sexta-feira, junho 29, 2007

Domínio do PMDB aumenta tensão no Senado


Como uma criança que se agarra ao seu brinquedo e, se alguém tenta tomá-lo, ela chora e grita, assim o está o PMDB de Renan Calheiros no Senado da República. Sem medir as consquências políticas e a credibilidade do próprio Senado, a tropa de choque de Renan não abre mão do domínio do Conselho de Ética para defender o presidente da Casa. E, para isso, deixa de lado importantes e históricos quadros do partido como Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), para eleger como presidente do Conselho de Ética, um senador desconhecido e que está sendo investigado pelo STF: Leomar Quintanilha (TO) - foto, à esquerda- acusado de receber propinas e beneficiar empreiteiras de obras públicas em seu estado.
Só que essa tática de domínio total do grupo de Renan pode significar o seu próprio fim. A cada dia aumento o número de senadores que pedem o aprofundamento das investigações. Acusado de usar dinheiro da Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, Renan se enrolou ainda mais quando tentou provar que possuía recursos próprios para arcar com a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Para tanto, Renan apresentou notas fiscais sobre venda de gado em Alagoas, cujas transações, segundo peritos da Polícia Federal, podem não ser reais.
Senadores que já eram contra o arquivamento do processo reafirmam essa posição e, agora, outras lideranças, como Arthur Virgílio (foto), líder do PSDB, e Aloísio Mercadante (PT-SP), já declaram também que a votação do processo só deve ser realizada após serem feitas todas investigações que o caso requer.
O novo presidente do Conselho não evitou também a sequência de trapalhadas no Conselho de Ética, que já registram quatro renúncias. De dois relatores - Epitácio Cafeteira e Wellington Salgado, que pediam o arquivamento do processo sem qualquer investigação, a do senador Valter Pereira (PMDB-MS) e a do próprio presidente, Sibá Machado (PT-AC), que não suportou as pressões.
Logo após a sua eleição, Leomar Quintanilha convidou o senador Renato Casagrante (PSB-ES) para ser o relator. Porém, após ser pressionado pelos defensores de Renan, ele simplesmente "desconvidou" o senador capixaba, que desde o início do processo, vem defendendo novas investigações sobre o caso. Casagrante disse ainda que o senador Quintanilha terá que desconvidá-lo publicamente, uma vez que o convite foi feito em público. Todo esse clima de tensão, portanto, vai esquentar a reunião do Conselho de Ética, marcada para terça-feira, 3 de julho, quando o presidente Quintanilha, além de ter que dar explicações sobre a sua própria ética, vai ainda ter que escolher um novo relator para julgar a ética de Renan Calheiros.

Pensamento do dia

"Seja verdadeiro consigo mesmo e não seja falso com os outros."

Francis Bacon

Frase do dia

"Só enriquece na política quem é ladrão. Quem enriquece, tem que apresentar à opinião pública todas as justificativas. Porque justificativas matemáticas e racionais não há"

Heloisa Helena - Ex-senadora e presidente nacional do PSOL, durante manifestação em Brasília, contra a permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado.

quinta-feira, junho 28, 2007

Reforma política: deputados rejeitam o voto em lista fechada

No primeiro ponto da reforma política colocado em votação nesta quarta-feira, 27, a maioria dos deputados mostrou que está sintonizada com a população e com a pressão popular. Com 252 votos contrários, 181 favoráveis e 3 abstenções, a Câmara rejeitou a proposta de voto em lista fechada. Conforme o relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), os eleitores passariam a votar apenas na legenda, ficando a cargo da cúpula do partido indicar os primeiros membros de uma lista fechada. Seria a implantação da didatura partidária.
Prevendo que a lista fechada seria derrotada, antes da votação, alguns partidos apresentaram uma proposta alternativa, uma lista flexível, onde o eleitor votaria no partido e depois, se quizesse, votaria também no candidato de sua preferência. Mas, essa proposta também foi derrotada. Assim ficará mais difícil, praticamente impossível, que os deputados aprovem a proposta do governo e do DEM que querem o financiamento público de campanha. O financiamento público só seria possível se fosse aprovada o voto em lista fechada.
A partir de agora, os deputados deverão escolher uma nova data para analisarem outras propostas da reforma política, como o voto distrital e a fidelidade partidária. Os deputados contrários à lista fechada e ao financiamento público de campanha festejaram o resultado de ontem.
Um dos discursos mais forte contra o financiamento público de campanha política foi feito pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). Enfático, Miro afirmou: "Quem pede financiamento público de campanha, alegando que isso terminará com a corrupção política, confessa que praticou corrupção eleitoral com dinheiro privado. Diga isso lá no Tribunal Superior Eleitoral", fustigou o pedetista.
O curioso é que ninguém retrucou Miro Teixeira. Certamente é porque aqueles que querem dinheiro do povo para suas campanhas, sabem que não será o simples finaciamento público que vai acabar com o político corrupto. Pois, o parlamentar desonesto fará corrupção seja com dinheiro privado ou público. Senhores políticos, o povo não é bobo!

Pensamento do dia

"O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos."

Oliver W. Holmes

Frase do dia

"Ninguém pode ficar 70 dias sem trabalhar e depois receber pelos dias em que não trabalhou."

Presidente Lula (PT), ex-sindicalista e ex-comandante de grevista, ao rebater a manifestação de funcionários do Incra, nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto.

quarta-feira, junho 27, 2007

Pedir financiamento público de campanha é confessar corrupção, afirma deputado

Enquanto o clima continua tenso no Senado por conta do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), a Câmara dos Deputados vive outro momento também tenso. Mas desta vez não é por nenhum caso de corrupção. Os deputados estão votando o arremedo de reforma política que interessa ao governo e também, não se sabe porquê, às lideranças do DEM(antigo PFL).
Conforme relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), os principais temas da reforma são a lista fechada, que tira o direito do eleitor de votar diretmente em seu candidato, e o financiamento público de campanha. Mas, a votação não está sendo fácil e, mesmo com uma outra fórmula- a lista mista - é possível que a reforma não seja votada hoje.
Confissão de crime
Um dos discursos mais inflamado desta tarde e que arrancou aplausos daqueles que são contra a lista fechada e o financiamento público de campanha, foi feito pelo deputado Miro Teixeira (foto), do PDT-RJ. "Cuidado senhores deputados. Antes de vocês, o povo mandou para esta Casa os constituintes de 46 e constituintes de 88. Não podemos tirar o direito que o eleitor tem de votar no seu candidato e, muito menos, tirar mais dinheiro desse povo para financiar nossas campanhas. Me desculpem os senhores, mas quem defende o financiamento público para acabar com a corrupção, está fazendo aqui uma confissão de crime. Está afirmando que é corrupto. Vá então ao Tribunal Superior Eleitoral e faça uma nova apresentação de conta. Diga que você é currpto porque fez campanha com dinheiro privado", esbravejou o deputado carioca. Na mesma linha discursou o deputado mineiro Lincoln Portela (PR).

