quarta-feira, novembro 30, 2005

Derrotado no STF, Dirceu será julgado na Câmara

Não adiantou o voto do ministro Sepúlveda Pertence a favor do deputado José Dirceu (PT-SP). Depois de uma verdadeira aula de direito de Pertence e apartes do presidente do STF, ministro Nelson Jobim, que citou até Nelson Rodrigues para se defender de críticas, a maioria dos ministros acatou os argumentos de Cesar Beluso. Para Beluso, bastaria apenas retirar o depoimento da presidente do Banco Rural, Kátia Rabelo, do relatório aprovado no Conselho de Ética, para assegurar o amplo direito de defesa de José Dirceu. A defesa do deputado pedia a suspensão do processo na Câmara dos Deputados.
A sessão no STF foi tensa e alguns ministros que votaram a favor de José Dirceu, não esconderam o descontetamento com as últimas críticas contra as decisões daquele Tribunal. Criticando o que ele classificou como "juristas que se arvoraram como jornalistas e jornalistas que se arvoraram como juristas", Nelson Jobim citou Nelson Rodrigues para concluir: "Os idiotas perderam a modéstia".
Com a decisão do STF de não interromper o processo de cassação contra José Dirceu, o mesmo será votado logo mais, às 19 horas, no plenário da Câmara. Mais de 400 deputados já estão presentes na Casa e são necessários 257 votos a favor do relatório para que Dirceu, acusado de ser o mentor do mensalão, perca o mandato.
No entanto, o próprio deputado e a base governista estão trabalhando no sentido de diminuir o quórum no momento da votação, numa tentativa desesperada de evitar a cassação. Porém, pesa contra os interesses do ex-ministro, a declaração do próprio presidente Lula, que há poucos dias no Roda Viva da Cultura, afirmou que "politicamente José Dirceu já perdeu o mandato". Portanto, se na Justiça, Dirceu foi derrotado, a expectatva é de que os deputados vão mesmo cassar-lhe o mandato, apesar da votação ser secreta.

terça-feira, novembro 29, 2005

PT faz festa com estudo da FGV

Não poderíamos esperar outra coisa. Com tantas notícias de corrupção, é claro que o PT e o presidente Lula iriam se apegar a esse estudo da Fundação Getúlio Vargas na tentativa de reverter a crise. O estudo, com base em pesquisa do IBGE, revela que houve uma redução de 8% no índice de pobreza no Brasil, entre 2003 e 2004. É claro que esse resultado é uma somatória de vários fatores ao longo dos anos, mas, parece que o PT, que recentemente criticou publicamente dados do IBGE, agora passa a endeusá-lo, porque os dados lhe são favoráveis.
Mas, será difícil para o PT reverter o quadro de crise e de rejeição a Lula. O escândalo de corrupção e ainda os 40 milhões de brasileiros miseráveis continuarão falando mais alto do que quaisquer estudos acadêmicos ou frias estatísticas. A realidade brasileira está nas ruas do Brasil.
Com esses números nas mãos, com certeza, esse governo espera convencer o povo de que o PT é o único que vai tornar o Brasil num país sem injustiça social. Mas, pelo andar da carruagem, para que isso aconteça será necessário aparecer mais uns 200 Lulas e eles terão ainda que providenciar muitas outras malas e cuecas para continuarem escondendo os milhões de reais e de dólares oriundos da corrupção.
Mais uma vez, o PT copia o PSDB. Os tucanos também mostravam como bandeira umas tais "Bolsas". Resultado: perderam a eleição. O povo não quer esmola. Quer trabalho, saúde e educação. Só isso.

Garibaldi, oh...Garibaldi!

Na última notícia postada, falamos sobre a incansável investigação do senador Eduardo Suplicy sobre os assassinatos dos prefeitos Celso Daniel, de Santo André, e Toninho do PT, de Campinas, e sobre a dor de cabeça que isso representava para o PT e, sobretudo, para as pretensões eleitorais do partido em 2006. Mas, parece que mais uma vez os políticos brasileiros vão fazer o povo de bobo.
Nesta terça-feira, o relator da CPI dos Bingos, conhecida também como a CPI do Fim do Mundo, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) já adiantou que não fará nenhuma referência sobre essas mortes em seu relatório e, muito menos, sobre o empréstimo de R$ 29 mil que o presidente Lula teria feito junto ao PT e que foi pago pelo seu amigo, Paulo Okamoto, que depois disso virou presidente do Sebrae. Segundo o relator, que faz parte da ala governista do PMDB, não há indícios de que o PT ou o presidente Lula tenham culpa nesses dois casos citados.
Ora, será que esses políticos pensam que todos os brasileiros são idiotas? Para que então tantas horas de investigação e gastos com viagens para depois ficar tudo apenas por conta das investigações da polícia e do Ministério Público? Já há mais do que indícios de que o crime foi político, como disse o outro membro da CPI, senador Magno Malta (PL-ES). Isso não quer dizer que haja partido político envolvido na morte, mas, não ver que há indícios nesse sentido, só mesmo para o potiguar Garibaldi.

Suplicy - Uma pedra no caminho do PT

A julgar pela ironia da polêmica senadora Ideli Salvatti (PT-SC), em discurso nesta terça-feira, no Senado, podemos imaginar o quanto o PT está sofrendo com as investigações que o também petista, senador Eduardo Suplicy (SP), vem fazendo sobre esse obscuro assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, que era outra grande liderança petista. E, se não bastasse o caso de Santo André, Eduardo Suplicy ainda abre seus tentáculos investigativos para outro caso não menos obscuro, que é o assassinato de outro petista, o então prefeito de Campinas, Toninho do PT, morto em 2001. A morte de Daniel foi em 2002.
Nervosa como sempre, Ideli Salvatti subiu à tribuna para falar sobre a tão badalada redução do índice de pobreza no Brasil, conforme pesquisa do IBGE e estudo feito sobre o fato pela Fundação Getúlio Vargas. "É isso que presicamos destacar no Senado, uma vez que já temos aqui até investigador de polícia". Ora, se nenhum senador da oposição tem empenhado tanto nesses casos de mortes de prefeitos petistas, a ironia foi uma clara referência às ações do senador Suplicy. É mais uma frente de fogo amigo que se abre entre os petistas.
Para quem já expulsou parlamentares por muito menos, como a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), só porque ela discordava das novas diretrizes do PT no governo e votou contra em alguns projetos, certamente, muitos petistas gostariam de ver Eduardo Suplicy bem longe das fileiras do atual e light PT, que esqueceu tudo que pregava em favor do povo. Basta lembrarmos de como o antigo PT tratava a CPMF, os salários baixos, os juros altos e a vergonhosa aposentadoria do brasileiro. Com ministros brigando entre si, com um vice crítico como José Alencar e agora com senadores da base ironizando as ações de colegas, realmente, o presidente Lula não precisa de oposição.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Uma boa notícia: diminui a miséria no Brasil

Nem só de corrupção e mensalão vive o Brasil. Felizmente, surge uma notícia que nos dá a esperança de que ainda poderemos ter um Brasil mais justo e mais humano.
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, a miséria no Brasil diminuiu 8%, entre 2003 e 2004, deixando o País com a menor proporção de miseráveis desde 1992.
De acordo com o estudo da FGV, publicado nesta segunda-feira, 28, em 2004, 25,08% da população brasileira vivia abaixo da linha de pobreza, ou seja, ganhava menos de R$ 115,00 por mês. Em 2003, eram 27,26% dos brasileiros que viviam nessa situação.
Se ainda é um número muito grande de miseráveis no País - cerca de 40 milhões de pessoas - pelo menos, esta pesquisa nos mostra que o problema tem solução, até porque esta redução se deu pela diminuição da distância que há entre ricos e pobres no Brasil, consequência da forte concentração de renda.
Os dados são do estudo Miséria em queda Mensuração, Monitoramento e Metas, elaborado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004 (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Ainda não é possível dizer que a redução do abismo entre ricos e pobres é uma tendência de longo prazo, mas o fato da queda ter acontecido por três anos consecutivos é inédito na história brasileira dos últimos 30 anos, além de ter passado por governos diferentes e de uma maneira muito forte", avaliou Marcelo Néri, coordenador do estudo da FGV.

