de ter sido um dos maiores políticos e governantes deste país, ele não se vendeu e nem se corrompeu com o poder".
Além da educação, que Brizola defendia com ênfase em todas as suas campanhas, outra bandeira de Brizola foi a reforma agrária. Só que Leonel Brizola defendia o direito à terra para aqueles que realmente queriam produzir e não essa baderna que temos hoje como MST e MLST, que não passam de massa de manobra, bandos comandados por verdadeiros vândalos financiados pelo Governo Federal.
Para vermos o quanto Brizola fez pelo povo brasileiro e pela democracia, basta olharmos para o Rio Grande do Sul e para o Rio de Janeiro. A educação, que ele praticou não como discuso, mas como política de estado, é que faz a diferença de um povo. Hoje, infelizmente, temos muitos políticos que falam em educação, mas na verdade investem apenas em assistencialismo barato, que não passa de uma política de manutenção da miséria.
Tenho lembranças de Brizola desde a minha infância, quando meu pai já defendia e difundia suas idéias lá interior de Minas Gerais. E fiquei muito contente, quando nos anos 90 tive a oportunidade de conhecer e de entrevistar por diversas este grande líder, quando ele lançou o ex-prefeito de Osasco, Francisco Rossi, ao governo de São Paulo. Foram memoráveis comícios no Parque Antárctica, em Osasco, em São José do Rio Preto e em muitas outras cidades de São Paulo. Em 1989, votei em Leonel Brizola para Presidente, porém, o povo escolheu outro e o resultado daquela eleição foi a tragédia que todos conhecem. Esperamos que essa lembrança dos dois anos da morte de Leonel Brizola possa despertar nos políticos sérios deste País o mesmo amor, a dedicação ea garra que Brizola tinha para defender a Pátria e o povo brasileiro.