Falta de ética coloca Senado no fundo do poço

Palhaçada! Com todo respeito aos artistas de circo que nos fazem rir, mas que trabalham de forma séria e honesta, não há outra palavra para qualificar as ações dos governistas que defendem o senador Renan Calheiros (PMDB-Al) no Conselho de Ética do Senado. A sucessão de lambanças praticadas por petistas e peemedebistas estão jogando o Senado ao fundo do poço.
A lambança maior foi levada a termo pelo presidente do Conselho, Sibá Machado (PT-AC), que renunciou na noite de terça-feira, depois da pressão que sofreu de seu partido. Nesta tarde, Sibá tentou explicar o inexplicável e, mais uma vez, subordinando-se às ordens de seus chefes, disse que renunciou devido às críticas da oposição. Mentira deslavada, até porque grande parte do brasileiros viu pela TV Senado que foi justamente a oposição que lhe deu apoio, enquanto ele esteeve à frente daquele órgão, que de ética não tem mais nada.
Sucessão de erros
Tudo começou errado nesse processo que julga o presidente do Senado, a começar pela própria indicação de Sibá Machado para a presidência do Conselho de Ética. Como suplente e senador inexperiente, PT e PMDB o escolheram na esperança de que ele seria um presidente facilmente dominado pelas imposições desses dois partidos.
E tudo parecia que camihava para esse fim, até que os próprios papéis apresentados pela defesa de Renan Calheiros, acabaram por provocar a maior crise que o Senado da República ja viveu. Acusado de ter usado dinheiro de uma empresa para pagar despesas pessoais - pensão alimentícia de uma filha fora do casamento - Renan tentou se defender, afirmando que tinha recursos próprios. Para isso, ele apresentou notas fiscais de vendas de gado de suas fazendas em Alagoas. Porém, esses documentos não passaram pelo laudo da Polícia Federal e o clima esquentou.
Além de indicarem Sibá Machado para a presidência, os governistas colocaram na relatoria o já avançado em idade, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) que, apesar da idade, é um tipo de continuo do governista José Sarney. Em menos de 48 horas, Cafeteira apresentou o seu relatório, feito, como ele mesmo diz, no banheiro de sua casa. No relatório, Cafeteira pedia o arquivamento do processo.
Mas, não deu certo. Os fatos e as denúncias falaram mais alto. Cafeteira não aguentou. Também no banheiro de sua casa, ele passou mal e, por recomendações médicas, foi afastado. Hoje, Epitácio Cafeteira, que completou 84 anos, encontra-se internado em São Paulo, onde deverá se submeter a uma cirurgia no cérebro. Desejamos saúde ao senador.
Sem Cafeteira, a outra solução dos govenistas para fazer a pizza foi indicar como relator interino, outro senador suplente, o folclórico Wellington Salgado (PMDB-MG). Salgado é aquele senador que sugeriu que fosse feita a reconstituição do acidente aéreo entre o avião da Gol e o Legacy, para esclarecer as causas do acidente. Mas, Salgado não ficou nem 24 horas como relator. Incoformado com o não arquivamento do processo, ele também renunciou ao cargo.
Diante da crise no Conselho de Ética, Sibá Machado chegou a demonstrar um início de independência política. Como não encontrava ninguém que quisesse relatar o processo, Sibá disse que colocaria o processo em votação nesta quarta-feira, 27. Mas, na terça-feira, ele tambem renunciou.
Ajuda tucana?
Durante todo o dia de hoje, o clima foi tenso no Senado da República. Os líderes do DEM afirmaram que o vice-presidente do Conselho, Adelmir Santana (DEM-DF) iria reunir o Conselho, às 17 horas, para escolher um novo presidente. São 19h30 e a reunião ainda não aconteceu. E olha bem quem se apresentou para ser o novo presidente. Ninguém menos do que o líder do PSDB, Arthur Virgilio (AM), que desde o início do caso tem procurado ficar mais ou menos neutro no processo contra Renan.
Virgilio já adiantou que se for escolhido, indicará o senador Aloísio Mercadante (PT-SP) para ser o novo relator. Pode ser tarde demais, contudo, as lideranças acordaram e viram que se não agirem rapidamente, o fundo do poço não será o limite para o Senado. Só falta agora, PT e PSDB se unirem para salvar Renan Calheiros sem as devidas investigações que o caso requer. Aí será o fim dos dois partidos.
Mesmo diante do clima pesado, o presidente Renan Calheiros tentou demonstrar tranquilidade. Ele começou a presidir a sessão durante o discurso de Sibá Machado, com se o negócio não fosse com ele. Renan ouviu quieto as severas críticas de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), um dissidente do partido. Aliás, até agora, além dos democratas José Agripino Maia (RN), Demóstenes Torres (GO) e Heráclito Fortes (PI), os únicos senadores que pedem o afastamento de Renan até se conclua as investigações são Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon (PMDB-RS), Mão Santa (PMDB-PI), Cristóvam Buarque (PDT-DF) e Jefferson Peres (PDT-AM).

Eduardo Metroviche mostra a história de Osasco

"Osasco, um Século de Fotografia" é o título do livro do fotógrafo Eduardo Metroviche. Trata-se de uma excelente obra editorial que registra a história, através da fotografia, de uma das mais importantes cidades da Grande São Paulo.
Além do seu talento como repórter fotográfico, Metroviche mostrou também muita sensibilidade ao escolher, dentre milhares de imagens, as mais fantásticas da história da cidade, que passou por profundas transformações econômicas nas últimas décadas. De pólo industrial com destaque no estado, Osasco é hoje um dos mais importantes centros de prestação de serviço de São Paulo, com shoppings centers, hipermercados, hotéis e universidades, além, é claro, de centenas de empresas dos mais diversos ramos de atividades.
E tudo isso está registrado no livro, onde Metroviche não mostra apenas cliks de sua máquina. Ele homenageia também outros fotógrafos de Osasco e região. É uma verdadeira restropectiva, uma viagem de volta à história de Osasco.
Dentre outros momentos, o livro registra, por exemplo, a Festa dos Trabalhadores num 1º de Maio de 2003, como também a presença de personalidades, como Roberto Carlos, Dercy Gonçalves, Paulo Autran, Zeca Pagodinho, de políticos, imóveis históricos da cidade e imagens de obras que transformaram a cidade ao longo desses anos. Parabéns, Metroviche!

Pensamento do dia

"Paz e harmonia - esta é a verdadeira riqueza de uma família."

Benjamin Franklin

Frase do dia

"Antes gostávamos de dizer que a direita era estúpida, mas hoje em dia não conheço nada mais estúpido que a esquerda."

José Saramago, escritor português, durante conferência na Espanha.

terça-feira, junho 26, 2007

Vaca de Roriz não pode esconder a boiada de Renan


Já diz o ditado popular que por onde passa um boi, passa uma boiada. E parece que é acreditando nisso que os senadores estão agora tentando amenizar o caso Renan Calheiros. Acusado de pagar contas pessoais, com dinheiro da Mendes Júnior por intermédio de um lobista da empresa, Renan Calheiros se enrolou de vez quando tentou provar que tinha recursos próprios, se apresentando como um verdadeiro rei do gado no estado de Alagoas.
O caso continua tramitando no Conselho de Ética, mas desde que o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) deixou o cargo de relator por recomendação médica, nenhum outro senador da base aliada se apresentou para pegar esse abacaxi. A tropa de choque de Renan Calheiros não quer que a relatoria caia nas mãos da oposição.
Agora, um novo escândalo, envonvendo também outro membro do PMDB, pode significar mais tempo para se apurar, ou, como esperam os governistas, esfriar o caso Renan. Trata-se de uma fita gravada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, que coloca o senador Joaquim Roriz, ex-governador do Distrito Federal, no olho do furacão.As gravações, conforme matéria da revista Época, mostram conversas entre Roriz e Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB (Banco Regional de Brasília), preso há duas semanas durante a Operação Aquarela. Numa das conversas, Roriz e Moura negociam a divisão de R$ 2,2 milhõeso no escritório de Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol. Moura diz a Roriz: "E de lá (do escritório de Constantino) sai cada um com o seu". Essa conversa foi gravada em 13 de março. Neste mesmo dia, segundo relatório do Coaf (Controle de Atividades Financeiras), vinculado ao Ministério da Fazenda, Constantino sacou R$ 2,2 milhões no BRB.
Ainda segundo a revista, a assessoria de Roriz deu duas versões para o negócio fechado no escritório de Constantino. Primeiro disse que Roriz teria descontado um cheque do BRB --operação que teria sido executada por Moura. Depois, o assessor informou que Roriz pediu R$ 300 mil emprestados a Constantino para comprar parte de uma bezerra nelore da Universidade de Marília. .
Nesta segunda-feira, o próprio Roriz divulgou uma nota negando as acusaões. O dinheiro, segundo o senador, foi obtido por meio de um cheque no valor de R$ 2,2 milhões oferecido pelo empresário. Roriz teria descontado o cheque no BRB (Banco de Brasília) para resgatar o valor em espécie e, ficando com R$ 300 mil. O senador não menciona se devolveu o restante (R$ 1,9 milhão) ao empresário. O motivo para o empréstimo, segundo o senador, foi a necessidade de "realizar pagamento inadiável" para a aquisição de um animal, além da ajuda financeira a Benjamin Roriz, seu primo. Do total, o senador diz que repassou R$ 271.320 para o pagamento à Associação de Ensino de Marília, para a compra de parte de uma bezerra nelore

Homem rico
Todos os brasileiros sabem que Joaquim Roriz é um homem rico, mas, talvez o que muita gente não sabe é que ele é dono de um verdadeiro império no ramo agropecuário na região centro-oeste. No último sábado, dia 23 de junho, o canal do Boi - TV paga - publicou uma longa matéria sobre a Agropecuária Palma, uma enorme fazenda de propridade de Joaquim Roriz.
Na matéria, o locutor e o repórter não cansavam de elogiar o dono da empresa e as suas ações no campo social. Além de inúmeras cabeças de gado de diversas raças, como touros reprodutores, vacas leiteiras, gado de corte e cavalos de raça, a fazenda produz também uma grande quantidade de legumes e hortaliças. O próprio Roriz fo entrevistado e falou de sua felicidade pelo trabalho desempenhado na Agropecuária Palma.
Teria sido uma mera coincidência a publicação dessa matéria um dia após às acusações contra Joaquim Roriz? Coincidência ou não, o fato deixa uma grande dúvida: Será que um senador, agropecuarista de grande porte precisaria de tomar emprestado R$ 300 mil para pagar parte de uma bezerra? Nesse mato tem coelho!

Outro no Conselho?
O PSOL reúne a sua bancada nesta terça-feira para decidir se ingressa com uma representação no Conselho de Ética do Senado contra Joaquim Roriz. A maioria dos deputados do PSOL é favorável à representação contra Roriz. O problema é que eles temem que a abertura de um novo processo no Conselho de Ética do Senado tire o foco das denúncias contra o presidente da Casa, Renan Calheiros. Roriz já responde a outros processos relacionados às eleições no Distrito Federal.

Pensamento do dia

"O homem bom, do bom tesouro do coração, tira o bem, mas o mau, do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração."