sábado, novembro 26, 2005

"Políticos medíocres" - Lula acertou desta vez

Temos que fazer justiça. Desde que assumiu a Presidência da República, o presidente Lula (PT), tem recebido muitas críticas. Seja por causa de uma estrela do PT "plantada" nos jardins do Palácio da Alvorada; seja por conta do "aerolula"; pelas suas infindáveis viagens enquanto o clima político pega fogo aqui dentro; ou mesmo pelos seus programas sociais, como o "Fome Zero", que não conseguem tirar crianças carentes das ruas e nem acabar com a fome.
Mas, o presidente acerta também. Em Fortaleza, nesta sexta-feira, 25, Lula afirmou que o Brasil perdeu oportunidades de crescimento por causa da "mediocridade política" do país. Não podemos colocar todos os políticos num mesmo saco, pois, ao longo da história, já tivemos parlamentares como Rui Barbosa e JK, políticos bem acima da média que temos hoje.
Mas, Lula tem razão quando afirma que muitos políticos pensam somente nos quatro anos de mandato."Pela mediocridade política do Brasil, pela mediocridade de uma classe política, boa parte dela, não consegue pensar o país nem um minuto depois do seu mandato, só pensa nos seus quatro anos, pensando em uma reeleição".
Só devemos lembrar ao presidente Lula, que é justamente ele, que concorreu quatros vezes ao cargo de presidente, o chefe da Nação e o mandatário maior dessa classe política medíocre. E os fatos, como corrupção, mensalão, malas de dinheiro, dólares em cueca, renúncias e cassações de mandatos estão aí para comprovar essa mediocridade.
Mas nem tudo está perdido. Como a Democracia é o poder do povo, para o povo e emana do povo, esperamos que em 2006, esse povo já comece a escolher melhor os seus representantes para que possamos ter políticos menos medíocres.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Cuidado com a febre maculosa


Em pleno século XXI, com tantos avanços da ciência, o homem ainda convive com vários tipos doenças que já deveriam estar erradicadas, além de moléstias que continuam aparecendo e preocupando as autoridades da área médica.
Agora, por exemplo, além de uma possível pandemia da febre aviária, temos também a febre maculosa. E todos sabem que com doenças não se deve brincar. Recebi algumas informações da minha esposa, Priscila, que trabalha na área da saúde, as quais compartilho com os leitores deste blog.
- A febre maculosa é uma doença febril aguda, acompanhada de rash cutâneo e cefaléia. Tem gravidade variável e é causada por bactéria transmitida por carrapatos infectados.
Em São Paulo, já foram descritos casos de febre maculosa nos municípios de Mogi das Cruzes, Diadema, Santo André, Pedreira, Jaguariúna e Campinas. Em 2003 esta doença causou 7 mortes, no Estado de São Paulo. Em junho, 2004, 3 pessoas morreram em Mauá.

- O carrapato é o Amblyomma cajennense ("carrapato estrela", "carrapato de cavalo" ou "rodoleiro", as larvas são conhecidas por "carrapatinhos" ou "micuins" e as ninfas por "vermelhinhos"). Normamente, esses carrapatos existem em áreas com a presença de muitos animais, como cavalos, mas, também podem ser encontrados em animais roedores. A doença não se transmite de uma pessoa para outra.

- As lesões vasculares disseminadas e o quadro clínico: edema, conseqüentes hipotensão, necrose local, gangrena e distúrbios da coagulação (coagulação intravascular disseminada).

CLÍNICA
- O período de incubação varia de 2 a 14 dias. A doença inicia-se bruscamente com febre alta, cefaléia e mialgia intensa. Entre o segundo e o sexto dia, surgem as manifestações cutâneas. É comum a presença de edema nos membros inferiores e oligúria nos casos mais graves.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Em nosso meio (principalmente no nordeste de Minas Gerais), tem sido comum confundir febre maculosa com meningococcemia, fato também descrito por autores norte-americanos.


PREVENÇÃO
- ter em mente quais são as áreas consideradas endêmicas para a febre maculosa; evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre; quando for necessário caminhar por áreas infestadas por carrapatos, vistoriar o corpo em busca deles em intervalos de 3 horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato, menores serão os riscos de contrair a doença; utilizar barreiras físicas como calças compridas com parte inferior por dentro das botas, cuja parte superior deve ser lacrada com fitas adesivas de dupla face; recomenda-se o uso de roupas claras, para facilitar a visualização dos carrapatos; não esmagar os carrapatos com as unhas pois com isso pode liberar as bactérias, que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele; retirá-los com calma, torcendo-os levemente; fazer o controle químico nos animais domésticos através de banhos estratégicos de carrapaticidas. - Cão da cidade que vai ao campo é mais susceptível à doença – tratá-lo com produto carrapaticida quando voltar à cidade.
Portanto, muito cuidado e previna-se, pois, a prevenção sempre foi e é o melhor remédio contra qualquer tipo de doença.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Suspense de Celso Giglio deixa ex-aliados ansiosos

A essa altura, com certeza, o ex-prefeito de Osasco, Celso Giglio (PSDB) já sabe a que cargo irá concorrer nas eleições de 2006: se a Deputado Federal ou Estadual. Mas, prudentemente, Giglio afirma que apenas é ainda um pré-candidato e que a defininação só sairá no próximo ano. Esse suspense está gerando muita ansiedade e até sofrimento em alguns vereadores osasquenses, seus ex-aliados, que sempre sonharam com uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo.
E a ansiedade desses vereadores, que deixaram o ninho tucano para apoiar a atual administração de Emidio de Souza (PT), tem razão de ser. Como aliados de Celso Giglio, os vereadores sempre mantiveram a esperança de serem escolhidos e, com o apoio do médico prefeito, chegarem ao Palácio Nove de Julho. Fora do ninho tucano, no entanto, e podendo ter ainda como concorrente o próprio ex-chefe, os vereadores ficam meio à deriva e terão que contar com apoio do PT, cuja briga interna para escolher seus candidatos já é histórica e conhecida como uma das mais acirradas. Se no grupo de Giglio a coisa já era difícil, imaginem agora esses vereadores do PTB, PSB, PPS e outros terem que disputar apoio do novo chefe com os concorrentes petistas.
Enquanto isso, Celso Giglio continua seu trabalho como presidente do IAMSPE (Instituto de Assistência Médica dos Servidores do Estado), e também da APM (Associação Paulista de Municípios). "Estamos ouvindo os amigos e muitos desejam que a gente fique mais perto de Osasco", dá a senha Celso Giglio.

Delúbio vira saco de pancada

É impressionante como um homem, de uma hora para outra, pode se tornar num ser tão desprezível, principalmente, para o PT, como se tornou Delúbio Soares. Até estourar toda essa crise de caixa dois, dinheiro em cueca e mensalão, que está destruindo a imagem do Governo e do presidente Lula, Delúbio era um ilustre desconhecido, porém, tratava-se de um influente dirigente do partido com direito a carro blindado, motorista particular, bom salário e até o privilégio de fazer viagens internacionais ao lado do chefe da Nação.
No entanto, bastou estourar a crise para o PT satanizar o seu ex-tesoureiro. Dizendo coisas sem nexo, Delúbio Soares assume toda a culpa pelo caixa dois do PT e só aparece sorrindo em depoimentos, como se quisesse convencer a todos de que realmente fazia toda essa falcatrua sem o consentimento da cúpula petista.
E, se não bastasse assumir publicamente toda a culpa, parece que houve também um acordo para que o pobre Delúbio se transformasse num saco de pancada de todos os parlamentares e políticos acusados de terem sacado dinheiro do "valerioduto". Todos que comparecem ao Conselho de Ética, nas CPIs ou mesmo em entrevistas, só faltam afirmar que foram obrigados pelo "poderoso" Delúbio a irem nas agências do BMG e do Banco Rural para sacar o dinheiro enviado pelo empresário Marcos Valério. Pelo menos uma vez, José Dirceu, Tarso Genro, José Genoíno, João Paulo Cunha, Ricardo Berzoini, Valdemar da Costa Neto, Genu, Lamas e outros, já fizeram uso de frases desse tipo: "Foi culpa do Delúbio"; "Fui lá sacar o dinheiro porque o Delúbio mandou"; "Minha mulher foi ao banco por ordem do Delúbio"; "Não sei de nada, não conheço essa pessoa, quem me apresentou o Marcos Valério foi o Delúbio"; "Foi o Delúbio que fez". Parece até propaganda do Maluf.
E o pobre Delúbio continua sumido. Aparece de vez em quando para prestar depoimento, ou regando o jardim da casa de seu pai, em Goiás. Mas, será que está saindo barato para o ex-rico PT essa boca fechada de Delúblio e essa pancadaria em cima dele? Ou a qualquer momento o ex-tesoureiro poderá abrir o bico e dar nome aos bois?

quarta-feira, novembro 23, 2005

Novela de Dirceu no STF pode ser um tiro no pé do PT

Ninguém mais se arrisca a advinhar o final dessa novela que se transformou o processo de José Dirceu, principalmente, quando as cenas se desenrolam no núcleo judiciário, mais precisamente, no Supremo Tribunal Federal (STF). Politicamente, já está claro para todos os brasileiros, que o ex-todo poderoso ministro José Dirceu não passa de um "cadáver" de político influente. Só que nesse momento, o Poder Legislativo, que tem competência para julgar, absolver ou condenar politicamente um deputado, está sendo pautado pelas decisões do Poder Judiciário.
Nesta quarta-feira, 22, aconteceu mais um capítulo inédito no STF, que favoreceu José Dirceu, com o voto do presidente da Casa, ministro Nelson Jobim, e da inexplicável recuada do ministro Ero Graus. Graus já havia votado contra o pedido do deputado, mas voltou atrás e mudou o seu voto. O resultado foi 5 a 5. Agora, ao invés de um empate ser decidido pelo presidente do STF, será decididido pelo ministro Sepúlveda Pertence que estava ausente.
Como em outro pedido de liminar, Pertence votou a favor de Dirceu, a expectativa é de que novamente o seu voto seja favorável ao deputado. Se isso acontecer, o processo terá que voltar ao Conselho de Ética, que será obrigado a ouvir de novo todas as testemunhas e elaborar um novo relatório. Com isso, o processo de cassação de José Dirceu deverá ser votado somente em 2006.
José Dirceu e seus aliados estão pulando de alegria, mas, essa novela judiciária que em princípio pode parecer benefício para os intereses petistas, pode significar, isto sim, um tiro no pé do governo Lula. Isto porque, como o própio Lula já havia demonstrado interesse em que os deputados acusados de corrupção renunciassem para acabar logo com a crise, o julgamento de Dirceu, ficando para 2006, vai levar a crise às portas das eleições. Com certeza, isso será a pior coisa que poderia acontecer ao um governo que luta para se reeleger no meio de tantos casos de corrupção. Será que Nelson Jobim estaria mesmo colaborando com o Governo Lula?

terça-feira, novembro 22, 2005

Alfinetadas de Garotinho


Enquanto petistas e tucanos continuam brigando em CPIs e tentando polarizar as discussões eleitorais, os adversários vão se fortalecendo e poderão surpreender. E um desses adversários já não pode ser considerado como surpresa. Trata-se do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PDMB), pré-candidato à Presidência que, em 2002, deu um calor danado em José Serra (PSDB). Naquelas eleições, Garotinho ficou em terceiro lugar com 15 milhões de votos.
O ex-governador, que tem viajado e recebido apoios de norte a sul do País, não esquece também de São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil. Nesta segunda-feira, 21, dentre outros compromissos no Estado, Garotinho esteve em Osasco, onde foi recepcionado pelo ex-prefeito da cidade, Francisco Rossi (à direita), pré-candidato a deputado federal. (Fotos: Vitor Hugo - Correio Paulista).
Demonstrando toda a sua conhecida facilidade em se comunicar, Anthony Garotinho não poupou críticas às administrações petista e tucana. Veja a seguir, algumas frases de Garotinho, que afirma ser uma alternativa ao eleitor brasileiro e diz que terá o dobro dos votos de 2002, para ganhar as eleições:

"Vocês conhecem alguma obra de Fernando Henrique Cardoso? Os tucanos são como uma praga de gafanhotos. Eles venderam tudo o que o Brasil tinha de bom. Os tucanos apenas destruíram o que outros haviam construído".

"O Governo do PT também não tem nada, a não ser juros altos, caixa dois e corrupção".

"Mas o PT inovou na administração pública. Só neste ano vamos pagar R$ 140 bilhões apenas de juros da dívida externa. Este governo é um paraíso para os banqueiros e um inferno para o povo".

"Agora, PT e PSDB se acusam mutuamente. Um chama o outro de ladrão. E a nossa conclusão é que os dois têm razão".

Veja bem que em muitos casos, Garotinho fala a pura verdade.

O Corinthians precisa dessa roubalheira?

Olá amigos. Vamos dar uma pausa nas questões políticas e de corrupção, para falar um pouco sobre a maior paixão do brasileiro - o futebol - que, como a política, vai também sendo destruído por maus administradores. E o assunto mais comentado nessas últimas horas, não poderia ser outro, senão o "crime" cometido domingo à tarde no Pacaembu, onde o árbitro Márcio Rezende, simplesmente, "operou" o Internacional, na partida contra o Corinthians.
É incocebíbel imaginar como alguém ainda consiga defender esse "crime do Pacaembu". Foram três erros absurdos em apenas um lance. Pela falta clara e violenta do goleiro Fábio Costa sobre o atacante Tinga, era para o árbitro ter marcado o pênalti, que poderia significar a vitória do time gaúcho, e ter dado, pelo menos, o cartão amarelo para o goleiro corintiano. Porém, Márcio Rezende, que há dez anos, já havia tirado um título do Santos em favor do Botafogo, ignorou a falta e ainda expulsou o atacante colorado, prejudicando o Internacional para a próxima partida.
Será que o Corínthians, que investiu tanto e trouxe excelentes jogadores, como Teves e Carlos Alberto, precisa de tanta roubalheira para ser campeão? Por mais que os dirigentes e o todo poderoso presidente do STJD, Luiz Zveiter, tentem negar, o time paulista foi o único beneficiado com a anulação dos onze jogos apitados pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho. Além disso, nas últimas partidas, coincidentemente, os árbitros têm "errado" sempre em favor do Corinthians. Foi assim no jogo contra o São Caetano, quando o atacante Dimba, agredido pelo lateral Gustavo Neri, foi expulso, enquanto o laterial saiu piscando para câmera de televisão, numa autêntica confissão de que havia simulado uma agressão. A julgar pelo rigor que imperava no STJD, com certeza, se Gustavo Neri fosse de outro time, ele teria pego, no mínimo, três jogos de suspensão. Tudo está muito estranho nesse campeonato e já tem até corintiano admitindo que a cada rodada o título fica mais "mixuruca". Com árbitros desse jeito nem o Íbis do Recife consegue perder.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Enquanto PT e PSDB brigam, Garotinho corre por fora


Petistas e tucanos resolveram, de vez, antecipar o debate sobre as eleições de 2006. Durante uma entrevista coletiva, na semana passada, propositadamente, o presidente Lula cometeu um "lapso" e disse que "parte para as eleições". Em seguida, tentou voltar atrás, mas não convenceu. Está claro que o presidente é o candidato natural do PT.
Já o PSDB não disfarça que também já entrou na briga. Durante a convenção nacional do partido, na sexta-feira, 18, os tucanos não perderam tempo e partiram para acusações contra o Governo Lula. Inclusive, o ex-presidente FHC, que se sentiu mal durante o evento, disse que espera o candidato Lula: "Já ganhamos dele duas vezes". Só que a briga entre petistas e tucanos não se restringe apenas ao campo das discussões eleitorais. Elas acontecem também nas CPIs, onde membros dos dois partidos se acusam mutuamente e tentam se defender de acusações sobre corrupção. O PT já confessou que fez caixa 2 e o PSDB tem o caso do senador Eduardo Azeredo que, como os petistas, também recebeu dinheiro de Marcos Valério em 1998.
E, enquanto petistas e tucanos se acusam mutuamente, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, pré-candidato do PMDB, continua correndo por fora. Garotinho, que em 2002 ficou em 3º lugar com 15 milhões de votos, tem recebido apoio no Brasil inteiro. Nesta segunda-feira, 21, ele estará mais uma vez em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil.
Dentre outros compromissos, Anthony Garotinho estará na cidade de Osasco, onde se reunirá com o ex-prefeito da cidade e pré-candidato a deputado federal, Francisco Rossi. Ao lado de Rossi e de sua filha, Ana Paula Rossi, secretária municipal de Assistência e Promoção Social e presidente local do PMDB, Garotinho concederá entrevista coletiva, às 19 horas, no escritório político de Rossi, à Rua Paulo Lício Rizzo, 344.

Mais uma semana ruim para Lula


Antes do feriado de 15 de Novembro, escrevemos aqui que, apesar de ser uma semana curta, tratava-se de um período difícil para o Governo Lula e o PT. Isto porque, a CPI dos Bingos iria ouvir o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, que terá que dar explicações sobre o pagamento de um empréstimo de R$ 29 mil do presidente junto ao PT, e analisaria também os requerimentos de convocações do irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, acusado de fazer lobby para uma empresa portuguesa, e do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, acusado de irregularidades na prefeitura de Ribeirão Preto.
O Governo tentou dar um golpe de mestre para amenizar a crise. Antecipou a ida de Antonio Palocci à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, tentando evitar a sua ida à CPI dos Bingos. Mas, essa estratégia não trouxe resultado. Passou o feriado e o Governo entra em outra semana dificil.
A CPI dos Bingos vai ouvir Paulo Okamoto, nesta terça, 22, e já está, praticamente, acertada a aprovação do requerimento convocando Antonio Palocci. Quanto ao Vavá, a sua convocação deverá ser votada também durante esta semana. Ou seja, entra semana, sai semana, e o Governo continua sendo o alvo principal da CPI do Fim do Mundo, que também não perde de vista as investigações sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.

quarta-feira, novembro 16, 2005

CPI dos Bingos adia depoimento de Okamoto

Se o objetivo do Governo, que antecipou a ida do ministro Antonio Palocci ao Senado para esta quarta-feira, 16, era também o de ofuscar o depoimento do presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, na CPI dos Bingos, mais uma vez a estratégia governista não deu certo.
Esta CPI, formada em sua maioria por membros da oposição, já adiou o depoimento de Okamoto para terça-feira, 22, coincidentemente, o mesmo dia que estava marcado para ida de Palocci à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Segundo o presidente da CPI, Efraim de Morais - PFL-PB - o depoimento de Okamoto faria com que muitos senadores ficassem impedidos de comparecer à CAE para interrogar Palocci. Já o depoimento de Paulo Okamoto é muito aguardado pelos parlamentares, que esperam que ele esclareça o pagamento de um emrpréstimo que o presidente Lula teria feito junto ao PT.