Jesus, Lucas 6:45.

Frase do dia

"Acredito e desejo que Renan seja inocente."

Tarso Genro, ministro da Justiça, sobre a crise envolvendo o presidente do Senado.

NOTA DO BLOG: Será que o ministro da Justiça pensa assim também sobre todas as pessoas acusadas de crimes do país?

segunda-feira, junho 25, 2007

Reajuste de Lula ajuda caixa do PT


Nunca, jamais neste país se viu um Governo "repassar" indiretamente tanto dinheiro para o caixa de seu partido como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As receitas do Partido dos Trabalhadores subiram 545% em quatro anos com o "dízimo" dos filiados. Apesar de estar endividado, em consequência das falcatruas do mensalão e do Delúbio Soares, o PT é um dos partidos mais ricos e grande parte de sua receita vem da generosidade do Governo Lula, que emprega milhares de filiados com altíssimos salários. No PT, todos os filiados com cargo público, eleitos ou não, repassam determinado percentual do salário ao caixa da legenda.
E com o Lula na Presidência, é visível o crescimento da máquina administrativa do governo, sua ocupação por petistas e a criação de novos cargos que têm rendido bons frutos ao caixa do partido. Nos quatro primeiros anos do governo Lula, houve um salto de 545%, já descontada a inflação, na arrecadação do "dízimo" com filiados que ocupam cargos de confiança no Executivo e Legislativo. É um verdadeiro trem (ou ônibus) da alegria.
Na semana passada, Lula anunciou duas medidas que aumentam novamente o gasto com servidores sem concurso: um reajuste salarial que chega a 140% em alguns casos e a criação de mais 600 cargos de confiança em vários ministérios.
Foi o próprio tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, que afirmou que os reajustes dos servidores federais irão ajudar a melhorar o caixa do partdo. Mas não é somente o Governo Federal que ajuda o caixa do PT com os cargos em comissão. Governos estaduais e prefeituras seguem também a mesma cartilha. É comum nas administrações petistas funcionários efetivos - os que trabalham sem a pressão de terem que agradar aos seus chefes eventuais - serem preteridos, enquanto os cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões serem preenchidos por petistas ou por filiados de partidos aliados.

Tiro no pé
Esse jeito de governar, no entanto, pode ser um tiro no próprio pé, principalmente para aqueles que buscam a reeleição. Partidos de oposição vêm acusando o governo de ter criado cargos para engordar a contribuição ao PT. O DEM (antigo PFL) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal, alegando que a medida do governo é inconstitucional. O assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia disse que as críticas são "ridículas". "Eu dou o meu dinheiro para quem eu quiser." Garcia até que poderia estar certo, se na verdade, o dinheiro fosse dele e não do povo brasileiro.

Herança de Lula
Nesta segunda-feira, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB) também criticou a decisão do presidente Lula de criar cargos desnecessários no governo federal.
Segundo Aécio, o aparelhamento do Estado será a "maior herança" que o governo deixará. "A principal herança que o governo do PT deixará é o aparelhamento indiscriminado da máquina pública, a criação de cargos sucessivamente e, ao meu ver, sem a menor necessidade. Isso está levando o Brasil a ter seus gastos correntes ao longo dos últimos cinco anos crescendo mais do que cresce a economia do Brasil", afirmou Aécio Neves.

Pensamento do dia

"Num país como o Brasil, manter a esperança viva é em si um ato revolucionário."

Paulo Freire

Frase do dia

"Político hoje é sinônimo de ladrão, bandido, salafrário".

Senador Almeida Lima (PMDB-SE), ao defender Renan Calheiros no Conselho de Ética.

Nota do Blog: Pôxa, nunca neste país um político esteve em tamanha sintonia com o povo, como este senador sergipano. É isso mesmo que o povo pensa, senador.

sexta-feira, junho 22, 2007

Dá pra fazer pizza em cafeteira?

Os parlamentares brasileiros estão tão acostumados em transformar escândalos políticos em pizza, que agora querem fazer uma até em CAFETEIRA para defender o senador Renan Calheiros. Mas, eles deveriam ouvir o seguinte conselho:

"Essi negossço pó dá errado companheiros!!! Seria interessante que essi Confelho sem Ética fosse tomá café com leite lá nas favendas do Renan, se aconselhasse milhó com o profesçô Wellinto Salgado e depois pafasse todo o relatório para o Epitáfio Casseteira", aconselha o presidente Lula, preocupado com a situação de Renan.

Pensamento do dia

"O poder nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a veemência e perseverante enegia de sua alma a um fim, vencerá os obstáculos, e, se não atingir o alvo fará, pelo menos, coisas admiráveis."

Dale Carnegie

Frase do dia

"Não há caos aéreo. Os problemas ocorrem pelo aumento do fluxo. É a prosperidade do país: mais gente viajando, mais aviões e mais rotas."

Guido Mantega, ministro da Fazenda, sobre os problenas nos aeroportos brasileiros.
Bem amigos, sendo assim, é melhor mesmo se relaxar e ninguém mais trabalhar pelo desenvolvimento do país, pois, daqui a pouco vai faltar tudo.

NOTA DO BLOG: Ministro Mantega, o que falta é gestão responsável.

quinta-feira, junho 21, 2007

Ameaça de Renan assusta senadores

Confiante nos argumentos da sua tropa de choque, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) acreditava que na sessão do Conselho de Ética do Senado, de quarta-feira, 20, o senadores iriam arquivar o processo onde ele é julgado por falta de decoro parlamentar. Porém, os fatos, as novas denúncias e as conclusões (ou a falta destas) do laudo da Polícia Federal foram mais fortes e a decisão do processo foi adiada.
Acuado, Renan Calheiros partiu para o ataque. Nos bastidores, Renan teria dito que se sentia abandonado pelo PMDB e pelo presidente Lula, mas que se caísse, não iria sozinho. Como senador e presidente da Casa, Renan deve mesmo saber de muita coisa e parece que a ameaça surgiu efeito.
Hoje, aparentando mais tranquilidade, Renan presidiu a sessão do Senado. Ao chegar à Casa, o senador foi cercado pela imprensa e classificou a crise política que enfrenta como "esquizofrênica". Ele é acusado de ter utilizado recursos da empreiteira Mendes Júnior para o pagamento de despesas pessoais.
Ao tentar se defender dessas acusações, Renan Calheiros disse que tinha recursos próprios para saldar seus compromissos e apresentou documentos que comprovariam rendas como agropecuário no estado de Alagoas. Só que foi justamente esses documentos que suscitaram dúvidas e fizeram mudar a história no Conselho de Ética.
Depois de reiterar que não pretende renunciar à presidência do Senado, Renan afirmou também que não é de seu estilo fazer chantagem. Ele negou as especulações de que, nos bastidores, estaria chantageando parlamentares em troca de apoio. Conforme matéria da Folha (http://www.folha.com.br/) , alguns parlamentares afirmaram que o presidente da Casa ameaçava revelar uma série de denúncias contra senadores que adotassem uma postura contrária à sua defesa.
Renan pode não ter falado sobre isso publicamente, porém, bastou a imprensa noticiar o fato para que o clima mudasse no plenário do Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos que sugeriu o aprofundamento das investigações, foi à tribuna e, meio desconsertado, pediu que se o senador Renan sabe de alguma contra algum senador que fale publicamente. Em seguida, o senador Aloísio Mercadante (PT-SP), antes de iniciar seu discurso, fez questão de defender a "idôneidade e a vida pública correta de Suplicy".
Outro senador, apontado como um dos supostos "alvos" da chantagem de Renan, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que aqueles que "partem para a truculência têm mais chances de afundar". Demóstenes tem sido um dos adversários mais ferrenhos de Renan no Conselho de Ética. "Se ele realmente partiu para este caminho, tem o risco de afundar. Melhor esquecer o cangaço e se portar como presidente do Senado", disse o senador goiano.

E a ética?
E agora? A Polícia Federal afirmou que pode haver irregularidade nas documentações, o Conselho pediu mais investigações e o processo foi adiado. Será que os senadores vão continuar firmes nessa posição mesmo diante da reação de Renan Calheiros?
Se não acontecer mais nada no Conselho de Ética, o povo brasileiro não vai colocar em dúvida apenas a ética de Renan Calheiros, mas, sim a de todos os outros 80 senadores.

Pensamento do dia

"As pessoas que se julgam importantes não passam de pretensiosos mentecaptos que não aceitam sua patética insignificância e o fato de que tudo que fazem é insignificante e inconseqüente."

William Thomas

Frase do dia

"Do ponto de vista da legalidade, imparcialidade e impessoalidade, o senador Wellington Salgado não pode exercer a relatoria."