Palocci pode ofuscar depoimento de Okamoto

É de se estranhar essa repentina mudança na data do comparecimento do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para falar de economia e, principalmente, da crise política que o coloca no olho do furacão. Palocci iria ao Senado somente na próxima semana, dia 22 e, de repente, ele muda a data e comparece nesta quarta-feira, 16. O normal, principalmente, em épocas de crise é a gente ver o governo fazer de tudo para evitar que seus ministros sejam interrogados por parlamentares, como inclusive, aconteceu com José Dirceu.
Esssa mudança, no entanto, pode ter duas leituras: a primeira é que, realmente, o Governo Lula está com muito medo de perder o ministro Palocci que, apesar de continuar com a mesma política econômica de Fernando Henrique Cardoso, até com mais ortodoxia do que os tucanos, trata-se do ministro que comanda a área de maior sucesso dos petistas. Nesse caso, os governistas esperam que a ida de Palocci consiga acalmar a oposição e aliviar a crise para o governo. Muito mais que a oposição, Palocci tem sido vítima do fogo amigo. Ele vem recebendo críticas de membros do próprio governo, como da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e do vice-presidente José Alencar, além de acusações do tempo em que era prefeito em Ribeirão Preto, conforme depoimentos de seus ex-secretários, Rogério Buratti e Vladimir Poleto.
A segunda leitura da inesperada vontade de Palocci em prestar esclarecimentos na CAE não é assim tão nobre para o governo. Além do exposto no parágrafo acima, a estada de um ministro da importância de Palocci no Senado, poderia ser também uma tentativa do governo de ofuscar o dia da CPI dos Bingos. Também nesta quarta-feira, esta CPI, classificada por Lula como a "CPI do fim do mundo", ouve o depoimento do presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, que poderá de vez emvolver o governo e até o presidente Lula em casos de corrupção. Amigo de Lula, Okamoto seria o responsável pelo pagamento de um empréstimo de R$ 29 mil, que o presidente teria feito junto ao PT, antes de ser eleito. Resta saber qual depoimento terá maior repercussão na imprensa e, o consequente reflexo na opinião pública.

terça-feira, novembro 15, 2005

CPI do Mensalão pode acabar amanhã. E daí?

Se depender do Governo Lula (PT), a CPI do Mensalão, conhecida também como CPI da Compra de Votos, pode terminar à meia-noite desta quarta-feira, 16. É que encerra o prazo legal de seu funcionamento e os governistas, que a criaram ofuscar a CPI dos Correios, viram que o tiro saiu pela culatra. Esta CPI investiga os mesmos assuntos investigados na CPI dos Correios, que já foi prorrogada até abril de 2006, e pela CPI dos Bingos, aquela que provoca arrepios no Governo. Portanto, se a CPI do Mensalão for mesmo encerrada, ninguém irá sentir a sua falta, até porque todos os assuntos de corrupção continuarão nas outras duas Comissões Parlamentares de Inquérito.
Inclusive, falando em CPI do Mensalão, o seu relator, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) - que em outros tempos, também de acusações, já foi chamado de "Hábil-Ackel" - deverá afirmar
que não encontrou indícios que provem a existência do "mensalão". Em seu relatório, deverá constar apenas que os parlamentares acusados utilizaram o "caixa dois" para financiar parte de suas campanhas ou pagar dívidas. É inacreditável como o Governo Lula e seus comandados tentam desqualificar o crime maior, que foi o mensalão, mesada, semanada, ou seja lá o nome que quiserem dar a essa prática nefasta de comprar parlamentares, afirmando que "apenas" houve o caixa dois como se isso não fosse crime também. Esses políticos corruptos estão agindo examente como agem os criminosos comuns, ou seja, apostam na fragilidade das leis, na lentidão do Judiciário e nessa vergonhosa impunidade que desmoraliza o Brasil.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Semana curta e quente para Lula


O feriado de 15 de Novembro, encurta o expediente no Congresso Nacional, mas mesmo assim, esta curta semana indica que o presidente Lula (PT) terá muitas dores de cabeça em Brasília. E quem está infernizando a vida do presidente é a CPI dos Bingos, que já foi batizada pelo próprio Lula de "CPI do fim do mundo". A CPI dos Bingos, criada por imposição da Justiça, é formada em sua maioria por representantes da oposição.
Na quarta-feira, a CPI vai ouvir o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, amigo pessoal do presidente Lula. Okamoto seria o responsável pelo pagamento de um empréstimo contraído por Lula junto ao PT de R$ 29 mil sem demonstrar a origem dos recursos. Ele afirma que pagou com o seu próprio dinheiro, mas não teria comunicado isso ao amigo Lula. A oposição desconfia que a versão é falsa e tentam desmenti-lo.
E, se não bastasse o depoimento de Okamoto, que pode levar as investigações de corrupção para as portas do Palácio do Planalto, também na quarta-feira, a CPI dos Bingos deve votar o requerimento, convocando para depor o irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá. O irmão mais velho do presidente é acusado de ter intermediado negócios de um empresário português com a Petrobras. O requerimento é de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
A Petrobras confirmou que o irmão de Lula acompanhou o empresário em visita à estatal no dia 29 de setembro, mas negou que Vavá tenha feito lobby a favor do empresário. Enquanto isso, Tasso Jereissati justifica seu requerimento, afirmando que existem "fortes indícios" de que Vavá tenha praticado "tráfico de influência", para beneficiar empreiteiras, prefeituras e credores públicos federais objetivando benefícios para si ou para terceiros.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Poletto exagera na dose de mentir

Seria cômico, se não fosse trágico, esse amontoado de besteiras proporcionado por depoentes que vão às CPIs falar sobre casos tão graves de corrupção, caixa dois, assassinatos de prefeitos, dinheiro em mala, dólar em cueca e tantas outras falcatruas que estão sendo investigadas pelo Congresso Nacional.
Está claro que muitos acusados vão ali para mentir e, muitos, até com hábeas corpus do Supremo Tribunal Federal, como garantia de que não serão presos mesmo escondendo a verdade. Mas, nesse festival de mentiras, o economista Vladimir Poleto, ex-secretário do ministro Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, se superou.
Ao tentar explicar sua entrevista clara, dada à revista Veja, sobre o transporte de possíveis dólares cubanos enviados para campanhas do PT, Poleto inventou uma longa história, que nem mesmo uma criancinha de três anos lhe daria crédito. O depoente chegou a afirmar que fora forçado a dar a tal entrevista e que estava bêbado durante a conversa com o repórter da Veja. Poletto foi desmentido logo em seguida com o áudio da entrevista.
É claro que nenhum parlamentar, nem mesmo os petistas mais ferrenhos defensores do Governo, acreditaram no ex-secretário municipal de Palocci. No entanto, sóbrio e sem bebidas por perto, Vladimir Poleto confirmou as demais afirmações da entrevista, como a viagem a Brasília e o vôo no avião Seneca até Campinas, levando três caixas, que segundo ele, continham vinho e uísque.
Diante dessa palhaçada, a oposição chegou a pedir a prisão do depoente que foi salvo pelo hábeas corpus. Mas, o pedido foi enviado ao Ministério Público para indiciamento do ex-secretário de Palocci, que se complica a cada vez que seus ex-assessores vão depor, quando falam a verdade ou mentem desta forma. Para desespero do Governo, Palocci já falou até em deixar o cargo.

Mesmo com manobra governista, CPI foi prorrogada

Bem que o Governo tentou de todas as formas impedir a prorrogação da CPI dos Correios. Liberou verbas e sabe-se lá o que mais para "convencer" parlamentares a retirar suas assinaturas do requerimento que pedia a prorrogação da CPI. Os governistas usaram todas as armas e quase que conseguiam o seu intento o que seria mais uma decepção para o povo. O prazo para a retirada das assinaturas terminava à meia-noite de quinta-feira e, até o último minuto, a base governista lutou e já cantava vitória com a retirada da assinatura de 66 deputados. Mas, a oposição também entrou em campo, apresentou mais 28 nomes e, na recontagem, nesta sexta-feira, de manhã, valeu o número de 171 assinaturas, uma a mais do exigido para oficializar a prorrogação.
Foi mais uma derrota do Governo Lula e uma péssima impressão deixada por esses parlamentares de diversos partidos, que assinaram e depois voltaram atrás. Agora, eles terão que se explicar perante os seus eleitores e o Brasil. A maioria é do PMDB e tem até membros do Conselho de Ética, como o seu próprio presidente, Ricardo Izar (PTB-SP). Veja, a seguir, a lista dos deputados que tentaram ajudar o governo nessa manobra suja, retirando suas assinaturas:

1- Afonsto Hamm(PP-RS), 2- Alex Canziani(PTB-PR), 3- Alexandres Maia(PMDB-MG), 4- Almerinda de Carvalho(PMDB-RJ), 5- Álvaro Dias(PDT-RN) ,6- Ann Pontes(PMDB-PA), 7- Antônio Cruz(PP-MS), 8- Atila Lira(PSDB-PI), 9- Cabp Julio(PMDB-MG), 10- Coronel Alves(PL-AP), 11- Dilceu Sperafico(PP-PR), 12- Dr. Benedito Dias(PP-AP), 13- Dr. Francisco Gonçalves(PTB-MG), 14- Dr. Rodolfo Pereira(PDT-RR), 15- Edinho Montemor(PSB-SP), 16- Edmar Moreira(PFL-MG), 17- Edna Macedo(PTB-SP), 18- Érico Ribeiro(PP-RS), 19- Feu Rosa(PP-ES), 20- Gilberto Nascimento(PMDB-SP), 21- Inaldo Leitão(PL-PB), 22- Inocêncio Oliveira(PL-PE), 23- Jair Oliveira(PMDB-ES), 24- Jefferson Campos(PTB-SP), 25- João Hermann Neto(PDT-SP), 26- Joaquim Francisco(PFL-PE), 27- Jorge Alberto(PMDB-SE), 28- Joseé Chaves(PTB-PE), 29- José Divino(PMR-RJ), 30- José Linhares(PP-CE), 31- Josias Quintal(PSB-RJ), 32- Josué Bengtson(PTB-PA), 33- Júlio Delgado(PSB-MG), 34- Júnior Betão(PL-AC), 35- Lael Varella(PFL-MG), 36- Leonardo Mattos(PV-MG), 37- Lino Rossi(PP-MT), 38- Luiz Antonio Fleury(PTB-SP), 39- Manato(PDT-ES), 40- Marcello Siqueira(PMDB-MG), 41- Marceçp Ortiz (PV-SP), 42- Marcondes Gadelha(PSB-PB), 43- Marcps Abramo(PP-SP), 44- Maroa Lúcia CardosoPMDB-MG), 45- Maurício Quintella Lessa(PDT-AL), 46- Mauro Benevides(PMDB-CE), 47- Mauro Lopes(PMDB-MG), 48- Max Rosenmann(PMDB-PR), 49- Milton Cardias(PTB-RS), 50- Moacir Micheletto(PMDB-PR), 51- Nelson Marquezelli(PTB-SP), 52- Nelson Trade (PMDB-MS), 53- Nilton Baiano(PP-ES), 54- Osvaldo Biolchi(PMDB-RS), 55- Pastor Reinaldo (PTB-RS), 56- Pedro Irujo(PMDB-BA), 57- Pedrp Novais(PMDB-MA), 58- Reinhold Stephanes(PMDB-PR), 59- Ricardo Izar(PTB-SP), 60- Ronivon Santiago(PP-AC), 61- Rose de Freitas (PMDB-ES), 62- Sérgio Caiado(PP-GO), 63- Severiano Alves(PDT-BA), 64- Takayama(PMDB-PR), 65- Vieira Reis(PMR-RJ), 66- Wilson Cignachi(PMDB-RS), 67 - Wladimir Costa(PMDB-PA)*, 68 - Carlos William(PMDB-MG)*, 69 - Francisco Dornelles(PP-RJ)*. (* Pediram para retirar a assinatura mas o Conselho não aceitou.)

quinta-feira, novembro 10, 2005

Karina reaparece e complica Mentor e Valério

Depois de alguns meses, a secretária, que detonou o esquema do "valerioduto", Karina Somaggio, voltou a depor nas CPIS e complicou ainda mais a vida de dois acusados. Desta vez, Karina confirmou a história de que triturou documentos da agência SMPB, a mando de Marcos Valério. Ela disse que essa destruição de documentos aconteceu logo após Valério ter recebido um telefonema do deputado José Mentor (PT-SP), que sofre processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da Câmara.
Conforme o processo, o deputado petista teria recebido, por intermédio de seu escritório de advocacia, R$ 120 mil da 2S Participações, de Marcos Valério. Na época, Mentor era o relator da não concluída CPI do Banestado. Karina ainda questionou a contratação do escritório de advocacia de Mentor, que fica em São Paulo, já que a SMPB não tinha filial nesse Estado.

Buratti depõe e Silvinho some


Dois nomes ligados a Osasco estão apresentando corportamentos diferentes nas CPIs que investigam casos de corrupção e caixa dois do PT. Enquanto o advogado Rogério Buratti (à esquerda) já está se tornando até numa figura íntima para os membros da CPIs, de tanto que aparece por lá para depor, Silvio Pereira, o "Silvinho", ex-secretário-geral do PT, está dando um baile na CPI dos Bingos. Buratti, ex-secretário de Antonio Palocci, em Ribeirão Preto, e Silvinho Pereira iniciaram suas carreiras na cidade de Osasco, hoje governada pelo PT. Segundo o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim de Morais (PFL-PB), da próxima vez, nem que for com a Polícia Federal, Silvinho terá que comparecer à CPI. (Fotos do Google)
Nesta quinta-feira, 10, Buratti prestou seu segundo depoimento à CPI dos Bingos, para falar sobre o caso dos "dólares de Cuba". Ele confimou toda a história relatada pela revista Veja, de que o outro ex-secretário de Palocci, Vladimir Polleto, foi quem lhe falou sobre o transporte das caixas com os possíveis dólares cubanos de Brasília para São Paulo. Conforme as denúncias, esse dinheiro do exterior teria irrigado o caixa dois do PT em 2002.
Buratti disse ainda aos membros a CPI, ter "certeza" de que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sabia que empresários ligados a casas de bingos doaram R$ 1 milhão para a campanha do presidente Lula. Para Buratti, Lula e José Dirceu deveriam também pelo menos ter informação sobre esse montante de dinheiro entrando na campanha.

Governo perde e CPI dos Correios invade 2006

Era tudo que o Governo Lula não queria: conviver com investigações de CPI também em 2006. Mas, não teve jeito. A oposição venceu e, com assinaturas de 218 deputados e de 32 senadores, quando o mínino seria 171 deputados e 27 senadores, a CPI dos Correios, que venceria no dia 11 de dezembro, foi prorrogada até o dia 11 de abril de 2006.
O governo fez de tudo e até contou com a ajuda do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), que adiou por duas vezes a leitura do requerimento, dando chance aos governistas de convencerem alguns parlamentares a retirar assinaturas. Mas, como o prazo termina à meia-noite de hoje, ninguém acredita que o governo ainda consiga derrubar o requerimento. Para isso, os governistas teriam que convencer 47 deputados e 5 senadores a mudarem de opinião.
Assim, em pleno ano eleitoral, com a situação tendo que defender o Governo Lula e explicar denúncias de corrupção e caixa dois, ainda terá que conviver até cinco meses antes das eleições com depoimentos que poderão complicar ainda mais a já combalida situação do PT e dos partidos aliados.

quarta-feira, novembro 09, 2005

LUIZ INÁCIO Márcio Thomaz LULA Bastos da SILVA



Você conhece esta pessoa? Pois é. Depois que o publicitário Duda Mendonça caiu em desgraça nas CPIs, o presidente Lula deixou de lado o estilo "Paz e Amor" e, hoje, ao vê-lo falar em público, ou dando entrevista, como no último "Roda Viva", a gente fica em dúvida se é mesmo o presidente que está falando ou é o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Antes, muito se falava na força do ex-ministro José Dirceu e do ministro Antonio Palocci, como homens fortes do Governo, respectivamente, nas áreas política e econômica. Mas, com o decorrer da crise política, que parece não ter fim, Dirceu caiu e pode perder o mandato de deputado, enquanto as CPIs apertam o cerco em torno de Palocci.
Assim, com uma oposição deitando e rolando em três CPIs, era de se esperar que o presidente Lula procurasse outra figura de destaque em sua equipe e não demorou muito para ver que quem assumiu esse papel importante no governo foi o ministro Márcio Thomaz Bastos, amigo de longa data de Lula.
O que ninguém esperava, com certeza, era que Bastos tivesse tanta força assim, a ponto de fazer Lula mudar de opinião em poucos meses. Todos lembram das famosas entrevistas de Marcos Valério, Delúbio Soares e de Lula, logo que estourou o escândalo do mensalão, e as incríveis coincidências entre as três entrevistas.
Numa sexta-feira, Marcos Valério procurou a Globo para afirmar que se tratava de empréstimos feitos pelos Bancos BMG e Rural ao PT. No sábado, foi a vez de Delúbio, que também na Globo, foi na mesma linha de empréstimos, acrescentando ainda a novidade de "dinheiro não contabilizado", um sinônimo de caixa dois.
Para espanto de todos, no domingo, direto de Paris, o presidente Lula, que havia avisado que só falaria da crise no Brasil, rompe o silêncio. De novo, com exclusividade na Globo, o presidente é entrevistado por uma ilustre e desconhecida repórter. Todos esperavam uma bomba, mas, sorrindo, o presidente afirma: "o que ocorreu com o PT foi apenas um caso de caixa dois, fato corriqueiro na política brasileira".
Porém, depois que o ministro Bastos afirmou que caixa dois é coisa de bandido, Lula vai ao Roda Viva e também condena esse tipo de contabilidade criminosa em partidos políticos. Seriam meras coincidências, ou Lula só fala com a mente de Márcio Thomaz Bastos?