José Nery (PA), líder do PSOL no Senado, sobre o novo relador do processo contra Renan Calheiros. Nery disse que Salgado foi beneficiado por Renan em 1996 com a doação de um terreno em Goiânia para a construção de um prédio da Universidade Universo, de propriedade de Salgado. Segundo Nery, Salgado responde a uma ação popular na Justiça de Goiás para devolver o terreno.

terça-feira, junho 19, 2007

Caso Renan faz Congresso perder mais credibilidade

Com exceção de alguns senadores, homens experientes e respeitados politicamente, como Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Jefferson Peres (PDT-AM), que têm aconselhado o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a licenciar-se da presidência do Senado para salvar a si mesmo e a institição, outros senadores, de maneira inconsequente, têm tentado a todo custo absolver Renan Calheiros sem terem o mínimo de provas para fazê-lo.
É o caso, por exemplo, do senador Almeida Lima (PMDB-SE), até agora um crítico feroz do governo Lula e mesmo de Renan Calheiros - não votou nele para a presidência do Senado - e que, repentinamente, passou a ser um dos seus mais ardorosos defensores; do senador Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente do senador e ministro das Comunicações Hélio Costa; e da maiora dos governistas.
Para os defensores de Renan Calheiros, ele é vítima e está "sangrando" só porque teve um caso amoroso fora do casamento, enquanto os outros, mais prudentes, querem mais provas para absolvê-lo ou condená-lo. Estes acham que a instituição Senado da República está "sangrando" muito mais do que o seu presidente.
A situação de Calheiros se complica a cada dia e, a prova de sua perda de prestígio político nos últimos dias, é que o presidnete do Conslho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), não encontrou ainda nenhum senador disposto a ocupar o cargo de relator no lugar de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que se afastou do Conselho por problemas de saúde.
Nesta quarta-feira, à tarde, o Conselho de Ética voltará a se reunir para votar o parecer de Cafeteira que pede o arquivamento do caso. Porém, diante de outras denúncias e do relatório da Polícia Federal e dos peritos, que confirmam a "autenticidade" das notas fiscais apresentadas por Renan, mas não afirmam se a venda do gado foi realmente efetuada e nem os valores, é possível que a votação seja mais uma vez adiada.
Renan Calheiros é acusado de ter pago pensões alimentícias à filha, que teve com a jornalista Mônica Velloso, com dinheiro de uma empreiteira. Na última reunião do Conselho de Ética, o funcionário da empresa Mendes Júnior, Cláudio Gontijo disse que o dinheiro lhe era repassado pelo senador. Por outro lado, o advogado da jornalista, Pedro Calmom Mendes disse que realmente o dinheiro era dado por Contijo, mas, levantou mais uma dúvida: antes de reconhecer a paternidade da criança, Renan pagava uma pensão de R$ 12 mil e depois do reconhecimento ofertou R$ 3 mil. Assim, segundo o advogado, ficou acertado que o restante seria pago "por fora", para adequar a pensão oficial ao salário do senador. O advogado disse também que os R$ 100 mil, pagos em dinheiro, eram referentes a pensões atrasadas e não a título de fundo para educação da criança.
Portanto, enquanto alguns senadores saem engradecidos dessa história e tentam salvar a instituição, outros acabam caindo em desgraça perante a opinião pública. O povo brasileiro parece não acreditar nesse negócio milionário com vendas de gado que Renan Calheiros conseguiu em Alagoas, um estado com problemas da febre aftose e proibido de vender carne até mesmo para outros estados brasileiros.

Pensamento do dia

"Pode-se enganar todas as pessoas por algum tempo e algumas pessoas durante todo o tempo. Mas não se pode enganar todo o mundo por todo o tempo,”

Abraham Lincoln, ex-presidente dos Estados Unidos.

Frase do dia

"A verdade é que o Brasil vive o seu melhor momento desde que a República foi proclamada. Eu não tenho dúvida de dizer isso."

Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, no programa "Café com o Presidente", desta segunda-feira.

segunda-feira, junho 18, 2007

Santana de Parnaíba está entre as mais dinâmicas cidades do país


O crescimento econômico e, a conseqüente, melhoria na qualidade de vida dos habitantes de Santana de Parnaíba têm sido noticiado com freqüência nos últimos anos pela imprensa paulista. Agora, uma pesquisa nacional, que faz parte do Atlas do Mercado Brasileiro, acaba de confirmar essa crescente onda de desenvolvimento e aponta Santana como a 17ª cidade mais dinâmica do Brasil no relatório de 2006.
Para avaliar as cidades e elaborar o ranking das mais dinâmicas, a consultoria Florenzano Marketing, contratada pelo Grupo Gazeta Mercantil, leva em conta diversos fatores econômicos e as políticas públicas aplicadas pelas administrações municipais. Dentre esses itens, estão o aumento do Índice de Potencial de Consumo (IPC), variação do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao Brasil, operações bancárias por habitante, criação de empresas, licenciamento de veículos e gastos municipais por habitante em saúde, educação, saneamento básico e em ciência da tecnologia.
Ainda conforme a pesquisa, no ranking das 300 cidades mais dinâmicas, a predominância é dos municípios de porte médio que têm mais condições de atrair novos investimentos e, consequentemente, melhorar a condição de vida de seus habitantes. E Santana de Parnaíba inclui-se nesse seleto grupo de municípios. Hoje, a cidade ocupa o 23º lugar no índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em todo Brasil
Na última quinta-feira, 14 de junho, o prefeito Benedito Fernandes (foto) reuniu a imprensa da região para repercutir esses dados e falar também sobre as políticas municipais que levaram a cidade a alcançar esse posto. Veja, a seguir, os principais pontos da entrevista:
POLÍTICAS SOCIAIS
É, para nós, motivo de muito orgulho essa colocação entre as cidades mais dinâmicas do Brasil. Porque isso vem ao encontro do nosso plano de governo e das nossas políticas sociais, que vêm sendo aplicadas nas últimas décadas em Santana de Parnaíba. Pois, o nosso objetivo, ao incentivar a entrada de mais investimentos na cidade, é buscar também, e sempre, a melhoria da qualidade de vida de toda a população.

EDUCAÇÃO
No caso da educação, por exemplo, que é um dos itens avaliados, temos hoje 28 mil alunos em 59 escolas, desde o ensino infantil até o ensino médio, todas municipalizadas. Fornecemos toda a infra-estrutura, como transporte, uniformes e material didático com qualidade. O resultado desse investimento é que na prova Brasil, realizada pelo Ministério da Educação, em 2005, nossos alunos tiveram média superior à média paulista e à média nacional.

SAÚDE
Em termos de saúde, temos uma rede com dois prontos -socorros e uma Unidade Básica de Saúde em cada bairro. Temos ainda uma policlínica com farmácia de manipulação de medicamentos e 200 médicos. Isso dá um índice de um médico para cada grupo de 500 habitantes, enquanto a OMS (Organização Mundial de Saúde), indica como número ideal, um médico para cada grupo de mil habitantes. Todo o investimento é exclusivamente do município.

ÍNDICE DE CRESCIMENTO
Como decorrência de todos esses investimentos, incentivos e políticas sociais, Santana de Parnaíba, além de ter um dos melhores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, apresenta também um índice de crescimento econômico muito superior ao índice do Brasil. Enquanto o país cresce 3% ao ano, o nosso índice é 8% ao ano.

CONTINUIDADE ADMINISTRATIVA
Isso é um fator fundamental para o desenvolvimento de uma cidade. Infelizmente, no Brasil, com a alternância no poder, verifica-se que muitos prefeitos deixam de lado projetos e até obras iniciadas pelo antecessor. Mas, isso não ocorre em nossa cidade. Demos continuidade ao projeto de governo que já existia, implantado pelo Silvinho Peccioli, até porque isso é uma exigência da população. Administramos a cidade para o munícipe, para que ele tenha cada vez mais uma melhor qualidade de vida.

Pensamento do dia

"Se respeitar as pessoas como elas são, você pode ser mais eficaz ajudando-as a se aperfeiçoarem."

John Gardner

Frase do dia

"O Brasil está perdendo um excelente ministro da Agricultura."

Pedro Simon, senador (PMDB-RS), no Painel da Folha, ao comentar, impressionado, a grande produção de gados nas fazendas do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Acusado de ter pago pensões alimentícias com dinheiro de uma empreiteira, Calheiros disse que ganhou mais de R$ 1,9 mi em negócios agropecuários.

sexta-feira, junho 15, 2007

Governo não consegue se livrar de Mangabeira Unger

O Governo Lula se meteu numa encrenca terrível. Aceitou a indicação do PRB - patido do vice-presidente José Alencar - para nomear ministro o filósofo Mangabeira Unger (foto) na Secretaria de Assuntos a Longo Prazo (Sealopra), se arrependeu depois, mas até agora não conseguiu ainda se livrar do abacaxi. O Mangabeira é aquele mesmo que em 2005, disse que o Governo Lula "era o mais corruto que o Brasil já teve" e até pediu o impeachment do presidente.
A indicação de Mangabeira Unger ocorreu há mais de um mês, mas a posse vem sendo adiada semana após semana. O governo chegou até a mudar o nome da Secretaria para Planejamento Estratégico. E nesse ponto temos que concordar que foi um ato inteligente. Já imaginou, um governo cercado de "aloprados" ter ainda um órgão de primeiro escalão, cuja sigla é "Sealopra", e sob o comando de Mangabeira Unger?
Além de ter pedido o impeachment de Lula, Mangabeira se complicou mais ainda com o atual governo, depois que abriu um processo contra a Brasil Telecom, reclamando direitos trabalhistas. A posse está marcada para acontecer esta semana, mas, poderá ser adiada novamente.
Mangabeira teria ingressado com ação na Justiça dos Estados Unidos contra a Brasil Telecom -empresa da qual é "trustee", uma espécie de consultor. Mangabeira teria cobrado da empresa honorários pendentes na Justiça, mas a Brasil Telecom nega o débito com o filósofo. Ele está em Brasília à espera da posse.

O que pensava antes
O próprio Mangabeira já admitiu que errou em sua avaliação sobre o Governo Lula, mas, veja bem o que ele escreveu em 2005:
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.
Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente....
Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança.
Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou."
Na hipótese de tomar posse na Secretaria de Planejamento Estratégico desse mesmo governo, o que será que o filófoso irá planejar para o futuro do Brasil?

Pensamento do dia

"A excelência afasta os medíocres, assim como a mediocridade afasta os competentes".

James C. Hunter - Escritor.

Frase do dia

"Não tenho que mudar meu relatório sobre uma coisa anterior. Meu relatório é sobre uma coisa antiga. De qualquer maneira, deixa um grau de dúvida. Acho que pelo menos a denúncia deve ser examinada".

Senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo por falta de decoro parlamentar contra o senador Renan Calheiros, sobre as novas denúncias contra o presidente do Senado.

Difícil de entender a decisão do sr. Cafeteira, que pede o arquivamento do processo.

quinta-feira, junho 14, 2007

Frase de Marta pode deixar governo mais impotente

O posto de ministra do Turismo do Brasil, dado à sexóloga e ex-prefeita Marta Suplicy (na foto, ao lado do presidente Lula), uma mulher culta e de família tradicional de São Paulo, poderia até significar um ponto de equilíbrio para um governo acuado por tantos casos de corrupção e com um presidente, como o próprio Lula afirma, cercado de "aloprados" e agora também até de irmãos "lambaris" acusados de lobistas. Mas, ao contrário disso, a última entrevista de Marta Suplicy, quando ela aconselhou que os turistas e brasileiros deveriam "relaxar e gozar" para esquecer os transtornos dos atrasos em aeroportos, poderá deixar, isto sim, é o governo ainda mais impotente diante de uma oposição cada vez mais viril. A foto é de Roosevelt Pinheiro/Abr.
A cada ano que passa vai se confirmando a tese de que a oposição não precisa de muito esforço para criticar o governo Lula. Os seus auxiliares se encarregam de criar fatos novos e as próprias encrencas. Foi assim com o Waldomiro Diniz, com os deputados mensalistas, com deputada dançarina, com os sanguessugas, com a máfia das ambulâncias e com aqueles aloprados que prepararam o dossiê contra os tucanos. E o pior é que a cada depoimento para se defenderem, os acusados parecem mais aloprados ainda, passando de pessoas respeitáveis a simples indivíduos com amnésia profunda. "Não me lembro disso"; "Não sei se assinei isso"; "Essa assinatura não é minha"; "Não conheço essa pessoa"; e "Fui traído". É assim que, normalmente, eles se defendem de acusações graves.
O brasileiro já está até acostumado com as brincadeiras, com as metáforas futebolísticas e com as gafes de Lula. Quem não se lembra de quando ele estava no continente africano, no primeiro governo, e entusiasmado com a limpeza de uma cidade, frisou: "Nem parece que estamos na África". No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, Lula disse: "Sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta". "Ofereço um brinde", disse Lula, descontraído, num país árabe, onde não se tem o costume de beber. "Não tem chuva, não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia, não tem Congresso, não tem Judiciário - só Deus será capaz de impedir que a gente faça esse País ocupar o lugar de destaque que nunca deveria ter deixado de ocupar." , disse o presidente em Brasília.
No mesmo evento em Sãò Paulo, no lançamento do plano para o setor turístico, palco da célebre frase de Marta Suplicy, o presidente Lula presenteou os brasileiros com outras pérolas do seu vocabulário. Primeiro, aparentando estar nervoso ao lado da ministra, Lula não conseguiu segurar um copo com água que lhe foi passado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O copo espatifou-se no chão. Depois, ao microfone, Lula esbravejou contra a imprensa: "É só notícia ruim. No Pernambuco é só violência. No Rio é só criminalidade. Quem vai viajar com essas notícias. Até mesmo em casa, quando a mulher já levanta gritando, o marido mete um cuecão, vai dormir e não sai de casa".
Talvez, animada com esse preâmbulo feito por Lula, Marta Suplicy se recordou do tempo em que era apresentadora do "TV Mulher" na Globo, onde, como sexóloga, dava conselhos e esclarecia as dúvidas dos telespectadores sobre masturbação, orgasmo e homossexualismo. Ao ser indagada sobre os problemas dos atrasos de vôos, a ministra não teve dúvida e soltou a lingua: "Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois". Percebendo a besteira que havia dito, Marta tentou consertar e piorou ainda mais: "Isso é igual a parto. Depois esquece tudo".

Pela culatra
Mas, ao que parece, agora quem vai precisar de se relaxar, e muito, é a própria ministra. Mesmo com o pedido de desculpas pela frase infeliz e até com apoio de alguns deputados petistas, o conselho de Marta não agradou aos congressistas da oposição e à maioria da população brasileira. O tiro poderá sair pela culatra. Logo após a entrevista da ministra, um passageiro irritado de São Paulo sugeriu que ela parasse de andar em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) e fosse encarar as filas nos aeroportos.
Hoje, na tribuna do Congresso, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) pediu que a ministra Marta Suplicy se demita do cargo. Para ele, a sugestão da ministra aos passageiros de todo o país denota desprezo por parte do governo.
"Eu perguntaria à dona Marta se junto com a nota (com pedido de desculpas), ela assinou a carta de demissão", disse o senador do Amazonas. Ao terminar o discurso, Jefferson Peres afirmou: "E não vem com essa que foi frase impensada. Foi desprezo de quem sobe e desce na base (aérea), em avião da FAB e não enfrenta fila".
Já o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) protocolou na CPI do Apagão Aéreo da Câmara um requerimento de convocação da ministra para ela se explicar melhor. Por exemplo, se explicar para uma senhora que, há poucos dias, estava chorando no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, porque não iria conseguir chegar a tempo de acompanhar o enterro de seu marido em Salvador. A dona Marta deveria saber que não é só turista que enfrenta fila.

Pensamento do dia

"Não existem países subdesenvolvidos. Existem países sub administrados."

Peter Drucker

Frase do dia

"Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois".

Marta Suplicy, ministra do Turismo, ao falar sobre os problemas das filas nos aeroportos, durante o lançamento do Plano Nacional de Turismo 2007-2010, em São Paulo. Depois, em nota, a ministra pediu desculpas pela infeliz frase.

quarta-feira, junho 13, 2007

Zona Azul por cartão é uma mina de dinheiro

Nesta terça-feira, 12, o signatário deste blog participou de uma audiência pública na Câmara Municipal de Osasco, quando vereadores e representantes do Poder Executivo discutiram a implantação do serviço de Zona Azul por cartões na região central da cidade. A empresa vencedora foi a Auto Parque do Brasil Ltda, que já atua em Jundiaí, há 5 anos, em Itatiba, há um ano, e em Montevideo, capital do Uruguai, há 12 anos. O pedido da audiência foi feito pelo vereador André Sacco Júnior.
A empresa vencedora participou do processo licitatório com mais 22 concorrentes. Certamente foi um processo lícito, conforme apresentação feita pelo secretário dos Negócios Municipais, João Góis. Esta nota não tem o objetivo de criticar, mas, sim de enfatizar que todas as concessões públicas são verdadeiras minas de dinheiro para os empresários.
Há muitos anos, desde que começaram as concessões para empresas particulares explorarem os pedágios em rodovias, o que a gente houve são criticas e mais críticas dos partidos de oposição. Em São Paulo, por exemplo, o PT continua reclamando até hoje sobre os processos de concessão a essas empresas.
É claro que o pedágio é muito alto e todas as concessionárias ganham montanhas de dinheiro de maneira muito fácil, não obstante os investimento que elas fazem. O problema é que quando está no poder o PT faz a mesma coisa. O atual Governo Federal é o principal exemplo disso. Agora, por exemplo, querem privatizar até a Amazônia brasileira sob o pretexto de que essa concessão irá ajudar na proteção da floresta. Daqui a pouco, quando acordarmos, a Amazônia já não será mais nossa.
Essa concessão para explorar a Zona Azul em Osasco é outro exemplo. A concessão foi feita por uma administração petista e a maior polêmica ficou por conta justamente do valor que a empresa vencedora irá repassar à Prefeitura. Apenas 10% do faturamento mensal.
Serão 150 vagas na região central e esse faturamento foi estimado em R$ 120 mil por mês. O representante da empresa alega que, segundo estudos, cerca de apenas 40% a 60% das vagas serão preenchidas, com o que não concordam os vereadores da oposição. André Sacco estima que logo de início esse faturamento ficará em torno de R$ 300 mil.
Eu estive recentemente por três vezes na cidade de Jundiaí e, em apenas uma vez, consegui deixar o carro na rua. É claro que não foi pelo simples desejo de deixá-lo em estacionamento particular, onde é oferecido um seguro, mas se paga muito mais caro. O problema é que não tinha vaga nas ruas exploradas pela mesma empresa Auto Parque do Brasil. Ora, Osasco é o maior pólo econômico da região Oeste, com 200 mil veículos emplacados na cidade e mais um fluxo flutuante de 200 mil carros. Então é claro que as 150 vagas dificilmente ficarão vazias.
Assim, a polêmica maior fica mesmo por conta dos 10% repassados à Prefeitura. Concordamos também que a operação do estacionamento público irá ajudar a melhorar o trânsito na cidade, assim como os pedágios melhoraram a segurança nas rodovias.
A empresa terá um investimento direto de R$ 750 mil com a compra dos 50 parquímetros - as máquinas de leitura dos cartões - e mais os salários de 40 funcionários. Mas, convenhamos, ficar com 90% do faturamento mensal, não deixa de ser um excelente negócio. Sem dúvida, uma mina de dinheiro.