terça-feira, novembro 08, 2005

Questão de ordem - "Artigo 171, Excelência"


Um fato inusitado ocorreu, nesta terça-feira, no plenário da Câmara, quando os deputados discutiam a votação da MP que cria a Super Receita Federal. Como é de praxe, cada deputado que solicita uma "Questão de Ordem", deve justificar o seu pedido, indicando o artigo do Regimento Interno no qual ele fundamenta a sua solicitação. Só que isso nem sempre é respeitado pelos deputados e alguns citam qualquer artigo.
Ao questionar o presidente sobre o andamento do processo de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), e se o mesmo não poderia ser votado nesta quarta-feira, dia 9, conforme já estava previsto, o polêmico deputado João Fontes (PDT-SE), foi então, de imediato, instado por Aldo Rebelo a indicar o artigo da "Questão de Ordem". Também de pronto, João Fontes, que fora expulso do PT, juntamente com a senadora Heloísa Helena (PSOL), não pensou duas vezes: "É o artigo 175, presidente?". Nesse momento, houve muitas risadas no plenário.
Ao verificar o Regimento, com toda a sua calma, Rebelo retrucou: "Ca-ro de-pu-ta-do, es-te ar-ti-go não tra-ta des-te as-sun-to". Ainda mais rápido, o deputado sergipano respondeu: "É o 171, Excelência. É o que esse deputado - o Zé Dirceu - fez e, por isso, está sendo julgado".
Vencido pelo deputado, e sob um zunzum de risadas, Aldo Rebelo se rendeu e disse que o assunto já estava definido pela Mesa e que o processo de José Dirceu será votado no próximo dia 23. No final, ficou a impressão de que a "Questão de Ordem" de João Fontes acabou mesmo tendo como fundamento o 171, que no Código Penal tipifica o crime de estelionato.

Osasco combaterá crimes com câmeras


A cidade de Osasco - a 5ª mais importante do Estado - com 700 mil habitantes na região metropolitana de São Paulo, colocará em prática mais uma arma contra a criminalidade. Trata-se de um programa de monitoramento com câmeras, a serem instaladas em pontos estratégicos da cidade.
Para tanto, o prefeito da cidade, Emidio de Souza (PT), encontra-se em Brasília, onde nesta terça-feira, 8, terá um encontro com o ministro da Justiça, Márcio Tomaz Bastos. O objetivo do prefeito é solicitar ao ministro a liberação de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, em torno de R$ 5 milhões, para custear o projeto. As câmeras serão colocadas nos pontos comerciais mais importantes do município, nos pronto-socorros com funcionamento 24 horas e em 17 cruzamentos da cidade.
Também em Brasília, Emidio de Souza participará na quarta-feira da 47ª reunião geral da Frente Nacional de Prefeitos.

Roda Viva - mas, nem tão viva - com Lula

Nesta segunda-feira, 7, o programa Roda Viva, da Rede Cultura de Televisão, comemorou a sua milésima edição, entrevistando o presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT). Tendo como característica a entrevista ao vivo, com o entrevistado ao centro da roda, sendo sabatinado por diversos jornalistas, ou abordando determinado tema como objeto da entrevista, o programa desta vez não foi assim uma roda tão viva.
Depois de seis meses de negociação, o editor e moderador, Paulo Markum, conseguiu convencer o Presidente, mas o programa teve que ser gravado. Esta foi, na verdade, a primeira entrevista coletiva de Lula que, como eterno candidato da oposição, participou do Roda Viva, ao vivo, por nove vezes.
Desta vez, no entanto, talvez temendo perguntas indesejadas de telespectadores, apesar de todas passarem pela produção, Lula preferiu que o programa fosse gravado, o que aconteceu na manhã de segunda-feira.
Mesmo tendo abordado diversos assuntos relacionados à crise política, como mensalão, caixa dois, privilégio de parentes e até a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, os jornalistas não pressionaram o presidente, que ficou bastante a vontade para negar tudo sem que houvesse um contraditório mais contundente dos entrevistadores.
Lula, por exemplo, negou a existência do mensalão, defendeu José Dirceu, salientando porém, que o deputado deverá ser cassado por questões políticas, negou favorecimento nos negócios do filho Lulinha, como também rechaçou qualquer ligação do PT com o assassinato de Celso Daniel.
A única vez que o Presidente concordou com os jornalistas, foi quando surgiu a crítica de que ele evita a imprensa. Confundindo entrevista direta, com monólogo ou discurso em palanque, Lula disse que nenhum presidente deu tantos depoimentos públicos como ele. E garantiu, possivelmente, já pensando nas eleições, que irá analisar essa falha e, quem sabe, começar a partir de agora ter mais contato com a imprensa.
Apesar de ter respondido a todas as perguntas, com certeza, Lula teria passado mais credibilidade, e o programa teria tido uma comemoração mais digna de sua tradição, se tivesse sido ao vivo.

segunda-feira, novembro 07, 2005

"Que País é êssi, Previdente?"


Sabemos que no primeiro ano de seu governo, o presidente Lula (PT) fez um excelente papel como relações públicas do Brasil, com as suas intermináveis viagens ao Exterior. Sabemos também que é esperar demais que algum presidente, governador ou prefeito venha falar algo contrário à sua própria administração. Contudo, um pouco de bom senso e autocrítica, com certeza, deve fazer muito bem a qualquer administrador público. Soa mal, por exemplo, a gente ouvir o que o presidente Lula afirmou em seu programa de rádio nesta segunda-feira, 7 de novemtro.
Lula disse que os pobres, são os "principais atores" em seu governo. "Até agora, todo mundo governou para os ricos, mas, nós estamos dando toda atenção para essa parte da população, que sempre foi esquecida". Ora, os grandes Bancos do país estão aí divulgando seus balanços e, a cada três meses, os banqueiros aumentam os seus lucros bilionários, enquanto o povo pobre do Brasil continua na mais absoluta miséria. Nos primeiros nove meses de 2005, o Itaú lucrou mais de R$ 3,8 bilhões. Já o lucro do Bradesco superou a casa dos R$ 4 bilhões.
Será que os petistas e, principalmente, o presidente Lula, pensam que os brasileiros não estão vendo que é justamente nesse governo que os Bancos estão ganhando o que jamais ganharam neste país? Governar para pobre significa implantar políticas que darão futuro para esses pobres, como investimento em educação e saúde, e não distribuir esmolas, como os tais programas de Bolsa Família, Auxílio Gás e outros tipos de ações assistencialistas. A não ser que, ao falar em "atores", o presidente estaria se referindo a outros tipos de artistas, aqueles que usam nariz vermelho.

domingo, novembro 06, 2005

Governo tenta negar caixa dois com dinheiro público

A declaração do relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), de que parte do dinheiro do caixa do PT veio do Banco do Brasil, deixou o Governo meio tonto e sem coordenação. É como um lutador de boxe que leva um direto no queixo e tenta ainda reagir segurando-se nas cordas para não cair.
Além do dinheiro do BB, agora, a própria Coordenadoria-Geral da União (CGU), órgão responsável por investigação de crimes em todas as repartições públicas do País, afirma que houve interferência indevida da Secom (Secretaria de Comunicação), do Governo Federal, na escolha de agências de publicidades nos Correios, fato que teria benefeciado a MP&B, uma das empresas de Marcos Valério. Até estourar o escândalo do mensalão, a Secom era comandada por Luiz Gusshiken, homem de confiança de Lula, que acabou sendo afastado.
São tantas as versões diferentes, dadas por órgãos do Governo, empresas estatais e por parlamentares da base governista, que uma acaba negando a outra. Apesar do relatório contundente da CGU, a Secon nega. Nesse caso, alguém do próprio Governo está mentindo. O Banco do Brasil, depois de negar que houve repasse ilegal de dinheiro, reconhece que R$ 10 milhões foram pagos às empresas de Marcos Valérios por serviços não executados e, que portanto, estaria entrando contra ele na Justiça.
O deputado Carlos Abicalil (PT-MT), membro da CPI dos Correios, afirma que o relator foi imprudente e que não se pode concluir, apenas por indícios, que o dinheiro do Banco do Brasil teria ido para o caixa dois do PT. Mas, o deputado afirma isso e, ao mesmo tempo, diz que tal prática já vinha sendo usada pelo PSDB desde 1998, como se um erro justificasse o outro. O hábil deputado petista esquece que foi sob a bandeira da ética na política que o PT chegou ao poder, desbancando os tucanos. Agora, essas desculpas não colam.

Escândalo do mensalão faz strike


Desde que estourou o escândalo do mensalão - mesada paga a parlamentares - muita gente já caiu e, pelo andar da carruagem, com três CPIs - dos Correios, do Mensalão e a dos Bingos - o strike poderá ser ainda maior. Sorte do País, que assim fica livre de uma porção de malandros e corruptos.
Parlamentares cassados, renúncias, ministros afastados, diretores e assessores de empresas exonerados e tesoureiros de partidos demitidos são algumas das figuras já derrubadas. Mas, nessa corrente de corrupção, que sangrou os cofres públicos do País, parece que o seu principal elo, o mineirinho e dublê de publicitário, Marcos Valério, é até agora, o mais prejudicado. Ordem das fotos: Genoíno, Valério, bispo Rodrigues e Delúbio Soares.
As empresas públicas envolvidas, mais que depressa, correram para afirmar que os contratos com as empresas de publicidade de
Valério foram cancelados, inclusive, o da Câmara dos Deputados. Valério já declarou que se considera um empresário falido e um homem derrotado.
Mas, e se não tivesse estourado esse escândalo, que só veio à tona, graças a alguém que, sentindo-se traído, abriu o bico, como o ex-deputado Roberto Jefferson? Com certeza, até hoje, a corrupção estaria correndo solta. Como o próprio Marcos Valério que mantinha contratos milionários com empresas do Governo Federal, com Governos estaduais e já estava também estendendo seus tentáculos para as prefeituras.
É o caso, por exemplo, do contrato de publicidade que o empresário mineiro, mesmo com sede em Belo Horizonte, já havia assinado com a prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, a mais de 500 km de BH. Lá, por influência de seu amigo, o ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT), Valério fez a campanha do prefeito vitorioso, Emidio de Souza (PT), e já havia ganho a licitação para fazer a publicidade da Prefeitura por R$ 3 milhões. Mas, com o escândalo, Marcos Valério acabou perdendo também essa boquinha em Osasco.

sábado, novembro 05, 2005

Dólares de Cuba continuam rendendo

Os dólares de Cuba, que ajudaram a fazer o caixa dois do PT, conforme matéria da revista Veja, continuam rendendo. Só que agora, eles estão rendendo é muita dor de cabeça para o Governo Lula. Além do caixa dois, já confessado pelos dirigentes petistas, os governistas terão, agora, que começar a explicar também esse negócio de dinheiro vindo do exterior, que é proibido pela legislação eleitoral e que pode determinar a extinção de um partido político.
Nesta semana, a Veja trouxe mais detalhes da operação que levou os dólares de Brasília para São Paulo, inclusive, com uma entrevista do piloto do avião PT-RSX, Alécio Fongaro. Ele confirmou que levou Vladimir Poleto, ex assessor da Prefeitura de Ribeirão Preto na gestão do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e três caixas lacradas. Bem, o vôo está confirmado e, se nessas caixas não haviam os tais dólares, no mínimo, vai ter que se descobrir o que elas continham, de onde vieram e para onde foram. Mesmo se forem simples "biritas" oferecidas pelo companheiro Fidel ao amigo Lula. Não é mesmo?

Muitos soldados para um Bush

O Governo Federal montou uma verdadeira operação de guerra, jamais vista no Brasil, para proteger o presidente George W. Bush, que chegou esta noite em Brasília, vindo de Mar del Plata (Argentina), onde participou, sob protestos, da IV Cúpula das Américas. Mas, será que precisaria de tudo isso para proteger Bush? Será que o Governo Lula ficou preocupado com a recente reportagem do The Times, que ao abordar a viagem do presidente americano, disse que ele estava indo para uma "região dos fora da lei"?.
É claro que o atual clima político nos países da América do Sul, não lembra nenhum pátio de convento, mas, também não é por aqui que andam matando políticos, explodindo prédios de embaixadas e nem matando trabalhador em estação de metrô, como aconteceu com o mineirinho, confundido com terrorista e brutalmente assassinado pela polícia de Londres. Viu, Times?
Pelo menos no Brasil, acredito que ninguém esteja tão preocupado se o Bush vai fazer uma escala em Brasília e comer o churrasco do Lula - sabe-se lá com que carne - antes de voltar para os Estados Unidos, onde, aí sim, ele corre até mais risco do que uma pernoite num luxuoso hotel de Brasília.
Afinal de contas, ele não está em Caracas, onde o seu desafeto Hugo Chavez manda e desmanda e faz a cabeça do povo venezuelano. Aqui, ele pode contar com a proteção de Lula que elogia a "democracia" de Chavez, mas reza a cartilha do FMI do Bush.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Escritora de Osasco realiza palestra em Guaratinguetá

Depois da recente participação no projeto O Autor na Praça, em São Paulo, ao lado das escritoras infantis Tatiana Belinky e Heloisa Lima, inspirado no escritor e dramaturgo Plínio Marcos, a jornalista Gisele Pecchio Dias realizará três palestras seguidas de sessão de autógrafos em Guaratinguetá (SP), na terça, 8/11. O trabalho integra o programa de valorização do livro e da produção literária nacional, uma promoção da Secretaria de Educação e Cultura e do Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (SAAEG) do Município.
Às 9 horas a escritora realiza a leitura e interpretação de histórias dos seus livros para alunos da pré-escola, no campus da Unesp. Às 13h30 palestrará sobre o tema: Literatura Infantil e Inclusão - Quem é Toby? para alunos e professores do ensino fundamental da rede municipal, no Centro Cultural Vivarte, avenida Guaranis, 121, bairro Pedregulho. No mesmo local, às 16 horas, se apresentará aos professores e alunos da rede particular em reunião aberta ao público.
COLEÇÃO TOBY - LIVROS INCLUSIVOS é um projeto independente iniciado com pioneirismo em 2003. A autora já publicou os dois primeiros livros da coleção em tinta, braile e áudio (MP3): Um par de asas para Toby e Toby e os Mistérios da Floresta. Prepara para lançar em 2006 o terceiro volume da série, um encontro da turminha do Toby com o maior geógrafo brasileiro na última floresta tropical do planeta.
Os livros são paradidáticos e estão inscritos no PNLD/2006 da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo pela Editora Códice. Possuem temas transversais que enfatizam a liberdade com respeito às regras, a amizade, a posse responsável dos animais de estimação e o estudo da geografia do Brasil em seus aspectos ambientais e das populações.
Contatos com a autora para palestras e livros: gisele.jorn@uol.com.br ou tel.: 11-3682 2000

José Dirceu leva outra surra no Conselho de Ética

Nesta sexta-feira, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ratificou o resultado da primeira votação sobre o parecer do relator Júlio Delgado (PSB-MG), que pede a cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), que até há pouco tempo era o todo poderoso ministro chefe da Casa Civil do Presidente Lula. Novamente, José Dirceu levou uma surra. Por 13 votos a 1, o Conselho de Ética aprovou o relatório do deputado mineiro, mesmo resultado da primeira votação, ocorrida no dia 27 de outubro, que acabou sendo cancelada pelo Supremo Tribunal Federal, conforme decisão do ministro Eros Grau.
Mais uma vez, o único voto contrário foi o da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que já está se tornando cansativa pelos seus constantes pedidos de vista, numa clara tentativa de postergar o processo contra Dirceu. Os demais partidos da base governista votaram contra o ex-ministro.
Os diversos recursos de Dirceu, impetrados no STF e na Comissão de Constituiçao e Justiça já atrasaram em mais de um mês o processo de cassação, que já estava previsto para ser votano no dia 9 de novembro no plenário da Câmara. Agora, segundo o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-AL), a votação deverá ocorrer somente no próximo dia 23, quando terá garantia de quórum alto.
Por outro lado, o advogado de Dirceu, José Luiz Oliveira Lima, já anunciou que irá recorrer novamente ao Supremo Tribunal Federal. Além da anulação da votação no Conselho de Ética, o advogado vai solicitar também que o processo seja extinto, alegando que o PTB já havia retirado o pedido de processo contra o seu cliente. Desta vez, se o STF insistir em defender os "direitos" de José Dirceu, que já foram cassados por duas vezes no Conselho de Ética, seria melhor então que acabassem com esse órgão no Congresso e todas as acusações de falta de ética e de decoro parlamentar passassem a ser julgadas diretamente pelos ministros do Supremo.

Jovens do PMDB querem Presidente e Governador do partido

No último dia 29 de outubro, foi realizado em São Paulo o encontro da juventude peemedebista, organizado pelo Diretório Estadual, que tem como presidente o ex-governador Orestes Quércia. Jovens de diversos municípios participaram do evento, onde se discutiu, entre outros assuntos, as diretrizes do partido para as eleições de 2006.
Durante o encontro, a ala jovem do PMDB mais uma vez externou o desejo de que o partido tenha candidaturas próprias para a Presidência da República e para o Governo do Estado, indicando para este último o nome de Orestes Quércia. Para Presidente, alguns nomes foram ventilados, como o do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, o único, até o momento, a oficializar sua pré-candidatura às prévias do partido.
Além de Orestes Quércia, e do presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, participaram do evento diversas lideranças peemedemistas, como Francisco Rossi, ex-prefeito de Osasco e pré-candidato a deputado federal, e a sua filha, Ana Paula Rossi, secretária de Assistência e Promoção Social de Osasco.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Cardápio para o Bush - Carne de MS e galo de Marília

Que maldade! Já tem gente indicando qual o cardápio que deveria ser servido no churrasco que o presidente Lula oferecerá ao seu colega americano, George Bush, no próximo domingo em Brasília.
Para os "mui amigos" do presidente americano, o churrasco poderia ser feito com carne bovina da região de Mato Grosso do Sul afetada pela febre aftosa. Antes, como tira-gosto, deve ser oferecido carne de frango da região de Marília (SP), onde, na terça-feira, um galo morreu com uma doença desconhecida e suspeitava-se que o pobre, que já não canta mais, pudesse ter sido contaminado pela gripe aviária.