Pensamento do dia

"Vivemos num mundo cheio de miséria e ignorância. O dever evidente de cada um de nós é tentar tornar o pequeno canto em que vivemos em algo um pouco menos miserável e menos atrasado do que antes de nossa chegada."

Aldous Huxley

Frase do dia

"O Vavá é um lambari nesse cardume de pintados".

Presidente Lula, sobre o envolvimento de seu irmão Genival na máfia dos caça-níqueis.

NOTA DO BLOG: Afinal, essa família é de humanos ou veio dos mares e rios de Pernambuco.

terça-feira, junho 12, 2007

Financiamento público de campanhas eleitorais - Olha o golpe aí gente!

Tramita na Câmara dos Deputados e pode ser votado nesta quarta-feira o projeto de reforma política. Porém, mais do que uma reforma responsável, que pudesse dar limites aos partidos e aos políticos, essa reforma, cuja base é o financiamento público de campanha, será na verdade, mais um assalto ao bolso dos brasileiros.
Num país, onde a corrupção impera em todos os níveis da administração pública, onde se cobra a maior carga tributária do mundo e onde se tem os piores serviços públicos do planeta, é um acinte se falar em financiamento público de campanhas eleitorais.
A reforma política é necessária sim, mas, antes que se queira tirar mais dinheiro do povo, o que os políticos deveriam aprovar é a fidelidade partidária, programas sérios de partidos e a obrigatoriedade do cumprimento das promessas feitas, que só poderia ser implementada com o voto distrital. Isso acabaria com a maioria desses partidecos de aluguel que temos por aí.
Financiamento público de campanha poderia sim ser tratado no Brasil, mas talvez daqui a ums 200 anos, quando os brasileiros tivessem a certeza de que o seu rico dinheirinho estaria sendo revertido em saúde, educação, habitação, estradas e lazer para todos os brasileiros. Quando a ética, a verdade e a transparência fizessem parte do cotidiano de todos os nossos políticos.
E o mais curioso é que o argumento daqueles que defendem o financiamento público, e aí se incluem representantes de todos os partidos, com honrosas e raríssimas exceções, é de que a corrupção que hoje corrói o país, acontece porque as campanhas são financiadas pela inciativa privada. Que safadeza! Então, senhores cínicos, basta tirar o sofá da sala que a mulher vai deixar de trair o marido?
Com essa falta de transparência política, com tantas falcatruas e malandragens, quem nos garante que o simples financiamento público irá proibir que os políticos corruptos continuem a receber dinheiro de empreiteiras, bancos, do jogo do bicho e dos caça-níqueis? Ora, pelo que sabemos, caixa-dois sempre foi crime. Bastaria um pouco mais de vergonha na cara e o cumprimento das leis existentes para se acabar com a corrupção.
Caro leitor deste blog. O que vem por aí com essa tal de reforma política é mais um golpe. O Brasil já gasta um dinheirão com eleições de dois em dois anos. Entra ano e sai ano o que se fala e o que se vê nas repartições públicas é apenas a questão da próxima eleição. Quando os prefeitos e vereadores não estão preocupados com a sua própria reeleição, eles estão preocupados na eleição de seus candidatos a governador, deputados, senadores e Presidente da República.
Se esse projeto for aprovado como está, a cada quatro anos, o contribuinte brasileiro vai desenbolsar a bagatela de R$ 1,764 bilhão, sendo R$ 888,2 milhões com as eleições presidencial, federal e estadual, e R$ 876,5 milhões com a eleição municipal. O projeto orçou cada voto dos 126,9 milhões de eleitores cadastrados no TSE a R$ 7,00.
E o pior. Nós seremos obrigados a bancar as campanhas dos políticos, mas não teremos o direito de escolher os candidatos de nossa preferência. Os caciques dos maiores partidos, como o PMDB, o PT, o PSDB e o DEM, dentre outros menores, pensam numa tal lista fechada. Seria assim: o eleitor vota no partido, não mais nos candidatos. Estes seriam escolhidos pelos caciques dos partidos. Então, meu amigo, você que pensa no crescimento do país com sinceridade, esqueça a esperança de um dia poder participar da política partidária.
Mas, ainda há tempo. Entre no site da Câmara (http://www.câmara.gov.br/), procure o deputado em quem você votou e peça que ele não ajude a aprovar mais esse assalto aos brasileiros. Não tem problema que continuaremos a ser obrigados a votar, mas que pelo menos, não tirem mais dinheiro do nosso bolso e que possamos continuar tendo o direito de escolher os nossos candidatos. Isso é o mínimo de direito que um povo tão miserável como o brasileiro ainda tem: votar e não ser roubado diretamente já nas campanhas eleitorais.
Ah... e tem mais. O projeto restitui mais uma falcatrua que o TSE havia proibido: os showmícios, outra fórmula de desvio de dinheiro público, que haviam sido proibidos na eleição de 2006.

Pensamento do dia

"O maior patrimônio de uma nação é o espírito de luta de seu povo e a maior ameaça para uma nação é a desagregação desse espírito."

George B. Courtelyou

Frase do dia

"Eu não pleiteei ser relator. Eu sei das minhas obrigações. Isso é uma obrigação. Não é prêmio, não. É um ônus."

Epitacio Cafeteira (PTB-MA), relator do processo contra o presidente do Senado Renan Calheiros.

segunda-feira, junho 11, 2007

Deputados querem explicação de Genro sobre Operação Xeque-Mate

Conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo (www.estadao.com.br), no dia 10, o ministro da Justiça, Tarso Genro (foto), deverá ser convocado para ir à Câmara dos Deputados para falar sobre a Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. O pedido é do líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP). Os deputados querem que o ministro esclareça as denúncias de que o amigo e compadre do presidente Lula, Dario Morelli Filho, teria sido alertado sobre o monitoramento dos envolvidos na Operação Xeque-Mate. O requerimento de convocação deverá apresentado na tarde de terça-feira, dia 12.
Pannuzio afirma que a hipótese de vazamento é reforçada na gravação em que Morelli avisou ao suposto chefe da quadrilha, o ex-deputado paranaense Nilton Cézar Servo, para que ele tomasse cuidados com os telefonemas porque havia ocorrido "um pepino feio". Morelli informou também que ele já sabia que seus telefones estavam grampeados e que a "informação teria sido feita de um telefone público por uma pessoa não idenficada". "Se o ministro tiver explicações, ótimo. Senão, teremos de investigar até com uma CPI", afirma o deputado.
Para o deputado paulista, os brasileiros acompanham o episódio "com uma certa perplexidade", diante das fortes suspeitas de que o trabalho da Polícia Federal teria sido prejudicado por alguém do governo.

Vavá
Pannunzio disse ainda achar estranho que a ligação do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá, com a quadrilha tenha mais destaque do que a atuação de Morelli, a quem considera muito mais próximo de Lula. Para o deputado, a ligação do presidente com o ex-assessor da Saneamento de Diadema (Saned), é "muito grande", igual a que ele mantém com outro compadre, o Roberto Teixeira e com o ex-assessor Freud Godói, um dos envolvidos na compra do dossiê contra os tucanos na última campanha.
"São pessoas do ciclo íntimo do presidente", afirma. "No mínimo é antiético e ilegal e nunca na República, um presidente teve esse tipo de relação com pessoas que andam na zona cinzenta entre o legal e o ilegal", afirma o líder tucano. "Parece que estão colocando um bode para ocultar o pior lado da denúncia".

Pensamento do dia

"O único homem que não erra é aquele que nunca fez nada."

Franklin Roosevelt

Frase do dia

"Ele está envolvido até o pescoço com o chefe da organização".

Paulo Lacerda, diretor-geral da PF, sobre o compadre de Lula Dario Morelli, preso na Operação Xeque-Mate, que investiga a máfia dos caça-níqueis. A PF quer a prisão preventiva de Morelli para investigar melhor a sua ligação com o empresário e chefe da organização Nilton Cezar Servo

quarta-feira, junho 06, 2007

Político corrupto pode ficar mais de 200 anos na prisão

Calma, gente! Não é aqui no Brasil, não. Quem tem parente político por aqui pode ficar tranquilo. Nossos políticos têm imunidade (ou seria impunidade?) parlamentar e nunca vão para a cadeia.
O negócio é lá nos Estados Unidos. Nesta semana, o representante democrata americano William Jefferson (foto), que teria escondido 90.000 dólares no congelador, recebeu 16 acusações de suborno e corrupção, além de ser responsabilizado por uma rede de fraudes na África.
Jefferson, que representa um distrito no estado de Louisiana, no Sul do país, foi acusado por um júri federal na Virgínia por usar seu cargo para pedir suborno.
A acusação, apoiada por uma enorme investigação do FBI, mostra uma série de casos de corrupção na Nigéria, Gana, Guiné Equatorial, Botsuana e República Democrática do Congo.
"A essência do caso é simples", disse o advogado americano Chuck Rosenberg. "O senhor Jefferson utilizou, corruptamente, seu gabinete e o Congresso, onde serve como membro da Câmara de Representantes, para enriquecer a si e à sua família, por intermédio de um persuasivo padrão de fraude, suborno e corrupção que abarcou muitos anos e dois continentes."

Diferente do Brasil
Casos de corrupção nos Estados Unidos são tratados com seriedade e, se for condenado por todas as acusações, Willian Jefferson pode passar 235 anos na prisão. É mole! Para os brasileiros, isso parece até ficção.
Ao contrário do Brasil, onde o corporativismo atua forte para livrar os corruptos e muitos deles são até "eleitos pelo povo" nas urnas, nos Estados Unidos os corruptos não encontram moleza quando são descobertos. E esta não é a primeira que a justiça americana dá exemplo de rigor contra a corrupção política. No dia 5 de março de 2006, este blog publicou a prisão de outro político americano.
Naquele mês, o ex-deputado federal republicano Randy "Duke" Cunningham foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão e levado imediatamente do tribunal federal de San Diego para a cadeia. Não lhe permitiram nem fazer a última visita à sua mãe, de 91 anos, antes de ser encarcerado. O ex-parlamentar, de 64 anos, teve também que pagar US$ 1,8 milhão em imposto de renda por conta dos US$ 2,4 milhões que confessou ter recebido ilicitamente ao longo de 15 anos no Congresso sob a forma de propinas em dinheiro, residências, iates, móveis antigos, tapetes persas e um Rolls Royce.
O Tribunal também não levou em conta o fato de que Cunnignham sofresse de câncer de próstata e tinha perdido cerca de 40 quilos desde junho de 2005, quando foi indiciado e renunciou ao mandato de deputado. "O senhor não estava com frio nem com fome e, ainda assim, fez todas essas coisas", disse o juíz, antes de anunciar o veredicto. "O que o senhor fez foi minar a possibilidade de que políticos honestos venham a fazer um bom trabalho".
Já imaginou se todos os políticos brasileiros acusados de corrupção, com casos comprovados, fossem parar na prisão? Com todos esses escândalos que são mostrados diariamente, não haveria cadeia para abrigar tantos corruptos.

Modus operandi
O problema agora é se o Brasil, com essa onda de exportações, começar a exportar também o seu Know how em corrupção. Será que o fato de os americanos serem condenados não está ligado à forma de como eles escondem o dinheiro? Willian Jefferson, por exemplo, escondeu a propina no congelador, enquanto um dos nossos corruptos - aquele cearense, ligado ao PT, lembram-se dele? - escondia as verdinhas na cueca.
Esses pequenos detalhes ou características de cada povo podem mostrar também que os americanos não toleram dólares congelados e que os brasileiros gostam mesmo é de dinheiro sujo. E que sujeira!

Pensamento do dia

"Você não é do tamanho da sua conta bancária, do bairro onde mora, da roupa que usa, ou do tipo de trabalho que faz. Você é como todo mundo: uma mistura extremamente completa de capacidades e limitações."

Frase do dia

"Não somos políticos nem golpistas, somos apenas estudantes defendendo a liberdade de dizer o que pensamos".

Rosa Benitez, estudante venezuelana que protesta contra a política de Hugo Chávez. (Veja 2011).

terça-feira, junho 05, 2007

PF indicia irmão e prende compadre de Lula

O trabalho que a Polícia Federal vem realizando nos últimos meses é digno de elogios de todos os brasileiros. A cada dia surge uma nova operação e o país é surpreendido por novos escândalos. O problema é que como aconteceu nas Operações Furacão e Navalha, quando a PF prendeu dezenas de pessoas, apreendeu dinheiro e carros importados, o resultado, pelo menos até agora, é que a maioria já está solta e, com certeza, praticando outros crimes.
O negócio agora voltou-se mais uma vez para o lado do presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT), que teve mais um compadre envolvido em problemas com a polícia. Trata-se de Dario Morelli Filho, que trabalhava na Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), onde ocupava o cargo de assessor técnico. Morelli foi preso ontem pela Polícia Federal durante a operação Xeque-Mate sob a acusação de corrupção ativa e formação de quadrilha. Na operação, a Polícia Federal prendeu 77 pessoas nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais. A prefeitura de Diadema informou que Dario Moreli foi exonerado nesta terça-feira.
Nessa mesma operação, a PF realizou também busca e apreensão na casa de Genival Inácio da Silva (foto), em São Bernardo do Campo. Genival, mais conhecido como "Vavá", é o irmão mais velho do presidente Lula. Contra Vavá não havia mandado de prisão.
Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários de MS, as 77 pessoas detidas são acusadas de envolvimento em crimes como contrabando de peças para máquinas caça-níqueis, corrupção e tráfico de drogas. A operação surgiu de dois inquéritos policiais. O primeiro tinha por objetivo apurar a prática de contrabando e descaminho de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis. Já o segundo inquérito policial apurava a corrupção de policiais civis e seu possível envolvimento com tráfico de drogas no Estado do Mato Grosso do Sul.
Indagado, na Índia, onde econtra-se em viagem oficial, sobre o envolvimento do irmão e do cunhado, o presidente Lula disse acreditar na inocência do irmão Vavá e aproveitou para elogiar mais uma vez o trabalho da Polícia Federal. "Se tem ordem judicial, a Policia tem que cumprir. É preciso, porém, que seja um trabalho independente e sem exageros, para que não se puna nenhum inocente. Agora, haverá um inquérito e que os culpados sejam punidos, indo para a cadeia", disse Lula.
O problema do PT é que o partido mudou a sua história depois que chegou ao poder. Seus "aloprados", como definiu o próprio presidente Lula, depois do famigerado dossiê contra os tucanos, deram um zoon na forma de fazer corrupção neste país. Veja bem que em todas as operações ou investigações da Polícia Federal, desde o dia 13 de fevereiro de 2003, quando o Brasil conheceu Waldomiro Diniz, sempre têm petistas de alta patente envolvidos na encrenca. Por que será que as autoridades não fazem a vontade de Lula e não colocam na cadeia todos esses aloprados, petistas ou não petistas?

Pensamento do dia

"A felicidade existe... Não fora de nós, onde em geral a procuramos; mas, dentro de nós, onde raras vezes a encontramos."

Humberto Rohden

Frase do dia

"Não é nem uma navalha mais. Já virou um canivete. Precisamos agora é de uma afiadíssima espada de samurai".

Heloisa Helena, ex-senadora (PSOL-AL)), sobre a necessidade de se instalar uma CPI para investigar as fraudes de recursos públicos com empreiteiras, no Jornal do SBT.

segunda-feira, junho 04, 2007

Lula está ou não está com Chávez no caso RCTV?

Ao povo brasileiro não tem ficado muito claro o que realmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - à esquerda - pensa sobre as últimas atitudes de seu colega venezuelano, Hugo Chávez (foto), que há uma semana mandou fechar a TV particular mais antiga daquele país, somente porque ela o criticava, um verdadeiro atentado à liberdade de imprensa. A RCTV foi fechada no dia 27 de maio e, de lá para cá, o presidente Lula já fez várias declarações, porém, uma contradizendo a outra.
Todos nós sabemos da amizade e até da admiração que o presidente brasileiro tem pelo venezuelano, o que por si só não é nenhum problema, até que uma das partes não queira interferir na soberania do país do outro e nem ridicularizar o seu povo. Bem antes dessa atitude autoritária de Chávez, Lula disse que o presidente da Venezuela "é um parceiro inestimável para o Brasil". E, pela últimas declarações de Lula, parece que essa opinião é a mesma, independentemente, do que Chávez faz ou deixa de fazer para o povo de seu país.