EM TEMPO: Segundo os entendidos, mas que o povão não acredita, nem morrendo, a carne de boi com aftosa não faz mal ao ser humano. Acredite quem quiser. E, segundo a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, o galo morto em Marília, não estava com gripe aviária. Ainda bem.

Uma perguntinha só: Esse cardápio especial deveria ser somente para o Bush?

CPI poderá indiciar Gushiken

O ex-ministro e atual chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Presidência da República, Luiz Gushiken, poderá ser indiciado pela CPMI dos Correios. Gushiken centralizava as contas de publicidade das empresas estatais quando comandava a secretaria de Comunicação do Governo Lula.
Segundo o relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), ele poderá propor o indiciamento de Gushiken em seu relatório final. "Não afastamos essa hipótese e estamos analisando as responsabilidades civil, criminal e administrativa de cada um dos envolvidos". Ontem, Serraglio revelou que parte do dinheiro que abastecia o caixa dois do PT, por itermédio de Marcos Valério, foi repassada pelo Banco do Brasil, através da Visanet, empresa de cartão de crédito, ligada ao BB. Em nota oficial, a Visanet afirmou que a DNA, empresa de publicidade de Marcos Valério, fora indicada pela diretoria do Banco do Brasil.
Outras pessoas, não ligadas a partidos políticos, mas que receberam dinheiro de Marcos Valério poderão também ser mencionadas no relatório final da CPI. É o caso, por exemplo, do advogado Aristides Junqueira, que recebeu de Valério R$ 300 mil por atuar no caso que apura a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, segundo informou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), que também é membro da CPI dos Correios.

Cai a máscara: dinheiro do PT vinha de empresa ligada ao Banco do Brasil

Como muito gente já desconfiava, os tais empréstimos ao PT, feitos pelos Bancos Rural e BMG, foi uma farsa montada pelo ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério. A informação é do relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que fez a revelação ontem, de manhã, e deu detalhes em entrevista coletiva, à tarde.
Segundo o relator, pelo menos duas operações provam a farsa. As investigações comprovaram que, pelo menos R$ 10 milhões, de um total de R$ 58,3 milhões foram repassados a Marcos Valério pela Visamet, empresa de cartão de crédito, ligada ao Banco do Brasil. O dinheiro era repassado como forma de pagamento por serviços de publicidade, que para os membros da CPI, são "verdadeiros absurdos".
Após receber o dinheiro, Valério o aplicava nos dois Bancos de Minas Gerais e, em seguida, fazia empréstimos junto aos Bancos. Devidamente munidos de documentos que "oficializavam", ou esquentavam esses empréstimos, Marcos Valérios começava então a operação de repasse do dinheiro ao PT, por empréstimo, ou através dos famosos saques, conforme relação de beneficiados já publicada pela CPMI dos Correios.
Assim, a CPMI dos Correios começa a desvendar uma das grandes dúvidas sobre a origem do dinheiro que o Partido dos Trabalhadores usou para fazer o caixa dois nas campanhas eleitorais de 2002 e 2004. Resta saber se houve dinheiro apenas dessa empresa ligada ao Banco do Brasil, ou se tem ainda recursos oriundos dos contratos de publidades dos Correios, um dos grandes clientes que as empresas de Marcos Valério mantinham até estourar as denúncias de mensalão.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Oposição irada é um presente para o Governo

Tem sido comum a gente ver cenas de pugilato em parlamentos da Ásia, como na Coréia, ou mesmo no Japão, onde não precisa de muita ofensa para que os parlamentares partam para a briga e agressão física.
Aqui no Brasil, com todas essas investigações de corrupção envolvendo empresas públicas, empresários, representantes do Governo e parlamentares, o clima esquenta no Congresso e já têm senadores e deputados afirmando que "darão uma surra" até no presidente Lula se alguns de seus familiares forem atacados.
O primeiro a iniciar essa onda de violência verbal foi o senador e líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Ele disse que a sua família tem sofrido ameaças. "Eu daria uma surra até no Lula, se alguma coisa acontecer com meus familiares". Depois foi a vez do jovem deputado ACM Neto (PFL), que disse que seus telefones foram grampeados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). "O senador Arthur Vigílio não dará a surra sozinho. Eu também darei uma surra em quem mexer comigo ou com a minha família", ameaçou, o neto de ACM.
E a violência verbal no Congresso não parou por aí. A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que foi expulsa do PT e disse que também já sofreu ameaça, foi além e mudou o tempo do verbo. "Eu não daria. Eu dou uma surra hoje em quem ousar colocar as mãos sobre os meus filhos", disse a senadora alagoana.
Essas afirmações de surra estão caindo como uma luva nas mãos dos governistas. Com certeza, os parlamentares não terão oportunidade de encontrar o presidente Lula numa esquina qualquer, sozinho, para colocar em prática o que estão falando na tribuna, mas certamente, já transformaram o Presidente em vítima. Era tudo que os petistas queriam.
"Muitas vezes fui crítico ao presidente Fernando Henrique Cardoso, mas sem perder o respeito a ele", disse o pacato senador Eduardo Suplicy (PT-SP). "O senhor tem todo o direito de bater em quem estiver envolvido nisso, mas não de dizer, sem qualquer prova, que daria uma surra no presidente Lula ", afirmou a não menos briguenta senadora Ideli Salvatti (PT-SC).

Outro ovo para Serra

Definitivamente parece que o prefeito José Serra (PDSB), não tem sido simpático aos paulistanos da zona Leste. Pela segunda vez em 13 dias, o prefeito foi alvo de protestos na região. Na primeira, um adolescente atirou um ovo que acertou a cabeça de Serra. Agora, na terça-feira, o prefeito inaugurava um albergue em Ermelino Mattarazzo, quando o grafiteiro Alexandre Ribeiro de 30 anos, tentou acertar o prefeitou também com o ovo, mas errou o alvo.
Detido, o rapaz disse que protestava contra a política higienista de Serra e só se arrepende de não ter acertado. Se continuar essa onda de ovo contra o Serra, daqui a pouco o paulistano vai começar a pagar mais caro pelo produto. E já tem alguém alertando o prefeito para que ele comece a se preocupar e a se proteger contra a gripe do frango.
Serra ignorou a manifestação, mas um de seus auxiliares protestou: "Essa história de ovo é uma prepotência e uma violência típica de regimes autoritários, como tem sido vista nos governos petistas", disse secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.

terça-feira, novembro 01, 2005

Briga entre PT e PSDB beneficia adversários


Já fazem parte do passado, os tempos serenos entre situação e oposição, como no primeiro ano do Governo Lula, quando muitas reformas foram aprovadas no Congresso com apoio do PSDB e PFL, os dois maiores partidos da oposição. Hoje, porém, são tempos de guerra e, tudo indica, que esse clima só tende a esquentar a cada dia que se aproximam as eleições de 2006.
Mensalão, caixa dois, uso indevido de dinheiro público, fraude em contrato de publicidade para lavagem de dinheiro e, agora, denúncia de que a campanha petista de 2002 teria sido irrigada com dinheiro do exterior. Tudo isso tem servido como fortes munições para, principalmente, tucanos e pefelistas se armarem contra o Governo e, muitos já falam, sem medo, até em pedir o impeachment do Presidente Lula. Isto sem falar em aumento de impostos, superávit primário, estradas esburacadas e falta de verba para diversas áreas, como o Ministério da Agricultura, que resultou na febre aftosa.
Por outro lado, acuados, o PT e o Presidente Lula não se entregam. Arregaçam as mangas e dizem que vão ao contra ataque, mencionando o caixa dois de Eduardo Azeredo (PSDB) e também levantando casos de corrupção no Governo de FHC.
E quem está assistindo e gostando de toda essa guerra entre tucanos e petistas, é a ala oposicionista do PMDB, do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (foto), de Germano Rigotto, Roberto Requião e Pedro Simon, dentre outros, como também o PPS de Roberto Freire e da juíza Denise Frossard, e o recem criado PSOL da senadora Heloísa Helena, que abrigou petistas descontentes com os rumos que o PT tomou.
Como não têm nada a ver com essa briga de acusações mútuas, que só serve para ver quem foi pior no governo, os possíveis candidatos do PMDB como Garotinho, que já oficializou sua pré-candidatura, e os candidatos desses outros partidos, com certeza, só terão a ganhar durante a corrida eleitoral com a polarização entre petistas e tucanos. Os reflexos desses fatores já deverão estar explícitos nas próximas pesquisas eleitorais.

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