Após o fechamenteo da TV
Logo após o fechamente da RCTV, com críticas de todos os países democráticos e manifestações de estudantes e partidos de oposição na Venezuela, Lula deu a sua primeira opinião sobre o caso, deixando a entender que o problema não era com ele. "Isso é problema interno da Venezuela", coerente com as suas opiniões sobre outros países, como quando opininou sobre a Bolívia e o Equador, país que teve até o parlamento fechado.
Mas, enquanto Lula parecia indiferente às aitudes de Chávez, o mesmo não ocorria com o parlamento brasileiro. Muitos senadores e deputados federais criticaram veementemente o ato de Chávez e, no dia 30 de maio, o Senado aprovou um requerimento do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), solicitando que o presidente da Venezuela devolvesse o canal à RCTV.
Foi o bastante para que o "coronel-quase-ditador" Chávez virasse a sua metralhadora para o Brasil e, pensando que estivesse tratando com os seus eleitores, comecasse a desrespeitar o povo brasileiro. "Os congressistas brasileiros são como papagaios e apenas repetem o que os Estados Unidos dizem. É mais fácil o Brasil voltar a ser uma colônia de Portugal do que nós devolvermos a concessção da RCTV à oligarquia da Venezuela". Aí Chávez não desrespeitou apenas o Congresso Nacional, mas a todos os brasileiros representados por aquela Casa de Leis.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Heráclito Fortes (DEM-PI), lamentou a ausência de uma posição firme do governo brasileiro sobre o episódio que "cerceia a liberdade de imprensa na Venezuela e merece ser repelido com veemência pelas democracias do mundo inteiro". Fortes apoiou uma proposta do senador Gerson Camata (PMDB-ES) de expulsar a Venezuela do Mercosul.

Na Inglaterra e na Índia
Após esse entrevero, o presidente brasileiro voltou a comentar o assunto e deu até a impressão de que estaria disposto a mudar o relacionamento com Chávez e com os seus aprendizes de ditadores da América do Sul, como o boliviano Evo Morales, que brigou, bateu o pé e acabou comprando as refinarias da Petrobrás a preço de banana. Respondendo a jornalistas, já na Inglaterra, Lula disse: "O Chávez cuida da Venezuela e nós cuidamos do Brasil". Muito bem!.
Em território indiano, Lula foi indagado sobre a resposta de Chávez, que chamou o Congresso brasileiro de "grosseiro". E Lula defendeu os congressistas: "Eu acho que o Congresso não foi grosseiro, porque a nota do Senado pede a compreensão apenas", disse Lula. Parabéns!
Mas, se para os jornalistas brasileiros, Lula dá a impressão de que pode endurecer contra Chávez, não é o mesmo o que ele diz à imprensa estrangeira. Conforme entrevista concedida a BBC, em Londres, Lula volta a ser o "Lulinha Paz e Amor", para alegria dos chavistas. Na entrevista, Lula diz que "Chávez tem sido um parceiro do Brasil, nós temos grandes negócios na Venezuela e estamos fazendo refinarias conjuntas". Lula voltou a afirmar que o fechamento RCTV é um assunto interno da Venezuela". Mas, não seria também um assunto "interno" do Mercosul, tão defendido por Lula?

Pensamento do dia

"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."

Luther King

Frase do dia

"É mais fácil o império português se instalar em Brasília do que o governo da Venezuela devolver a concessão da RCTV à oligarquia venezuelana",

Hugo Chávez - Presidente da Venezuela, em resposta ao requerimento aprovado pelo Senado do Brasil em repúdio ao fechamento da TCTV. Chávez chamou também os senadores brasileiros de "papagaios" que só repetem o que os Estados Unidos dizem.

sexta-feira, junho 01, 2007

Casos de família provocam brigas entre vereadores


A cidade de Osasco, com quase 800 mil habitantes, é uma das mais importantes da região Oeste da Grande São Paulo e, como todos os grandes municípios brasileiros, atrai muitas empresas, tem um grande parque industrial e comercial, porém, tem também os mesmos problemas de outras cidades, como a falta de segurança, congestionamentos, problemas na saúde pública e na educação. E, com essas características, Osasco não poderia ser diferente dos grandes centros em termos políticos também. Suas eleições são sempre marcadas por acirradas disputas tanto para prefeito, como para vereadores.
O curioso é que não são os problemas locais, ou os grandes temas da pauta nacional, por exemplo, a corrupção, que têm sido discutidos na Câmara Municipal de Osasco. Nas últimas sessões, vereadores da oposição e os governistas têm elevado o clima das discussões por outras questões, como a retirada de nomes de personalidades de praças ou de prédios públicos do município. Para a oposição, isso é "um desrespeito à memória da cidade e uma prova do autoritarismo da administração municipal".
Na sessão da última terça-feira, 29, um dos mais revoltados era o vereador tucano Cláudio Piteri (à esquerda). O vereador estava bastante nervoso e quase chegou às vias de fato com o petista Rubinho (à direita), no intervalo da sessão ordinária. O presidente da Câmara, Osvaldo Verginio teve que intervir para acalmar os ânimos.Depois, a maioria dos vereadores, inclusive, alguns do PT, deram razão a Piteri. O tucano reclamou da "truculência" do governo municipal e provou com fotografias, que ele e outros vereadores da oposição estão sendo perseguidos.
O motivo da irritação de Piteri é que, segundo ele, sem qualquer comunicado à Câmara, e o pior, sem que o Poder Legislativo autorizasse, foi retirado o nome de sua mãe, Graziela Flores Piteri, do Centro de Integração da Família, no bairro Bela Vista. Conforme a foto apresentada pelo vereador, na placa consta agora que o parque é denominado de Centro de Cidadania da Criança e do Adolescente, sem qualquer referência ao nome da mãe de Piteri, que foi primeira-dama por dois mandatos. "Jamais vi tanta perseguição política em Osasco como o que está ocorrendo nesta administração", disse Piteri. O tucano disse também que votou na denominação da avenida Hilário Pereira de Souza (pai do prefeito Emidio de Souza) e da ponte José Venâncio Cunha (pai do deputado federal João Paulo), mas garantiu que não vota mais nada enquanto persistir essa perseguição em Osasco. "Não esperava uma atitude tão pequena e tão ridícula desta administração".

Hospital Antônio Giglio
Para o vereador Sebastião Bognar (sem partido), essas atitudes da administração não engradecem a cidade. "Temos tantos problemas para tratar nesse parlamento. Deveríamos estar discutindo as soluções para os problemas da saúde, da educação e da segurança, mas somos obrigado a tratar dessas atitudes que apenas denigrem a cidade de Osasco".
Outro vereador que também se revoltou foi André Sacco Júnior (PRP), filho de André Sacco, nome que foi dado a um posto de Saúde. "Hoje, nem a foto do meu pai está lá. Encontrei na rua essa placa em homenagem a Santo Antônio, padroeiro de Osasco, que feita pelo ex-prefeito Guaçu Piteri e que estava numa praça esportiva da Vila Yara. A placa foi encontrada na rua, mas, a foto do meu pai deve ter sido queimada, ou está em algum entulho da prefeitura", reclamou Sacco Júnior.
Outro caso de "desomenagem" levantado pela oposição já vem desde que o prefeito Emidio assumiu a prefeitura. Trata-se da denominação do Hospital Municipal Antônio Giglio, que homenageia o nome do pai do ex-prefeito Celso Giglio (PSDB), hoje deputado estadual. Desde que chegaram ao poder, os petistas têm insistido em chamar aquela unidade de Hospital Central. "Isso é ridículo e um desrespeito. O nome do hospital foi aprovado por esta Casa de Leis. Mas, como o Giglio é oposição, a administração mandou dar até marretadas no símbolo dessa homenagem que existe no pátio do hospital", disse Cláudio Piteri.
O vereador Aluisio Pinheiro (PT), líder do prefeito Emidio, disse que é a "população que passou a chamar de Hospital Central. É uma questão de usos e costumes e não podemos impedir que o povo chame os próprios municipais do nome que ele quiser". A afirmação do petista foi contestada pelo vereador André Sacco. "Pode ser uso e costume da administração que até nos impressos, como no receituário, coloca Hospital Central, um flagrande desrespeito à lei vigente. Vamos, inclusive, entrar com requerimento para saber o quanto foi gasto para trocar os impressos", disse o vereador.
E entre homenagens e desrespeitos, foi também nessa mesma sessão que os vereadores de Osasco tiveram uma dura lição. A estudante Karina Braga, de 20 anos, que acompanhava um grupo de jovens, foi escolhida para falar em nome dos colegas e emendou: "É a primeira vez que estamos visitando esta Casa de Leis, onde viemos pedir o apoio de vocês para muitos problemas da cidade. Acho que há coisas mais importantes para discutir do que a retirada de placas". Viu? Isso serviria também para os nossos representantes lá de Brasília.

Pensamento do dia

"Podemos escolher o que vamos semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos"

(Provérbio chinês)

Frase do dia

"O problema maior não é o contingenciamento, é a Infraero. Uma caixa preta. Não foi possível identificar o caminho das verbas milionárias, quanto é retido, repassado e o que a Infraero faz com os recursos."

Lucas Furtado - Procurador do TCU (Tribunal de Contas da União) em depoimento na CPI do Apagão Aéreo.

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